terça-feira, 31 de outubro de 2023

Meus olhos encontraram os seus

 Na encruzilhada do longo caminho 
Meus olhos encontraram os seus 
E o sorriso que me deste com carinho 
Tirou toda a angústia dos olhos meus. 
 
Trova: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Gaiolas de um quarto escuro

Os caminhos da mente são feitos de caos 
E nem podemos negar o fato que importa para as almas perdidas 
Quando o destino é o maior traiçoeiro que existe 
E no silêncio ninguém pode conseguir nenhuma companhia 
Porque as tristezas não se podem contar. 

O psicopata na prisão tem a cor do elefante 
A imagem silenciosa dos que sonham por dias melhores 
Quando lágrimas teimam em rolar de faces inocentes 
É quando percebemos que a humanidade falhou miseravelmente 
Com os seus semelhantes que perambulam pelas ruas desertas. 

Quando as mães varrem a sujeira dos filhos para debaixo do tapete 
Percebe-se que os destinos são traçados na infância 
Que o ambiente corrompe até a alma dos mais puros 
E que a distância é apenas mais um pretexto para as angústias 
Quando os seres humanos não sabem o que fazer. 

O sangue preto que jorra das veias entupidas de entorpecentes 
É o mesmo que poderia salvar vidas inocentes 
Mas nem mesmo as pobres criaturas noturnas são capazes 
Quando estão todas acorrentadas em algum porão por ai 
Longe dos olhos de bisbilhoteiros e vagabundos. 

É quando a solidão não faz mais nenhum sentido 
Pessoas querem se esconder nos becos escuros de uma rua qualquer 
Ou atrás de latas vazias de cervejas fedorentas e vencidas 
Onde fumaça toma conta do ambiente impuro 
E provoca náusea nos estômagos de quem ousa sentir o cheiro. 

Tudo o que ainda não foi revelado está escondido 
E nem mesmo os mais sábios do mundo pode saber o futuro 
Quando ninguém prestou atenção nas aulas de História 
O destino é implacável com os ignorantes e imbecis 
Que vivem atormentando nosso caminho o tempo todo. 

Todas as esquinas temem os estranhos que se escondem 
Porque haverá dias em que não poderão mais ver coisa alguma 
Se o sol não pode parar a sua trajetória 
Quem poderá esconder as violências cometidas nas penumbras 
Quando ficaram de tocaias no único esconderijo possível. 

Eu sou impuro quando declamo meus versos sentidos 
Mas quem poderá refutá-los com alguma audácia que não é minha? 
Se eu um dia parar de escrever minhas angústias noturnas 
O mundo há de saber que já não estou entre os mortais 
E, então, estarei de braços dados com a imortalidade. 

 O último suspiro precisa dizer alguma coisa importante 
E por isso estou aqui dizendo essas palavras 
Quando não se sabe exatamente quais serão as últimas 
Abra o seu coração e deixe que elas saiam desfilando por ai 
Como se fossem uma carta aberta ao mundo da imaginação. 

Gaiolas de um quarto escuro sempre esconde algo cruel 
Uma saudade perdida no tempo que vive a incomodar 
Ou uma lembrança no profundo da alma que nos faz lembrar 
Que um dia algo de bom aconteceu em nossas vidas 
E que, por algum motivo banal, deixou de existir com o tempo. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Sedução em tempos de silêncio absoluto

Nem pergunte-me o que passa em seu pensamento 
Eu não tenho as respostas 
Apenas mais perguntas do que podemos responder 
Porque o tempo passa silenciosamente 
Quando queremos correr 
E nem sabemos o porque de nossa existência 
Em um mundo que não pode nos esperar. 
 
Cada volta que a Terra dá em torno do sol 
E gira em seu pŕoprio eixo 
É um tempo a menos que temos para nela estar 
E muitos de nós nem mesmo pedimos para estar aqui 
Mas isso pouco importa 
Porque o sol se levanta todas as manhãs 
Sem se preocupar se você dormiu bem ou não. 
 
O que acontece nos submundos não se pode descrever 
Segredos entre quatro paredes 
Que não podem ser revelados de forma nenhuma 
E tudo não passa de uma triste ilusão perdida 
Sedução em tempos de silêncio absoluto 
Que não conseguimos esconder de ninguém 
Porque está estampado em nossos tristes olhares. 
 
Mas eu não quero ficar aqui lamentando 
O que eu não posso mudar 
Afinal, quem sou eu para controlar o mundo? 
Quem sou eu para impedir os seus pensamentos? 
Não há um tempo cronológico que pode impedir 
O vento de tocar em seu rosto quando quiser 
Porque o tempo não está preso a nossa existência. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 29 de outubro de 2023

Jogo arriscado

Em um jardim de mistério, 
Uma menina encantadora, 
Espera ansiosa um beijo de paixão, tão sedutora. 
Seu coração pulsa forte, 
O desejo que a domina é inevitável, 
Mas o medo e incertezas, a fazem se iludir. 

Seus olhos brilham 
Como estrelas no céu noturno, 
Na escuridão, ela espera por um amor. 
As borboletas dançam em seu estômago, inquietas, 
Pois a paixão queimando nela, 
A faz se sentir tão incompleta. 

O toque dos lábios que ela anseia, 
Intenso e ardente, 
É um fogo que a consome, queima lentamente. 
Mas o medo da rejeição, 
O que o amanhã trará, 
A faz hesitar, duvidar, 
Se permitirá o beijo que quer dar. 

Ela sabe que o amor 
Pode ser um jogo arriscado, 
Mas também entende que, sem riscos, 
Fica tudo estagnado. 
Então, com coragem, 
Ela decide seguir seu coração, 
Deixando o desejo intenso, 
A paixão, ser a direção. 

O beijo que espera pode ser doce como o mel, 
Ou pode ser um capítulo 
Que a vida escreverá com seu pincel. 
Mas uma coisa é certa, 
Na incerteza do amanhã, 
Ela encontra força no desejo intenso, 
Na paixão que lhe acalma. 

A menina espera, 
No jardim misterioso da vida, 
Com o desejo intenso que a faz sentir-se tão viva. 
Pois, apesar das incertezas e do medo que a invade, 
Ela sabe que a paixão, o amor, 
São tesouros que não se trocam por nada. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

O amigo do vento

Amigo fiel do vento, etéreo e forte, 
Em teu sopro encontro a liberdade, 
Nas asas invisíveis, vou com a vontade, 
Explorando o mundo, sem medo da sorte. 

Sussurras segredos de longe e de perto, 
Perambula os campos, acalmas a tempestade, 
És o abraço suave da serenidade, 
E o rugido selvagem de algum brado incerto. 

Navegando contigo, na dança da alma, 
Ouço histórias antigas nas tuas canções, 
Nas noites estreladas ou em algum dia quente. 

Ventura em tua amizade, não há desilusões, 
Pois és o amigo invisível, que sempre acalma, 
Um elo com o céu, que o coração pressente. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Os meus pés

 Os meus pés não tocarão mais o chão 
Na viagem que devo fazer 
Voarei acima das nuvens 
Mais alto que os meus pensamentos 
Mais livre que a minha vontade 
Além do que eu posso imaginar 
Quero apenas deixar o tempo passar 
Buscar o refúgio secreto da alma 
Junto aos Campos Elíseos. 
 
Os meus pés vão caminhar em silêncio 
Como se pudesse ouvir o som das borboletas 
Nos Jardins Suspensos da Babilônia 
Sem saber ao certo a beleza escondida 
Nos olhos serenos de uma donzela 
Que seduziu a minha alma inocente 
E incendiou as folhas secas da minha paixão. 
 
Os meus pés haverão de alcançar as estrelas 
E pularei cada uma sem pressa nenhuma 
Descobrirei quem tem o controle 
De um coração quando encontra o amor 
Perdido que está escondido nas flores 
Que os olhos não conseguem ver 
Porque o sol já se escondeu nas montanhas 
Onde o silêncio é mais profundo que o oceano 
Onde eu desjo esquecer-te e não consigo. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 24 de outubro de 2023

Ode à solidão

No silêncio da noite, és minha companheira, 
Oh, solidão, que me envolve com suas teias, tece, 
Em teus braços frios, encontro a verdadeira, 
Paz que o mundo, com seu bulício, não me oferece. 
 
Na solitude, encontro espaço para pensar, 
Refletir sobre sonhos e desejos profundos, 
Na calma da noite, posso me encontrar, 
E desvendar os segredos mais seguro do mundo. 
 
Oh, solidão, és mestra de introspeção, 
Nas horas tranquilas que contigo passo, 
Descubro em mim uma nova direção, 
E me torno meu melhor abraço. 
 
Na tua quietude, encontro meu refúgio, 
Longe das multidões e suas máscaras, 
Na solidão, sou eu, sem disfarce, sem artifício, 
E descubro beleza nas minhas próprias asas. 
 
Embora muitos temam tua presença, 
Eu abraço a solidão, com gratidão e aceitação, 
Pois nela encontro minha essência, 
E a paz que é a mais pura redenção. 
 
 Assim, ergo um brinde a ti, ó solidão, 
Minha eterna companheira de reflexão, 
Pois contigo encontro minha canção, 
E a beleza da minha alma no coração. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Divina criação

Sua inocência, como a aurora, 
Desperta o dia, 
E sua beleza, qual estrela, 
Nos guia com alegria, 
Um sorriso radiante, 
Um olhar de candura tão terno, 
No coração de todos, 
Você é o sonho eterno. 
 
Cabelos como raios de sol, 
Dourados a brilhar, 
E a suavidade de sua pele, 
Como o luar a beijar, 
São joias da natureza, 
Divina criação, 
Que encantam a todos, 
Roubando o coração. 
 
Sua beleza é pura, 
Como uma flor no jardim, 
E em seu olhar, 
Um mundo de sonhos sem fim, 
Uma garota linda e inocente, 
Um presente da vida, 
Que nos faz acreditar 
Que essa beldade é tão querida. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Esse torturador

Pode até parecer que não sei muito 
E não sei mesmo 
Apenas sinto o vento em minha face 

Não quero pensar sobre nada 
Seguir caminhos incertos é difícil 
Porque não sabemos o que encontraremos 

Eu sempre quis voar com minhas asas 
Apenas havia me esquecido 
Que eu não tenho nenhuma asa 

A batalha mais intensa é na mente 
No pensamento que insiste 
Permanecer buscando o seu lindo olhar 

Carrego essa cruz sempre tão pesada 
Querendo que exista um lugar de descanso 
E não me lembro de quem sou 

Portas abertas não significa que devo ir 
Porque nem mesmo sei o que há lá 
Decepções, às vezes, vem em buquês de flores 

Carrego o dor do silêncio comigo 
Porque não quero me afastar tanto assim 
Do sonho que um dia eu vivi intensamente 

Fale comigo por um instante 
Não permita o silêncio ser esse torturador 
Porque eu não deixo de pensar em você. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 22 de outubro de 2023

Preso por um olhar

Um olhar tão sedutor, me perdi sem querer, 
O coração cativo, sem força para correr, 
Fui enredado por encantos que não pude evitar, 
Nesse labirinto de desejos, sem poder me libertar. 

Seus olhos, armadilha, me envolveram com paixão, 
Dominaram meu ser, fiquei sem nenhuma razão, 
Como mar revolto, me arrastaram com fervor, 
E eu me afoguei no oceano do seu olhar sedutor. 

Sem saída, me vi preso nessa teia de emoção, 
Na doçura e no fogo, da sua sedução, 
E mesmo que quisesse desse sentimento fugir, 
Sem forças nenhuma, não posso me iludir. 

Entreguei-me ao encanto que me prendeu, 
No labirinto do seu olhar, minhas forças se perdeu, 
E nessa entrega sem defesa, sem temor, 
Fui dominado pelo amor nesse olhar sedutor. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

No silêncio do coração

No silêncio do meu coração, guardada, 
Uma paixão secreta floresce em mim, 
Como a lua que à noite, enluarada, 
Mesmo que ninguém veja, brilha sem fim. 

É uma chama que arde em meu peito escondida, 
Um fogo que consome minha alma sofrida, 
Mas ninguém sabe desse amor proibido, 
Que em segredo eu guardo, escondido. 

Nas palavras não encontro o alento, 
Para expressar este sentimento, 
Que em meu íntimo cresce e se agiganta. 

Assim, no silêncio, deixo-me levar, 
Pela paixão que insiste em me dominar, 
E guardo este amor, uma pequena planta. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Cada um carrega a sua dor

Cada um carrega a sua culpa, a sua dor, 
No silêncio da alma, no coração sofredor, 
Um fardo invisível, pesado e profundo, 
Um segredo guardado, um peso no mundo. 

As sombras do passado, os erros cometidos, 
São marcas na história, são caminhos traçados, 
Ninguém escapa ileso, todos têm seu fardo, 
Na jornada da vida, em cada recanto guardado. 

Mas não é só tristeza, nem apenas castigo, 
Pois as culpas também ensinam, fazem crescer, 
São lições no caminho, a nos fortalecer, 
A nos lembrar que somos humanos, 
E isso é o que realmente faz sentido. 

Aceitar nossa culpa, buscar redenção, 
É o caminho da paz, da reconciliação, 
É aprender com os erros, evoluir, amadurecer, 
E transformar a culpa em força, renascer. 

Cada um carrega a sua culpa, é verdade, 
Mas também carregamos a chance da liberdade, 
De nos perdoar, de perdoar, de recomeçar, 
E transformar a culpa em amor, a vida renovar. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 21 de outubro de 2023

O que fazer se ela já tem um outro amor?

Quando o coração, fiel a um amor antigo, 
Descobre que ela já encontrou abrigo 
Nos braços de outro, uma nova consolação, 
Não desespere, meu amigo, acalme seu coração. 

Pois o amor, como o vento, é imprevisível, 
E em seu caminho, a vida é incrível. 
Se ela já tem um outro amor a guiar, 
Deixe-a seguir seu coração, sem duvidar. 

Amar é dar asas à liberdade, 
Não é prender em cativeiro, com saudade. 
Se o amor dela, por outro, é conquistado, 
Respeite o destino que foi traçado. 

Olhe para si, encontre sua própria estrada, 
Pois a vida é bela, e está aí, não na passada. 
Encontre a felicidade no seu próprio ser, 
E, um dia, quem sabe, o amor há de renascer. 

Lembre-se, o coração é vasto e profundo, 
Há espaço para o amor e o mundo. 
Se ela já tem outro a lhe aquecer, 
Deixe-a ser feliz, e você também há de ser. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Policial Feminina de MT: Beleza e coragem*

Na luta pela justiça, na força da lei, 
Uma policial destemida, eis o que vejo em você. 
Com sensibilidade que encanta a todos ao redor, 
Sua bravura ilumina 
Cada canto da cidade que se vê. 
 
No uniforme que veste, reflete beleza e coragem, 
Uma guardiã que enfrenta desafios em cada esquina. 
Seu coração é tão valente quanto sua arma, 
E sua voz clama por direitos, 
Sem que nada a desatina. 
 
Na calada da noite ou sob o sol escaldante, 
Você protege a todos, de maneira constante. 
Sua importância na sociedade é inegável, sublime, 
Pois você é a justiça personificada, 
Uma heroína importante. 
 
Nas ruas agitadas ou nas sombras do perigo, 
Você enfrenta o caos com um sorriso amigo. 
Mulher policial, símbolo de força e coragem, 
Você é um farol de esperança 
Nesse mundo selvagem. 
 
Em seu uniforme de honra e lealdade, 
Você escreve sua história com dignidade. 
E com cada ato valente que desempenha com graça, 
Deixa um legado de justiça e de muita raça. 
 
Que a sociedade reconheça sua contribuição, 
Sua bravura, beleza e grande dedicação. 
Mulher policial, inspiração para todos nós, 
Sua luz brilha forte, 
E é inestimável em nosso coração. 
 
*Homenagem ao Dia da Policial Militar Feminina de Mato Grosso
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense 
Imagens: Joe Bengala


 

Ser Poeta*

Ser poeta é navegar em mares vastos de palavras, 
Onde a imaginação é o vento que infla as velas, 
E os versos são as estrelas que guiam nossas jornadas, 
Na busca incansável das mais belas novas fábulas. 

É tecer com a pena o manto da emoção, 
Traduzir em versos o mundo interior que se esconde, 
E revelar, com arte, a alma em sua plenitude, 
Nos versos que fluem como rios que deslizam e respondem. 

Ser poeta é ser observador dos detalhes mais sutis, 
Captar a beleza nas coisas simples, nos momentos de emoção, 
E transformá-los em poesia, em versos milagrosos, 
Que ecoam no coração de quem lê e se inspira com a razão. 

É ser um arauto das paixões, dos sonhos, dos medos, 
E trazê-los à luz, sem medo do julgamento sorrateiro, 
Pois a poesia é o espelho da nossa humanidade, 
Onde o poeta se desnuda, revelando-se por inteiro. 

Ser poeta é um chamado, uma vocação profunda, 
Uma jornada de autodescoberta e de conexão, 
Com as palavras que dançam no papel, fecundas, 
E com o mundo que nos cerca, em eterna canção. 

Ser poeta é mais do que um ofício ou talento, 
É uma forma de vida, uma busca incessante da emoção, 
Uma busca que nos leva a explorar o pensamento, 
E a expressar a verdade que trazemos no coração. 

Ser poeta é um dom, uma dádiva divina, 
Que nos permite, com versos, o mundo transformar, 
E com asas de palavras, voar sem destino, 
Na imensidão do universo que podemos criar. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense
*Homenagem ao dia do Poeta

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Paixão proibida

    Em meio às sombras da noite, em um cenário onde o silêncio imperava, florescia um amor fadado à proibição. Era uma paixão que desafiava as convenções e rompia as amarras da moral e do destino. Ele, um homem destemido, nobre por nascimento, mas prisioneiro de suas obrigações. Ela, uma mulher de beleza radiante, porém, condenada por sua origem humilde. 
 
    No vilarejo em que viviam, as classes sociais se entrelaçavam, mas o preconceito era enraizado, e a diferença de status era uma barreira aparentemente intransponível. Os olhares que trocavam nas noites estreladas, sob um céu que parecia sussurrar palavras de encorajamento, eram carregados de desejo e angústia. Cada toque furtivo, cada encontro secreto alimentava a chama dessa paixão proibida. 
 
    O amor deles era como uma rosa selvagem, crescendo em terreno árido. Ele tentava resistir à atração, às expectativas de sua família, mas seu coração estava irremediavelmente cativo. Ela sonhava com uma vida ao seu lado, mas sabia que o destino conspirava contra eles. Era um amor condenado a florescer nas sombras, longe dos olhos da sociedade. 
 
    As noites se tornavam mais intensas e os riscos, mais palpáveis. Cada beijo roubado sob o luar era como um ato de rebelião, um desafio ao mundo que os separava. Eles sabiam que, a qualquer momento, as circunstâncias poderiam despedaçar o delicado equilíbrio que mantinham. 
 
    Mas, mesmo com o peso do mundo sobre seus ombros, eles não podiam deixar de amar. A paixão proibida era um fogo que queimava com intensidade incontrolável, e a dor da separação seria ainda mais insuportável. Eles estavam dispostos a arriscar tudo, até mesmo suas vidas, pelo amor que compartilhavam. 
 
    No entanto, a vida, por vezes, é cruel e implacável. O destino, intransigente. E assim, um amor que desafiava todas as probabilidades, que se desdobrava na penumbra, encontrou seu trágico desfecho. Separados pelo mundo que os rodeava, eles souberam, no entanto, que seus corações permaneceriam unidos, mesmo que a vida não permitisse que estivessem juntos. 
 
    A paixão proibida, o amor que não podia ser vivido, tornou-se uma história sussurrada nas sombras, uma lenda que ecoaria através das eras. Uma lição de que, por vezes, o destino é mais forte que o amor, mas que, mesmo assim, o amor é a força mais poderosa que o ser humano pode conhecer, capaz de transcender as barreiras do tempo e das convenções, e viver eternamente na memória daqueles que o sentiram. 
 
Prosa: Odair José, Poeta Cacerense

No olhar apaixonado

 No brilho do olhar, a felicidade reluz, 
Quando o coração se entrega, apaixonado, 
Um sentimento puro, que nos seduz, 
Nas asas do amor, sou eu transportado. 
 
Naqueles olhos, o mundo faz sentido, 
O sorriso, um segredo bem guardado, 
Cumplicidade em gestos compartilhados, 
Um sonho em cada momento compartido. 
 
A paixão nos guia por caminhos em flores, 
E a vida ganha um colorido, novas cores, 
Em cada verso de um poema roubado. 
 
A felicidade, no olhar apaixonado, 
É a luz que ilumina nossos destinos, 
No amor, encontramos todos os sinais divinos. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Amor meu

Amor meu 
Eu preciso te falar 
Revelar-te o sentimento 
O desejo que está no meu coração 
Que só sabe te amar 
Que só viver em você pensar. 

Amor meu 
Eu preciso que você saiba 
Que o seu encanto é real 
Que sua beleza exuberante 
É um colírio para os olhos meus 
E que você faz parte deste sonho. 

Amor meu 
Que você não se esqueça 
De que no silêncio da madrugada 
Eu penso em você 
E desejo que esteja comigo 
Para vivermos esse amor. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

A tristeza que invade a gente

É estranho como a tristeza invade a gente, 
Como nuvens escuras que encobrem o sol, 
Um manto pesado que nos envolve, lentamente, 
E nos deixa perdidos em seu obscuro farol. 

Ela chega sorrateira, sem pedir licença, 
Como um ladrão na calada da noite escura, 
E nos enche de melancolia, sem clemência, 
Fazendo-nos questionar a própria desventura. 

Mas, no escuro da tristeza, há luz a brilhar, 
Um raio de esperança, uma chama acesa, 
Que nos recorda que a alegria pode retornar, 
E que a dor é passageira, mesmo que seja intensa. 

Assim, enfrentamos a tristeza com coragem, 
Com lágrimas que lavam a alma e o coração, 
E, aos poucos, recuperamos a nossa viagem, 
Rumo à felicidade, com renovada gratidão. 

Pois é na tristeza que valorizamos o riso, 
Na escuridão que aprendemos a apreciar a luz, 
E descobrimos, no sofrimento impreciso, 
Que a vida é um equilíbrio, uma dança que seduz. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 17 de outubro de 2023

A nostalgia do poeta

Na solidão da noite, a pena em mãos, 
O poeta sonhador, com olhos vazios, 
Relembra o tempo ido, as velhas canções, 
E a saudade o abraça com seus fios. 
 
As palavras, como estrelas a florescer, 
No céu da mente, formam constelações, 
Recordações do amor e do sofrer, 
São versos, doces lágrimas em canções. 
 
A nostalgia do poeta é como o mar, 
Que vem e vai, em ondas infinitas, 
Relembrando momentos a sonhar, 
E inspirando versos com suas fitas. 
 
No silêncio da noite, a alma em pranto, 
O poeta tece versos de saudade, 
E na nostalgia encontra seu encanto, 
Criando poesia, eterna em sua verdade. 
 
Assim, o poeta abraça a sua sina, 
Na nostalgia, encontra a sua luz, 
E, com suas palavras, ele desatina, 
A escrever versos que o tempo produz. 
 
A nostalgia de ser poeta é doce e amarga, 
É a chama que queima no peito ardente, 
É a melodia da vida que se embarga, 
E faz do poeta um ser transcendente. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Os anos já passados

Anos passados, vividos no abraço do tempo, 
Em teus olhos perdidos, um segredo milenar, 
Memórias entrelaçadas, como fios de prata, 
Cada riso, cada lágrima, como estrelas a brilhar. 
 
Na juventude, sonhos nasciam como flores, 
E o mundo inteiro, diante de nós, muita sorte, 
Caminhamos pelas estradas do passado e presente, 
Em teus olhos perdidos, encontrei o meu norte. 
 
Em cada ruga, história escrita com carinho, 
Nos vincos do tempo, um livro de destinos, 
Anos passados, como páginas que viramos, 
Em teus olhos perdidos, segredos em desatinos. 
 
Hoje, olhando para trás, vemos a jornada, 
Compartilhamos a vida, cada risada e cada dor, 
Anos passados e vividos, juntos construímos, 
Em teus olhos perdidos, persiste o nosso amor. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Sonhei com você

Sonhei com você 
E no meu sonho eu amava você 
E fazíamos amor 
Um amor puro e verdadeiro 
Que não consigo explicar 
O desejo do meu coração 
É desse sonho não acordar! 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Dança de olhares

No brilho do seu olhar tão fulgurante, 
Encontrei a beleza que encanta a alma, 
Um oceano de estrelas, tão radiante, 
Que em meu coração acendeu uma chama. 
 
A luz que emana dos seus olhos cheios de paixão, 
É como o sol que aquece a manhã fria, 
E o amor que brotou em meu coração, 
É fogo que em meu peito arde e guia. 
 
No espelho dos seus olhos vejo o céu, 
Refletindo o amor que me faz sonhar, 
É doçura, é paixão, é sonho doce como mel, 
 
E nessa dança de olhares que está a embalar, 
Encontro o paraíso no seu ser tão fiel 
Na beleza do seu olhar, quero viver e amar. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense