terça-feira, 5 de junho de 2018

Espinhos


Sufoca-me essa dor 
Essa tristeza da alma 
Que chora em silêncio 
A angústia da solidão. 
Vazio de uma vida sem sentidos 
Espinhos afiados 
Garras que perfuram a alma 
E dilaceram o coração. 
Não vejo seus olhos 
Que sempre foram a razão 
Da minha felicidade 
Onde quer que eu estivesse. 
Espinhos que furam 
E faz sangrar a esperança 
De ver, outra vez, 
Aquele sorriso que me alegrava. 
Deixo escapar gemidos 
Para que sintam a minha dor 
E compreenda 
As minhas lágrimas. 
Espinhos que ferem-me 
No caminho que escolhi 
E, mesmo com tanto querer, 
Não consigo voltar. 
O tempo tão cruel 
Não permite-me caminhar 
Para onde eu encontre alívio 
Dos espinhos que torturam-me. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

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