sábado, 25 de novembro de 2017

Cada verso é uma gota de suor


By Odair José 

Minhas mãos repousam sobre a folha em branco 
Minha mente vagueia os espaços infinitos 
Buscam seus olhos na imensidão do tempo 
E procuram o silêncio. 
Quero expressar um sentimento 
Que não cabe mais no coração 
E dizer-te palavras lindas 
Que seja capaz de descrever-te. 
Mas, não encontro uma forma 
Um jeito de expressar 
Porque as palavras não podem 
Te descrever da forma que minha mente. 
Cada verso é uma gota de suor 
Que extrapola os meus poros 
Na ânsia de chegar aos seus olhos 
E ao seu coração. 
Insisto em escrever 
O que meu coração deseja 
Na esperança que você entenda 
O sentimento que a ti dedico. 
Olho outra vez para a folha em branco 
Gostaria que ela estivesse cheia de palavras 
Para que as enviasse 
Até onde você está. 
O tempo passa e aqui estou eu 
Na esperança que seus olhos 
Mesmo que por um triz 
Possa contemplar os olhos meus. 
Minhas mãos repousam sobre a folha em branco 
E cada verso é uma gota de suor. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

A Criança


By Odair José

O encanto de sua simplicidade 
E a beleza de sua inocência 
Faz-nos rever os nossos conceitos 
Pensar no sentido da vida 
E um futuro melhor desejar. 

A criança é a esperança 
Que o mundo pode ser diferente 
Que sonhos possam tornar-se realidade 
Pois, de seus olhos singelos 
Podemos vislumbrar a felicidade. 

A criança só precisa de carinho 
Para crescer com dignidade 
E fazer a diferença neste mundo. 
Precisa de amor e proteção 
Para ser um adulto consciente. 

E quanto mais amor 
Você demonstra a uma criança 
Mais ela te devolve com carinho. 
E o seu mundo 
Nunca mais será o mesmo. 

Ver os seus primeiros passos 
As primeiras palavras 
É algo sublime de se ver. 
E a beleza de seu crescimento 
Transforma o nosso pensar. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Onde o cão e o lobo uivam para a lua


By Odair José 

Não há silêncio que possa ofuscar 
Ou esconder a dor da alma 
Na manhã gélida do desconhecido 
Onde habita a ignorância. 
Há um choro velado 
De alma solitária 
Que lamenta as escondidas 
De olhares furtivos no amanhecer. 

Não há refúgio 
Onde o cão e o lobo uivam para a lua 
E nem esperança para os olhos castanhos 
No vale da sombra da morte. 
A caminhada é longa e difícil 
Que parece até não ter fim 
Mas, é preciso caminhar em passos largos 
Para não ser consumido pela areia movediça. 

Armadilhas estão às espreitas 
E nunca sabemos ao certo onde elas estão. 
Mas, é preciso dar o próximo passo 
E acreditar que há uma campina 
Depois daquela montanha. 

Deixo minha alma voar 
Como pássaros na alvorada 
Que foram assustados pelo predador 
E caminho na minha jornada eterna. 
Sou a esperança em um mundo caótico 
E não posso sucumbir às ameaças 
Que tentam amedrontar-me 
Para não chegar ao meu destino. 

Mas eu sei que não estou sozinho 
E, se não estou sozinho, 
Tenho alguém para me ouvir. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense