quarta-feira, 29 de novembro de 2023

No silêncio desse encontro

Em um instante, um olhar trocado, 
Entre destinos entrelaçado. 
Nas pupilas, faíscas de magia, 
Nasceu um amor, pura poesia. 

Foi no silêncio desse encontro, 
Que o coração teve seu desencontro. 
Palavras não ditas, mas sentidas, 
Em um olhar, histórias aqui repetidas. 

No brilho dos olhos, um universo, 
Segredos guardados, trovas em verso. 
Cúmplices do tempo, dois corações, 
Dançando ao ritmo das fortes emoções. 

A linguagem muda, mas eloquente, 
O olhar fala, é tão convincente. 
No encontro de almas, um laço se tece, 
Crescendo, florescendo, amor que acontece. 

Cada pestanejar, uma promessa, 
De uma jornada que a vida endereça. 
E assim, no compasso do olhar, 
Nasce um amor, sem se explicar. 

O silêncio torna-se a melodia, 
Do amor que nasceu de uma sintonia. 
Dois olhares, agora um só caminho, 
Caminhando juntos, ao destino do ninho. 

Que esse amor, como o olhar, seja eterno, 
Pintando a vida com tons de inverno. 
Que no brilho dos olhos, sempre haja luz, 
Nesse amor que nasceu de um olhar seduz. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 25 de novembro de 2023

Amor acorrentado

Num cárcere de afeto, o coração 
Encerra um amor, prisioneiro ardente, 
Entre as grades da saudade, o presente 
É testemunha muda da solidão. 

Nas paredes do peito, a emoção 
Pulsa como um pássaro inquieto, ciente 
De que o destino é, por vezes, ausente, 
Deixando a alma em busca de redenção. 

Ah, esse amor que vive acorrentado, 
Inunda a alma de sonhos não vividos, 
Sufoca suspiros, fica calado. 

Mas, mesmo aprisionado e reprimido, 
Segue pulsando, como um fogo sagrado, 
Num eterno canto de amores perdidos. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Faróis

Em teu olhar, o doce arco do encanto, 
Reflete a luz de um sol que nunca cai, 
É lá que encontro o céu, meu doce manto, 
E me perco nos sonhos que ele atrai. 

Teus olhos, astros que guiam meu caminho, 
São faróis que iluminam minha escuridão, 
No firmamento do amor, são pássaros no ninho, 
Desenhando lindas constelações de paixão. 

No teu olhar, a chama da ternura arde, 
Como uma vela que nunca se apaga, 
E na dança da vida, és minha arte. 

Em cada piscar, um verso de nostalgia, 
O poema do amor, que o tempo afaga, 
No teu olhar, descubro a eterna melodia. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Alguém especial

Em um mundo vasto e repleto de destinos, 
Surge alguém, especial em seus sinais. 
És tu, que entre estrelas e caminhos, 
Te destacas, rara flor nos matagais. 

Teu olhar, farol que guia meus passos, 
No escuro da incerteza e solidão. 
Teu sorriso, luz que afasta os embaraços, 
Transforma em paz toda minha aflição. 

Ah, como és única, joia rara e bela, 
A inspiração que aquece a alma fria. 
No jardim da vida, és a flor mais singela, 
Desabrochando amor, a mais doce poesia. 

Você, és especial, ser extraordinário, 
Um presente divino, sublime e necessário. 
Em teus braços, encontro o meu santuário, 
Pois contigo, o mundo torna-se lendário. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Quando o amor acontecer

No instante em que o coração desperta, 
Entre suspiros, o amor no peito aperta. 
É como a aurora que surge no céu, 
Um sentimento que invade, sem véu. 

Paixão, fogo que arde e inflama, 
Chama que dança, que queima sem drama. 
Nos olhos, faíscas de um desejo intenso, 
A alma em êxtase, um calor imenso. 

Beijos trocados, promessas sem fim, 
Labaredas que queimam, e tem que ser assim. 
Lábios que buscam, se encontram no beijo, 
Num doce afago, um juramento e forte desejo. 

O corpo se rende, entregue à emoção, 
O amor, sublime, tece a sua canção. 
No toque das mãos, a melodia do querer, 
Um poema escrito na pele, a florescer. 

A jornada do amor é um doce caminhar, 
Entre risos e lágrimas, a se entrelaçar. 
Desejo que arde, paixão que acende, 
No coração, a história do amor se compreende. 

E quando a lua, cúmplice do afeto, 
Testemunha o enlace, o mais íntimo secreto. 
Na penumbra, corpos se entrelaçam, 
E os suspiros, ao vento, se desfazem. 

O amor acontece, feito poesia, 
Numa dança eterna, cheia de magia. 
Paixão e desejo, como raios de um sol real, 
A iluminar a vida, tornando-a sem igual. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Lugares que juntos pisamos

Na trama dos dias, onde o tempo se esconde, 
Uma saudade profunda, como fio que não responde. 
É amor que se tece nos instantes idos, 
A tristeza se aninha, em suspiros perdidos. 

Nas noites estreladas, onde o céu se derrama, 
A saudade se faz estrela, uma chama que clama. 
É o eco de risos que o vento carregou, 
Na memória, o perfume daquela que se amou. 

No peito, um vazio, um espaço que dói, 
A ausência palpável de quem já se foi. 
Amor profundo, raiz que persiste, 
Por quanto tempo essa lembrança triste? 

Caminhar pelos lugares que juntos pisamos, 
Entre sombras e luzes, onde nos encontramos. 
O coração aperta, a saudade apunhala, 
Na dança da vida, a ausência se embala. 

Mas no pranto da saudade, há beleza escondida, 
É a história de amor que não foi esquecida. 
No profundo do peito, a chama persiste, 
A saudade que dói, o amor que resiste. 

Nas entrelinhas do tempo a correr, 
Guardamos a saudade, como forma de viver. 
Pois no tecido da alma, o amor não se desfaz, 
E na saudade que dói, encontramos certa paz. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

No porão úmido e esquecido

No porão úmido e esquecido, onde o tempo desacelera, 
Entre sombras densas e memórias perdidas, a espera. 

 No limiar da eternidade, onde o silêncio reina, 
O passado se entrelaça com o presente, numa dança insana. 

 As paredes sussurram segredos, ecoando saudades, 
Enquanto o ar pesado respira histórias, carregado de inverdades. 

 No escuro, a nostalgia se manifesta na luz incomum, 
Uma lembrança perdida, um suspiro que flutua no vácuo sem fim. 

 A poeira dança em câmera lenta, capturando momentos idos, 
Enquanto a melancolia se desloca na velocidade da luz, em sentidos. 

 Os objetos esquecidos ganham vida na penumbra, 
Como espectros do passado, buscando respostas na sombra. 

 O tempo, ali, é um espectador imparcial, 
Enquanto a saudade percorre os corredores, sem ser casual. 

No porão, o relógio da existência marca passagens, 
E a alma, imersa na melancolia, tece suas próprias viagens. 

Na fronteira do etéreo, onde as lágrimas secam devagar, 
A saudade se torna um fio condutor, conectando o aqui ao lá. 

No porão úmido e esquecido, o passado ressurge, 
E a saudade, na velocidade da luz, ao infinito converge. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Razão de amar

 Foi nos seus olhos que vi 
A esperança. 
Foi no seu sorriso que encontrei 
O alento. 
Foi nos seus olhos que perdi 
O medo. 
Foi no seu sorriso 
Que vi a beleza do sonho. 
Seus olhos, 
Misteriosos, faceiros, 
Revelam o amor. 
Seu sorriso 
Espontâneo, singelo, 
Transforma o coração. 
Que razão teria melhor 
Para te amar? 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Fora da estação

Pensar em você 
Revela o profundo do coração 
Pensamentos estes que 
Inventa o seu sorriso 
Mesmo onde ele não está. 
Sinto o seu calor fora da estação 
E vejo você 
Caminhar em direção ao sonho, 
Invisível aos nossos olhos aberto. 
Lembro, então, do encanto que é você. 
E assim é o destino, 
Esse sentimento 
Que está aqui tão perto! 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Esperando por você

Amor 
Quero lhe falar 
Coisas da alma
O sentimento 
O que guardo no coração 
Seu olhar 
Razão do meu pensamento 
Fuga da minha ilusão 
Amor 
Eu penso em você 
Ao acordar 
Sonho contigo 
Ao dormir 
Sua presença é real em mim 
E eu estou aqui 
Esperando por você 
Quando virá? 
Estou esperando por ti 
Amor! 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Ela é poesia em movimento

Nos versos da noite, ela dança, 
Uma sedução que o coração balança. 
Com olhos que refletem o amor, 
Sua beleza é como o encanto da flor . 

Cabelos como seda ao vento, 
Ela é poesia em movimento. 
A paixão que queima, intensa, 
Canta em sua pele uma doce sentença. 

Seu sorriso, farol que ilumina, 
No firmamento da noite divina. 
Ela é a musa que inspira o poeta, 
Em seu abraço, a paixão se completa. 

No toque suave de suas mãos, 
Desperta-se uma chuva de emoções. 
A sensualidade em cada gesto, 
Um convite para um amor honesto. 

Seu corpo, um templo de desejos, 
Onde o amor escreve seus beijos. 
Na dança dos corpos, ardente, 
Um poema de amor, vibrante. 

Ela é a flor que desabrocha, 
No jardim do amor que brota. 
A cada suspiro, um verso ardente, 
Na melodia que nos envolve, serpente. 

Em seus lábios, o doce sabor, 
Do amor que pulsa, cheio de fervor. 
Ela é a beleza em forma humana, 
Canção que encanta e, do peito, emana. 

Oh, mulher linda e sedutora, 
Em seus encantos, o coração implora. 
Que a paixão seja eterna canção, 
E que o amor floresça em profusão. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Alma não tem cor

Na vastidão dos dias, onde a luz encontra a sombra, 
Reside a beleza de uma alma, que não se define em cor. 
Na teia da existência, onde fios se entrelaçam, 
A consciência negra emerge, no coração com amor. 

Alma não tem cor, é feita de sonhos e esperanças, 
É o pulsar forte que une todas as crianças. 
No tecido do tempo, onde a história se faz, 
A negritude é força, é a chama que nunca se desfaz. 

Nas raízes profundas, onde a ancestralidade ressoa, 
A consciência negra é a história que não se esquece, 
Não se apaga. 
Na dança dos destinos, 
Onde passado e presente se entrelaçam, 
A alma não se curva diante do preconceito, 
Não se amedronta, não se embaraça. 

É um grito de resistência, uma melodia que ecoa, 
Na sinfonia da humanidade, onde cada nota é uma pessoa. 
Em cada olhar, em cada sorriso, 
A diversidade é celebração, 
Pois a alma não tem cor, 
É a luz que guia, é a força da transformação. 

Entrelaçados na trama da vida, somos todos irmãos, 
A consciência negra é o espelho da justiça, 
Da igualdade em nossas mãos. 
Que possamos aprender, crescer, juntos caminhar, 
Na jornada da consciência, onde a cor da alma é amar. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense 
Imagens: Mister Joe 
Modelos: Elisângela Pires e Anderluci Zanetti



domingo, 19 de novembro de 2023

Predador irresponsável

Nos versos do planeta, ecoa o lamento, 
Um poema triste, sobre um grande tormento. 
Mudanças climáticas, um choro silente, 
A Terra suplica, mas o homem é indiferente. 

O sol, outrora amigo, agora queima com fúria, 
O gelo derrete em sua última agonia pura. 
As marés sussurram histórias de desespero, 
Enquanto o homem, predador, segue seu percurso severo. 

Desmatamento, a faca que corta a vida, 
A selva agoniza, sua essência perdida. 
Árvores, majestosas, tombam ao chão, 
Enquanto o homem avança, sem compaixão. 

Os rios, antes límpidos, agora correm sujos, 
Poluição se espalha, como veneno em ruídos. 
O ar que respiramos, envenenado pelo descuido, 
O ser humano, predador, mostra-se perdido. 

Animais gritam em extinção, um triste lamento, 
A biodiversidade se desfaz no esquecimento. 
O homem, cego em sua busca desenfreada, 
Ignora a natureza, sua fonte consagrada. 

Oh, predador irresponsável, desperte para a verdade, 
Antes que seja tarde e a morte seja a única realidade. 
A Terra clama por ajuda, em versos de dor, 
Que o homem desperte, que dê ouvidos ao clamor. 

A mudança começa no coração humano, 
Na consciência desperta, no amor que não é profano. 
Preservemos a vida, antes que tudo não mais exista, 
Sejamos guardiões, e não a ameaça que nos assusta. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 18 de novembro de 2023

A magia de um olhar sedutor

No crepúsculo dourado de encantos e desejos, 
Onde a luz dança e se perde nos ensejos, 
Surge o olhar, feiticeiro e profundo, 
Magia tecida num olhar sedutor, fecundo. 

No palco da vida, como um suave feitiço, 
O olhar se desenha, qual rastro de um riso, 
Reflete estrelas, cintilantes no firmamento, 
Um convite à dança, um sutil movimento. 

Em órbita, galáxia de mistério e ardor, 
O olhar se entrelaça, formando um clamor, 
Palavras silenciosas, em língua universal, 
Um idioma etéreo, sublime e celestial. 

As pupilas, espelhos de um universo íntimo, 
Segredos guardados, sob um manto infinito, 
Ecos de paixão, como notas de uma canção, 
Roubam o fôlego, despertam a emoção. 

Nos círculos mágicos, traçados sem querer, 
O olhar se torna farol, guia do prazer, 
Desperta desejos, como flores ao luar, 
Num jardim proibido, onde se ousa sonhar. 

És feiticeira, tu, que com olhos encantados, 
Deslizas nas almas, como rios prateados, 
Tece ilusões, em teias de sedução, 
Um convite à entrega, uma doce rendição. 

E assim, na penumbra, onde a magia floresce, 
O olhar sedutor, como estrela, aquece, 
Num ballet de sentimentos, dança a sedução, 
Poema eterno, escrito no livro do coração. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Ela

Ela é todo mistério 
É linda como o brilho do sol no amanhecer 
Mas como saber ao certo 
O que ela esconde no coração? 

Ela é todo sorriso misterioso 
Do sorrir mais apaixonante 
Que palavras não conseguem definir 
Mas para quem ela sorri? 

Ela carrega a beleza no olhar 
É tão singelo como as estrelas no firmamento 
De um olhar tão meigo e encantador 
Mas o que esconde esses olhos? 

Ela é a essência do amor 
Tão única e perfeita 
Com um coração bondoso e compassivo 
E como consegue ser assim sendo tão bela? 

Ela é a imagem da eternidade 
Da beleza que encanta o coração 
Que nos faz tê-la sempre no pensamento 
Porque a sua beleza não a torna soberba. 

Ela é linda também na alma 
Humilde e simples ao sorrir 
Que destaca seu coração sensível 
Uma fonte inesgotável do mais puro amor. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense