Quando o silêncio pesar mais que as palavras,
E tua respiração for o único som
Que mereça companhia.
Direi meu amor ao teu ouvido
Como quem rega uma flor noturna:
Sem pressa, sem alarde,
Apenas o som da alma
Descendo em pétalas.
Não será no grito da festa
Nem no brilho do dia,
Mas na penumbra entre dois olhares,
Quando tua pele pedir abrigo
E meu coração for o único idioma.
Sussurrarei meu amor
Quando o mundo esquecer de existir
E só restar em mim a coragem
De tocar tua eternidade com uma palavra.
Há coisas que só os ouvidos compreendem:
Meu amor será soprado assim,
Como vento que beija o rio,
Sem querer ser notado,
Mas deixando ondas para sempre.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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