quarta-feira, 21 de maio de 2025

Labirinto de memórias

 O tempo não é linha, 
É espiral sussurrante. 
Dobra-se em corredores de ecos, 
Onde cada lembrança é uma porta 
Que se abre para outra que já foi. 
 
No labirinto da memória, 
As paredes são feitas de ausências, 
E o chão, de passos esquecidos. 
Ali, o agora tropeça no ontem 
E o futuro, 
Se esconde em sombras que já passaram. 
 
Cada curva é uma cena, 
Cada encruzilhada, 
Um dilema que nunca se resolveu. 
E mesmo sem saída, 
Caminhamos, 
Porque o coração reconhece os atalhos 
Que a razão esqueceu. 
 
Há relógios quebrados 
Pendurados nas paredes do inconsciente, 
Marcando a hora exata 
Em que uma saudade nasceu. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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