segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Feche os olhos e contemple

Nas viagens pelo profundo do ser 
Onde está escondido os sentimentos 
Que não podem ser desvendados 
Porque os amaldiçoados brilham como estrelas 
No fim de um mundo desfeito. 

Feche os olhos e contemple 
Imagens petrificadas de contemplação 
Dementes demoníacos estão às espreitas 
Sorrateiros como parasitas desumanos 
Que ocupam corpos sem cérebros. 

Somente aqueles que ousam brincar 
Podem esperar alguma coisa 
E os que mantém longas conversas nas tardes quentes 
São os que ousam usufruir das sombras 
Sem o medo natural das outras pessoas. 

Existe um livro que não foi aberto 
E suas páginas ainda estão intactas 
Somente aqueles que não têm medo do desconhecido 
Podem abrir essas páginas e folhearem uma a uma 
Sem correrem o risco da não existência. 

Suas páginas estão cheias de visões 
Acontecimentos de tempos passados 
E profecias de coisas que ainda estão por vir 
E só os sábios podem entender o que acontece 
Porque somente eles conseguem compreender. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 30 de outubro de 2022

Oração pela Nação Brasileira

Senhor Deus Todo Poderoso 
Venho a Ti nesse instante 
Suplicar pela Nação Brasileira 
Pelo nosso povo 
Pela decisão importante neste dia. 
Senhor, que Tu venhas nos orientar 
E fazer prevalecer a Tua vontade 
Para essa Nação. 
Que o Senhor nos ajude a entender 
E compreender que tudo está em Tuas mãos 
Que, quem quer que seja eleito hoje, 
Seja orientado por Ti 
Para governar esse país de forma justa 
Com o olhar voltado para os mais necessitados 
E defendendo a paz entre os irmãos. 
Que a Tua Palavra volte a ser o bálsamo 
A ser espalhado pelos quatro cantos 
E não mentiras políticas 
Que o Senhor seja o centro de nossas vidas 
E não "messias" humano que nada pode fazer. 
Oro pela paz 
Oro pela liberdade em dizer a Tua Palavra 
E transformar essa nação pelo exemplo 
Que o Senhor nos deu. 
Perdoa-nos Senhor, 
Por nos afastarmos dos seus ensinos 
E engajarmos na defesa de políticos 
E, com isso, espalharmos mentiras. 
Que nossa Nação volte ao Evangelho 
Ao verdadeiro amor 
E busque o perdão em Ti. 
Oriente as nossas autoridades 
E nos dê a paz e a justiça social que precisamos. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 29 de outubro de 2022

Eu (quase) acreditei

Não existe miséria e ninguém passando fome 
Foi o que me disseram 
Depois que vi pessoas dormindo ao relento 
Sem ter o que forrar o estômago 
E passar o dia na fila do osso 
E eu (quase) acreditei. 

Não há violência nas ruas 
Nem sangue derramado nas calçadas 
Foi o que alardearam aos quatro ventos 
Mesmo depois de ver 
Corpos estirados pelo chão dos morros 
E eu (quase) acreditei. 

Até cheguei a pensar 
 Que eu era o único palhaço no palco 
E que as prostitutas 
Fossem as únicas putas nessa sociedade 
Acreditem 
Eu (quase) acreditei nessa ladainha 
Sem saber que era apenas mais uma marionete 
Nas mãos de um sistema de anúncios 
Controlado pelo Estado. 

Mas, eu não acredito mais 
Em Papai Noel, Bicho Papão 
E muito menos 
Que a verdade seja ingenuidade das crianças.
 
Deve haver, em algum lugar, 
Uma imagem real da sociedade 
Que não seja apenas um reflexo no espelho. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Onde o cão e o lobo uivam para a lua

Não há silêncio que possa ofuscar 
Ou esconder a dor da alma 
Na manhã gélida do desconhecido 
Onde habita a ignorância.
Há um choro velado 
De alma solitária 
Que lamenta as escondidas 
De olhares furtivos no amanhecer. 
 
Não há refúgio 
Onde o cão e o lobo uivam para a lua 
E nem esperança para os olhos castanhos 
No vale da sombra da morte. 
A caminhada é longa e difícil 
Que parece até não ter fim 
Mas, é preciso caminhar em passos largos 
Para não ser consumido pela areia movediça. 
 
Armadilhas estão às espreitas 
E nunca sabemos ao certo onde elas estão. 
Mas, é preciso dar o próximo passo 
E acreditar que há uma campina 
Depois daquela montanha. 
 
Deixo minha alma voar 
Como pássaros na alvorada 
Que foram assustados pelo predador 
E caminho na minha jornada eterna. 
Sou a esperança em um mundo caótico 
E não posso sucumbir às ameaças 
Que tentam amedrontar-me 
Para não chegar ao meu destino. 
 
Mas eu sei que não estou sozinho 
E, se não estou sozinho, 
Tenho alguém para me ouvir. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Realidade fascinante

 

Quando pequeno pensava que era muito sonhador.
Ficava horas e horas imaginando coisas.
Viajando pelo mundo e sonhando de olhos abertos.
Porque deixamos que os sonhos se vão.
Por que não lutamos por ele?
As perguntas continuam
A martelar minha mente confusa ultimamente.
Não posso deixar que destruam a minha felicidade.
Preciso resistir e viver.
A vida é uma sucessão de erros e acertos.
Quando queremos acertar, notamos que erramos feio...
A caminhada exige muito esforço
E não podemos parar por alguma coisa
Que nos impeça de continuar a jornada.
Um dos meus sonhos acaba de cair e quebrar...
Dos pedaços que recolhi devo continuar minha caminhada.
E é isso que estou fazendo de cabeça erguida!
Acordamos no meio da noite
E compreendemos que o sonho acabou.
A realidade é mais dolorida que o sonho.
É preciso coragem para seguir
O caminho que apresenta-nos nesse dia.
Ergo-me das cinzas, sacudo a poeira e sigo em frente.
E, então, percebo que a realidade é outra.
O sonho que tinha estava na direção errada.
A realidade é bem mais fascinante.
E eu queria ter continuado a sonhar.
Recomeço.
Novas experiências.
Novas aventuras.
Novos sonhos.
Tudo novo.
Fascinante!
O que nos mata é o medo da mudança.
Depois que perdemos esse medo,
Notamos que as coisas novas são sempre mais saborosas,
Mais delicadas, mais encantadoras.
Além disso, temos experiências
E não vamos errar da mesma forma que a primeira vez.
O caminho é longo.
Desconhecido.
No entanto, só de pensar na força de seus olhos,
Sinto minhas forças se renovarem.
Quero apenas viver!

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Saiu da alma, virou poesia

 Eu canto o amor e a alegria 
Mesmo estando com o coração em dor
Não há tristeza que possa 
Fazer-me esquecer do amor. 
 
 Cantarei a melodia eterna 
De uma magnífica canção 
Que possa mudar sua vida 
E atingir seu coração. 
 
Falo de amor que é sublime 
Que suplanta toda dor 
Que alegra a alma moribunda 
Arrancando-lhe todo terror. 
 
Amor que está no coração do poeta 
Que expressa a mais linda alegria 
O que está na alma silenciosa 
Saiu da alma, virou poesia. 
 
A poesia é liberdade 
De seu sentimento poder expressar 
Ao mundo inteiro, em alta voz, 
Do seu amor poder falar. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 25 de outubro de 2022

Nefasto sentimento de um coração iludido

Pode pensar o que quiser que não me importo 
Nem um pouco. 
Rasgue o seu coração e as roupas se quiser 
Pode suar sangue e ri das próprias desgraças 
Que não ligo de forma nenhuma. 
Sou arredio 
Não tenho escrúpulo e nem sinto compaixão 
Dessa dor que você diz estar sentindo. 
Nefasto sentimento de um coração iludido. 
Eu disse que se me levasse não poderia me fazer voltar 
Eu avisei que com o meu coração você não poderia brincar 
Que você choraria nas madrugadas 
E eu não me importaria mais. 
Não posso ficar nem mais um minuto com você 
Não faz bem aos meus olhos 
Não faz bem ao meu coração. 
Esse olhar tão cruel que estraçalhou minha mente 
Foi arrancado de dentro do meu coração 
E as cicatrizes ainda doem. 
Não quero ver o seu olhar 
Nem sentir o seu perfume outra vez. 
Despedaço o quadro onde você sorria 
Apago as fotos que mostravam um período de felicidade 
E arranco do meu peito toda e qualquer lembrança 
De quando imaginava um amor sem fim. 
Vejo um sol que desponta no horizonte 
Onde eu jamais havia imaginado 
E corro pelas planícies sentindo a brisa 
De um novo alvorecer. 
Você foi e não é mais 
Eu não fui 
E hoje sou 
A poesia livre a voar 
Pelos campos floridos na primavera. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

A estrela mais brilhante

Se o que sinto é amor verdadeiro 
Por que não dizê-lo abertamente? 
Se eu te amo por inteiro 
Esse sentimento domina a mente. 

No mais profundo e lindo olhar 
A minha paz eu encontrei 
Ao te ver sorrindo e encantar 
Nasceu em mim algo que nunca imaginei. 

O amor que sinto é tão maravilhoso 
Que toma conta do meu pensamento 
Vem a noite e vai-se o dia tão ditoso 
Que esse sentir veio nas asas do vento. 

Eu só sei te amar e desejar 
Porque você vive no meu coração 
Sem você não imagino ficar 
E por isso escrevo-te essa canção. 

De todas as estrelas no infinito 
Você é sem dúvidas a mais brilhante 
Que tornou o meu mundo mais bonito 
E a minha vida mais radiante. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 23 de outubro de 2022

A violência de se estar perdido

Perdidos estão 
Todos aqueles de palavras e vozes erradas 
Aqueles que ostentam uma pompa ilegítima 
Que travam longas conversas 
Monólogos indecifráveis em suas cabeças 
Torna-se complicado recordar o passado 
Porque foi degradado pela evolução. 

 A violência de se estar perdido 
Tem início na juventude 
Quando os heróis da infância se vão 
Quando se revelam monstros cruéis 
Que usam máscaras e escondem seus crimes 
Torna-se complicado a atualização 
Que revela fatos anacronizados pela corrupção 
E os olhos são abertos violentamente. 

 Existem alguns excluídos 
Que permanecem em seus casulos impenetráveis 
Talvez aguardam uma nova realidade 
No mundo em que poderiam pertencer 
Mas foram abandonados pelo mundo 
E parecem mais mortos vivos andando a esmo 
Vagando em busca de um novo abrigo 
Depois de serem enxotados pela sociedade. 

 Todos aqueles não estudados 
Aqueles perdidos nos longínquos campos 
Tratados sempre de forma tão injustas 
Porque vivem em um mundo de impunidades 
Que sempre impõe o seu nepotismo algoz 
Sobre a população mais sofrida da sociedade 
Ninguém dá ouvidos a verdade 
Porque estão acostumados a um mundo de mentiras 
E quase não podemos dizer mais nada. 

 Quero ir embora daqui 
Não posso me acostumar com tamanha ignorância 
O peso do mundo é cruel para mim 
E não posso mais falar de vida 
Porque vivemos em um mundo de violência 
Onde não se vive mais o amor 
Mas propaga-se muito o ódio 
O que vai contra todos os meus princípios 
E crucifica a minha cabeça inquieta. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 22 de outubro de 2022

O buraco que dá no fundo do abismo

Tudo está seguro ou nada se conforma? 
Onde estamos colocando os nossos pés 
É seguro para os colocarmos?
 
A fé dentro da extinção de todas as crenças 
A ascensão dos mandatários engravatados 
A imagem e a sua semelhança são a mesma coisa 
Nós somos o caminho em movimento 
Não há mais como parar o rolo compressor 
Cérebros são esmagados sem piedade 
E ninguém há que ouça os apelos de socorro. 

O buraco é tão fundo 
Que dá no fundo do abismo 
Os lobos fazem a festa 
Dançam nos templos sob luz colorida 
E proferem suas inverdades 
Setas venenosas contra os incautos. 

Palavras testamentárias são proferidas 
Mas ninguém dá ouvidos 
Para o alerta de um atalaia solitário. 

Preferem seguir a multidão 
O tolo do apocalipse 
O salvador do povo abobalhado 
Que destila seus impropérios e é ovacionado 
Porque acariciam os ouvidos de seus seguidores. 

 Não posso mais falar o que penso 
Não posso elevar minha voz 
Perguntas não trazem respostas 
Estão tão cegos que não veem mais nada 
Além do bezerro de ouro com sua faixa verde e amarela 
Tudo é exterminado violentamente 
A porta do céu, para eles, 
É através dos portões do inferno 
Onde Deus morre se não souber dançar. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Amor assim nunca antes senti

Nesse olhar tão singelo 
Eu deixei-me encantar 
No sorriso tão meigo 
Não consigo deixar de pensar. 

 Ao ver você sorrindo 
Palpitou o meu coração 
Esqueci todo o meu passado 
E a minha triste solidão. 

 Amor assim nunca antes senti 
Que mudasse o meu viver 
E não paro de pensar em ti. 

No coração o amor vi renascer 
E você para sempre quero aqui 
Pois jamais irei te esquecer. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Canção à vitória aos nossos campeões

Na batalha da vida os campeões 
Meninos que lutam todos os dias 
Querem vencer na vida 
Percebe-se no olhar de cada um 
O sonho de vencer 
Não apenas mais um campeonato 
Mais uma luta 
Mas, os desafios do dia a dia. 
 
Conquistar algo não é tarefa fácil 
É preciso muita persistência 
Muita dedicação nos treinamentos 
Na disciplina 
Do corpo e da mente 
Para que se alcance a vitória tão sonhada 
E, chegar onde cada um de vocês chegaram 
Depende de muita força e coragem, 
Dedicação e a tal persistência. 
 Nossa Escola tem o orgulho de tê-los entre nós 
De contar com seus talentos individuais 
Vocês são exemplos de pessoas 
De vidas que desejamos seguir. 
 
Nesta data os parabenizamos pelos seus feitos 
Pelas conquistas de cada um 
E desejamos que tenham sucesso na vida 
Não só profissional 
Bem como a social e familiar. 
 
São os sinceros votos de sucesso da Escola Q.I 
E de Odair José, Poeta Cacerense
Aos alunos:
Walderson
Pietro
Marcos Eduardo

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Amarga sensação

 Nuvens silenciosas no espaço infinito 
Pássaros entre os galhos das árvores 
Observam borboletas nos jardins 
Onde se escondem as sombras perdidas 
Dos sentimentos deixados por alguém. 
 
Tudo é tão estranho agora 
Como se existisse um vazio imenso 
Que não pode ser preenchido por nada 
Apenas uma solidão sentida 
No espaço do coração abandonado. 
 
Como se espera que isso seja notado 
Quando os pensamentos estão longe 
No mais distante da imaginação 
Em busca de um olhar tão singelo 
Que desesperadamente se tenta esquecer. 
 
Na penumbra de uma casa deserta 
Uma miragem teima em existir 
A figura emblemática de uma saudade 
Nos olhos tristes de alguém 
Que não pode apagar o sentimento do coração. 
 
O vento que brinca com as nuvens 
Trás consigo uma meiga lembrança 
De sorrisos bobos no entardecer 
Mas leva consigo a amarga sensação 
De que nunca mais isso acontecerá outra vez. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Faz de mim o que bem quiser

Escravo do sentimento 
Nas correntes do amor que inventei para mim 
E de onde não consigo sair 
Nesta prisão você é a esperança 
O seu sorriso a única alegria 
E a sua presença o maior desejo. 
 
Faz de mim o que bem quiser 
Porque não sou dono nem do meu coração 
Que anda descontrolado por você 
Que só pensa na beleza que é o seu olhar 
Sem saber que tudo pode ser uma miragem 
Que logo irá se dissipar. 
 
No coração bate forte o sentimento 
Desejo, paixão e ciúme 
Como se o mundo fosse feito de apenas uma pessoa 
E não sabe como se livrar dessas correntes 
Que na verdade nem faz força 
Porque sente-se bem aconchegado nos sonhos. 
 
Sentimento de total dependência 
Do sorriso que um dia lhe sorrira 
Do olhar que penetrou a sua alma 
Revelando a magia inebriante do amor escondido 
E agora vaga tal ébrio 
Em busca de alívio para os seus pensamentos. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 18 de outubro de 2022

Pintou um clima

 Pintou um clima 
Aquele olhar 
Naquele lugar 
Daquela forma 
Pintou um clima... 
 
Pintou um clima de preconceito 
De julgamento 
De desprezo... 
 
Afinal, 
O que essas meninas estão fazendo 
Se arrumando desse jeito? 
 
Pintou um clima de desrespeito 
Com pessoas sofridas 
Que precisam de apoio 
E não de julgamentos 
E olhares maliciosos... 
 
Pintou um clima de vergonha 
Para bajuladores 
Que acreditam na inocência 
De quem não tem um mínimo de respeito 
Pelo sofrimento alheio... 
 
Pintou um clima de indignação 
Contra abuso de poder 
Contra apoiadores de torturadores 
Contra tudo que nega o amor 
Contra as injustiças... 
 
Pintou um clima de revolta 
Contra as atrocidades 
Cometidas contra o povo mais sofrido. 
 
Que clima assim nunca mais seja sentido 
Que pessoas nunca mais sejam constrangidas 
Menosprezadas como foram... 
 
Primeiro os indígenas 
Depois os nordestinos 
Agora as venezuelanas... 
 
Quem poderá ser as próximas vítimas 
Desse ódio cruel? 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Pode sorrir se quiser

Pode abrir os seus olhos agora 
Pode ver o que existe aqui 
Não precisa mais ter medo de nada 
O seu abraço é tão reconfortante 
Sinta o perfume do meu corpo 
E deixe seu coração sentir 
O amor que toma conta do ambiente. 
 
Pode sorrir se quiser 
Esse sorriso encantador é magnífico 
Não pode haver tristeza 
Quando você demonstra esse sorriso 
Porque é possível ver no seu olhar 
A alegria do verdadeiro amor. 
 
Não se preocupe com mais nada 
A tempestade já passou 
Levou as coisas ruins com ela 
E deixou tudo novo para viver 
Onde o amor pode florescer 
Além do que nossos sonhos imaginaram. 
 
Você é a perfeita sinfonia 
Que um dia alguém pensou 
A mais bela canção 
Que o compositor poderia pensar 
É a mais linda poesia 
Descrita nas penas do poeta 
Porque você encanta por onde passa. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

A dor do desconhecido

Se não conhece a dor 
Não fale nada 
Por que dizer coisas que não sabes 
Se, com isso, podes ferir 
Um coração já amargurado? 

 A dor do desconhecido 
A lágrima sentida 
Apenas o coração partido 
Pode entender quando sente 
E isso é muito particular. 

Cada um de nós 
 Há de passar algum dia 
Com o coração apertado 
Sem saber de onde emana a saudade 
Que tortura e faz sofrer. 

A vida é assim 
E cada um de nós tem um destino 
Apenas no silêncio vamos pensar 
E ninguém poderá nos ajudar 
Porque a nossa luta é única. 

Erga sua cabeça 
Permaneça com seus sonhos 
Não pare pelo caminho 
A jornada é longa e cansativa 
Mas, vale a pena no final. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 15 de outubro de 2022

Ser Professor(a)

Um professor não é apenas aquele que ensina 
É mais aquele que aprende todos os dias 
Aprende a olhar além das aparências 
E leva seus alunos e alunas 
Enxergarem muito mais do que ele mesmo. 

Um professor não é apenas 
 Aquele que transmite conhecimento 
É mais aquele que transmite esperança 
Que consegue mostrar que o mundo é maior 
Que vai além do que imaginamos e sonhamos. 

Um professor, uma professora 
É a essência do que há de melhor no mundo 
É a base da humanidade 
Por que, o que seria de nós 
Senão tivéssemos alguém para nos ensinar a vida? 

Nenhuma outra profissão existiria 
Se não tivesse alguém para transmitir o conhecimento 
E ninguém pode se levantar para ensinar 
Se não tiver a humildade de se sentar 
E, com dedicação, aprender. 
Cada professor e cada professora 
Deve ser mais valorizado pelo que ensina 
Pela dedicação em descobrir coisas novas 
Para transmitir aos seus ouvintes no dia a dia 
E eternizado nas mentes de cada um de nós. 

Ser professor(a) é uma dádiva 
Uma missão que foi dada para poucos 
Levar conhecimento onde imperava o desconhecido 
Transformar vidas através dos ensinamentos 
É o que faz a vida humana valer a pena. 

Que cada professor e professora 
Sinta a alegria de saber o quanto é especial 
Que possa saber quantas vidas transformou 
Mesmo sem saber onde estão 
Mas que farão a diferença por sua causa. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Através de um olhar

Sentir o toque suave de suas mãos 
Teimosamente mexer os meus cabelos 
O seu perfume invadir os meus desejos 
Nas carícias silenciosas 
De momentos que não podem ser apagados. 
 
O amor chega de mansinho 
Através de um olhar 
Que dissipa saudades antigas 
E faz esquecer as ilusões da vida 
Que outrora pudesse ter existido. 
 
Tudo se faz novo nesse olhar 
Na maneira peculiar de existir 
Nesse sorriso encantador e misterioso 
Que alegra o coração apaixonado 
Fazendo-o sonhar de olhos abertos. 
 
Sua presença é tão marcante 
Inesquecível forma de existir 
Sua forma sensível de ver a vida 
De sorrir para o amor 
É a razão desse meu encantamento. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Pesadelo

Apaguei a luz e senti um calafrio 
Havia um vulto 
Como se houvesse uma pessoa 
Em pé ao lado da cama. 
Que porcaria é essa? 
Pensei comigo 
Num sobressalto acendi a luz 
E nada havia em meu quarto 
A não ser a minha solidão. 
Uma indagação perpassava a minha mente 
Enquanto sentia o coração pulsar acelerado. 
Não sei se estava dormindo 
Sonhando que estava acordado 
Ou se estava acordado 
Acreditando que estivesse dormindo. 
Que realidade é essa? 
Que pesadelo é este que tenho agora? 
O que são as sensações dentro de mim 
Que se digladiam a todo instante? 
Quero acordar deste sono profundo 
Tornar-me uma metamorfose 
Viver uma transformação. 
Mas, no silêncio sepulcral que sinto agora 
Não há espaço para as minhas divagações. 
Uma tonelada de sentimento 
Afunda o meu intelecto e sinto náuseas estomacais 
Que me fazem vomitar as palavras. 
Espanto, então, os demônios 
Que pairam sobre minha cabeça 
Os enxoto sem compaixão 
Pois não quero ouvir seus grunhidos 
E, muito menos, ser por eles atormentados. 
Fecho os olhos e tento dormir 
E já não sei qual realidade estou. 
Acordado para a vida eterna 
Morto para a vida terrena. 
Não pertenço a este lugar 
E como peregrino 
Sou enxovalhado pelas criaturas abomináveis 
Que perturbam o meu sono. 
Tapo os meus ouvidos e dou um grito: 
- Cale-se, demônios do inferno! 
Sem saber que os demônios 
São meus próprios pensamentos. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Ode ao destino

Nas margens sinuosas do rio 
Um olhar compenetrado 
Vislumbres de um tempo tão arcaico 
Que não se pode descrever 
Preso ao pensamento de quem se foi. 

Há uma busca pela eternidade 
Esperança de saber o caminho 
E não se sabe ao certo o destino 
Já traçado em tempos imemoriáveis 
Nas nascentes orválicas bem distantes. 

Existem fantasmas pelos becos 
Criaturas que emergem das águas 
Como se soubesse o que está escrito 
Nos corações solitários de indigentes 
Que estampam os seus destinos no olhar. 

A imortalidade não está a caminho 
Era isso que tanto desejavam 
E imaginavam em suas noites silenciosas 
Mas, o destino já de longe atento, 
Corrobora uma visão que não tem volta. 

Fale sobre a serpente no horizonte 
Bem longe de tudo que vimos 
Se não pode mudar seu destino 
Escreva sua história com esperança 
E faça tudo valer o momento único de saudades. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense