sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O Natal de Stone Halls


Aconteceu em uma pequena cidade do Mato Grosso
No final dos anos oitenta
Circulava pela pequena praça da vila
Uma criança que tinha uma vista atenta.

Na noite anterior, véspera de Natal,
Tinha observado as pessoas em festa
Que passava por ele em meio burburinho
Sem saber que em seu estômago nada resta.

Há poucos dias passados sua mãe tinha ido embora
Deixando que ele pudesse sobreviver
Sem a proteção que só uma mãe pode dar
Em um mundo difícil de crescer.

O pai tinha que trabalhar para sustentá-lo
E com ele não podia, naquele dia, estar.
Enquanto as pessoas festejavam
Para ele não sobrava nem um olhar.

O cheiro suave das carnes sendo assada
Em suas narinas chegavam
Deixando sua fome mais apertada
E uma tristeza que seus pensamentos solapavam.

Não sabia por que passava por aquilo
Pois era uma criança que desejava a felicidade
Que tanto propagavam nesses dias
Mas que, para ele, só existia a saudade.

Com os olhos fundos de tristeza
Olhava para as casas cheias de gente
Sentia-se sozinho naquele universo
E sabia que, para eles, era indiferente.

Em sua cabecinha ficava uma inquirição
Que parecia resposta não ter
Por que falavam tanto em espírito natalino
Se ninguém importava com o seu sofrer?

Poema: Odair

sábado, 20 de novembro de 2010

Ser Negro


Quem um dia inventou a história
De que a cor negra era uma maldição
De que foi o castigo imposto a Caim
E o flagelo destinado a Cão?

Quem um dia inventou a história
De que o negro tinha que ser escravos
Para satisfazer interesses de senhores
Que se consideravam os bravos?

Por que mesmo em nossos dias
Onde nos encontramos tão civilizados
O racismo e preconceito insiste em existir
Mesmo que de modos velados.

Por que insistem em afirmar
Que a coisa tá preta no ruim momento?
E definem uma cor para as coisas más
Fixando isso no pensamento.

Consciência negra é para reflexão
Dos nossos atos e ideologia
Somos todos iguais nesta vida
E devemos viver em harmonia.

Ser Negro é ser humano
Com um carinho profundo
Tem uma vida em nada diferente
Das outras raças do mundo.

Poema: Odair

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Amor sem fim


Meu coração não tem ilusão
Com o seu amor não sinto dor
Não tenho segredo
Pois perdi o medo
De não ter o seu calor.

Sou a imagem dessa miragem
Que ao olhar deseja me amar
Seu amor me enriquece
Seus carinhos me enlouquece
Quando vejo seus olhos brilhar.

Minha flor, você é meu amor
Neste jardim cuida de mim
Tenho uma razão para viver
Jamais vou te esquecer
Pois essa paixão não tem fim.

Poema: Odair

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Às Margens do Rio Paraguai III



Era uma noite atípica para a região
Um vento suave e frio
Balançavam as folhas das árvores na baia
E os cabelos das meninas no cais.
Casais se aconchegavam
Crianças corriam pela praça
Enquanto outros ouviam música no calçadão.
Sonhos de pessoas a passear na noite
Estampados nos rostos singelos de vidas.
Às margens do Rio Paraguai
Vi crianças brincarem ao som da lata
Como se o mundo as pertencessem.
Jovens de mãos dadas e juras de amor nos olhares.
A brisa suave que vinha da natureza
Refrescava a alma de um jovem poeta
Que observa as pessoas caminharem.
Seu pensamento o leva há tempos imemoriais
Quantos casais se conheceram nessa praça?
As águas do Rio Paraguai descem silenciosas
São as lágrimas de princesas aladas
Que choram amores perdidos na longa noite da História.
Não vi estrelas nessa noite
Elas estão encobertas pelas nuvens
E a brisa suave chega a arrepiar o corpo.
Busco contemplar minha imagem nas águas
Tal qual Narciso de outrora
Mas não me vejo tão imortal assim.
Imagino uma canção que expresse o sentimento
De apreciar a beleza desse lugar.
Quantas almas já estiveram nesse espaço
Imaginando um futuro para suas vidas?
A eternidade é vista no reflexo das águas
Enquanto a noite se vai.
Às margens do Rio Paraguai
Sinto a brisa suave dessa noite
Diferente das noites de calor
Ela tem um brilho especial e singelo.
Estamos aqui porque amamos esse chão
E essa é a canção de hoje...

Poema: Odair

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

13.505


13.505 é um número.
Número de uma existência...
Tempo de uma vida
E de uma consciência...

Cada dia que vivo
Agradeço ao Criador
pela bondade e misericórdia
Que concede-me pelo seu amor.

Que outros tantos dias
Possam permitir-me viver
Para que aprenda mais e mais
E que na graça possa crescer.

Poema: Odair. Agradecimento por mais um ano de vida.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Dimensão do amor



Meu coração está acessível ao amor
Sinto a brisa o meu rosto tocar
O frescor da manhã me conduz
Ao encontro do seu lindo olhar.

Sinto meus pensamentos voarem
E a distância que nos separa romper
Vejo seus cabelos soltos no vento
Lindos como o raiar do sol no alvorecer.

Indago-me a razão de amar você
Da forma que sinto no meu coração
E descubro que não existem respostas
Para tão sublime sensação.

Olhando o horizonte distante
Contemplo seu sorriso encantador
Sorriso que transforma minha vida
Pois, lembra-me um jardim em flor.

Sou feliz desde que a conheci
E você não mais saiu dos meus pensamentos
Não há como explicar a dimensão
Do amor que envolve meus sentimentos.

Poema: Odair

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Farrapos Humanos



Olhos vermelhos e inchados
Veias perfuradas pelas agulhas
Sonhos desfeitos na madrugada
Vidas que choram de dor
E causam lágrimas de outras pessoas.

Mais uma casa arrombada
Para satisfazer a ânsia de um larápio
Objetos levados por mãos sorrateiras
Vidas que roubam objetos
Mas, roubam à paz de outras pessoas.

Olhos de crianças a mendigar
Além do pão, um carinho,
De um pai dominado pelo álcool
Vidas que sofrem a ausência
De outras vidas que as deveriam amar.

Mostram pernas e peitos nas avenidas
Acenam e dialogam com os transeuntes
Na esperança de fazerem o sexo ali mesmo
Vidas que sonham com o amor verdadeiro
E que destroem relacionamentos.

Não pestanejam em puxar o gatilho
Ceifam a existência que o Criador ofereceu
Por motivos banais e financeiros
Vidas que não pensam no próximo
E que assolam famílias inteiras.

Passam o dia todo bebendo
Fazem festa por qualquer coisa
E a noite dá continuidade às estripulias
Vidas que não pensam no futuro
E deixam outras vidas dependentes.

Farrapos humanos
Esses personagens descritos
Vidas que vegetam na sociedade
Não sabem o que é sentimento
Passam pela vida, não vivem...

Poema: Odair

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Que essa canção chegue ao seu coração



Levantei meus olhos ao céu
Na esperança de ver o brilho das estrelas
E na mais brilhante delas encontrar
A essencia do seu olhar.

Meu coração bate descompassado
Sentindo a saudade profunda
De um sorriso tão salutar
Que provocas ao me amar.

Não estás aqui junto de mim
Nesta hora em que penso em você
Sinto falta do seu calor
Quando entregas a mim seu amor.

Então te procuro na minha solidão
E convivo com minha esperança
O seu amor é o que me faz viver
Pois você não consigo esquecer.

Que a brisa da noite leve até você
Esses singelos versos de amor
Que exprime o sentimento do meu coração
O qual transformo nesta canção.

Poema: Odair

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Seus Olhos



Seus olhos são lindos
Com promessa de vida;
Iluminados por um brilho,
Que Deus lhe deu, querida.

Eles contam histórias
De amores tão ternos;
Produzindo sonhos
Que serão sempre eternos.

Menina, seus olhos traduzem
O som de uma melodia;
Que pensando neles
Vou transformando em poesia.

Linha após linha
Seus olhos me levam por um caminho,
Ao paraíso mais lindo
Onde encontro o teu carinho.

Seus olhos são lindos
Assim como você é uma flor;
Quero muito ter você
Para dar-lhe todo meu amor.

Poema: Odair

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O Grito



Numa noite silenciosa
Onde meus olhos nada viam
Além dos seus olhos
Em minha imaginação.
O aperto no coração
Feria a alma
Que amou.
O grito
Veio em forma de alívio.
Eu não mais poderia
Viver sofrendo assim.
Preciso me libertar
Deste amor que só me faz sofrer.
O grito ecoou por entre a noite fria
E, seu eco rompeu a fronteira do medo:
Medo de te perder
Medo de viver sem você.
Após o grito
Houve o silêncio
E no silêncio veio a lembrança
De um amor
Que já não mais existe.
O grito trouxe a liberdade.
E o grito de hoje é
Livre!
Sou livre!

Poema: Odair

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Fizeram-me acreditar



Fizeram-me acreditar que existiam monstros
Que se eu desobedecesse haveria uma punição
Falaram-me de um abismo cruel
Onde todos meus pecados seriam expostos em expiação.

Fizeram-me acreditar que sonhos não existem
Que se eu sonhasse com um mundo melhor
De nada adiantaria, pois mundo melhor não é possível
Com o ser humano corrompido e cada vez pior.

Fizeram-me acreditar que não poderia ser feliz
Pois a felicidade é um complemento da vida
E que vidas humildes não alcançam esse prazer
Porque em toda chegada há sempre uma despedida.

Fizeram-me acreditar que a dor é suportável
E que por ela na minha caminhada teria que conviver
Que não há bálsamo na alvorada da vida
E que, mais impossível ainda no alvorecer.

Fizeram-me acreditar em uma porção de bobagens
Que me nego hoje a acreditar
Pois a vida é feito de conquistas em cada manhã
Para que no crepúsculo possa sonhar.

Fizeram-me acreditar em certas coisas
Que não fazem mais sentido para mim
Tenho noção do que quero na minha vida
E ser feliz é possível sim.

Poema: Odair

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Tal qual um peregrino



Um dia quando não tinha nada
Alguém roubou meu coração.
Eu era tão inocente e frágil
Que nem tive tempo para uma reação.

Esse alguém era tão meiga,
Não disse nada, apenas seu olhar
Invadiu minha alma
Como um rio invade o mar.

Foi algo tão sublime e encantador
Que fiquei sem saber o que fazer;
Sua beleza era de uma princesa
Tinha um encanto que nem sei dizer.

Tudo isso me tirou do chão
Fiquei suspenso no ar como uma nuvem.
Mas, logo veio as desilusões da vida
A tristeza e o desespero também...

Simplesmente porque só eu amei.
Para mim ela era tudo no mundo
Para ela eu era um simples mortal comum
Isso me deu no peito um corte profundo.

Agora ando tal qual um peregrino
Sem saber o que fazer.
Meu coração está em pedaços
Dói profundamente o meu ser.

Quisera eu que Deus me ouvisse
As súplicas que a Ele eu imploro,
Que tirasse do meu peito esse amor
Pois com ele eu sofro e choro.

Poema: Odair

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Você é...



Você não sabe
mas, às vezes,
para, pensa e pergunta:
Quem sou?
Talvez você pensa
que nada és,
neste imenso universo.
Mas de uma coisa
você pode ter certeza;
Para alguém,
que vive a pensar em você.
Tu és:
A mais brilhante estrela,
que ilumina o espaço a noite;
A mais singela flor,
que exala o mais agradável perfume.
Enfim,
VOCÊ É tudo para esse alguém.
E esse alguém...
que vive a pensar em você...
Sou eu!!!

Poema: Odair

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Quero e não posso



Quero abraçar seu corpo meigo
E sentir o seu calor
Quero olhar em seus olhos lindos
E ver o brilho do amor.

Quero tocar sua pele suave
E sentir seu corpo arrepiar
Quero tocar seus lábios
E loucamente te beijar.

Quero adormecer em seus braços
E do mundo não mais lembrar
Quero sentir a fragância de seu perfume
E o seu coração pulsar.

Quero amar-te com loucura total
Pelo seu corpo minhas mãos deslizar
Deixar-te louca de tesão
e no encanto de sua pele navegar.

Quero tudo isso mas, não posso,
Pois, você é um sonho distante
Se te querer é pecado
Tenho pecado bastante.

Poema: Odair

sábado, 16 de outubro de 2010

Mentecapto



Ficou ali parado durante horas na solidão
Olhando com atenção via seus olhos na infelicidade
E neles, lágrimas de desespero
De uma vida que se esvai na eternidade.

Não conseguia visualizar uma saida
Para uma vida tão desgraçada
Queria correr e não tinha forças para isso
E encostou nas pedras frias da calçada.

Perdera a razão no momento em que ela se foi
Não entendia o porque de tamanho sofrimento
Se tudo que quis na vida era estar ao seu lado
Mas não fazia parte do seu pensamento.

Como ébrio cambaleante na madrugada fria
Deixou seus passos cair na triste solidão
Não encontrava mais esperança na vida
Nem conforto para o seu sofrido coração.

Poema: Odair

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O amor que sonho


Um dia sonhei com um amor.
Uma pessoa encantadora que surgiu do nada e derrepente estava do meu lado.
Ela era muito meiga e tinha um sorriso encantador.
Jovial e faceira ela esbanjava seu charme por onde passava.
Na minha solidão ela adentrou e dissipou as incertezas do meu coração.
Então pensei comigo:
Será que o que vejo não é uma miragem?
Mas não era.
Era sua imagem surreal que sorria para mim.
Seu sorriso foi como um bálsamo para curar minhas feridas. Caminhava como trôpego e não sabia o que meus passos indecisos me conduziam.
Às vezes eu chorava, às vezes continham as minhas lágrimas,
Mas, imaginava um dia encontrar um anjo que pudesse me guiar ao paraíso.
E eis que você surge linda e deslumbrante a perfilar a minha imaginação.
Sonho acordado e não quero que você vá embora.
Não agora.
Porque você preenche um vazio que existia em mim antes de ver o brilho de seus olhos.


Poema: Odair

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A Lágrima no Coração


Há uma lágrima no fundo do coração
Que ainda não saiu nos olhos
Uma incerteza que machuca a alma
Tão combalida de sofrimento.
Sonhos desfeitos no crepúsculo
Do dia sombrio da eternidade
Onde meus olhos contemplavam os seus
Na penumbra da ilusão.

Mas o choro não vem
Por mais que tente me libertar das lágrimas
Sigo remoendo a consternação
De uma ausência tão dolente.
Quero gritar ao mundo inteiro
Revelar minha angústia sentida
Mas os grilhões prendem o grito
Que não consegue dar o sinal.

Minhas mãos tremem ao menor movimento
Querendo tocar sua pele
Meigamente sentida um dia
Na magia do encontro de amor.

Sou a abelha errantemente perdida
Em busca daquela flor perfeita
Que me revelou um dia
O néctar de um sabor tão singular.
Viro-me no leito fundo de uma cama vazia
Tentando conciliar meu sono
Quem sabe dormindo consigo sobreviver
A essa tristeza tão profunda.

Nos sonhos contemplo seus olhos meigos
Serenos e sedutoramente sensuais
Que se distancia de mim
Sem mesmo dar uma nova esperança.

Não quero acordar desse sonho
Por mais irreal que ele seja
Pois, nele ainda consigo te ver
Diferente do que a realidade me mostra.
O coração sufoca a dor
Meus olhos uma lágrima deixa esvair-se
Demonstrando a dor sentida há tempos
Que não se conteve na longa tortura

Poema: Odair

sábado, 18 de setembro de 2010

Percepção


Caminho devagar
Em uma estrada que parece não ter fim
Seus olhos estão distantes
São miragem que foge de mim.

Uma tristeza alucinante
Revela um semblante em dor
Meus passos são lentos
Pois não conheço mais o amor.

Tenho a percepção
De uma cruel realidade
Que transforma meu riso em pranto
Quando aumenta em mim a saudade.

Seus olhos tão meigos
Era a razão do meu viver
Sem eles sou um andarilho
Que não consegue te esquecer.

Deixo-me cair na margem da estrada
Pois não consigo mais caminhar
Sou a imagem da desilusão
De quem só soube te amar.

Minha percepção embaraça-me
E sou confundido pela realidade
Não sei se você existiu
E se fez parte da minha felicidade.

Quem sabe você foi apenas
A ilusão do amanhecer
Dominou meus pensamentos
E deixou-me no entardecer.

Poema: Odair

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Amor



Meu amor por você é grande
E está no meu coração
E dessa forma eu canto
A alegria dessa paixão.

Verso: Odair

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sereia


No momento em que sua imagem vi
Linda e sedutora a desfilar
Meus pensamentos me levaram
A meiguice do seu lindo olhar.

No momento sublime que vislubrei
Seu sorriso encantador
Uma emoção tomou conta do coração
Que hoje anseia pelo seu calor.

Seu rosto angelical e diferente
Envolto pelo seus cabelos lisos
Realça uma beleza impar
Que só vejo em seu sorriso.

Seu corpo esbelto e sedutor
Revela a sensibilidade de mulher
Sereia que seduz pelo encanto
Esteja onde estiver.

Quem dera tivesse o poder
De seu coração conquistar
Para aquecer-me no inverno
E, na primavera, te amar.

Poema: Odair

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Às Margens do Rio Paraguai II


Um sol ofuscado e tosco cobre a cidade
Cheia de poeira e fumaça
Sufocados pelo clima da nossa realidade
Que maltrata implacavelmente quem passa.

Às margens do Rio Paraguai
Já não se vê o pôr-do-sol encantador
Ouve-se o lamento e gemido de ai
De quem não suporta esse calor.

O Rio lamenta e se contorce
Como uma serpente sem direção
Sente a ausência das chuvas e retorce
E as águas não caem nesse chão.

Há um lamento geral na população
Que enfrenta esse ar sufocante
Mas isso é fruto da própria ação
De gente tão petulante.

As belezas da natureza foram cruelmente
Exploradas para satisfazer
Vidas que só tinham em mente
Realizar seu bel prazer.

O vermelho sangue de um sol triste
É a imagem da desolação
De ações destruidoras que insiste
Em mostrar os abusos da nação.

Se existe ainda alguma esperança
Que possa recuperar nossa paisagem
Para que não vivamos só de lembrança
Está é à hora de fazer essa viagem.

Poema: Odair

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O que resta é a saudade


Senti que o mundo havia acabado essa noite
Na distância que não mais vi o seu olhar
No meu peito bateu forte o açoite
Do medo em não me acostumar.

Diante do amor que revelei por ti
Saber que agora não mais me pertence seu coração
Pois seu amor já não está aqui
E caminhas em outra direção.

Meus pés deslizaram na solidão
De uma tristeza sem fim
Ao ver você fugir de mim.

Já não posso viver essa ilusão
De um amor que não me traz felicidade
O que me resta? Só a saudade!

Poema: Odair

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Seu lindo olhar


O amor que nasceu no meu peito
Quando vi o seu lindo olhar
Não me deixa dormir direito
Pois só sei em você pensar.

Trova: Odair

sábado, 14 de agosto de 2010

Existência de vidas desoladas


Sentado solitário e reflexivo
No banco da praça
Observo o que acontece a minha volta
Para descobrir se a vida tem graça.

É fácil perceber um grupo de pessoas
Todos os dias por ali
Envoltos em seus afazeres rotineiros
Como se tudo acabasse aqui.

Corpos esqueléticos e fedorentos
Fumam maconha e cheiram cocaína
Sob a luz do sol
Acabam-se injetando heroína.

Olhares distantes revelam
A angústia de almas desoladas
Que entornam corotinhos de pinga
Na alegria falsa de suas risadas.

Pessoas sem nenhuma espectativa
Na existência dessa caminhada
Triste vidas de pessoas que não vivem
A alegria da alvorada.

Então penso nas oportunidades
Que recebo a cada alvorecer
De poder contribuir para a posteridade
Com a expressão do que é viver.

Nossa sociedade hipócrita deveria
À essas pessoas seus olhos voltar
Pois são almas que necessitam amparo
De outras que saibam amar.

Poema: Odair

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Abstração



Seu olhar na noite escura
Fez a luz ser ofuscada
Pelo brilho da sua tristeza
Que rompeu na madrugada
Do sonho introspecto
Abalado pelo pesadelo
De não mais te contemplar
Na miragem do desfiladeiro
Onde não cosegui segurar a queda
Do castelo que criei
No entardecer do dia alegre
Que aqui imaginei.

Poema: Odair

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Sentimento



Um amor que o tempo não apaga
E lembranças que não se vão
De um sentimento que sinto
Por alguém que conquistou meu coração.

Seus olhos sedutores
Em uma noite de luar
Invadiram minha alma
E fez-me te amar.

A alegria que sai de seu sorriso
Transformou o meu viver
Desfazendo as nuvens negras
Em um novo amanhecer.

Agora de todo meu coração
Quero falar desse sentimento
Que sinto por alguém
Que não sai do meu pensamento.

Poema: Odair

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Como uma chuva

Hoje o dia está tão sereno
Procuro o seu olhar em meio aos ventos
Ventos que sussurram nas árvores
Não sinto o seu sorriso
E como ele me faz falta
Sinto que o dia passa devagar.
A saudade é muita!
E por que sentimos saudades?
Pelo pouco que convivemos
Saudade do que foi bom e marcou
Sua chegada foi tão marcante que é inesquecível!
Foi como uma chuva forte depois de meses sem chuvas...
O cheiro de terra molhada é semelhante ao seu perfume
Não é possível deixar de pensar em você!!!

Poema: Odair

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Porque te amo

Por mais que se procure uma definição
É impossível descrever tal sentimento
Um amor que se move no coração
E não sai do meu pensamento.

Desde o dia em que descobri na primavera
Seus lindos olhos a brilhar
Uma paixão tomou conta da minha vida
E hoje eu só sei em ti pensar.

Perguntas por que te amo
Mas é difícil responder
Pois o sentimento que sinto por você
Não é fácil descrever.

Amo-te porque você é linda
Por que tem na alma uma magia
Que transforma os dias tristes
Na mais perfeita alegria.

Amo-te porque tem um sorriso encantador
Que alegra a minha alma
Mesmo nos dias de incertezas
Ele me transmite a perfeita calma.

Amo-te porque é o amor
Que sempre quis para mim
É a flor que alegra meus dias
Nesse magnífico jardim.

Poema: Odair
Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=145037#ixzz0vlmjSyt2
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Não jogue no lixo seu papel de cidadão



Não jogue no lixo
Seu papel de cidadão.
Não deixe cair nas ruas
O papel que tens na mão.
O verdadeiro cidadão
É aquele que respeita o outro
Que dignifica suas ações
Fazendo as coisas direito.
O exemplo que deixamos
É o que seguirá nossos filhos
E o mais digno deles
É o papel de cidadão.

Texto: Odair
Produzido na aula de Educação Ambiental.

terça-feira, 27 de julho de 2010

No mesmo caminho



No horizonte distante, na noite fria de inverno
Na escuridão do anoitecer
No caminho deserto
Vi você caminhando sozinha.
Uma tristeza invadia sua alma
E de seus olhos uma lágrima descia.
O frio da solidão te fazia chorar,
Tremer.
Foi naquele caminho, naquele instante
Que meus passos cruzaram com os seus
Na minha alma uma solidão.
Seus olhos fugiram dos meus
Sua alma não queria o meu afago
Na tristeza do meu coração
Foi onde percebi
Eu estava no mesmo caminho.

Poema: Odair

sábado, 17 de julho de 2010

Caminhos



Ando por uma estrada sem rumo
Com a solidão a me fazer companhia.
As densas florestas ofuscam o brilho do sol
E não vejo a luz do dia.

Tropeço em algumas pedras na jornada
Pois meus olhos não contemplam o alento
A caminhada é fria e solitária
Que nem aos cantos dos pássaros é possível estar atento.

Meus olhos choram essa triste ilusão
De acreditar na eterna felicidade
Pois os caminhos nem sempre são de flores
E os espinhos revelam uma sinistra saudade.

Meus passos são indecisos neste caminho
Porque nele não encontro segurança
Seus olhos não contemplo na distância
E perdi do coração toda esperança.

Caminhos tortuosos e solitários
São o que restou para os meus passos
A partir do momento em que foste embora
E não mais senti o calor dos seus braços.

Poema: Odair

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Razão de Amar



Foi nos seus olhos que vi
A esperança.
Foi no seu sorriso que encontrei
O alento.
Foi nos seus olhos que perdi
O medo.
Foi no seu sorriso
Que vi a beleza do sonho.
Seus olhos,
Misteriosos, faceiros,
Revelam o amor.
Seu sorriso
Espontâneo, singelo,
Transforma o coração.
Que razão teria melhor
Para te amar?

Poema: Odair

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Seriam os dias tão solitários assim



Naquele encontro
Casual que tivemos
E do sorriso contumaz
Que saiu do seu lábio
E invadiu o coração
Nasceu a paixão
De abraçar seu corpo meigo.
A alegria de viver
Sob o olhar encantador
De um sonho real
Que me fascinou
Durante um longo tempo.
Derrepente você mudou
Deixando só a saudade
A fazer parte da minha vida.
Na linha do tempo se foi
E não mais sorriu.
O coração solitário
Ao ver passar os dias
Lentamente
Pergunta-se
Seriam os dias tão solitários assim
Caso não houvesse
Acontecido aquele encontro?
A resposta cabe ao tempo
Que tudo constrói
De acordo com sua vontade.
Tempo paradoxal
Com você ele passa tão veloz
Pois não vemos como passa,
Longe de você
Ele lentamente nos tortura
E parece a eternidade.
Quero gritar
A sua lembrança
Para que o tempo
Ajude-me a encontra-te outra vez.
E que os dias solitários
Se esfacelem
Deixando-me com os sonhos
E a esperança
De, outra vez, ter o seu sorriso.

Poema: Odair

domingo, 11 de julho de 2010

A Inspiração do Poeta



Você é um sonho
Que me despertou na imensidão
Onde jazia meu pensamento
A descansar de outra emoção.

A razão de despertar
Foi o encontro com o seu olhar
Que revelava o sentimento
De quem sempre buscou amar.

Resignado a descrever-te
A partir da imagem que notei
Ao contemplar seu lindo rosto
Com a imaginação que criei.

Indago-me qual a razão
De um dia te encontrar
Na primavera da vida a sorrir
Para quem deseja te amar.

Serás a pretendida de vários sonhos
Na busca incessante de alguém
Que te ama na solidão da cidade
E que não acha graça em mais ninguém.

Imaginar-te despida de pudor
Amando-te em cada momento
É a sensação de um apaixonado
Que não a tira do pensamento.

A poesia que de seu nome tirei
Revela o sentimento de paixão
Que provocaste em uma alma de poeta
Que encontrou em ti a inspiração.

Poema: Odair

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Intimidade




Íntimo.
Profundo e sedutor foi aquele momento
Em que seu corpo
Revelou-me a sedução.
Intimidade
Que calafrios fez-me sentir
Na ansiedade do prazer
A invadir meu coração.
Quais pétalas de rosas
Soltas ao vento
Seu corpo maravilhoso
Invade meu pensamento.
O ápice da felicidade
Encontrei na sua intimidade.

Poema: Odair

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Lágrimas



O que tem de tão assustador
Em derramar algumas lágrimas?
Lágrimas é a fuga da alma
A dor que escapa pelo olhar.
Lágrimas não é sinal de moleza
Não é fraqueza
Não é infantilidade.
Lágrimas revelam a felicidade
Que vem chegando
Depois de um dia tempestuoso.
As lágrimas acontecem
Quando sentimos o toque de Deus
Na alma silenciosa.

Poema: Odair

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Cadáveres ambulantes



Dentes podres, sem apetite,
O estômago vazio.
Vesícula inflamada
Os olhos amarelados.
Respiração difícil, sem oxigênio no sangue,
Órgãos genitais afetados
Veias em colapso.
Cicatrizes roxas
Tumores,
Dores cruciais torturam o corpo
E a mente.
Nervos à flor da pele
Temores imaginários
Fantasmas que rondam a imaginação
Insanidade.
Sem forças para lutar
Para se libertar.
Os viciados em drogas
São cadáveres ambulantes.
Não se deixe levar pelas ofertas
Pela sensação do bem-estar inicial.
É melhor viver sem elas
Do que ser um zumbi neste planeta.

Poema: Odair
Adaptado de A cruz e o Punhal.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Não espere eu ir embora



Caminho por uma estrada sem fim
Na esperança de alcançar o seu olhar
Perambulo pelas noites sombrias
Sem ter a noção de onde está o luar.

Dedico-te um sentimento que me domina
Declaro-te um amor que nasceu no coração
Uma paixão que procuras a muito tempo
Pois não queres mais viver na ilusão.

Falas-me de amor que tens na alma
Da esperança em dias felizes viver
Queres que seja o seu horizonte tão desejado
E que te faças o medo esquecer.

Não espere eu ir embora de sua vida
Sem mesmo ter tentado viver essa paixão
Não permita que seu destino seja controlado
Por quem não sabe o que sentes no coração.

Vem viver comigo esse amor
Que nos mostra a felicidade
Para que possamos caminhar juntos
E não ficarmos sós com a saudade.

Poema: Odair

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Estrela Perdida



O meu sonho era real
Era um sonho tão legal,
Mas o destino tão cruel
Tornou-se amargo como fel.
Eu nasci para te amar
Só queria ser feliz
Minha vida era sonhar
Com o mundo que eu sempre quis.
Mas, você se foi.
Deixou comigo só a saudade.
As lembranças de um grande amor
Que era minha felicidade.
Hoje ando vagando sem rumo
Não sei aonde vão os meus passos,
Minha vida é sem sentido
Sou uma estrela perdida no espaço.
Se um dia você voltar
Com certeza eu irei sorrir.
O mundo terá mais encanto
E a natureza vai florir.


Odair José
Poeta e Escritor Cacerense

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Viver


Quero apenas viver
A vida que Deus
Com muito amor me concedeu...
Quero realizar
O sonho do presente
Que em minhas mãos Ele me deu.
Compartilhar esse sonho
Que vi em seus olhos
Que encontrei em seu sorriso
E me fez entender
O significado da vida.
Pois, em você
Descobri o amor.

Poema: Odair

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Que esse amor aconteça


Meus olhos marejados estão
Tentam revelar-te o amor que sinto
Estou neste labirinto
Entre a paixão e a solidão.

Sou uma pessoa apaixonada
Que não consegue viver sem você
Hoje quero te ver
Não deixe minha alma isolada.

Reconheço que errei
Que você pode não mais me querer
Não deixe-me triste viver
Pois você é quem mais amei.

A distância não pode impedir
Que esse amor aconteça
Por favor, não me esqueça
Pois quero contigo sorrir.

Não podemos viver uma amizade
Pois existe um lindo amor
Que nos enche de calor
E pode nos dar felicidade.

Poema: Odair

sábado, 5 de junho de 2010

Nos meus sonhos estou a te amar...


Sinto um amor que domina minha vida
Que extrapola meus desejos
Sinto o aroma de seus beijos
Que a torna para mim tão querida...

Transformo minhas noites em sonhos
Dos quais procuro não acordar
Porque neles estou sempre a te amar
E meus olhos não são tristonhos.

Seus olhos tão misteriosos e singelos
Invadem minha triste solidão
Traz alento ao meu frágil coração
E a ele oferece momentos belos.

Tens um sorriso encantador
Que mostra-me quão próximo estou do paraíso
Pois, neste belo sorriso
Esqueço minha própria dor.

Amo-te de forma sublime
Pela mágica que tranquiliza minha alma
Por dar-me a preciosa calma
Que meu coração tanto exprime.

Poema: Odair

quinta-feira, 27 de maio de 2010

De que loucura falamos?


Da loucura da vida...
Do que somos
Do que queremos ser
Da liberdade que não temos,
Mas tanto desejamos...
Da coragem louca
Que precisamos ter para viver
Da loucura da realidade!
Da louca mania em te imaginar
Viajar nas asas da ilusão
E, te ver na imensidão.
Loucura que transborda
Que não retarda
Que me faz caminhar.
Loucura de saber que você existe
Que está perto de mim,
Mas não te alcanço.
Loucura que me faz sonhar.
Sonhar com você!

Poema: Odair
M. Você foi a inspiração...Apenas poetisei sua mensagem. Beijo.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Hoje sei que só quero o seu amor


Indeciso.
Sem saber o rumo certo.
Qual decisão tomar.
Errei.
Todos os dias nos deparamos com essas ilusões.
Decisões.
Seus olhos me fascinaram
Seu sorriso me conduzia
E me mostrava uma nova oportunidade.
Mas, eu estava preso.
Anos de convivência
Noites e noites de companhia.
Não era fácil tomar uma decisão.
Escolher uma nova emoção.
Errei na escolha.
Naquele momento escolhi continuar na prisão.
Você se foi na noite fria.
Triste.
Sentindo a dor do abandono.
Descobri o quanto errei.
Chorei.
Arrependi-me.
E, hoje voltei.
Aqui estou diante de ti.
Preciso do seu amor,
Do seu carinho, do seu sorriso.
Mas, você tem medo.
E com razão.
O quanto sofreu.
Mas, não siga os meus passos.
Não erre na decisão.
Quero te dar todo amor que você merece.
Quero me redimir.
Provar que te amo de verdade.
E que hoje não tenho mais as incertezas de outrora.
Hoje sei que só quero o seu amor.
Quero contigo viver.
Quero te amar com ternura.
Preciso de você.
Por isso estou aqui.

Poema: Odair

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Onde escondo a minha dor


Descobri através do silêncio
Que a vida segue a sua direção
Como um rio desce as montanhas
A dor falece no coração.

O tempo fez-me esquecer
O sorriso e a felicidade
Que outrora contigo tinha
E que agora tenho a saudade.

Não é que o amor tenha acabado
O contrário dito deve ser
É que a solidão me ajuda a caminhar
E seus olhos a esquecer.

No mais profundo do coração
É onde escondo a minha dor
De uma inesquecível paixão
E a ausência de um amor.

Hoje sei caminhar sozinho
E a jornada da vida trilhar
Já não sinto medo do futuro
Pois, outra vez, aprendi amar.

Poema: Odair

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Foi assim


Eu estava ali,
Sozinho.
Existia um silêncio profundo, ensurdecedor.
Meus olhos choravam
Lágrimas de um sonho perdido no tempo.
O coração sentia, imaginava:
Onde está esse amor?
Seus olhos.
Tão sedutores, tão meigos
Invadiram minha existência.
Seu sorriso, espontâneo,
Encheu meu coração de esperança.
Senti, naquele momento, minha vida renascer.
Deus mostrou-me nos seus olhos a felicidade
Que durante anos procurei.
Apresentou-me no seu sorriso
A esperança que sempre desejei.
Sonhava com você há muito tempo;
Via-te na minha imaginação por onde eu andava.
Então, se me apresentou a razão de amar.
Foi assim que por ti me apaixonei.

Poema: Odair

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Coração de Serpente



Coração de serpente é quente
Fere a alma da gente
E não existe antídoto para o seu veneno
Somos atraídos
Somos feridos
E nos tornamos seres pequenos.
Desde o jardim do édem
O sorriso engana
Nos inflama
Diz que nos ama
E então nos deixa no sofrimento
Não existe alento
O brilho dos olhos ofusca
Entramos em uma eterna busca
Para curar a cicatriz
E por um triz
Somos devorados em nossa paixão
Ah... Coração de serpente

Poema: Odair

terça-feira, 4 de maio de 2010

Sei que existe amor



Seus olhos brilham quando encontram os meus
Falam de amor que sentes no coração
Não conseguem disfarçar o sentimento
Que procuras entender com a razão.

Amor que nasceu dentro de nós
E que perdura na eternidade
Que promete um futuro brilhante
Cheio de encanto e felicidade.

Sei que existe amor
Dentro dos nossos corações
Um sentimento que domina nossas vidas
E controla nossas emoções.

Amar-te é um sonho
Do qual não quero acordar
Uma felicidade que pulsa no meu peito
E faz-me com você sonhar.

Porque deixar que o medo sufoque
O sentimento que existe no coração
Se entregue ao amor que a ti ofereço
E venha viver comigo essa paixão.

As lágrimas que de seus olhos escorrestes
Na noite do nosso encontro eterno
Demonstra o mais puro amor
De uma alma que tem sentimento terno.

Não consigo esquecer o sorriso lindo
Que deixas transparecer ao luar
Sorriso que me cativou
E fez por ti me apaixonar.

Espero que entendas esse sentimento
Que enlaça nossa existência
E deixe que o amor nos conduza
A viver essa paixão em toda sua essência.

Poema: Odair

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Miragens no Horizonte



Hoje me levantei com a cabeça inchada,
Uma dor enorme invadia minha alma.
Não consegui dormir à noite toda
E o coração acelerou repentinamente.
A tristeza invade a alma
Com uma solidão terrível
Difícil de suportar.
Hoje sei o que sinto
Que meus passos são incertos na caminhada
Que estou perdido em algum ponto no universo
Sem saber para onde seguir.
Sinto-me preso em cerca de espinhos
E não consigo me mover para lado algum
Sem me ferir mortalmente.
Uma vontade profunda de sepultar-me
No profundo do abismo
Para notar se o sofrimento é real.
Caminhava de cabeça erguida
Como se soubesse para onde ia
Sem saber que no horizonte distante
Uma miragem me aparecia.
Sinto um frio percorrer o meu corpo
Descoberto pelas feridas da vida.
Tal como Jonas no mar profundo
Nas entranhas do grande peixe.
Busco uma resposta para o sofrimento
Que aflige a minha alma
E contemplo seus olhos meigos
Mostrando-me onde foi que errei.
Meus horizontes sem ti se afunilam
Transformam-se em miragens no deserto
E me sucumbem na angústia de uma vida errante
Sem sentido e sem direção.
Então olho para suas mãos
E as vejo cravejadas por mim
Que indicam um retorno
Na estrada onde me perdi.
Tempos infindos se passaram
Mas sua graça me susteve
Não deixando que sucumbisse
Aos desesperos da vida.
Quero voltar ao caminho certo
Onde tinha paz e alegria
Quero sorrir outra vez
E desfrutar do seu amor.
Qual filho pródigo, inclino-me diante de ti.
E suplico o teu perdão
Por abandonar-te durante todo esse tempo.
Não permita miragem no meu caminho
Quero ver tua imagem real
A estender a mim o seu amor
E caminhar na tua presença para todo sempre.

Poema: Odair

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Onde Os Fracos Não Têm Vez



No caminho silencioso que trilho
Nas horas sombrias que a vida reserva
A dor de uma ausência sentida
De olhos que se foram na escuridão.
Sonhos que se desfazem
Nas agruras de dias tenebrosos
Qual castelo de areia
Demolido pelas águas do mar.
Porque chorar pela fuga desenfreada
De ilusões tão patentes
Na esperança de dias melhores
Quando nunca houve dias assim?
Nas paragens desse caminho
Sento-me sozinho e triste
Onde os fracos não têm vez
De chorar sua desilusão.
Não se pode recriar fantasia
De que o pesadelo não é real
Quando a dor é passageira
E uma nova aurora surge no horizonte.
A alma, no entanto, nisso não crê.
Quando desperta nas noites frias
Sem sentir o calor daquele corpo
Que do frio o aquecia.
Lembranças que fazem doerem
A sensação do esquecimento
De olhos marejados
Que sofriam na prisão.

Poema: Odair