sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

A Chave



No silêncio da noite 
Nas pontas dos pés 
Sorrateiro 
Adentrou o quarto escuro. 
Na esperança de encontrar 
Aquela que o desprezou 
Derradeiro 
Suspiro de amor. 
O frio que percorreu seu corpo 
Já demonstrava agonia 
Desespero 
De uma vida sofrida. 
Ela já não estava lá 
Pois havia partido 
A chave 
Havia destrancado a porta! 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Gostosa forma de te amar


Quero te amar com este amor 
Que invade meu coração 
Que me mostra seu lindo sorriso 
A dar força a esta paixão. 

Quero ser dono dos seus desejos 
E viver sob a luz do seu olhar 
Abraçar seu corpo sedutor 
Nessa gostosa forma de te amar. 

Vejo você a sorrir o sorriso mais lindo 
Que meus olhos podem ver 
E meu coração bate mais forte 
Com o desejo de ao seu lado viver. 

Dos seus olhos saem um encanto 
Que minha alma passa a sonhar 
Há em mim uma esperança 
De em seus braços descansar. 

Você é flor mais bonita deste jardim 
Que em meu coração floresceu 
Quero você sempre para mim 
Meu sonho, a vida que Deus me deu. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Fuga


Olhos fechados 
Medo de ver o que acontece a sua volta. 
Choras na escuridão da noite 
E se entrega a uma revolta. 
Na luta solitária que travas 
Com seus próprios demônios 
Não consegue visualizar uma saída 
Para o desespero da alma. 
Incompreendido pelas circunstâncias 
Que o levam ao desespero 
Não se conforma com os acontecimentos 
Que tiram o seu sono. 
É preciso haver uma fuga 
Uma libertação das amarras que o prende 
Fugir para longe 
Do que o faz esquecer de que tens uma vida. 
No despertar da fúria 
Tenta encontrar uma força que o liberte dessa dor 
Sem perceber que essa força existe em si mesmo 
No mais profundo de seu ser. 
Caminhaste com seus próprios pés a essa situação 
E, com os mesmos pés deverá se libertar. 
Não é vergonha dar passos de volta 
E recomeçar de onde errou. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Perdido em pensamentos


Perdido em pensamentos 
Eu deixo-me levar 
Até aquela noite. 
O seu abraço 
O vento a soprar suavemente 
Sua respiração 
Acelerada. 
O tempo me faz lembrar 
A sua imagem tão real 
Tão bela 
A seduzir-me na magia do amor. 
Minhas mãos segurando as suas com força 
E os sonhos acalentavam o desejo. 
Eu queria saber o seus pensamentos 
Seus medos 
O que você pensava de mim. 
Perdido em pensamentos 
Eu busco o seu olhar 
Os seus braços 
Que me faz viver 
Que me faz te amar. 
Quero estar com você 
Na noite do tempo 
Além da linha do horizonte 
Onde o coração sente o vento do amor. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Um coração que te ama


Recolho a luz do mundo 
Em teu retrato 
Repousa com teu sonho 
Em meus sonhos. 
Amarra teu coração ao meu 
E deixa-me ver o seu olhar 
Quero pintar 
O formoso talhe de seu nariz 
E inclinar-me 
Sobre o fogo de teu corpo 
Noturno. 
Não quero que vacilem 
Teu riso nem teus passos 
Mas, que andemos nas nuvens 
Sem medo do vento 
Deixe seus cabelos soltos 
E seus olhos a brilhar 
Dois amantes felizes 
Não tem fim nem morte. 
Um coração que te ama 
Voa nesse instante 
Ao encontro dos seus olhos. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

E por não poder chegar até você


Sinto muito a sua falta 
Não posso esperar tanto tempo assim 
E por não poder chegar até você 
Preciso muito que venha até mim. 

Na minha triste solidão 
Eu choro a dor de uma saudade 
Que invade o meu coração 
Com tamanha crueldade. 

Eu busco na noite fria 
O seu corpo para dar-me calor 
Procuro sempre os seus olhos 
Que falaram tanto de amor. 

Ouça o meu grito de silêncio 
Que deseja o seu coração 
Venha para perto de mim 
E desfaça essa triste solidão. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

O silêncio oculto dos deuses



Quando ergui minha voz no silêncio 
Nem mesmo ouvi o som estridente dos tambores 
Que tocavam ao longe 
Gritos de crianças sendo queimadas 
Nas mãos metálicas dos deuses. 
A fumaça das fogueiras alcançavam o céu 
Ofuscando a minha visão 
Do que eu nem sei o que era. 
Sonhos desfeitos pelas agonias incessantes 
De sombras ocultas no inverno. 
A alma dilacerada pelas torturas psicológicas 
Nas manhãs frias de invernos cruéis. 
Nem queria eu sair do meu mundo 
E inquietar-me com tamanha calamidade. 
Mas, não há como ficar em silêncio 
Ouvindo esses gritos tão horríveis 
Das almas que saem dos corpos queimados. 
O que há de errado com o mundo? 
Por que a violência se torna tão banal no dia a dia? 
Onde estão os olhos de compaixão? 
Lamentos e lamentos ouve-se 
Na escuridão da madrugada 
E parece não fazer mais sentido algum. 
Olhos estão fechados para as atrocidades 
E ouvidos tapados para não ouvir os gritos. 
Até quando o homem será o lobo do homem? 
A caça em dias nublados 
A causa dos horrores causados a seus irmãos? 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Antes de amar você



Antes de amar você, nada era meu: 
Andava triste pelas ruas 
Não reparava nas coisas 
Nada era importante 
E nem tinha significado para mim: 
O mundo era um lugar vazio. 

Eu andei pelas ruas desertas 
Pelas avenidas lotadas de pessoas. 
Conheci lugares lúgubres 
Salões sem iluminação e túneis vazios. 
Vaguei sem destino certo 
Em lugares incertos. 

Tudo estava vazio e sem sentido, 
E havia tristeza pelo caminho 
Onde meus passos tropeçavam. 
Havia lágrimas em meus olhos 
Que saiam sem o meu querer. 
Tudo era dos outros e eu sofria. 

Até o dia em que vi os seus olhos 
E meu coração parou por um segundo. 
Em seguida seu sorriso 
Dissipou de mim toda tristeza. 
Vi o amor em seus olhos 
E a esperança em seu sorriso. 
E eu amei! 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Seu olhar



O olhar que tens, menina linda, 
É um encanto feito pelo criador 
Desperta nas almas inocentes 
O desejo pelo seu amor. 

O sorriso, singelo e encantador 
Consegue o coração alegrar 
Ao sorrir com sua alma 
Faz-nos, por ti, apaixonar. 

Você é uma flor, em um jardim florido, 
Que exala uma fulgurante fragrância 
Você é uma linda rosa 
Repleta de elegância. 

Falar de sua beleza é simples 
Pois você tem uma beleza que seduz 
Ao poeta que te descreve 
O sonho de seus olhos conduz. 

Seus olhos fizeram-me apaixonar 
Ao irradiar tamanha beleza 
Sonhos que me levaram te desejar 
Depois de ver sua singeleza. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Onde escondo a minha dor


Descobri através do silêncio 
Que a vida segue a sua direção 
Como um rio desce as montanhas 
A dor falece no coração. 

O tempo fez-me esquecer 
O sorriso e a felicidade 
Que outrora contigo tinha 
E que agora tenho a saudade. 

Não é que o amor tenha acabado 
O contrário dito deve ser 
É que a solidão me ajuda a caminhar 
E seus olhos a esquecer. 

No mais profundo do coração 
É onde escondo a minha dor 
De uma inesquecível paixão 
E a ausência de um amor. 

Hoje sei caminhar sozinho 
E a jornada da vida trilhar 
Já não sinto medo do futuro 
Pois, outra vez, aprendi amar. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense