Que minha alma consiga expressar a razão do meu amor

O brilho dos seus olhos rasgou a escuridão 

E dissipou a minha ilusão. 

O tempo descontinuou por um longo instante 

E a tristeza foi para bem distante. 

O amor que persevero em te revelar 

É maior que as coisas banais da vida. 

E o desejo que sinto por ti, querida, 

Maior que o próprio mar. 

Amo-te como ama o amor 

Como a alma sedenta anseia a fonte 

De água límpida e refrigerante 

Assim é o anseio de meu ser pelo teu calor. 

Sou amante de seus olhos lindos 

De sua alma singela e radiante de viver 

Amar você é ver o sol ao amanhecer 

E seus lábios sempre sorrindo. 

Que minha alma consiga expressar 

A razão de meu amor por você 

O anelo de contigo viver 

Para sempre e sempre te amar. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Ainda nem falei dos monstros

Fiz-me de surdo porque não quis ouvir 

Não me importava a canção dos tolos 

Falácias do tempo presente 

Presente nas rodas de conversas 

E mensagens compartilhadas sem análise. 

Sou a mosca que perturba 

O sapato que não serve no pé 

O grito dos desesperados que ninguém ouve 

Mas não posso desistir da vida 

De expor as feridas abertas na sociedade. 

Alguns já pegaram em pedras 

Estão com vontade apedrejar-me 

E o farão na primeira oportunidade 

O que não sabem é que não podem apagar 

A mensagem que martela em suas mentes. 

Ainda nem falei dos monstros 

Escondidos nos quartos desertos 

Ameaçando os cérebros infantis 

Porque dos adultos já foram corrompidos 

E não se acha uma viva alma inocente. 

Também não esclareci a mensagem 

Aquela que fala do pecado original 

Que revela os mais sórdidos pensamentos 

De quem lutou uma vida toda para afastá-los 

E nunca conseguiu dormir tranquilo. 

No fundo tudo parece mesmo 

Uma viagem sem fim ao desconhecido 

Uma jornada para o infinito 

Onde ninguém sabe o que acontece 

Apesar de acreditarem que tiveram a revelação. 

Fiz-me de surdo e não adiantou 

Terminei por ouvir as reclamações 

Os lamentos de tolos indecisos 

Que enganaram milhares de inocentes 

E os deixaram espalhados pelo caminho. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Pensamos que tudo seria eterno

Não se pode negar que erramos 

Nos cálculos 

Nos pensamentos 

Erramos em ter esperança 

De que poderia ser resolvido um dia 

As nossas divergências 

Nossas brigas intermináveis 

Às vezes até sem motivos 

E que poderíamos ainda ser feliz 

No aconchego dos braços um do outro. 

Pensamos que tudo seria eterno 

Os sorrisos de felicidade 

Os momentos de encanto 

Os gemidos de prazeres 

Ah! Como erramos em nossos anseios 

Na imaginação de pensar 

Que alguém poderia mudar suas atitudes 

Quando sempre o desejo era 

De que a mudança fosse do outro 

Nunca estávamos errados 

E, no fim, nós dois estávamos errados 

Por isso o fim. 

Hoje é o dia mais escuro 

Onde a tristeza toma todos os espaços 

Onde a realidade supera a imaginação 

E revela o que estava diante dos olhos 

Nenhuma forma de amor pode resistir 

Ao abandono 

Ao descaso 

A falta de reciprocidade 

Amor nenhum resiste a essas coisas 

E, por isso, chega ao fim. 

O caminho pela frente é árduo 

É triste estar sozinho 

Pensar em quem faz parte de seus pensamentos 

E não ter mais essa pessoa junto a ti 

Os dias são terríveis e solitários 

As noites frias e vazias 

Como se nada mais fizesse sentido 

E, mesmo assim, sabemos 

Que temos uma longa jornada pela frente 

Porque o mundo não deixa de girar 

Só porque você foi embora. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Parecia que era minha aquela solidão

Na madrugada fria 

Onde vaguei tão sozinho 

Não senti mais o seu toque 

Que sempre me aquecia. 

Senti o vento frio tocar 

Minha alma tão vazia 

E uma solidão tão cruel 

Veio me acompanhar. 

 Andei pelas ruas desertas 

De uma cidade qualquer 

Sem saber que sua companhia 

De mim já era incerta. 

 Aquela solidão tão sofrida 

Parecia que era minha 

E meus olhos tão cansados 

Já estão quase sem vida. 

Sigo sem destino certo 

No caminho que meus passos 

A conduzir-me estão 

Sem ter você por perto. 

E, sem você junto a mim, 

Não há outra esperança 

Pois, a alegria sempre esteve com você 

E, só resta-me, lamentar o fim. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Apego

Bem juntinho de ti 

Sentindo as batidas do seu coração 

O calor do seu corpo 

Aperta-me com seu encanto 

Encanta-me com seu sorriso 

E o olhar tão apaixonado. 

 

Me apego ao seu olhar 

Vivo o amor junto a ti 

A magia do sentimento 

Que invade a minha alma 

Provoca-me calafrios 

E acalma meus dias ruins. 

 

Em você encontrei a paz 

No silêncio ao seu lado 

Sinto o seu apego a mim 

O sentimento mais profundo 

Que a alma poderia desejar 

A felicidade que me faz sentir. 

 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Eu poderia muito bem ficar em silêncio

Na noite eterna do tempo 

Não mais vi o seu meigo olhar 

O silêncio tomou conta da minha alma 

A solidão veio me fazer companhia 

E então o tempo parou para mim. 

Eu poderia muito bem ficar em silêncio 

Minha alma estaria em paz 

Ninguém saberia a minha dor 

Nem mesmo você perceberia a minha solidão 

E o tempo poderia curar-me. 

O coração sente a ausência 

Quando o amor foi intenso e verdadeiro 

Quando a alma sentia o afeto 

E até sonhava que seria eterno 

Sem imaginar que poderia evaporar. 

Não olhe para mim agora 

Não quero que veja a minha desilusão 

Prefiro estar sozinho em meu canto 

Apenas imaginando o tempo que se foi 

A alegria que um dia aqui senti. 

Eu poderia ficar em silêncio 

Estaria em paz comigo mesmo 

Mas você não saberia a dor que causou 

Não teria conhecimento 

De que sinto muito a sua ausência. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Cortando a cauda do demônio

Por mais que pareça desafortunado 

Seja sempre cheio de esperança 

Isso sempre deve ser visto no olhar 

Quando se quer alcançar um objetivo 

Não se olha para as dificuldades 

E nem se assusta com o abismo. 

Os ventos podem ser mais fortes agora 

E as alturas provocar algum tipo de medo 

Mas caminhando em direção aos sonhos 

Pode-se cortar a cauda do demônio 

O mundo parece até mesmo o inferno tem vezes 

Mas não quando queremos alcançar o paraíso. 

Haverá sempre um sinal de alerta lá fora 

Uma luz que indicará um caminho 

Por onde deve caminhar os seus sonhos 

Não se perca olhando para trás 

Quando a jornada está em sua frente 

Apenas conduza-se ao infinito que deseja. 

Nem todo esforço aqui será em vão 

Porque tem horas que vale a pena lutar 

Tem causas que vale a pena ganhar 

Se a vida pode parecer não fazer sentido 

Não é o que de fato é verdade 

Porque sempre haverá um motivo para continuar. 

A esperança tem a idade da eternidade 

Então ela nunca terá um fim 

O que nos dá forças para continuar 

Se existem espinhos pelo caminho 

Que possam ferir os seus pés 

Aprenda a superar essa dor e vá até o final. 

Quando se pode abrir os olhos deve-se agradecer 

Porque a gratidão é o melhor que se pode ter 

Sozinhos não podemos muita coisa 

O sol pode estar disponível para todos 

Mas a sombra será apenas para uns poucos 

Que consegue desfrutar das frondosas árvores. 

O vento pode até derrubar os sonhos 

Mas não pode atrofiar a sua vontade de vencer 

Porque nunca será aqui o nosso descanso 

Quem olha para as nuvens nunca consegue ver 

O azul infinito do céu com precisão 

Mas ele sempre estará em seu devido lugar. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

O macaco de pedra

Tão estranho como o silêncio constrangedor 

Que afoga as mágoas de solitários 

Presos em suas próprias armadilhas 

Era a imagem da solidão agora transformada em estátua 

Depois de conduzir os peregrinos 

Na direção contrária do sol. 

Eu me calei diante da situação irreal 

Porque não sabia exatamente o que fazer 

O macaco de pedra poderia exaltar-se 

E arrancar o coração dos desafortunados 

Como se fossem alimentos para saciar a fome 

Dos que vivem jogados pelas ruas desertas. 

De nada adiantava os gritos na madrugada 

Ninguém se importa com a dor do outro 

Cada um segue o seu caminho em silêncio 

Que é para não incomodar os que cochilam 

Nem mesmo perturbar os que estão vidrados na tela 

Como se o mundo não importasse mais. 

Olha só o que pode acontecer caso não ouça 

Uma mistura de cogumelos alucinógenos 

É bem capaz de revelar segredos ocultos 

E desmascarar os falsos profetas que estão por ai 

Até mesmo os videntes com suas borras de café 

Terão um dia de desespero para amenizar. 

Abra os olhos e contemple a estátua no saguão 

Quem pode negar que seja do macaco de pedra 

O mesmo que desejava ter uma visibilidade exagerada 

Que afirmou ser o enviado dos deuses 

Para resolver os sérios problemas da humanidade 

E não fez nada além de enriquecer-se a custa dos outros. 

Eu não vou falar mais nada 

Estou cansado de expor a verdade que ninguém dá ouvidos 

Melhor seria que me escondesse nas montanhas 

Que fosse lançar iscas para os peixes no rio 

Tudo agora é mais confuso do que foi outrora 

Então é melhor deixar que aconteça o que tem que acontecer. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Se eu fiz isto!

Nos cumes dos montes estou 

E meus pés tropeçam nas pedras. 

Caluniam-me e falam contra mim 

Coisas que meu coração não pensou. 

Meus inimigos estão acampados 

A espreita pensam tirar-me a vida. 

Que Deus julgue minha causa 

E seja o justo Juiz. 

Se eu fiz isto 

E o mal pratiquei a sua vista 

Que o inimigo persiga minha alma 

E pisem a minha vida sobre a terra. 

Mas, se aos seus olhos, 

Tenho encontrado o seu favor. 

Que sua mão me proteja sempre 

E me leve ao eterno descanso. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense 

Inspiração: Salmos 7

Onde nenhuma morte mate a poesia

Quero estar distante daqui 

Bem longe de tudo que vi 

Onde não consigam descrever 

A distância que estou de você 

Onde a saudade seja a companhia perfeita. 

Não precisa olhar-me dessa forma 

Não volto atrás na meinha decisão 

Quero ir para bem longe 

Onde o sol encontra a lua 

Além do horizonte a se perder de vista. 

Quero poder caminhar livremente 

Onde a solidão ocupa os campos em flores 

Onde os pássaros cantam a liberdade 

E não são espantados pelas baboseiras 

Que os humanos insistem em soltar de suas bocas. 

Vou estar em outra dimensão 

Tão perto dos sonhos que tenho 

Que será impossível descrevê-los 

Por tão real que serão nos pensamentos 

Onde nenhuma luz invadirá a escuridão da alma. 

Muito longe é o lugar onde vou estar 

Tão longe que não poderá me alcançar 

Onde nenhuma morte irá matar a poesia 

Onde os meus pensamentos estarão seguros 

Porque será o lugar perfeito para os meus versos. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Droga nenhuma vale mais do que viver

Nada poderia ser mais terrível 

O olhar selvagem violentado 

Uma vida arrancada dos braços 

Como se fosse uma raiz de um arbusto morto 

Como se fosse uma lástima qualquer 

A vida ceifada antes da hora 

E ninguém faz nada para evitar 

Tragédias de um mundo em caos. 

Nas praças perambulam como zumbis 

Nas ruas desertas fazem os seus ninhos 

Aves de rapinas sem asas para voarem 

Ratos de esgotos sem dentes para roerem 

E ingerem as drogas que aparecem 

Como se o mundo não valesse um vintém 

E não sabem nem porque estão aqui. 

Antes do caos nada existia 

Nem sombras para amenizar o calor 

E ondas gigantescas invadem as praias 

Para avisarem que o mar bravio 

Não irá respeitar os desavisados da vida 

De que o Inferno espera por eles 

E não é para uma estadia apenas. 

Olhe para as nuvens e veja 

Não se pode segurá-las por nada 

Navegam para onde desejam 

E nem se importam com os problemas humanos 

O que significa que você pode estar errado 

Quando pensa que não pode mudar sua vida. 

Não permita ser dominado por vícios 

Não permaneça no mesmo caminho de sofrimento 

Se os espinhos ferem os seus pés 

Retorne ao início de tudo 

Pode recomeçar a hora que quiser 

E fazer a sua vida ter um sentido de existência 

Droga nenhuma vale mais do que viver. 

Abra seus olhos para a eternidade 

Veja o que tem pela frente no tempo 

Todas as pessoas terminam em algum lugar 

Mas poucos terminam onde sonharam um dia estar 

Porque abandonam a caminhada 

Diante do primeiro obstáculo do caminho 

Então, por que não resolve lutar 

Para chegar onde um dia sonhou estar? 

Aprenda uma coisa importante neste momento 

É possível mudar a sua trajetória 

Ter um novo começo e apagar os erros do passado 

Não permita ser dominado pelos vícios 

Não deixe-se ser controlado por maus pensamentos 

Não tire a sua própria vida 

Nem por um momento pense nisso.

 

Há um novo começo esperando por você 

E uma nova história a ser escrita sobre sua vida 

Apenas dê o primeiro passo e não pare mais

Um novo dia está raiando diante de você

Sorrisos e esperança em um novo amanhecer! 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

A poética da alma

O olhar despretensioso 

Fulguroso como o sol a brilhar 

A poética da alma se deslumbra

No coração a palpitar 

O sentimento que nasce 

Da forma linda de sonhar. 

 

Em meus sonhos você é real 

É tão linda como o luar 

Rouba-me os pensamentos 

E me faz só em ti pensar 

Nada mais importa neste mundo 

Do que este meigo olhar. 

 

Nunca diga-me para esquecer 

Tudo que me fez apaixonar 

A canção mais pura do amor 

É a que quero nos lábios cantar 

A inspiração dos versos meus 

Nasceu desse tão singelo olhar. 

 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Pela luz dos olhos teus

Em busca de mim mesmo 

Onde pudesse achar-me e ser feliz 

Desejei os mais lindos sonhos 

Sonhar até o amanhecer 

Sem saber ao certo se a encontraria. 

Diante de mim então 

Os olhos mais lindos que já vi 

Um mistério além do olhar 

Que apresentava-me o coração 

E eu sabia que não tinha mais volta. 

O amor pode nascer de um olhar 

De um vislumbre no alvorecer 

E nada consegue impedir 

O sentimento que extrapola o coração 

E leva-nos ao paraíso outrora esquecido. 

Deixar-me-ei ser guiado 

Pela luz dos olhos teus 

Até o segredo oculto no coração 

Que mostrou-me a felicidade 

Que durante tanto tempo procurei. 

Você é a canção do amanhecer 

A melodia que inspira o meu viver 

Em você encontrei uma nova razão 

Que preencheu o espaço vazio do coração 

E eu não quero nunca mais te esquecer. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Pérolas aos porcos

Um pânico geral em todas as cidades 

Um monstro a solta pronto a causar sérios danos 

Ruas desertas em silêncio sepulcral 

Olhos a espreita para mais uma vítima 

Ratos nos esgotos prontos a deliciar-se 

Com os temores de uma sociedade doente. 

 

Tumores concerígenos expostos às moscas 

E pessoas que se acham donos da verdade 

No labirinto não tem mais o Minotauro 

Apenas Ícaro despencando das nuvens 

E Hércules limpando os currais de políticos 

Nas extensas fazendas de falsos pastores 

Lobos disfarçados de ovelhas que limpam as peles 

Roubam a pouca dignidade dos seres humanos. 

 

Onde estão os bravos deste mundo? 

Aqueles que prezam pela honra 

Cavaleiros de uma época não tão remota 

Que foram torturados pelos instrumentos 

De uma inquisição nos palácios governamentais. 

 

São monstros escondidos nos quartos 

Crianças inocentes abusadas nas noites tenebrosas 

Vítimas de um sistema corrupto e inescrupuloso 

Que provoca revoltas e conflitos internos 

E quem as poderá salvar em seus silêncios sombrios?

 

A vida passa tão lentamente para os que sofrem 

Para os que estão sozinhos em um mundo cruel 

Expostos a selvageria de bárbaros sedentos de sangue 

Que não se preocupam nenhum pouco com nada 

E do outro lado os que jogam pérolas aos porcos 

Como se a inocência não valesse nada. 

 

Onde estão as vozes dos que bradam contra as injustiças? 

Onde estão os heróis deste planeta? 

Não aqueles das Histórias em Quadrinhos 

Mas os que dão a vida para proteger os inocentes 

E levam alento e afeto aos pequenos que precisam 

Apenas de um pouco mais de atenção e carinho. 

 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Descortinou-se

Descortinou-se em mim essa paixão 

Quando não consegui evitar 

O sentimento que nasceu no coração 

Ao me deparar com o seu olhar. 

Meus pensamentos tornaram-se seus 

E no peito nasceu o desejo 

Que seus lábios sedutores sejam meus 

E acalente-me com um beijo. 

Tudo em mim agora por você suspira 

Por ti é todo o meu sentimento 

E, por mais que tente, não esqueço. 

Você é a fonte de luz que inspira 

O mais puro e nobre pensamento 

Esse amor verdadeiro é que mereço. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

A armadilha na teia de aranha

 Ousou desafiar o maior perigo que existisse 

Queria provar a sua coragem 

Não importava o perigo que fosse 

Escalaria a maior altura que tivesse 

Nadaria as maiores correntezas que pudesse existir 

Romperia as correntes mais fortes 

Enfrentaria o diabo se fosse preciso. 

 

Então, sabia que poderia desafiar o Leão 

E não mediu esforços para realizar tal tarefa 

E mostrar ao mundo todo a sua coragem 

Por isso foi até o descanso do felino 

O rei da natureza selvagem era desafiado 

Com grandes brados disse ao Leão que ele não era nada 

E que poderia desafiá-lo a qualquer momento 

A Fera não queria ser incomodado 

E, por isso, não reagiu a provocação 

Continuou em seu estado passivo só observando a paisagem. 

 

Na sua jactância concluiu que havia vencido o Leão 

E caminhou de peito aberto pela floresta 

Via os olhares de todas as aves 

O rastejar de todos os répteis 

E o nado de todos os peixes 

E concluiu que seu desafio havia sido perfeito 

Afinal, havia humilhado o rei da Selva 

E quem mais poderia desafiá-lo agora? 

 

Foi então que sentiu seus movimentos estáticos 

Estava preso em alguma coisa 

E não tinha forças suficientes para escapar 

Que coisa tão absurda era essa? 

Questionava-se a si mesmo 

Quando percebeu que estava preso na teia de aranha 

E que seria devorado por um mísero aracnídeo 

Não faz sentido! 

Exclamou em um brado angustiante 

E todos os olhares se voltaram para ele 

Não havia mais, agora em seu rosto, a arrogância e altivez 

Apenas a decepção e angústia 

De quem teria um fim bastante trágico. 

 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Seus olhos, uma ilusão

Ver seus olhos meigos foi uma tentação 

Pois, pensei ter encontrado neles a felicidade 

Mas, eles foram apenas mais uma ilusão 

Que trouxe ao meu peito a saudade. 

Trova: Odair José, Poeta Cacerense

A dimensão do que você me faz sentir

Ah! Esses olhos lindos 

A forma singela que olhas para mim 

Meu coração quase para 

Minhas ações são imobilizadas 

Pela magnitude desse meigo olhar. 

Então você sorri 

O sorriso mais perfeito que já vi 

O encanto desse sorriso 

Invade minha alma desejosa 

E mostra-me o amor mais lindo. 

Você sussurra algumas palavras 

Arrepia-me de desejo 

Um sentimento inexplicável toma conta 

Meus pensamentos embaralham-se 

E são canalizados em você. 

Suas mãos tocam o meu rosto 

São suaves e carinhosas 

E sua delicadeza conquista meu coração 

Quero entregar-me a esse amor 

Viver esses momentos tão maravilhosos. 

Ah! Como explicar esse sentimento? 

Como definir o que sinto por você? 

Não há palavras que possam atingir tal feito 

Porque não consigo definir exatamente 

A dimensão do que você me faz sentir. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

O nosso Deus é fiel

Se você conhece Cristo, 

Terá sempre um motivo para celebrar 

Isso é o oposto do tédio 

Nossa salvação sempre será algo 

Pelo qual podemos nos empolgar! 

A Palavra de Deus é a bússola 

Que nos mantém no caminho certo 

Por que os limites impostos por Deus 

Nos protegem de nossas piores inclinações 

E criam reações agradáveis a Ele. 

O Calvário revela 

A vileza do nosso pecado 

E a vastidão do amor de Deus 

Na noite mais escura de Cristo 

Ele entregou a sua vida por nós. 

Lance sobre Deus 

O peso que lhe oprime 

Não somos feitos para suportar 

Os fardos sozinhos 

Nenhuma carga é pesada demais para Ele. 

A esperança alicerçada em Deus 

Não desabará sob as pressões da vida 

Não é tolice ter esperança 

Podemos confiar nEle de todo coração 

Porque o nosso Deus é fiel! 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Só Deus é bom, (não aceite imitações)

O tempo de Deus pode parecer 

Mover-se lentamente, 

Mas move-se sempre com segurança 

E para desfrutar o futuro 

Aceite o perdão de Deus 

Pelo passado. 

No livro de padrões da natureza, 

Escrito por Deus, 

Podemos encontrar muitas lições valiosas 

E, a mais certa de todas é essa: 

Amar a Deus é obedecer-lhe. 

Para começar, 

Peça a Deus um novo coração 

Não ignore o chamado do Senhor 

O envolvimento de Deus em nossas vidas 

Deve nos reassegurar do seu amor 

Porque Ele sempre nos protege! 

Ouça a Palavra de Deus e, então, 

Ore sobre o que você ouviu 

Isso é comunicação de duas vias 

Imagine como deve ser para Deus 

Ouvir nossas orações 

Durante nosso tempo devocional. 

Só Deus é bom 

Não aceite imitações 

Nunca deixe que os bens menores 

Eclipsem ou ofusquem 

A realidade de Deus na sua vida 

Somente Deus é verdadeiramente bom. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Nebulosa

Distante e imperceptível 

Obscuro olhar indecifrável 

No alvorecer de um novo dia 

A provocar uma tal nostalgia 

Que não pode ser comparada 

Apenas sentir não é suficiente 

Se não há uma percepção plausível. 

Antes de findar o dia 

As cores que se desfaz com o sol 

É um prenúncio do que será 

Nebulosa forma de ser 

No pensamento incapaz de reconhecer 

O que o futuro nos reserva 

Quando não se pode abrir os olhos. 

A noite cai silenciosamente 

Tudo dorme o sono dos anjos 

E não se pode ouvir os passos 

Há sempre alguém que rompe a inércia 

Que vai além dos pensamentos 

Entre a escuridão e a luz 

Pode haver um lugar de sobrevivência. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense