Nem todo o universo cabe nas estrelas.
Há galáxias escondidas no fundo dos olhos,
Buracos negros no silêncio das memórias,
Supernovas no estalo de um pensamento.
O infinito também mora em mim
Nas dobras do coração cansado,
Nos mapas secretos do que sinto
E nunca disse.
Olham para o céu buscando respostas,
Mas às vezes, o cosmos sussurra
Do lado de dentro
Em cada batida,
Em cada sonho não explicado.
Nem todo universo é constelação.
Há mundos que nascem no escuro da alma,
Planetas que giram ao redor de lembranças,
E luas feitas de silêncio e desejo.
Dentro do peito há um espaço sideral.
Não brilha, não gira,
Mas pulsa.
E às vezes, explode
Como tudo que é vivo e vasto.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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