sábado, 27 de fevereiro de 2016

"Nas nuvens"


Um só sentimento 
E várias emoções. 
Mesmo que queiramos evitar 
Não temos a ideia da proporção 
E não podemos explicar 
Que não é 
Uma simples paixão. 

Apenas um sorriso 
Um abraço 
Ou até mesmo 
Um simples e meigo olhar 
Vindo das pessoas que gostamos 
Nos sentimos "nas nuvens" 
Em alguns momentos. 

Sentimento totalmente inexplicável 
E ao mesmo tempo tão real. 
Como podemos evitar 
Esse sentimento que só pode nos ganhar? 

Poema: Thalísia Christine Aniceto

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Fizeram-me acreditar



Fizeram-me acreditar que existiam monstros 
Que se eu desobedecesse haveria uma punição 
Falaram-me de um abismo cruel 
Onde todos meus pecados seriam expostos em expiação. 

Fizeram-me acreditar que sonhos não existem 
Que se eu sonhasse com um mundo melhor 
De nada adiantaria, pois mundo melhor não é possível 
Com o ser humano corrompido e cada vez pior. 

Fizeram-me acreditar que não poderia ser feliz 
Pois a felicidade é um complemento da vida 
E que vidas humildes não alcançam esse prazer 
Porque em toda chegada há sempre uma despedida. 

Fizeram-me acreditar que a dor é suportável 
E que por ela na minha caminhada teria que conviver 
Que não há bálsamo na alvorada da vida 
E que, mais impossível ainda no alvorecer. 

Fizeram-me acreditar em uma porção de bobagens 
Que me nego hoje a acreditar 
Pois a vida é feito de conquistas em cada manhã 
Para que no crepúsculo possa sonhar. 

Fizeram-me acreditar em certas coisas 
Que não fazem mais sentido para mim 
Tenho noção do que quero na minha vida 
E ser feliz é possível sim. 

Odair José Poeta e Escritor Cacerense

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

O seu carinho no alvorecer


Antes que tivesse fim 
A ausência que invadia meu coração 
Seus olhos negros 
Mostraram-me uma nova razão. 

Como um pássaro alado 
Procurei o seu carinho no alvorecer 
Depois de uma noite fria 
Precisava dele para continuar a viver. 

Por algum tempo 
Pensei não ter mais o seu amor 
Pois a saudade queria 
Preencher meu coração de dor. 

Num piscar de olhos 
Vi você em minha direção caminhar 
Seu sorriso tão singelo 
A revelar-me o quanto é bom te amar. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

A tirania do urgente


Olho pela janela e vejo o sol nascer 
Preciso chegar o mais rápido possível 
Meus pés tropeçam nas pedras do caminho 
E alcançar o objetivo do dia parece impossível. 
O tempo já não passa 
Simplesmente voa 
E eu preciso chegar ao meu destino 
Antes que o dia se destoa. 
A sociedade espera que eu consiga chegar 
Ao topo da montanha que preciso escalar 
Não existe alternativa de escape 
Pois o mundo atropela quem vacilar. 
Sou caminhante desta vida alucinada 
Onde o imperativo é o urgente 
Que pressiona o fazer hoje. 
Urgente 
Eis uma palavra do cotidiano 
Que impulsiona o tempo de construção 
Uma ideologia que esmaga 
Atropela o coração. 
Tenho que seguir em frente 
Construir meu universo 
Se parar posso ser esmagado 
Por esse capitalismo perverso. 
Olho pela janela e o sol já se pôs 
Ainda não deu tempo de concluir meu poema 
E as dúvidas martelam minha mente 
O que fazer com esse dilema? 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Percepção



Caminho devagar 
Em uma estrada que parece não ter fim 
Seus olhos estão distantes 
São miragem que foge de mim. 

Uma tristeza alucinante 
Revela um semblante em dor 
Meus passos são lentos 
Pois não conheço mais o amor. 

Tenho a percepção 
De uma cruel realidade 
Que transforma meu riso em pranto 
Quando aumenta em mim a saudade. 

Seus olhos tão meigos 
Era a razão do meu viver 
Sem eles sou um andarilho 
Que não consegue te esquecer. 

Deixo-me cair na margem da estrada 
Pois não consigo mais caminhar 
Sou a imagem da desilusão 
De quem só soube te amar. 

Minha percepção embaraça-me 
E sou confundido pela realidade 
Não sei se você existiu 
E se fez parte da minha felicidade. 

Quem sabe você foi apenas 
A ilusão do amanhecer 
Dominou meus pensamentos 
E deixou-me no entardecer. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Nas asas do vento



Senti uma brisa suave pela janela entrar 
No meu rosto triste ela veio tocar 
Abri meus olhos na esperança de alcançar 
A meiguice do seu intenso olhar. 

Na noite escura da minha solidão 
Busquei seu sorriso na imensidão 
Queria que fosse o alento do meu coração 
Pois você é, do meu viver, a razão. 

Nas asas do vento tentei te esquecer 
Voei para longe para não mais te ver 
Só queria minha vida viver 
E deixar em meu peito outro amor nascer. 

Seus olhos foram à razão do meu amor 
Distante deles sinto imensa dor 
O sol já não tem brilho nem calor 
E, no meu jardim, morreu essa flor. 

Deixo-me voar nas asas desse vento 
Para buscar-te no meu pensamento 
Tentar ter paz neste momento 
Em que tenho você no meu sentimento. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Eu sonho


Eu sonho... 
Sonho com o dia em que vai voltar 
Com todas as noites 
Que vou poder te abraçar. 
Sonho com o paraíso ao teu lado 
Com a vida que levaríamos juntos. 
Eu sonho com a hora, 
Com o dia, 
Com a noite 
Sonho com o momento em que vai voltar... 
E me fazer parar de sonhar. 

Poema: Carla Bianca S. Alonso 
(9º Ano Q. I)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Tropeço



Tropecei em meu medo e chorei... 
Mas o tempo que é amigo me fez ver... 
Que poderia viver... 
Novos horizontes me esperam. 
Outros sóis estão aguardando, 
Ansiosamente, 
Para iluminar e aquecer 
Esse planeta. 
Nova vida em meus olhos brilha... 
Novos sonhos 
Me despertam para a caminhada. 
A vida é tão maravilhosa. 
Nunca estamos sozinhos 
Na caminhada da vida 
Neste imenso universo. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Meu amor por você é tanto...


Hoje gostaria de dizer, ou melhor, de expressar 
Um sentimento grandioso que trago em meu coração. 
Não sei o que me fez apaixonar, 
Seu sorriso, seu olhar ou mesmo uma simples emoção. 
A única coisa que sei realmente 
É que a amo de uma forma muito divina. 
Quero apenas o seu abraço, o seu calor 
E a magia de um beijo de tua boca pequenina. 
Às vezes meu amor por você é tanto 
Que fico com medo de um dia te perder. 
Para falar a verdade, 
Acho que sem você não saberia como viver. 
Não me interessa as coisas dessa lida 
Não me interessa o sol, a flor, o luar. 
O que me interessa nessa vida 
É a simplicidade que encontrei em seu olhar. 
Sempre fico pensando em uma forma 
De dizer-te o quanto meu amor é grande por você. 
Mas não encontro essa forma 
Então, apenas digo, não consigo te esquecer. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Negue-me seu amor



No silêncio que me faz pensar 
Busco uma razão para esquecer 
Tudo o que me fez ter esperança 
De, outra vez, em mim o amor renascer. 

Nas horas que passo em você pensando 
Deixo os pensamentos no infinito te buscar 
Para dar vazão ao sentimento 
Que me faz em você sempre pensar. 

Negue-me seu amor 
Mas não deixe de amar-me 
Mesmo nas horas silenciosas 
Sua voz macia vem falar-me. 

Eu busco em você a esperança 
Que me faz no amor acreditar 
Pois, em seus olhos sedutores 
Eu vi um amor tão forte brilhar. 

Negue-me seu amor 
Mas não deixe em mim a solidão 
Em seus braços preciso descansar 
Para dar paz ao meu coração. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Olhos distantes


Seus olhos estão distantes 
São moldura tão longe de mim; 
Eu não esqueço seu sorriso, 
Tu és tudo que preciso, 
Para viver feliz assim. 

Seus olhos estão distantes 
Mas, é o meu bem querer; 
Eles fazem-me em você pensar 
Em todo tempo desejar 
Ao seu lado viver. 

Seus olhos estão distantes 
E vive no meu pensamento; 
Por eles tenho alegria 
De viver a nostalgia 
Que domina meu sentimento. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Responda-me, se puder


Por que ter uma religião 
Se tu tens a arte no lugar? 
Por que ser escravo do amor 
Se tu tens a solidão para te acompanhar? 

Por que tantas pessoas caminhando 
Por um caminho sem volta 
Se tens uma estrada diante de ti 
Que não precisa de revolta? 

Quantas sacanagens 
Colocam diante das mentes produtivas 
Na esperança de afastá-las 
De suas fronteiras comunicativas. 

Embaraços de uma vida 
Envoltas em braços insensíveis 
No alvorecer de um milênio 
Onde os sonhos parecem invisíveis. 

Quem disse que a humanidade está em paz? 
Quem garante a estabilidade 
Ou o sonho financeiro de um mundo 
Tão caótico quanto a nossa realidade? 

Por que ter uma religião 
Se as mensagens são todas distorcidas? 
Verdades fabricadas em gabinetes 
Que perpetram esperanças perdidas. 

Imposições de fariseus 
Para que bebamos em goles profundos 
Os venenos da falsa religião 
Que dizem transformar o mundo. 

Onde estão as poesias? 
As verdades que transformam a nossa mente? 
Quero soltar o meu grito de horror 
Na tortura que destrói essa semente. 

Como combater a ignorância política 
Impregnada nas mentes religiosas? 
Que querem a todo custo 
Controlar as mentes ociosas. 

O que acontece com o ser humano? 
Responda-me, se puder. 
Como estancar o horror das primeiras páginas 
Que está patente a quem quiser? 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Palavras certas


Não sei se sou ignorante, 
Se meu vocabulário é pobre 
Ou se não soube 
Procurar as palavras certas 
Para expressar o meu amor. 
Um dilema povoa minha mente 
E não falo às palavras 
Que está no meu coração. 
Mas, a verdade, meu amor, 
É que não consigo encontrar 
As palavras certas 
Que expressem toda magia deste amor. 
As palavras que conheço 
Não atingem a intensidade 
E não expressam totalmente 
O que se passa no meu coração. 
Por mais que eu diga: te amo! 
Por mais que eu tente demonstrar 
As palavras não são suficientes 
Para divulgar a minha alegria 
Quando vejo o seu sorriso 
E o amor em seus olhos. 
O que posso dizer, afinal, 
É que você é o melhor acontecimento 
Em minha vida! 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Em seus braços


Na linha imaginaria do tempo 
Eu que me perdi no seu olhar 
Desejava apenas um amor 
Onde pudesse descansar. 

Em seus braços me perdi 
No aconchego do corpo seu 
Foi uma sensação tão boa 
Que nos meus sonhos ele é todo meu. 

Quero apenas amar 
Esses seus olhos sedutores 
Que me conduzem ao paraíso 
Onde quero viver só de amores. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Às noites são silenciosas quando quero pensar



Às noites são silenciosas quando quero pensar. 
Não ouço a respiração dos meus próprios medos. 
Deixo-me levar pelo silêncio da minha alma 
Que busca alívio para a dor interna. 
De dia foram os sorrisos. 
Mas, à noite trás consigo a angústia de uma solidão 
Que permanece no vazio da alma. 
Lá no fundo, 
O que quero é ter a liberdade de deixar escapar 
Pelos meus dedos as ilusões 
Escondidas dentro do coração. 
Lá fora as estrelas brilham 
E o vento sopra as folhas. 
Parece fazer frio. 
Mas, eu me escondo por entre os lençóis de cetim 
Na esperança de não sofrer. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Se distante de mim você sorrir


Um dia cantei a ti o amor 
Tudo aquilo que sentia em meu coração 
Revelei-te o sentimento que em mim crepitava 
Com a mais pura emoção. 

O medo e a desilusão da vida 
Fizeram você de mim se afastar 
Procurou em outros refúgios 
A chama do amor apagar. 

Na noite de despedida selei o juramento: 
Sempre com carinho de ti lembrar 
E, mesmo com o passar do tempo 
Para sempre te amar. 

O sorriso e a lágrima 
Foi o que marcou nosso amor 
Em prosa cantei esse tema 
No qual selo hoje com muita dor. 

 Decidi que mais vale para mim 
Longe dos meus braços ver teu sorriso 
Do que sentir suas lágrimas a molhar meu peito 
Por que não é isso o que preciso. 

Se distante de mim você sorrir 
Por sua felicidade encontrar 
Serei feliz em minha tristeza 
De ter saudade do seu olhar. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense