quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Quem sabe?

 
Queria poder expressar 
Nesta folha de papel 
Ou, quem sabe, no seu coração. 
Toda a angustia 
Toda a tristeza 
Que me traz essa solidão. 
Mas não existe forma, 
Nem mesmo palavras 
Que expressem a minha dor. 
O peito bate muito lentamente 
Quase que indolente 
A mágoa de um grande amor. 
 
Amor, este, que dediquei a você 
Quase que totalmente a minha alma 
Mas que você não retribuiu. 
Então o coração foi invadido 
Pelo vento da indiferença 
E, nem por um momento, jamais sorriu. 
Agora vago por este universo 
A procura daquela flor 
Que ira desabrochar em um chão de giz. 
Ela será a mais linda e maravilhosa 
E irá me fazer esquecer 
Alguém que não soube me fazer feliz. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

A face do mal


Tenebrosas nuvens negras cobrem o firmamento 
Trazendo consigo as tristes lembranças 
Que ofuscam minhas esperanças 
De não te apagar do meu pensamento. 
 
O vento frio corta o profundo da alma 
De um caminhante sem rumo na vida 
Desde o triste silêncio da despedida 
Que de forma cruel tirou minha calma. 
 
A chuva forte que cai torrencialmente 
Não consegue lavar as tristezas amargas do coração 
Nem dissipar as agruras dessa ilusão 
Que sufoca, sem piedade, minha mente. 
 
Tento desesperadamente livrar-me da face do mal 
E, ao longe, um novo horizonte vislumbrar 
Que possa mostrar-me uma nova forma de amar 
E que eu tenha felicidade no final. 
 
Amar-te foi à felicidade que um dia almejei 
E a você quis entregar todo meu carinho 
Mas, encontro-me tão sozinho, 
Ao ver cair por terra o sonho que sonhei. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Nas garras da ambição

 
Não ambicioneis coisas altas, diz o mandamento 
E o coração só almeja isso. 
Como não desejar as coisas boas a minha volta? 
E viver as paixões da minha alma? 
O mundo é um lugar cruel 
Cheio de sutilezas da qual não conseguimos escapar. 
Tesouros escondidos no coração selvagem 
Do desejo atroz da alma. 
O deserto é traiçoeiro 
E não encontro refúgio nas campinas 
Nem árvores há na beira do caminho. 
Traído pelo desejo oculto da alma 
Preso nas garras da ambição 
O ser humano é apenas uma folha seca 
Conduzida pelo vento do outono. 
Nada pode impedir a dor cruel de uma solidão 
Nem dar alegrias depois da despedida. 
Será possível desvendar os vultos na parede 
Ou caminhar pelo leito do rio sem molhar os pés? 
Triste a sina de um peregrino 
Que palmilha as areias escaldantes no deserto 
Das incertezas e desilusões. 
Cavaleiro solitário a lutar com os moinhos de vento 
Sem a esperança presa na caixa de Pandora 
Carregando as pedras gigantes que rolam da montanha 
E vendo a cera das asas derreterem próximo ao sol. 
Não ambicioneis coisas altas 
Aprenda a confiar e a viver a beleza da vida 
Contemplando os lírios dos campos 
E as aves do céu. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Viver

 
Quero apenas viver 
A vida que Deus 
Com muito amor me concedeu... 
Quero realizar 
O sonho do presente 
Que em minhas mãos Ele me deu. 
Compartilhar esse sonho 
Que vi em seus olhos 
Que encontrei em seu sorriso 
E me fez entender 
O significado da vida. 
Pois, em você 
Descobri o amor. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

De mim só terá a saudade

 
Quiseras, de alguma forma, provocar-me 
Caminhando de forma até imponente; 
Querias mostrar que estavas ali 
E que me sentisse um impotente. 
 
Dentro de mim eu sorri. 
Aquele amor já não mais existe 
Estou navegando outros mares 
E já não me sinto tão triste. 
 
Seus olhos procuravam os meus 
Desejavas ver a minha felicidade 
Sabe que outra já tomou o seu lugar 
E você, de mim, só terá a saudade. 
 
Levantei-me de onde me encontrava 
E fui em direção aquele amor 
Que me acolheu no momento de solidão 
E que, agora, é a minha linda flor. 
 
Linda e deslumbrante 
Ela me acolheu em seu coração 
Tenho o carinho que sempre procurei 
E já não vivo na ilusão. 
 
Que você siga o seu caminho 
E que encontre amor de verdade 
Só não adianta querer me provocar 
Já encontrei a minha felicidade. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 22 de setembro de 2020

As coisas que tenho na alma

 
Quando o amor deixa sua marca tão profunda 
Como a intensidade do brilho do sol 
E doer nos olhos teus 
A ausência que sinto agora 
Faz o corpo tremer pelo frio da solidão. 
Se o olhar transpassa-me 
Como a agulha da incerteza 
E corta-me o coração 
Dos olhos meus saem às lágrimas sentidas. 
Talvez eu tenha errado no caminho 
Deixado me entregar de forma tão intensa 
Mas eu gostava de você 
Como as borboletas no jardim. 
Será que perdi o rumo? 
Parece que não tenho forças para me levantar 
E não consigo esconder as coisas que tenho na alma. 
Os meus sonhos 
As palavras não podem descrever 
E nem consigo imaginar 
A sua beleza tão longe de mim. 
O meu coração está em pranto 
Na esperança de ver os seus olhos ainda 
Sentir a brisa da manhã 
E o perfume que exala de ti. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

À sombra da ausência de Deus

 
O sofrimento de Cristo na cruz
Prova o grande amor de Deus pela humanidade
Porque Deus amou o mundo de tal maneira
Que deu o seu filho amado para resgate da ser humano.
Esse grande amor revelado na cruz
É estendido a todos
Pela graça sois salvos
E isso é um dom gratuito de Deus.
Quando o ser humano rejeita esse amor
Ele vive à sombra da ausência de Deus.
Como escaparemos nós
Se não atentarmos para tão grande salvação?
Deus está de braços abertos para salvar
Suas mãos não estão encolhidas
E nem os seus ouvidos agravados para não ouvir
O clamor de quem se aproxima da sua graça.
Não se deixe viver na escuridão
Na ilusão de um mundo caótico e violento.
Deixe a luz de Cristo iluminar sua vida
E seja uma nova criatura.
Tentar viver sem a graça de Deus
É caminhar na solidão deste mundo
À sombra da ausência de Deus
Tudo é vazio.
Mas, para os que estavam em trevas,
Brilhou uma luz
Uma esperança,
O filho de Deus que veio para iluminar os corações.
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
 

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Seus olhos se encontraram na luz suave

 
Como ela podia negar o sentimento
Que agora ardia em seu peito?
Ainda podia sentir o calor de seu corpo
E ouvir o som de sua voz macia em seus ouvidos
Sussurrando palavras de amor.
Não conseguia fechar os olhos sem que o visse em seus sonhos
E nem conter sua respiração ofegante
Ao pensar no toque de suas mãos.
Durante muito tempo escondera-se do amor
Como uma águia ao refugiar-se nas montanhas
Mas, não pode resistir ao brilho daquele olhar
Na tarde de um dia de verão.
Seus olhos se encontraram na luz suave
E sua vida nunca mais seria a mesma.
Sentia o rosto queimar
E não podia resistir e nem desviar o olhar.
Aquela seria a sua melhor noite
Inesquecível noite
Onde o amor acontece de forma inexplicável.
Sentiu sua respiração
As batidas do coração
E deixou-se ser enlaçada pela sensação maravilhosa do amor.
Fechou os olhos e respirou com força
Sentiu o cheiro das rosas
Parecia voar em vez de caminhar
E sorriu.
Como podia deixar de sorrir
Quando ele lhe dizia coisas assim?
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

 


quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Coração rasgado

 
Já nem sei ao certo se o que sinto é mesmo uma dor
A sua ausência é sentida
No limiar da minha insanidade.
Tenho o coração rasgado
Esmagado pela dor que aperta o meu peito.
Não vejo seu sorriso
Não sinto seu perfume
Nem tampouco ouço sua risada.
O coração sangra
E nada estanca a saudade que ele sente de você.
O que posso fazer se não vejo saída
E tudo nessa vida
Agora já não faz sentido.
Pareço perdido e sem esperança.
Rolo na cama tentando dormir
E tudo parece insistir
Que eu lembre de você.
Como se o mundo acabasse hoje
E nada mais importasse que não fosse a sua presença.
Como posso sobreviver a esse castigo?
Tudo não passa de um vazio
De uma ausência que sufoca minha alma.
Esse meu coração
Rasgado pela dor da ilusão
É tudo que posso entender no meu sofrer.
Me ajude a te esquecer
Quero ver a linha do horizonte
E imaginar uma vida diferente para mim.
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense


sexta-feira, 11 de setembro de 2020

E eu não estarei mais no mesmo lugar


Um dia você vai lembrar de mim
Pode ser que não mais esteja no mesmo lugar
Nem que tenha mais o mesmo número
Que você tantas vezes ligou
Os números vão passar diante de seus olhos
E você não sentirá vontade de ligar para nenhum
E vai buscar o meu
Mas, eu posso já ter outro número.
Você vai chamar alguém
Procurar outra pessoa para aliviar a sua saudade
E vai sentir falta dos meus versos bobos
Dos meus poemas a exaltar a beleza dos seus olhos
E uma lágrima deles sairá.
Você vai lembrar muita coisa
Vai ouvir aquela música que tocava
Quando eu estava com você
E vai sentir um aperto no coração.
Você vai lembrar aquele beijo sob a luz do luar
Vai sentir ainda o meu perfume
E a sensação do seu coração pulsando
Quando acariciava seus cabelos.
Você vai lembrar o meu carinho
Das vezes que ligava só para saber como estava
Da minha preocupação
E de dizer que quem ama cuida.
Um dia você vai deitar e olhar para o teto
Vai querer ver as estrelas que eu sempre falei
Vai sentir falta
E vai perceber que a flor já não está mais ali
Para que você possa pousar e sentir o seu aroma.
Você deixou que tudo passasse
Fingiu não saber de tudo isso
E deixou-me sem esperança.
Um dia vai sentir falta de tudo isso
Sozinha no seu quarto vai chorar
Ao perceber que deixou a felicidade
Sair pelas portas do fundo
E eu não estarei mais no mesmo lugar.
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Perseguindo as sombras

 
Pode ter sido ontem
Não me lembro bem
Pode ter sido há semanas atrás
Minha memória falha
Só sei que, nos meus sonhos,
Ainda estou só...

No fundo eu sabia que podia acontecer
Tive a chance de fugir
Eu tentei fugir?
Não sei ao certo
Só agora percebo que fui atingido
Estou sangrando
Minha cabeça gira
Não sei ao certo onde estou...
 
Sinto uma sombra cobrir a única luz
Seus olhos já não os vejo mais
E por que o coração ainda te deseja?
Por que eu?
 
Eu preciso ir para outro lugar
Fugir do caos
Desse perigo que transpassa minha mente
Eu não posso resistir a você
Eu devo resistir
Entrego-me
Venço o impossível...
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 8 de setembro de 2020

As artimanhas da noite

 
Sonhos?
Profecias?
No silêncio da noite escura
Medo do desconhecido
Do tigre no quarto
Da porta trancada
Do vento nas folhagens.
A lição da noite não está sendo fácil.
A dor profunda da saudade
E os sussurros na penumbra.
As artimanhas da noite
Tira-me o sono
Angustia-me na solidão.
É assustador
O fantástico silêncio aqui
Que tudo torna-se sobrenatural
Mas, um tanto sinistro.
Deixo-me cair na cama
Onde jogo o travesseiro sobre a cabeça.
Logo os sonhos vão chegar
E não sei se estou preparado para eles.
Da última vez
Sonhei que estava de pé sob as estrelas.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Não quero beber do teu desejo


Há um suspiro no fundo da alma 
E não há como negar toda essa beleza 
Essa sensação maravilhosa que vem de seus lábios 
Que intensifica-se no seu olhar 
A sensação tão singela de um puro amor 
De um sentimento profundo 
Um desejo intenso. 
Não há como negar a vontade 
O desejo de estar em seus braços 
De rolar pela cama envolvidos pelos lençóis 
Romper as fronteiras que impedem 
Alcançar o paraíso. 
Mas, não posso ceder a essa tentação 
A essa volúpia que toma conta do meu ser 
Não quero beber do teu desejo 
Nem deixar-me afundar em suas carícias. 
Não posso ceder aos caprichos das tuas mãos suaves 
Ao sussurrar de suas palavras maliciosas. 
Não quero ser mais uma vítima 
Mais um que cai no laço da ilusão. 
Deixar-me-ia sozinho a sofrer nas noites escuras 
Enquanto estaria a provocar outros olhares. 
Afasto-me de ti e mato o desejo em mim.
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Infinito

 
Elevo os meus olhos para o infinito
Em meu coração há perguntas
Que não consigo responder.
Dúvidas que perturbam meus pensamentos
Sobre a existência neste mundo.
Meus olhos não conseguem contemplar
A imensidão do universo
Nem mesmo as mais pequenas partículas
E eu sei que existo como um ser imperfeito
E limitado em minhas capacidades!
Deus, por ser perfeito
Jamais enganaria os humanos
E eu anseio por aprender mais do Criador.
O infinito quero alcançar
O conhecimento adquirir.
Como alcançar o conhecimento verdadeiro?
Será que somos capazes
De construirmos nosso próprio pensamento?
Eu busco a compreensão
De um Deus que cuida de mim
Que em meio a imensidão do universo
Tem o seu olhar amoroso para as minhas fraquezas.
Sinto o pulsar do seu amor
Que envolve a minha alma e me dá vigor.
No infinito que meus olhos não alcançam
O olhar de Deus paira sobre mim
E nesse encontro tão sublime
Sinto o amor de Deus em meu coração.
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Era um cadáver que caminhava

 
Tentava esconder as lágrimas
Os olhos cansados
E a tristeza do coração...
Nada fazia sentido
Nem mesmo viver.
Lamentava o tempo perdido
As poucas amizades
E a grande dor que carregava consigo.
Agora era apenas um espectro
Um cadáver que caminhava
E do mundo queria sumir.
Na noite fria deu o último suspiro
E deixou a vida esvair-se lentamente.
A última coisa que seus olhos viram
Foi o quadro na perede
A menina balançava em uma cadeira
E as borboletas voavam
No jardim florido ao fundo.
Não imaginava ela
Que um lindo dia a esperava no alvorecer.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

O amor que transpira no meu ser


Ouvi o som do vento cortar o silêncio
No momento em que pensava em você.
Nos meus sonhos eu via o seu sorriso tão lindo
Seu olhar tão misterioso que brilhava
Destacando o amor que surgia no coração.
Sem dúvidas era um amor tão singelo
Que, desse sonho, eu não queria despertar.

Conheci-te nas noites de luar
No silêncio das madrugadas frias
Enquanto pensava e desejava um amor de verdade.
Foi onde encontrei o alento
Uma esperança de felicidade
Na beleza desse olhar tão sedutor.

O vento sussurrava na janela
E as folhas voavam de um lado para o outro
Fazendo os meus olhos te buscarem.
Parecia ser um mundo vazio
Quando não sentia o toque de suas mãos
E eu só desejava viver aquele amor
Que um dia sonhei para mim.

É tão bom falar de você
Expressar o sentimento do coração
O amor que transpira no meu ser
Todas as vezes que sinto o pulsar da sua alma.
Eu não posso esconder tão puro sentimento
Que transforma os meus dias
Fazendo com que as tempestades
Transformem-se em calmaria.

Olho agora para as estrelas
Elas apontam para onde imagino que esteja
E sinto o brilho percorrer o infinito.
Você é a estrela mais cintilante
Que dá vida ao meu céu
És o resplendor mais intenso
Do amor tão singelo que sinto agora.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Corinthians, Tu és o Maior

 

Assim como surge o sol radiante
Em uma linda manhã de esplendor,
Surgiste em minha vida como brilhante
Trazendo alegria, tristeza, esperança e dor.

Eu falo do grande alvinegro paulista
Clube das multidões, de raça e glórias,
Nas arquibancadas, estádios, ou na revista
Estão registradas suas inesquecíveis vitórias.

Corinthians, tu és grande, tu és forte,
Sua torcida inflama como ursos pelo mel.
Por ser grande, vitorioso e não temer a sorte
Sua torcida maior chama-se Gaviões da Fiel.

Alvinegro guerreiro, sempre ganha com raça
Nos gramados do mundo e do Brasil,
Sempre com luta erguemos a taça
Onde só batalha e vence o mais viril.

Corinthians, tu és o maior em nossos corações
Quem é corintiano sabe o que é viver;
Timão que sempre nos traz grandes emoções
Serei corintiano até morrer.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense