segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Sonhos de Fim de Ano



No apagar das luzes 
De um ano que se finda 
Nasce dentro de nós 
A esperança que resta ainda. 

Os sonhos de Fim de Ano 
Renovam-se no alvorecer 
Do Ano vindouro 
Que joga suas luzes no nosso viver. 

Promessas que não cumprimos 
Voltam a fazer parte dos nossos anseios 
E a esperança de fazer tudo certo 
É a chama que, de sonhos, nos deixam cheios. 

Do ano que se finda 
Resta à nós a simplicidade 
Do que aprendemos nas lutas 
E do que nos deixará saudade. 

Do ano que se inicia 
Teremos a oportunidade 
De fazer tudo certo 
E alcançarmos a felicidade. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 29 de dezembro de 2019

A inocência do coração



Não me permita afirmar o que vejo 
Pois, nada é o que parece ser. 
Há uma construção de inverdades 
Que corroem a inocência do meu coração. 
Queria acreditar no que dizem os seus olhos 
Mas, eles mentem para mim a todo instante. 
Quero alcançar as nuvens 
E acreditar que posso voar 
E eles, simplesmente, cortam minhas asas. 
Há uma angústia que permeiam minha solidão 
E procuro andar pelos caminhos escuros 
Onde não vejo sua presença. 
Dizem que é verdade que o amor acabou 
E eu não consigo acreditar nessa ilusão. 
Sigo, então, meu caminho 
Sem acreditar que tudo 
Não passou de um sonho. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 28 de dezembro de 2019

Contágio


Como um raio que cai em um dia chuvoso 
Seu sorriso tão meigo 
Cortou o céu do meu coração 
E um clarão tão forte 
Rasgou a escuridão da minha solidão. 
Um contágio profundo 
De um vírus 
Tomou conta da minha alma 
E dissipou a tristeza 
Que fazia-me companhia. 
Quando foi embora ficou a cicatriz 
As marcas profundas 
No coração. 
Como uma praga na lavoura 
Estragou tudo que havia em mim. 
O contágio surreal 
De um amor que não resistiu 
Ao antídoto do esquecimento. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Quem ama ouve sempre a voz do amor


O amor é um sentimento sublime 
Que falta-nos as palavras certas para defini-lo 
Só mesmo o coração que sente 
Pode descrever tal sentimento. 
Quem ama de verdade 
Ouve sempre a voz do amor 
Aquela voz tão suave 
Que sussurra no silêncio da existência. 
Amar é sentir o peito bater forte 
Só em imaginar você chegando de mansinho 
Pois, o desejo aumenta a cada passo 
E nos conduz ao infinito. 
Quem ama de verdade 
Sabe que nem o tempo é capaz 
De destruir tão grande amor. 
Meu coração está em silêncio 
E nele ouço apenas a voz do amor 
De braços abertos espero você chegar. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

O Natal de Stone Halls


Aconteceu em uma pequena cidade do Mato Grosso 
No final dos anos oitenta 
Circulava pela pequena praça da vila 
Uma criança que tinha uma vista atenta. 

Na noite anterior, véspera de Natal, 
Tinha observado as pessoas em festa 
Que passava por ele em meio burburinho 
Sem saber que em seu estômago nada resta. 

O pai tinha que trabalhar para sustentá-lo 
E com ele não podia, naquele dia, estar. 
Enquanto as pessoas festejavam 
Para ele não sobrava nem um olhar. 

O cheiro suave das carnes sendo assada 
Em suas narinas chegavam 
Deixando sua fome mais apertada 
E uma tristeza que seus pensamentos solapavam. 

Não sabia por que passava por aquilo 
Pois era uma criança que desejava a felicidade 
Que tanto propagavam nesses dias 
Mas que, para ele, só existia a saudade. 

Com os olhos fundos de tristeza 
Olhava para as casas cheias de gente 
Sentia-se sozinho naquele universo 
E sabia que, para eles, era indiferente. 

Em sua cabecinha ficava uma inquirição 
Que parecia resposta não ter 
Por que falavam tanto em espírito natalino 
Se ninguém importava com o seu sofrer? 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Deixe marcas de felicidade por onde passar



Você é uma pessoa muito especial. 
Uma joia rara feita pelas mãos do Criador 
Com infinito amor. 
A sua felicidade não depende 
De bens materiais, 
De coisas que terminam aqui. 
A sua felicidade depende 
Do seu amor 
Da sua dedicação, 
Do seu coração! 
Viva intensamente 
A vida que Deus te deu. 
Dedique amor às pessoas 
Sorria sempre 
Mesmo em meio às tempestades. 
Deixe renascer a esperança 
Faça do seu tempo 
Uma história marcante. 
Ajude uma criança, 
Abrace um idoso, 
Contemple as flores 
Ouça os pássaros. 
Deixe marcas de felicidade 
Por onde passar! 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Abstração



Seu olhar na noite escura 
Fez a luz ser ofuscada 
Pelo brilho da sua tristeza 
Que rompeu na madrugada 
Do sonho introspecto 
Abalado pelo pesadelo 
De não mais te contemplar 
Na miragem do desfiladeiro 
Onde não consegui segurar a queda 
Do castelo que criei 
No entardecer do dia alegre 
Que aqui imaginei. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Seus olhos me perseguem


A alma anela por um dia de paz 
Na caminhada solitária da vida. 
O anseio de dias menos sufocantes 
Na trajetória por mim escolhida. 

O desejo que percorre o sentimento 
Estraçalha o coração 
Transforma os sonhos reais 
Na mais pura ilusão. 

Caminho na escuridão da noite 
Tentando dar paz ao meu viver 
Mas, seus olhos me perseguem na noite fria 
Dizendo-me que não posso te esquecer. 

Durante o dia escondo-me do sentimento 
E procuro nas lembranças me acalmar 
Seu perfume conduzido pelo vento 
Vem até mim e de você me faz lembrar. 

Quero esquecer o seu carinho 
Que um dia me acalmou 
Mas, não consigo deixar de pensar 
Naquela que meu coração sempre amou. 

O que posso fazer se amo você? 
É a pergunta que me alucina 
Sem ter uma resposta plausível 
Porque sua beleza me fascina. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 7 de dezembro de 2019

Ela dormiu em meus braços


Ela dormiu em meus braços 
E senti as batidas do seu coração. 
Será que ela encontrou a paz? 
O amor que tenho no coração 
É o que desejo externar a ela. 
Sentir seu cheiro suave 
Como uma flor de primavera. 
Ela dormiu em meus braços 
E parecia sonhar 
Com o amor que sempre desejou 
Tão meiga, tão linda 
Respirando o aroma do amor verdadeiro. 
E eu me perguntando 
Onde é que ela estava esse tempo todo. 
Como é bom estar ao lado dela 
Ouvir suas histórias 
Suas risadas tão gostosas. 
Ela dormiu em meus braços 
E enquanto a olhava dormindo 
Minha mente traçava essa canção 
Que canto agora ao seu coração! 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense