sábado, 30 de julho de 2016

Vou caminhar sozinho


As palavras parecem vazias 
Elas não surtem efeitos. 
Eu choro lágrimas efêmeras que saem de meus olhos 
Atônitos de tanto visualizar essa besteira toda. 
Minhas mãos querem tocar alguma coisa 
Que tenha a capacidade de firmar os meus passos. 
Não há saída para a angústia que permeia 
Meus sentimentos 
E eu busco seus olhos no entardecer. 
Você está distante 
Mas tento te alcançar mesmo assim. 
Não sei porque se foi 
Se a jornada ainda não terminou. 
Sinto a brisa do final do dia tocar meu rosto 
E subo a mais alta montanha de onde quero gritar 
O seu nome até estourar os meus pulmões. 
Seus olhos se fecharam a última vez que os vi 
E não me revelou o seu coração. 
Uma dor cruel me acompanha por onde vou 
E meus passos são indecisos. 
Você sempre foi a minha inspiração 
E nunca leu os meus poemas com a devida atenção. 
Quantas palavras saíram do meu coração 
E foram parar na lata de lixo por ser uma ilusão. 
Sem você o tempo passa lentamente 
E as estrelas são encobertas pelas nuvens escuras 
Do meu olhar. 
Eu não me acostumo sem você aqui 
E não quero sentir outra vez o seu perfume 
Que me lembra um jardim em flores na primavera. 
Vou caminhar sozinho 
Pela estrada vazia e deserta 
Que contemplo na minha frente. 
Seus olhos meigos cheios de vida 
São as melhores lembranças que guardo no coração. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Sem querer olhei em seus olhos


Sem querer olhei em seus olhos 
E eles foram à causa de minha perdição 
Por ver neles a beleza do amor 
Deixei que levasse o meu coração. 

Eu amo você faz tanto tempo 
Mas não consigo expressar meus sentimentos 
Seus olhos tão sedutores 
Fizeram-me ficar com você nos pensamentos. 

Sem querer olhei em seus olhos 
E eles são a razão de tanto amor 
Por isso sinto na minha alma 
Só você pode afastar de mim essa dor. 

Hoje quero deixar meu coração falar 
O que tenho guardado dentro de mim 
Pois quando vi você tão linda a sorrir 
Percebi que te quero sempre assim. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Colapso



Aos poucos foi crescendo 
Aquele amor no coração 
Uma alma que sorria 
Apesar da noite fria 
Não se deixava envolver na ilusão. 

Sentia-se como um pássaro 
Livre no horizonte a voar 
Não temia a escuridão 
Nem mesmo a solidão 
Que insistia nele habitar. 

Na manhã gélida do tempo 
Antes mesmo do sol nascer 
Viu seu mundo desabar 
Sentiu vontade chorar 
E, por um instante, viu morrer. 

Um colapso muito grande 
Sentiu na sua alma 
Deixou-se voar no pensamento 
Ser levado pelo vento 
Até as alturas e sentiu calma. 

Soube, então, que haveria 
Sempre um novo amanhecer 
Não poderia ficar prostrado 
Para sempre ali deitado 
Pois, a vida é para viver. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 26 de julho de 2016

Não queria abrir o meu coração



Naqueles olhos estavam estampados 
Toda aquela história de medos 
Todos os segredos 
Que ela insistia em querer esconder. 

No coração havia muito amor 
Que ela não queria viver 
Por medo de sofrer 
As ilusões da vida que a cercava. 

Quando me aproximei 
Eu não deixei de notar toda a tristeza 
Aquela incerteza 
Que apertava o seu coração. 

Ela sorriu de mansinho 
Um sorriso tão singelo 
De todos o mais belo 
Que meus olhos até então tinha visto. 

Eu não pretendia me apaixonar 
Não queria abrir o meu coração 
Tinha medo da solidão 
Que poderia sobre minha vida se abater. 

Meu coração pertence a ela 
Depois que vi seus olhos brilhar 
Eu só vivo a pensar 
O quanto é bom esse sentimento. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

domingo, 24 de julho de 2016

A tirania do urgente


Olho pela janela e vejo o sol nascer 
Preciso chegar o mais rápido possível 
Meus pés tropeçam nas pedras do caminho 
E alcançar o objetivo do dia parece impossível. 
O tempo já não passa 
Simplesmente voa 
E eu preciso chegar ao meu destino 
Antes que o dia se destoa. 
A sociedade espera que eu consiga chegar 
Ao topo da montanha que preciso escalar 
Não existe alternativa de escape 
Pois o mundo atropela quem vacilar. 
Sou caminhante desta vida alucinada 
Onde o imperativo é o urgente 
Que pressiona o fazer hoje. 
Urgente 
Eis uma palavra do cotidiano 
Que impulsiona o tempo de construção 
Uma ideologia que esmaga 
Atropela o coração. 
Tenho que seguir em frente 
Construir meu universo 
Se parar posso ser esmagado 
Por esse capitalismo perverso. 
Olho pela janela e o sol já se pôs 
Ainda não deu tempo de concluir meu poema 
E as dúvidas martelam minha mente 
O que fazer com esse dilema? 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Quero estar com você no amanhecer


Desejaria ter o dom das palavras para expressar 
O sentimento do coração; 
Mas nem sempre isso acontece e as palavras, 
Mesmo com o meu desejo, não são completas 
E o coração não pode ser revelado em sua essência. 
Quero falar de amor na sua plenitude 
De amor que incomoda o coração 
E desejamos a pessoa amada 
Ao nosso lado. 
À distância e a ausência faz o coração doer muito 
E você deseja voar as nuvens e ir ao encontro do amor. 
Deseja esquecer todas as tristezas que sofreu por esse amor 
E acreditar que dias melhores estão por vir. 
Mas como falar de amor 
Se não sabemos ao certo o que é esse sentimento? 
Eu quero estar com você no amanhecer, 
Mas não sei se quero estar no entardecer. 
Há uma lacuna a ser preenchida 
Um hiato que necessita resposta. 
Não sei explicar esse sentimento ao certo 
Só sei que sofro todos os dias. 
Seus lábios são o desejo que preenche o coração 
Na busca pelos seus beijos 
E quero esquecer as angústias e viver esse amor. 
Se seus olhos já não tem mais o mesmo encanto 
O que eu posso fazer? 
Sempre foram eles que me guiaram nessa jornada 
E me mostraram o brilho do amor. 
Ando perambulando pelas margens gélidas da vida 
Na busca de resposta que preencha esse vazio. 
Esquecer é a solução 
Para apagar do peito a ilusão 
Que me fez caminhar durante tanto tempo. 
Não sei ao certo se entendes minhas palavras 
Mas, procura encontrar no fundo de sua alma 
Uma explicação para elas. 
Por isso sempre disse que gostaria de ter as palavras 
Que explicassem tudo isso. 
Mas, quanto mais tento explicar 
Mais complicado é entender o que acontece. 
Procure olhar no horizonte e ver a esperança 
Que está além dos olhos seus. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 19 de julho de 2016

A (taques) e resistência


Com sua força manipuladora 
Tenta convencer o povo amiúde 
De que faz boa coisa 
Enquanto tira-nos a dignidade 
De um reajuste a que temos direito. 
A (taques) de um ditador 
Que não sente a dor 
De trabalhadores honestos 
Que sustentam esse Estado. 

O pior de tudo 
São as mentiras utilizadas 
Para convencer a população 
De que o governo tem razão. 
Mas, aqui existe resistência 
De trabalhadores do bem 
Que com muita insistência 
Resiste a esses a (taques) também. 

Seguimos firmes na luta 
Pelos nossos direitos 
Conquistados com lágrimas e suor 
Ao longo da história 
E não podemos deixar sair da memória 
Que quem não luta por seus direitos 
Não é digno deles! 

Unidos queremos seguir 
Na esperança de conseguir 
Estar entre os nomes consagrados 
Muitos dos que lutaram determinados 
A fim de esses direitos conquistarem 
Temos que reptar os que nos afrontarem. 

Nada pode impedir que o nosso clamor 
Alcance as altitudes de bom lutador. 

Lutar é o nosso princípio 
Unidos contra esses ataques 
Temos que continuar dispostos 
A vencer a afronta do governo Taques. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense 
Arte: Sálvio Junior

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Amor em forma de versos


Sou um homem apaixonado 
Mas não gosto de charadas 
Procuro sempre falar a verdade 
Para não dar mancadas 
Sou sempre cuidadoso 
Para não cair em ciladas. 

Amo esse olhar tão profundo 
Pois, vejo-o com o coração 
Quero eternizar essa beleza 
Com a mais pura emoção 
Dizer à alegria que sinto 
Ao ver dissipar minha ilusão. 

Quando vejo seus olhos lindos 
Foge de mim a tristeza enfurecida 
Seu sorriso transforma o momento 
Trazendo paz a minha vida 
Não existe mais o medo 
Pois, em você encontro guarida. 

O encanto de seus olhos 
Faz-me ao sonho viajar 
Para um mundo encantado 
Onde sempre vejo o luar 
Que prepara meu coração 
Para sempre te amar. 

Cada vez que vejo seus encantos 
Minha tristeza vai ao chão 
E eu que quero me livrar dela 
Contemplo em você a emoção 
Que procuro para minha vida 
Por isso, tenho tanto admiração. 

Quero sempre com você viver 
Para que a solidão possa matar 
Eu sou um eterno sonhador 
Não sou fácil de quebrar 
Por isso, de corpo e alma 
Por esse amor vou lutar. 

Não importa quanto tempo 
Ainda terei que viver 
Na esperança de ter o seu amor 
Quero deixar em mim crescer 
A magia deste sentimento 
Que em seus olhos vi nascer. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 15 de julho de 2016

O amor que sinto por ti



O brilho dos seus olhos rasgou a escuridão 
E dissipou a minha ilusão. 
O tempo descontinuou por um longo instante 
E a tristeza foi para bem distante. 

O amor que persevero em te revelar 
É maior que as coisas banais da vida. 
E o desejo que sinto por ti, querida, 
Maior que o próprio mar. 

Amo-te como ama o amor 
Como a alma sedenta anseia a fonte 
De água límpida e refrigerante 
Assim é o anseio de meu ser pelo teu calor. 

Sou amante de seus olhos lindos 
De sua alma singela e radiante de viver 
Amar você é ver o sol ao amanhecer 
E seus lábios sempre sorrindo. 

Que minha alma consiga expressar 
A razão de meu amor por você 
O anelo de contigo viver 
Para sempre e sempre te amar. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 12 de julho de 2016

Meu coração é um lugar sagrado



Guardo dentro do peito 
Um amor que me faz viver 
Uma paixão que me conduz 
Um fogo que arde no meu ser. 

Meu coração é um lugar sagrado 
Onde vive o seu olhar 
Nele deposito minhas canções 
Que um dia vou te entregar. 

O amor que sinto por ti 
É imenso e salutar 
É a fonte de vida 
Que me faz caminhar. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Eu busco uma estrela



A lua ontem estava tão linda 
Nela vi os seus olhos 
Que transmitem a beleza da vida. 
Mesmo assim me faltava alguma coisa 
Que pudesse me trazer alegria. 
Eu busco uma estrela 
Que desse norte ao meu viver 
E o brilho da lua a ofuscava 
Pela beleza rara de ser. 
Onde está essa estrela 
Que não a encontro no céu 
Da minha existência? 
Onde está a estrela 
Que pode ter o brilho mais intenso 
Que a beleza da lua? 
Olho para o céu na esperança de encontrar 
E, nessa esperança, 
Continuo a caminhar. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Como eu era antes de você


Passos indecisos e coração vazio 
De uma vida sem amor e sem carinho 
Eu vivia na solidão 
Triste a perambular pelas ruas 
Em busca de um olhar 
Que percebesse a minha dor. 
Nada parecia fazer sentido na minha vida 
E minhas noites eram intermináveis 
Com lágrimas 
Eu banhava meu travesseiro 
E chorava minha triste solidão. 
Foi quando parecia não ter mais saída 
Que uma voz silenciosa falou no meu coração 
Que existia uma esperança para mim 
Uma fuga para aquele sofrimento 
Que as correntes seriam rompidas 
E eu poderia encontrar a paz 
Que minha alma tanto almejava. 
Eu era triste antes de encontrar você 
Era solitário e sem esperança. 
Mas, tudo mudou quando vi o seu olhar 
E suas mãos estendidas para mim. 
Pude sentir o carinho que transmitia 
E o amor do seu coração 
Transbordante 
Preenchendo a minha alma de alegria. 
Hoje sinto uma paz verdadeira 
Dentro do meu coração 
E sei que sou amado antes da fundação do mundo. 
Hoje sou feliz 
E já não sou mais 
Como eu era antes de você, 
Meu amado Salvador Jesus! 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Na noite de nossos sonhos



Foi um sorriso tímido 
Quase imperceptível 
De uma alma irrequieta 
Cujo som era inaudível. 

O olhar não pode ser evitado 
Mas essa era sua vontade 
Pois escondia mistérios 
De um tempo de saudade. 

O encontro casual 
Que uniu nossos pensamentos 
Pareceu coisa do destino 
Na união de sentimentos. 

Na noite de nossos sonhos 
Houve tal felicidade 
Que para sempre estará conosco 
Nas horas tristes da saudade. 

Amar-te foi um sonho 
Do qual não quero acordar; 
Quanto mais passa o tempo 
Mais eu quero te amar! 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quarta-feira, 6 de julho de 2016

A lâmina afiada do desejo



Há um grito preso na garganta 
Que teima em tentar escapar 
Para voar o infinito 
Na busca de te encontrar. 
Perambulo pelas ruas incólumes da cidade 
Nas vielas escuras 
E vejo os olhares a espreita 
Para devorar minha alma. 
São demônios da escuridão 
Que querem destruir os meus sonhos 
E eu não tenho medo 
Porque vivo na ilusão. 
Rasga a minha alma na incerteza 
De dias que já não voltam mais 
E a solidão de outrora 
É apenas uma luz ofuscada na noite. 
O grito já não está preso 
Foi solto no alto da montanha 
Onde agora me encontro 
Tristemente a vagar. 
Não preciso de seus conselhos 
Eles já não me ajudam mais 
Há uma incerteza 
Que ofuscam a minha visão. 
O sol está se escondendo 
E o amarelo dourado me deixa triste 
Em saber que mais um dia se foi 
Em que eu não vi os seus olhos. 
As ruas estreitas da viela 
São sujas e encobertas pela maldade humana 
Pessoas surrupiam a alma de inocentes 
Que não deveriam passar por aqui. 
Não há mais um grito preso na garganta 
Porque a garganta foi cortada 
Pela lâmina afiada do desejo 
Da liberdade da alma. 
Agora ela voa livremente 
Rumo ao infinito desconhecido 
De uma nova aventura 
Que está nos meus pensamentos. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

domingo, 3 de julho de 2016

Ter e não ter


O coração não tem o direito de sentir 
O gosto amargo da ilusão. 
Dissipadas como as nuvens pelo vento 
As tristezas da ausência se foi... 
Mas, como um sussurro silencioso 
A dúvida da paixão se instalou 
No sentimento do que se viveu. 
Não sei se amo ou se odeio 
A sensação de ter e não ter. 
Nos meus braços você se esbalda 
Mas onde está seu coração? 
Seus olhos tão silenciosos 
Aprenderam a esconder 
A sua alma arredia. 
Nada do que foi será 
Tudo novo acontece e eu perco a razão. 
Me rendo ao calor dos seus braços 
E a sutileza de seu sorriso. 
A certeza de ter você é apenas mais uma incógnita 
Que carrego no coração surrado pela dor. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense