terça-feira, 27 de maio de 2025

Invisível

 Nem tudo que é raiz grita alto no vento. 
Há silêncios que sustentam florestas inteiras. 
 
A estrela cadente brilha e some, 
Mas é o sol oculto da manhã 
Que faz a vida florescer. 
 
O diamante repousa no fundo da terra, 
Enquanto o vidro estilhaçado brilha à luz do poste. 
 
Os gestos mais profundos não fazem barulho 
Um olhar, um perdão, 
Um fio de esperança costurado em segredo. 
 
O pavão abre a cauda e rouba os olhos. 
A formiga passa despercebida, 
Mas carrega o mundo nas costas. 
 
O que grita nem sempre tem razão. 
O que cala, às vezes, carrega um universo. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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