segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Levante seus olhos


I
Sentes o frio da madrugada
E o medo no seu coração
Não soube livrar da cilada
Que te levaste a essa ilusão
Permaneces com a alma alada
E não ouves mais a canção.
 
II
As promessas que ouvistes do amor
Só fizeram você sofrer
Seu peito sente uma profunda dor
E já não queres mais viver
Não tem na alma mais vigor
E só pensa em morrer.  

III
Mas a vida tem algo a oferecer
Ao seu coração em perigo
Basta em Jesus Cristo crer
Para encontrares o abrigo
Levante seus olhos para ver
Do seu lado, um grande amigo.
 
IV
Ele oferece a ti a salvação
Uma paz que mudará o seu viver
Veja agora a grande consolação
Que pode terminar com o seu sofrer
Receba Ele no seu coração
E sua vida muito feliz há de ser.
 
V
Jesus conhece toda a sua vida
Quer dar paz ao seu coração
Curar da sua alma a ferida
E trazer-te a libertação
Só Ele tem a verdadeira saída
E a mais singela salvação.  

VI
Levante seus olhos nesse instante
Receba a Jesus como seu salvador
Veja-o como uma estrela brilhante
A mostrar-te todo o seu amor
Você será muito triunfante
Quando receber Cristo como seu Senhor.

Poema: Odair.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

TEREZA DE BENGUELA - A RAINHA NEGRA DO PANTANAL


I
Viva a nação brasileira
A nação de todas as raças
Clima e frutos tropicais
E mulheres cheias de graça
O melhor futebol do mundo
E também a melhor cachaça

II
Mas não podemos esquecer
Que tivemos um passado escuro
De tirania e exploração
Maldade e castigo puro
Um povo que aqui sofria
Mas acreditava no futuro

III
Gente triste humilhada
Que teve uma sorte maldita
Foram tantos absurdos
Muita gente não acredita
Mas vou lhe contar uma história
Pode crer que ela é bonita

IV
A história que vou contar
É uma homenagem singela
A uma negra distinta
Foi Tereza de Benguela
Sua saga se passou
Na cidade de Vila Bela

V
De classe média alta
Tereza não era pobre
Veio da África para o Brasil
Seduzida por um nobre
Muitos fatos vergonhosos
A gente não oculta nem cobre

VI
Tereza não sabia
Que estava sendo traída
Que pelo colonizador
Como escrava foi trazida
Trabalharia pra sempre
Só em troca de comida

VII
Tereza desembarcou
Na cidadedo Rio de Janeiro
Não sabia que em liberdade
Aquele dia era o derradeiro
E que de escravidão
O dia seguinte era o primeiro

VIII
A jovem então conheceu
Um rapaz de muita virtude
Foi aí que se apaixonou
Pela beleza da negritude
Fugiram para um quilombo
Pois ele era de atitude

IX
O seu nome era Zé Piolho
Um negão de gênio forte
O casal veio como escravo
Para Mato Grosso, região norte
Formaram o Quilombo do Quariterê
Onde Zé Piolho conheceu a morte

X
Ficou sozinha então
A jovem e linda Tereza
Que de escrava humilhada
Passou a ser a realeza
O quilombo comandava
Sem jamais mostrar fraqueza

XI
No Quilombo Quariterê
Tereza criou um parlamento
Caçavam, pescavam, plantavam
De trabalho produziam os instrumentos
Pois aproveitavam o ferro
Que os brancos usavam como armamento

XII
Mais de noventa pessoas
Vivia nessa comunidade
Viveram durante bom tempo
Bem longe da maldade
O sonho de liberdade
Transformou-se em realidade

XIII
Quariterê ou Quilombo do Piolho
Sobreviveu acima de trinta anos
Mas infelizmente Tereza
Teve interrompido seus planos
O quilombo foi invadido
Foi aí que se deram os danos

XIV
A maioria dos negros
Bruscamente foram capturados
Muitos deles foram mortos
De tanto serem torturados
E os que sobreviveram
Voltaram a ser escravizados

XV
E como ficou Tereza?!
A Rainha Negra do Pantanal?!
Que mesmo sendo negra
Foi rainha no período colonial
Isso por si só prova
O quanto era especial

XVI
Vendo oprimido seu povo
Banhado em sangue, chacina
Tereza não agüentou
O desfecho ninguém imagina
De desgosto, tristeza profunda
Enlouqueceu-se nossa heroína

XVII
O povo mato-grossense
Guardará sempre na memória
Dessa mulher guerreira
Sua triste trajetória
Preferiu antes morrer
Que ver dos tiranos a vitória

XVIII
É uma história intrigante
Retratada em museu
Fala do sofrimento dos negros
Sob o domínio do europeu
Tereza não aceitou essa sorte
Resistiu e então morreu

XIX
Mesmo após muitos anos
Vila Bela ainda guarda o luto
Tereza de Benguela
Virou nome de instituto
É o mínimo que merecia
Receber como tributo

XX
Tereza ganhou fama
Mesmo nunca sendo artista
Pois da história conturbada
De um país escravista
Tereza passou a ser
A maior protagonista

XXI
Tereza de Benguela
Foi até tema de Carnaval
No ano de noventa e quatro
Uma data especial
O samba enredo da Viradouro
Foi a Rainha Negra do Pantanal

XXII
Em Vila Bela todos reconhecem
Que Tereza foi heroína
Todos ficam comovidos
Ao falar de sua sina
Da igreja que os negros construíram
Hoje só restam as ruínas.

Autora: Darci Alves de Souza Moura, professora de Língua Portuguesa e Literatura na Escola Estadual Boa Esperança em Curvelândia/MT.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Pensamentos ao vento



Não se pode deixar de viver sua vida para se entregar perdidamente
Fatalmente essa outra pessoa não completará sua vida
Nunca entregue a outrem todo amor de sua mente
Se assim o fizer, terá tido uma existência perdida.

A dor que sufoca seu coração neste longo dia
Pode ser a fuga que você sempre procurou
Para voar novos espaços e encontrar a alegria
Das lembranças de um amor que há tempos acabou.

A paixão que incendeia seu sentimento
É a forma mais singela do verdadeiro amor
Que deve ser da sua existência a direção.

Deixe que os ventos levem o seu pensamento
Na busca incansável daquela flor
Que vai dar nova vida ao seu coração.

Poema: Odair

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ser uma criança



A criança consegue ver o que nos escapa o olhar
Tem sonhos dos quais nos esquecemos
Ser criança é ser feliz sem notar o tempo passar
O mundo é o parque de diversão dos pequenos.

Teríamos paz e harmonia se fôssemos crianças
E não haveria a destruição pela guerra
Pois as guerras e violências que nos tiram as esperanças
São causadas pelos adultos da terra.

Ser uma criança é sentir a brisa o rosto tocar
Correr livre pelos campos da natureza
Ser uma criança é o mal ao próximo não desejar
É ter sorriso lindo a estampar sua beleza.

Que possamos ser como uma criança
Na forma simples de viver
Que não tenhamos no peito vingança
Pois, assim, estaremos sempre a crescer.

Poema: Odair

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Uma sociedade sem direção


O mundo pós-moderno tem sido um verdadeiro caos
Onde as pessoas andam vagando sem direção
Vidas que não sentem o prazer em mais viver
Pois só contemplam a sua volta desilusão.

Há um grito de silencio em cada alma
Que choram tristes na solidão
Não sentem o brilho do sol em seus rostos
E não conseguem mais ter paz no coração.

Por mais que tenham tecnologias e informação
Falta-lhes a paz interior tanto desejada
E sofrem com uma vida cheia de ilusão.

Não sentem nenhuma segurança na jornada
Da esperança já não tem mais nenhuma razão
Para prosseguir nessa solitária caminhada.

Poema: Odair

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Amor sem fim


Meu coração não tem ilusão
Com o seu amor não sinto dor
Não tenho segredo
Pois perdi o medo
De não ter o seu calor.

Sou a imagem dessa miragem
Que ao olhar deseja me amar
Seu amor me enriquece
Seus carinhos me enlouquece
Quando vejo seus olhos brilhar.

Minha flor, você é meu amor
Neste jardim cuida de mim
Tenho uma razão para viver
Jamais vou te esquecer
Pois essa paixão não tem fim.

Poema: Odair