sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

A brisa suave lá fora


Há uma brisa suave lá fora 
Onde os ventos sussurram nas folhas das árvores 
Enquanto, no meu coração, uma há apenas o silêncio 
E o vazio de uma solidão que tortura. 
Seus olhos eu já não os vejo mais 
E seus braços não apertam o meu corpo. 
Ouço o barulho das árvores 
E, não posso conter as lágrimas 
Como as gotas de chuva que escorrem das folhas. 
Havia uma meiguice em seu olhar 
Uma ternura que não vejo em outro lugar. 
Enquanto olho para o infinito 
Tateando no ar para ver se toco seu rosto 
Vejo o dia passar devagar 
E a saudade de seu sorriso em mim apertar. 
Falo de saudades do tempo 
Em que apertava em meus braços a felicidade 
Ando pelas ruas da cidade 
E quero, ainda, te encontrar. 
Há uma brisa suave lá fora 
Que não permite-me esquecer 
A delicadeza do sentimento 
Que encontrei no seu coração. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

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