terça-feira, 30 de maio de 2023

A Consolação da Filosofia

No desespero da alma aflita, 
Quando a dor parece infinita, 
A Filosofia se aproxima, 
Trilhando caminhos de sabedoria. 
 Ela vem com seu manto sereno, 
Com palavras que acalmam o terreno, 
Tranquilizando a mente inquieta, 
Oferecendo à alma uma consolação completa. 

Na Filosofia, encontro refúgio, 
Um abrigo seguro em meio ao delírio, 
Pois ela nos ensina a questionar, 
A compreender, a refletir e a ponderar. 
 Ela nos guia pelas sendas do conhecimento, 
Nos faz enxergar além do sofrimento, 
Com suas ideias que transcendem o tempo, 
Elevando-nos acima do tormento. 

Através da Filosofia, encontramos respostas, 
Nas teorias que nos encantam e propostas, 
Para entender a existência humana, 
E encontrar um sentido que nos emana. 
 E quando a tristeza bater à porta, 
A Filosofia será a resposta, 
Com sua filha mais nobre, a consolação, 
Que nos acalenta o coração. 

Pois a Filosofia nos ensina a aceitar, 
A encontrar serenidade mesmo a penar, 
A compreender as dores e os dilemas, 
E, assim, alcançar a paz plena. 
Então, em momentos de aflição, 
Quando a tristeza encontra a solidão, 
Lembremos que a Filosofia nos ampara, 
Nos envolve em sua doce aura. 
E ao abraçar a consolação que ela traz, 
Encontramos alívio e paz, 
Pois a Filosofia nos conduz, 
Ao encontro do equilíbrio que nos seduz. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Preciso ler um bom poema

Deito em meu leito e já não sinto meus pés 
Deixo-me descansar do dia longo 
Das tristezas da manhã 
E das alegrias da tardezinha 
Quando o sol se pôs a minha vista. 
Olho para o teto 
E imagino tudo que aconteceu 
O sonho que se foi 
A esperança que renasce. 
Nesta noite quero sonhar 
Com seus olhos meigos 
E ver seu sorriso tão singelo a alegrar-me. 
Penso em você 
E o sono não vem 
O tempo passa lentamente 
E imagino a beleza de seus olhos a me procurar. 
Quero descansar das incertezas 
Antes que o tempo passe. 
Preciso ler um bom poema 
E esquecer as lembranças 
Que entristecem a alma. 
Preciso ler um poema 
E deixar o amor acontecer. 
Fecho os olhos: 
O poema é você. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 29 de maio de 2023

Fantasmas de tempos passados

No reino sombrio de memórias perdidas, 
Onde fantasmas dançam em tempos idos, 
Revela-se um mundo de sonhos esquecidos, 
Onde o passado vive em silêncio escondido. 

Lá vagam espectros de tempos remotos, 
Figuras pálidas, eternos devaneios, 
Sussurros de histórias, ecos soltos, 
De um passado desvanecido em anseios. 

São os fantasmas de um tempo distante, 
Que ecoam nas brisas noturnas, 
Traços efêmeros de uma vida errante, 
Em ruínas de lembranças taciturnas. 

São velhos amores, amizades desfeitas, 
Risos que já não mais se ouvem no entardecer, 
Promessas quebradas, histórias incompletas, 
Num cenário etéreo, a vida a se desvanecer. 

Cada fantasma carrega sua história, 
Marcas do passado, cicatrizes profundas, 
Revelam-se em sombras de melancolia, 
Como vestígios das almas moribundas. 

Mas esses fantasmas, com sua aura de dor, 
Não são apenas tristes espectros sem vida, 
São vestígios de um tempo cheio de esplendor, 
Lembranças que clamam por uma despedida. 

Ergo meu olhar para o horizonte distante, 
Deixo que o passado se desvaneça no ar, 
Abro meu coração para um futuro vibrante, 
E os fantasmas do tempo, finalmente, libertar. 

Que suas histórias se tornem suspiros suaves, 
Que se dissipem no vento, como poeira no ar, 
Que encontrem paz nas margens de outros mares, 
E que novos tempos possam enfim brotar. 

Então, adeus fantasmas do tempo passado, 
Sigam em paz, além do véu do esquecimento, 
Pois é no presente que construímos nosso legado, 
E abraçamos o futuro com cada novo momento. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Os tentáculos do sistema

Em qual estágio da vida estamos inseridos? 
Como viver em um sistema como este? 
Política é a arte de fazer barganha 
Um sistema que corrompe as almas 
Destrói os sonhos 
E detona os anseios dos pequenos. 
Não se pode livrar 
Dos tentáculos cruéis do sistema 
Que distribui armadilhas para os pés 
Incautos de uma sociedade 
Alienada pelas mídias sociais. 
Solto um grito de horror 
Por fazer parte de uma geração 
Que suporta sem resignação 
Um rolo compressor midiático 
Esmagar cérebros inteiros 
E os reduzir a simples massa de manobra. 
Há uma força escravizadora 
Que inutilizam nossas mentes 
Fechando todas as portas da liberdade 
Para um pensar equilibrado. 
Como sobreviver dentro desse sistema 
Quando o diagnóstico é de que 
Não há nenhuma previsão de melhora? 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 25 de maio de 2023

A dor de uma saudade eterna

No abismo escuro de uma profunda dor, 
O coração chora a saudade que arde, 
Um vazio cortante, que esmaga como compressor, 
E a alma suspira, sem paz, sem alarde. 
 
Nas lembranças doces de um tempo passado, 
Onde risos ecoavam, como sinfonia, 
Agora resta um eco, um silêncio calado, 
E a dor da saudade em cada dia. 
 
A falta que faz tua presença querida, 
É uma ferida aberta, que não cicatriza, 
O peito apertado, a alma combalida. 
 
Mas a saudade, embora dolorida, 
É prova do amor que em nós se eterniza, 
E assim, na dor, minha esperança é nutrida. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 24 de maio de 2023

Em um único olhar

Na mirada de um olhar encantador, 
Reside a magia que me faz sorrir, 
Beleza pura, radiante a reluzir, 
Um horizonte que acalma minha dor. 
 
Em suas órbitas, brilho de esplendor, 
Reflete estrelas num céu a florir, 
Transmite segredos que não vou omitir, 
Encantamento que incendeia meu amor. 
 
Seus cílios, como asas, dançam no ar, 
Os irisados tons, um oceano a navegar, 
Profundidade infinita a desvendar. 
 
Em um único olhar, vejo poesia, 
A sutileza dessa melodia, 
Que embeleza minha alma a suspirar. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 23 de maio de 2023

Esse sol que se despede

Diante do horizonte, onde o céu se encontra com a terra, 
O sol se despede, pintando o mundo de cores rubras e douradas. 
É um espetáculo divino, uma obra-prima da natureza, 
Que eterniza a poesia e encanta os corações com sua beleza. 

 As nuvens se vestem de toneladas ardentes e suaves, 
Enquanto o sol se recolhe, aos poucos, no horizonte distante. 
A luz se esvai, dando lugar à penumbra e à melancolia, 
E a poesia se revela nas palavras que a alma desafia. 

Nesse crepúsculo encantador, onde o tempo se suspende, 
As estrelas timidamente começam a surgir no céu, 
E a lua, com sua luz prateada, embeleza a noite serena, 
Transformando o momento em uma poesia singela. 

E ali, diante desse por do sol tão bonito e magnífico, 
A poesia se faz presente, eternizada em cada verso e estrofe, 
Pois a natureza inspira e transborda sentimentos, 
Que encontra morada nas palavras do poeta e do trovador. 

Que esse por do sol tão grandioso e sublime, 
Nos faça lembrar da beleza que existe ao nosso redor, 
Que nos inspire a contemplar a simplicidade do viver, 
E a escrever, com amor, 
Poesias que encantam e perduram no tempo. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense
Imagem: Odair José

segunda-feira, 22 de maio de 2023

A magia de um olhar sereno

No entardecer, encontro a serenidade, 
Em teu olhar que é pura poesia. 
És a própria essência da felicidade, 
Um verso divino que a alma irradia. 
 
E assim, no crepúsculo do dia, 
Encontro a magia de um olhar sereno. 
Poetizo cada instante da melodia, 
Que em teus olhos encontro, pleno. 
 
Que jamais se apague essa chama ardente, 
Que em teu olhar no entardecer brilha. 
Pois é nessa beleza que encontro contente, 
O eterno encanto de uma alma tranquila. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

O reflexo do infinito em teus olhos

No entardecer, quando o sol se esconde, 
Desponta uma beleza que me comove. 
No horizonte, um mar de cores se funde, 
E em teus olhos encontro o que mais me move. 
 
Teu olhar, suave como a brisa da tarde, 
Reflete a calma do céu avermelhado. 
Nas curvas da luz, encontro a tua imagem, 
E sinto meu coração ser embalado. 
 
Em teus olhos, vejo o reflexo do infinito, 
Um universo de sonhos a se desvelar. 
És o poente em forma de encanto escrito, 
E no silêncio do crepúsculo, a te admirar. 
 
Cada pincelada do sol no horizonte, 
Encontra eco na profundidade do teu olhar. 
A beleza que emana é como uma fonte, 
Que me inunda de amor e me faz flutuar. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Sarah... O que jamais esquecerei

A manhã em que você veio ao mundo 
Quando meus pensamentos eram imaginando 
Como você seria e como mudaria minha vida. 
Eu só não imaginava que seria tão forte assim. 
Era uma manhã de sol, mas fazia um tempo bom, 
Frio até 
E você deu o primeiro sorriso depois do choro. 

A noite em que levei-te diante do altar 
Para que fosse apresentada ao Criador 
Àquele que tinha te dado vida e saúde. 
Minha oração naquela noite 
Foi para que Deus pudesse proteger-te 
Durante toda sua caminhada nesta vida. 
Que seus passos fossem guiados pela mão divina 
E seus sonhos realizados por Deus. 

A tarde em que deu os primeiros passos 
E, cambaleante caminhou em minha direção. 
Confiante de que, se vacilasse, eu a protegeria. 
Ver você caminhando 
Me fez esquecer todas as tristezas daquele dia. 
Eu fiquei muito feliz 
E só Deus sabe o quanto. 
Ali pedi a Ele que sempre estivesse com você 
Mesmo quando eu falhasse 
Que Ele sustentasse seus passos na direção certa. 

A manhã do primeiro dia na escola 
 E o medo que senti em deixar você ali sozinha. 
 Mesmo sabendo que você precisava 
Eu queria ver como seria esse dia. 
Deixei-a ir até a professora 
E entreguei a ela você com todo carinho. 
Suas primeiras letras 
Muito me orgulharam porque sempre gostei de escrever. 

A primeira vez que andou de bicicleta. 
Era uma bicicletinha rosa com rodinhas. 
Empurrei-a até o campinho e soltei minhas mãos 
Para vê-la correr livremente 
E contemplar o vento jogar seus cabelos no ar. 
Sua alegria em poder andar sozinha 
Contagiou meu coração. 

A tarde de sol em que sentamos na beira do cais 
 E olhamos as águas do Rio Paraguai 
Como se nelas estivessem os nossos sonhos 
E a felicidade de dias bons. 
Aquelas águas traziam a esperança 
Levavam as tristezas 
E regava o nosso amor. 

Jamais esquecerei as vezes que fomos ao cinema, 
As vezes que tomamos sorvetes 
E as vezes que brigamos. 
São muitas e muitas ainda virão... 
E eu jamais esquecerei. 
Porque quem ama nunca esquece 
E eu te amo com todo amor do meu coração. 
Posso não estar presente todo o tempo, 
Mas não deixo de pensar em você um só minuto 
E sei que, na minha ausência, 
Deus está com você e te conforta. 

Hoje, quando completas 25 anos, 
Quero externar a minha gratidão 
Pelos 9.131 dias que Deus te concede 
E pela proteção dEle sobre sua vida. 
Que a graça e a misericórdia de Deus 
Possa estar derramada sobre você por muitos e muitos anos 
E que sua vida seja repleta de vitórias. 

Quando pensares que não és ninguém, 
Ou mesmo, que as pessoas te abandonaram, 
Saiba que, onde eu estiver, estarei pensando em você 
E desejando o melhor para sua vida. 
E que, o amor que sinto por você é muito grande. 
Você é especial para mim 
É um tesouro valioso para minha existência 
E a esperança de muitas pessoas. 

Seu nome é Sarah, 
Que significa princesa 
E você é uma princesa 
 Que mora no meu coração. 
Receba essa singela homenagem 
 De seu velho, (chato) e querido pai 
Que te ama imensamente. 

Serei eternamente grato a Deus 
Ainda que lágrimas venhas a ter 
Resoluto estou em confiar no seu 
Amor e proteção sobre você 
Hoje e todos os dias da sua vida. 

Seus passos sempre confiantes 
Estará sob a proteção de Deus; 
Jamais deixará vacilar na caminhada 
Ainda que pelo vale tenhas que passar. 

Felicidade desejo-te 
Em seu viver. 
Livremente deve acreditar 
Incansavelmente lutar 
Zelando pela sua vida. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense 
Dedicado a minha filha Sarah que hoje completa 25 anos!

domingo, 21 de maio de 2023

Por do sol no Daveron

Ao horizonte estendem-se os raios dourados, 
Num espetáculo mágico, pintando os céus. 
O sol, em sua grandeza, revela seus encantos, 
E o mundo se rende aos seus brilhos e véus. 

Em tons alaranjados e vermelhos flamejantes, 
Ele se despede lentamente do dia que encontra. 
A sua majestade enche o ar de suspiros, 
E a natureza se rende, maravilhada e linda com seus brilhos. 

As nuvens, em tons de rosa e violeta, 
Acolhem a sua presença com amor e devoção. 
E o céu se pinta com pinceladas celestiais, 
Transbordando beleza e inspiração. 

As águas do Rio Paraguai se agitam em reflexo, 
Espelhando a grandiosidade do astro solar. 
E na praia do Daveron, os grãos de areia aquecidos, 
São testemunhas desse momento singular. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense
Imagem: Odair José

sábado, 20 de maio de 2023

Com o tempo

Tempo, efêmero tesouro, escorre entre nossos dedos, 
Apressado, impiedoso, não se detém nem por segundos. 
Voam as horas, os dias, os anos, num movimento voraz, 
E na corrida frenética, deixamos escapar o tempo para trás. 

Distância, obstáculo invisível que nos separa, 
Afastando corações, sonhos, aconchegos de casa. 
Mas que tristeza há na distância, se o tempo é o nosso refúgio? 
Pois ele encurta caminhos, aproxima almas e acalenta o sussurro. 

Tempo perdido, tesouro desperdiçado, 
Deitado à margem do rio, sem ser desfrutado. 
As oportunidades se desvanecem, como um sopro no ar, 
E no fim resta o arrependimento de não ter sabido aproveitar. 

Mas há que se aprender com as lições que o tempo traz, 
A valorizar cada momento, cada instante que nos satisfaz. 
Pois o tempo não é inimigo, é um mestre a nos guiar, 
Ensinando-nos a sabedoria de não desperdiçar. 

Com o tempo, aprendemos a viver plenamente, 
A valorizar os afetos, as risadas, a brisa da tarde quente. 
Entendemos que a distância é apenas uma ilusão, 
Pois o tempo nos permite sentir a presença no coração. 

E assim, com o tempo como aliado, seguimos em frente, 
Aproveitando cada segundo, cada hora, cada instante. 
Não permitindo que o tempo e a distância nos abale, 
Pois no tempo, encontramos o poder de transformar o improvável. 

Que não sejamos prisioneiros do tempo perdido, 
Mas sim senhores do tempo vivido. 
Que aproveitemos cada oportunidade que nos é dada, 
E com amor e alegria, construamos uma vida abençoada. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 19 de maio de 2023

Suspiro em segredo

No jardim dos sentimentos, trago comigo uma dor, 
A história de um amor não correspondido, 
Um fardo que eu suporto com ardor. 
Meu coração, qual pássaro solitário, voa sem rumo, 
Buscando abrigo nos braços que nunca me acolherá. 
Na teia de ilusões, construí sonhos e fantasias, 
Mas a realidade cruel me mostrou suas garras frias. 
Amar sozinho é como dançar uma melodia sem compasso, 
Onde meus passos se perdem na tristeza e no embaraço. 
Olhos que brilham como estrelas no céu, 
Mas não encontram o reflexo do meu anseio mais fiel. 

Suspiro em segredo, carrego a paixão em silêncio, 
Enquanto meu peito se enche de um imenso vazio. 
 Teus gestos suaves, tuas palavras ao vento, 
Aquecem minha alma, mas só por um momento. 
Pois sei que o amor que ofereço é um presente rejeitado, 
E meu coração solitário, em desalento, é dilacerado. 
Mas ainda assim, ergo-me diante dessa adversidade, 
Transformo minha tristeza em força e serenidade. 
Pois é melhor amar em silêncio do que nunca amar, 
Mesmo que meu amor não possa ser compartilhado. 

E assim, sigo adiante, 
Com a esperança no horizonte, 
Sabendo que mesmo na dor, a vida traz lições valiosas. 
Um amor não correspondido 
Pode doer como uma ferida, 
Mas me ensina a ser resiliente, 
A buscar amar minha própria vida. 
 E talvez, um dia, o destino sorria em minha direção, 
E eu encontre alguém que sinta a mesma paixão. 
Até lá, guardarei essas lembranças com carinho, 
Pois mesmo não sendo correspondido, 
Meu amor segue nesse mesmo caminho. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Amor mal explicado

No meu peito arde um fogo intenso, 
Um amor que me consome em silêncio. 
É uma chama que queima sem perdão, 
Um sentimento que vive na solidão. 

Olho para ti, mas não me vês, 
Sou apenas uma sombra entre tantos porquês. 
Meus olhos brilham quando estão por perto, 
Mas o teu olhar não encontra o meu ao certo. 

Sonho acordado com um futuro a dois, 
Onde o amor floresce e é mais do que depois. 
Mas a realidade é cruel e desigual, 
Meu coração sofre, preso em um triste vendaval. 

Escrevo estas palavras como desabafo triste, 
Uma forma de libertar o meu amor do cárcere que persiste. 
Sei que jamais seremos além do que somos, 
E por isso, sigo adiante com meus sonhos. 

Não te culpo, pois não se escolhe quem se ama, 
E mesmo na ausência de reciprocidade, minha alma clama. 
Mas aceito o destino, sereno e resignado, 
Enquanto guardo no peito um amor mal explicado. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 18 de maio de 2023

Não pude enxergar

Correndo em busca do prazer, num ritmo acelerado, 
Meu coração ansioso, o passo apressado. 
Acreditava encontrar alegria em cada esquina, 
Mas tropeçava na dor, surpreendendo minha sina. 

Com a euforia a me guiar, não pude enxergar, 
Que o caminho escolhido poderia me machucar. 
Atravessei florestas e espinhos, sem me importar, 
Até que a dor me alcançou, sem nada avisar. 

Tropecei na tristeza, num momento inesperado, 
Ela se revelou diante de mim, um fardo pesado. 
O prazer momentâneo desvaneceu no ar, 
E a dor me envolveu, sem me deixar escapar. 

Com humildade, ergui-me do chão caído, 
Olhei para a dor de frente, um ser desvanecido. 
Percebi que o prazer sem a dor é pura ilusão, 
É na adversidade que encontramos o valor do coração. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 17 de maio de 2023

Uma canção a eternidade da arte

Na efemeridade da vida, no breve caminhar, 
A arte se ergue majestosa, sem jamais se cansar. 
A vida, um sopro passageiro, um instante a passar, 
Enquanto a arte, eterna, nos faz sonhar. 
Em breves momentos, somos meros viajantes, 
Deslizando pelos dias, por entre instantes. 
Mas a arte, qual farol, o horizonte a iluminar, 
Envolve-nos em sua beleza e vive a nos encantar. 

A vida é efêmera, mas a arte é persistente, 
Nas mãos dos artistas, ela é grandemente presente. 
Pinturas, esculturas, poesias a nos guiar, 
Mergulhamos em suas formas e nos deixamos levar. 
A arte atravessa os tempos, transcende as eras, 
Contando histórias, exprimindo quimeras. 
Na beleza dos quadros, nas notas musicais, 
Na dança dos corpos, nas palavras que são reais. 
Enquanto a vida se esvai, como um rio a correr, 
A arte nos imortaliza, faz-nos renascer. 
Poetas, escritores, com suas letras a dançar, 
Deixam marcas indeléveis para sonhar.
 
A vida é curta, efêmera em sua trajetória, 
Mas a arte perdura, escreve sua própria história. 
No palco, no palimpsesto, na tela a brilhar, 
A arte se eterniza, sem jamais se apagar. 
Então, enquanto a vida corre célere e veloz, 
Entreguemo-nos à arte, ao mundo erguemos a voz. 
Como disse Hipócrates: "a vida é breve, mas a arte é longa", 
Nela encontramos a eternidade que nos alonga. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 15 de maio de 2023

No caminho do prazer ardente

Caminhamos pelos campos da sedução, 
Com passos firmes e coração em combustão, 
Descobrindo segredos escondidos, 
Nos mistérios dos corpos entrelaçados. 
No caminho do prazer ardente, 
Onde os desejos vêm florescer, 
Seguimos em busca do êxtase, 
Na dança dos corpos em sinfonia. 

As chamas da paixão nos envolvem, 
Em labaredas que jamais se consomem, 
Erguemo-nos na cúpula da volúpia, 
Explorando todos os sentidos em harmonia. 
 O toque suave, como brasa acesa, 
Incendeia a pele, acelera a pressão, 
Gemidos e sussurros no ar ecoam, 
Em um cenário onde o prazer reina e entoa. 

 No caminho do prazer ardente, 
Somos livres para amar, enlouquecer, 
Deixamos que o fogo consuma a moral, 
E nos entregamos ao êxtase total. 
Que a chama da paixão nunca se apague, 
Que o caminho do prazer sempre nos trague, 
E que nos encontremos sempre nesse caminho, 
Vivendo a plenitude de um amor com tanto carinho. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Espero que a humanidade aprenda

Que o amor e a compaixão possa prevalecer, 
Que a razão encontre espaço em minha mente, 
Pois no fogo cruzado devo permanecer, 
Um guerreiro da paz incandescente. 

 E quando as balas cessarem seu voo, 
E o silêncio enfim se instalar, 
Espero que a humanidade aprenda, 
Que a guerra só nos faz sangrar. 

 Que da destruição possamos renascer, 
Com corações unidos e cicatrizar curadas, 
E que jamais esqueçamos as lições, 
Das batalhas travadas, das almas dilaceradas. 

No fogo cruzado, estou eu, 
Um poeta que busca a harmonia, 
Que almeja um mundo mais justo e sereno, 
Onde a guerra se transforme em poesia. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Fogo cruzado

No abismo de um conflito ardente, 
Entre fogo cruzado se encontra o meu rosto, 
Um ser solitário e impotente, 
Num mundo que parece cheio de desgosto. 

O rugir das armas é ensurdecedor, 
Ecoa tristeza e medo no ar, 
Sou um peregrino sem abrigo, 
No campo de batalha a vagar. 

O calor das chamas consome meu peito, 
Enquanto balas traçam meu caminho, 
Em meio à violência, há desencanto, 
E a esperança se perde no ninho. 

Mas mesmo cercado pelo caos, 
Eu nutro uma chama dentro de mim, 
Uma voz sussurra coragem e fé, 
Na luta, eu encontrarei um fim. 

Pois mesmo que esteja entre fogo cruzado, 
Ainda sou dono da minha vontade, 
Buscarei a paz, erguendo minha bandeira, 
Mesmo estando no meio da tempestade. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

A música da alma

Está em mim esse sentimento 
Esse desejo louco por você 
Por sentir o ardor permanente 
A vontade louca de estar contigo 
De sentir o seu calor 
A sua presença tão marcante. 

Não posso negar o que sinto 
Não posso esconder o desejo 
Está no olhar quando a vejo 
Está nas batidas do coração 
Onde você preenche todo os espaços 
Onde você dança com a música da alma 
E me faz sentir o amor. 

Eu não consigo deixar de pensar 
Não sei o que seria viver 
Longe do seu meigo sorriso 
Do seu olhar singelo 
Que renova em mim a esperança 
De estar sempre com você. 

Eu quero apenas que saiba 
Que o amor está em mim 
Não por causa de outras coisas 
Está por você, está para você 
Que invade os meus pensamentos 
E me faz sonhar desse jeito 
E desejar estar para sempre com você. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 12 de maio de 2023

Sou feito de coragem e esperança

No silêncio do meu ser, permaneço impassível, 
Como um rochedo firme diante das marés turbulentas. 
As emoções agitam-se ao meu redor, 
Mas eu permaneço imóvel, 
Uma estátua de tranquilidade. 

As tempestades da vida tentam me abalar, 
Com seus ventos furiosos e chuvas torrenciais. 
Mas eu resisto, inabalável, 
Como um farol na escuridão, 
A luz da minha serenidade brilha intensamente. 

As palavras cortantes como facas afiadas, 
Podem tentar perfurar minha armadura de calma. 
Mas eu me mantenho incólume, 
Como um escudo impenetrável, 
As críticas e injúrias não têm poder sobre mim. 

Observo o mundo ao meu redor com olhos serenos, 
Ciente das dores e sofrimentos que nele habitam. 
No entanto, não me deixei consumir pelo desespero, 
Encontro força na minha impassibilidade. 

Não confunda minha serenidade com indiferença, 
Pois em meu íntimo arde uma chama ardente. 
Sou feito de coragem e esperança, 
Enfrento os desafios sem medo ou hesitação. 

A vida pode tentar me derrubar, 
Mas eu me ergo, resiliente e inabalável. 
Permaneço impassível diante das adversidades, 
Pois sei que a verdadeira paz reside dentro de mim. 

Portanto, sou como a rocha que enfrenta o mar revolto, 
Como o vento que sopra sem se curvar. 
Sou a calmaria em meio à tempestade, 
A força tranquila que nunca irá desvanecer. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense