sábado, 3 de maio de 2025

Esperança e vontade

 Mesmo quando tudo pesa, 
Guardo tua última carta dobrada no bolso. 
A tinta quase apagou, 
Mas tua letra ainda me chama pelo nome. 
E isso basta. 
Para acreditar, para seguir, 
Para sorrir mesmo no escuro. 
 
Às vezes penso em bater à tua porta 
Sem dizer nada — 
Só deixar o corpo falar o que a boca teme. 
Mas volto. 
Porque te querer é também te preservar. 
Mesmo quando tudo em mim te chama. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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