sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Nego-me a entregar-te meu coração


Nem precisa me olhar desse jeito 
Minha esperança não está mais nesse olhar 
Nego-me a entregar-te meu coração 
E prefiro sofrer sozinho a minha solidão. 
Você arrancou do meu peito o amor 
A paixão que sentia se esvaiu 
Os pensamentos fogem como pássaros sem rumo 
E eu me perco nos destinos do mundo. 
Sinto-me exilado em minha própria terra 
Como o mais inútil ser humano 
Mas não quero deixar de pensar no amanhã 
De um dia com raios de sol a iluminar. 
Você foi a razão da minha canção 
Que não terminei na longa noite do tempo 
Foi a alma sequiosa que desfaleceu 
Na minha triste solidão das madrugadas. 
Mesmo que chore a sua ausência 
Que sinta a saudade cortar minha alma 
Não mais quero ter você comigo 
E por isso, no meu brado de angústia 
Nego-me a entregar-te meu coração. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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