sábado, 20 de agosto de 2016

Um Estranho no Ninho


Não encontro meu lugar, 
Meus olhos estão vermelhos 
Inchados de tanto lamentar. 
Uma tristeza abstrata invade meu ser. 
Demônios sobrevoam meus espaços 
Sufocam-me de pavor. 
Uma mistura de medo e sofrimento 
Abate-se sobre minha alma aflita e desorientada. 
O caminho é espinhoso. 
As noites são escuras, sem brilho nenhum. 
Preso aos grilhões da desilusão 
Algemado às correntes da incerteza 
Meus passos são trêmulos e sem rumo. 
Não encontro um ombro amigo 
Para ajudar-me nesse instante. 
Os olhares são fugazes 
Arrasadores mesmo 
Arrancam pedaços de minha carne. 
Sinto as fagulhas do inferno a me torturar 
Na tristeza de um dia sem esperança. 
Sinto-me um estranho no ninho 
Longe da sua estação 
Perdido no tempo 
Sem saber onde é o norte. 
Vivo um pesadelo 
Do qual não consigo me despertar. 
Minha vida sem sentido 
Caminha nas margens desse purgatório 
Sentindo as labaredas do Hades 
Que me sufocam e aterrorizam. 
Quero me libertar 
Preciso de salvação, libertação, 
Se isso ainda é possível. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

Obs: 
Poema que retrata a situação angustiante
De muitas pessoas que ainda
Não encontraram Jesus Cristo!

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