sexta-feira, 29 de outubro de 2021

No silêncio da noite

Cai à noite e vem o silêncio 
E na brisa a bater na janela 
Ouço a voz do seu coração. 
Meus pensamentos, então, 
Voa os espaços e procura você. 
E nos meus sonhos 
Você aparece linda e meiga 
A sorrir para mim. 
Então adormeço silenciosamente 
Com a beleza de seus olhos 
Na minha alma. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Se eu te amar

Se eu te amar 
Que seja amor verdadeiro; 
Se eu te tocar 
Que seja por inteiro. 
Se eu te sentir 
Que seja pelo coração; 
Se eu te ouvir 
Que seja minha canção. 
 
 Seu olhar na imensidão 
Traz alento ao meu coração; 
Seu sorriso tão meigo 
É a força da minha emoção. 
 
Se eu te amar 
Que seja por toda vida; 
Se eu te tocar 
Que seja na alma sentida. 
Se eu te olhar 
Que veja sempre a sua beleza; 
Se eu te deixar 
Que não me esqueça da tua grandeza. 
 
Seu olhar tão intenso 
Provoca em mim a paixão; 
Seu sorriso tão singelo 
É a fonte da minha canção. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Poetas de Cáceres - MT, Edson Flávio e Odair José, falam sobre livros no Dia Nacional do Livro.

    No Dia Nacional do Livro, os poetas de Cáceres, MT, Edson Flávio e Odair José, Poeta Cacerense, falam sobre suas trajetórias e experiências sobre livros e sobre a alegria de serem escritores. 
 
    Em entrevista ao apresentador Kiko Padovani, da Rádio Nova Difusora FM, Edson Flávio falou sobre sua análise literária do Poeta Pedro Casaldáliga, desenvolvidas no livro "As Utopias e Resistências de Pedro Casaldáliga" e seus poemas no livro "Aldrava". "de repente o desejo de escrever desapareceu desapareceu, de repente, o desejo de amar." O Escritor Cacerense destacou, também, a importância do livro e da leitura para se pensar o mundo em que vivemos e sobre o seu próximo lançamento, um livro de contos.
 
    Odair José, Poeta Cacerense, por sua vez, ao ser indagado sobre a sua paixão pela escrita destacou que "Escrever é uma arte. Um prazer. Uma viagem. Consigo transitar entre vários mundos. Descobrir coisas que ninguém está vendo, apesar de estar diante de seus olhos...". O Escritor Cacerense deu destaque para a seu livro "Contos e Pensamentos do Poeta Cacerense" e falou sobre seu próximo lançamento, o livro de mensagens "O Homem Que Queimou a Bíblia".
 
    No Dia Nacional do Livro, o destaque vai para dois prolíficos escritores que amam a cidade de Cáceres, a Princesinha do Rio Paraguai. 
 
Texto: Odair José, Poeta Cacerense 
Imagens: Odair José.
As obras de Edson Flávio
 
O novo livro de Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Eu deveria explicar antes

Eram os olhos mais lindos que eu já tinha visto na minha vida 
Só que eu não falei nada 
Apenas deixei que o vislumbre me levasse além das montanhas 
Numa viagem tão sensível 
Que parecia estar voando sobre as nuvens 
No infinito de uma sensação inesquecível. 
 
No coração uma paixão corroía a minha alma 
E fazia-me desejar-te loucamente 
Mas eu fiquei em silêncio 
Um medo se apoderou de mim 
E nem uma palavra de admiração saiu de meus lábios 
E os seus lábios vermelhos entreabertos 
Convidava-me para o paraíso. 
 
Eu deveria explicar antes 
Que minha alma estava enamorada 
Fascinada pela beleza única que exalava de seus olhos 
Uma sensação maravilhosa tomava conta dos meus pensamentos 
Na tarde quente de verão 
O meu coração 
Batia forte como nunca antes na minha vida. 
 
O meu silêncio foi mal interpretado 
Quando você caminhou em meio as flores 
E a elas se misturou como se fossem únicas 
Na existência do universo. 
 
Eu deveria explicar antes 
Que minha vida nunca mais foi a mesma 
Desde o dia em que vi os olhos mais lindos 
E o sorriso tão perfeito de uma deusa a desfilar entre os humanos. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Não me diga nada agora

Esse silêncio é tão bom 
O vento que leva às nuvens embora; 
A lembrança que preenche o vazio 
De uma alma que chora. 
 
Não quer ouvir nem uma voz 
Por isso, não me diga nada agora; 
Apenas os sonhos devem continuar 
O desejo intenso de outrora. 
 
Se o tempo insiste em não passar 
E o coração sente que demora 
A saudade de seus olhos apagar... 
 
Só há a história de Pandora 
Que possa te fazer lembrar 
Desse amor que a alma implora! 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 26 de outubro de 2021

O que não podem roubar de mim

    Hoje um larápio furtou-me. Levou uma mochila escolar onde estava o meu material de trabalho. Notebook, cadernos com anotações, livros de estudos, pendrives, chaves, estojo escolar e outros materiais menores. Também, estava no bolso da mochila a minha carteira com todos os meus documentos, cartões de créditos, cartão de vacina e algum dinheiro que tinha para abastecer até o final do mês. Em um momento de descuido de minha parte (afinal, eu esqueci de trancar o carro) o larápio, que na minha opinião já sondava os meus hábitos de chegada em casa, levou esse material. 
 
    A maioria são materiais que, com trabalho, consigo de volta com o tempo. No entanto, na minha mochila também estava a minha agenda do ano onde escrevia o meu devocional todos os dias. Se não recuperá-la eu não sei se consigo escrever ou lembrar o que escrevi nas minhas manhãs de meditações. Só espero que a leitura desse devocional possa fazer o efeito necessário na vida de quem ler. Fiz o Boletim de Ocorrências, cancelei os cartões e me preparei para dar sequência na minha vida, agora com mais atenção aos detalhes, como, por exemplo, não esquecer de trancar o carro. 
 
    Tudo isso, no entanto, me fez refletir sobre uma coisa. O que aconteceu comigo é desagradável. Não desejo para ninguém, mas nos ensina lições preciosas. Eu pude refletir que não temos segurança. Estamos sendo vigiados o tempo todo. O mundo capitalista é uma porcaria. Alguém vai comprar a maioria dos meus materiais por um preço irrisório. Talvez nem sirva para o ladrão que se apropriou indevidamente de material que levei anos para escrever. No entanto, uma coisa pude refletir. Tudo neste mundo é passageiro. Tudo é supérfluo. Tudo é banal. 
 
    Continuarei a escrever. Continuarei a trabalhar. Continuarei a lutar. Ninguém pode roubar os meus sonhos. Ninguém furtará os meus objetivos. Porque eles não são materiais, eles são subjetivos. Estão no meu coração e na minha mente. Documentos eu faço outros. Notebook, eu compro outro. Mas, a minha esperança em Deus, a minha salvação, a minha comunhão com o meu Criador. Isso, ninguém poderá roubar. Isso ninguém irá furtar porque está escondido em Deus. 
 
    Oro para que o Senhor tenha misericórdia da pessoa que pegou a minha mochila. Que o Espírito Santo possa falar em seu coração. Que ele sinta a necessidade da salvação tocar em seu coração. Por mim ele já está perdoado!
 
Reflexão: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Uma história para nós dois

Não existia forma mais profunda de se expressar 
E não queria que o silêncio falasse por ela 
O vento sul era gélido, cortava a alma em pedaços 
Um corpo que não poderia ser aproveitado 
O olhar mórbido fitava o vazio existencial 
E o tempo simplesmente resolveu não passar mais. 
 
No coração um desejo imenso 
Um sentimento que não poderia ser explicado 
E nem mesmo o melhor dos escribas e copistas 
Poderia escrever uma história para nós dois 
Depois que ninguém mais conseguia ver 
O que havia sido escondido no profundo coração. 
 
O vento que sussurrava nas folhas das árvores 
No dia chuvoso e frio da despedida 
Parecia sibilar as lembranças de algum sentimento 
Que foi cruelmente apagado com o tempo 
E nem mesmo se lembrava das últimas palavras 
Que também não queria guardar nas memórias. 
 
A existência humana é misteriosa e solitária 
Mesmo em um mundo com bilhões de pessoas 
Porque o ser humano chega sozinho 
E, da mesma forma, parte a qualquer hora 
Sem mesmo poder dizer adeus 
Quando a linha do seu destino já foi traçada. 
 
Ninguém tem o poder de adivinhar 
O dia de uma partida que não foi desejada 
E no coração que compartilhava os sentimentos 
Fica sempre as palavras que havia postergado 
E que poderia ter feito a diferença nos dias passados 
Nas manhãs que construía uma história para nós dois. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

O que o medo diz para você

No silêncio de sua alma 
Ele sussurra em seus ouvidos 
"Você não vai conseguir" 
"Você não tem capacidade" 
"Você não vai conquistar" 
E isso pode fazer você querer desistir 
Ele quer te impedir 
De realizar os seus sonhos. 
Com medo você deixa de correr atrás de seus sonhos 
Você deixa o desânimo chegar 
E você não acredita que pode conseguir. 
O segredo para vencer esse medo 
É sair da zona de conforto 
Pode ser difícil 
Mas é necessário. 
Você tem talento 
Você é uma pessoa especial 
E você pode chegar aonde você quiser na vida! 
O medo não pode impedir 
Que você faça o seu melhor. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Não eram bruxas, eram apenas mulheres


Não se engane 
Elas poderiam ser qualquer uma 
Poderia ser a sua avó 
Poderia ter rugas ou verrugas 
Usar um chapéu na cabeça para proteger-se do sol 
Poderia fazer um chá de ervas 
Ou mesmo ter um gato preto na sua casa 
Poderia ter tudo isso 
Mas, eram apenas mulheres 
E as mulheres sempre foram um perigo 
Principalmente as habilidosas 
As que sabiam lidar com a vida cotidiana 
Essas sempre causaram pavor 
Ameaçavam as estruturas da Igreja 
Por isso só as fogueiras poderiam detê-las. 
Torturadas 
Excomungadas 
Eram expostas à vergonha pública 
Obrigadas a confessar coisas indescritíveis 
Que beijavam ânus de gatos 
Que bebiam sangue humano 
Que sacrificavam crianças recém-nascidas 
E isso fazia o mito das bruxas se propagar. 
Então eram perseguidas 
Demonizadas 
Desprezadas 
Incriminadas 
Em nome da ideologia cristã de salvação. 
Como seriam salvas se tinham pacto com o diabo? 
Como poderiam ser perdoadas de tamanha blasfêmia? 
Só o fogo poderia purificá-las 
Salvar-lhes as almas. 
As mulheres belas eram uma ameaça 
Poderiam engravidar dos seres infernais 
As mulheres sem beleza natural 
Eram consideradas receptáculos de magias 
Até foram acusadas de causar a Peste Bubônica 
Como sobreviver a tudo isso? 
Torturas 
Fogueiras 
Afogamentos 
Enforcamentos 
Tantos tormentos 
Até quando serão perseguidas? 
Não eram bruxas 
Não são bruxas 
Nunca foram bruxas 
São apenas mulheres! 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Verdades secretas

O olhar malicioso tenta esconder 
Os desejos indecentes 
Da mente que sonha coisas proibidas 
E o coração, como serpente venenosa, 
Tenta sufocar as tentações. 
 
No escuro da noite sombria 
Espreita às escondidas 
Os secretos desejos do coração sedutor 
Tentando sufocar a malícia que sente 
E apagar a sensação de puro êxtase 
Que toma conta dos pensamentos. 
 
Verdades secretas 
Que fazem parte do cotidiano 
Nos lugares mais escondidos da alma 
Dos sentimentos profundos 
Que só podem ser vistos 
Pelos olhos oniscientes do Criador. 
 
 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Conversão

Neste mundo perdido eu andava 
Não havia em mim nenhuma esperança; 
Destinado ao abismo eu caminhava 
E tristemente chorava como criança. 
 
Mas eis que uma luz do céu brilhou 
Cristo minha vida transformou;
Nova criatura em Cristo agora sou 
Pela graça de Deus que me salvou. 
 
Sou feliz por essa graça recebida 
Do Senhor que teve misericórdia de mim 
E estendeu-me sua mão lá na cruz ferida...
 
Ao Senhor eu canto essa canção 
Por Ele ter me amado grandiosamente assim 
E por estar agora no meu coração. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Doces flores que sorriem no caminho

Quem são essas tão belas figuras 
Que ofuscam a visão do mundo? 
Não podem ser reprimidas 
Se tem sonhos nos corações. 
No jardim suntuoso 
Da existência humana 
São sensatas 
Que andam de cabeças erguidas 
E caminham 
Com posturas vencedoras. 
Guerreiras de tempos sombrios 
Desbravam preconceitos 
Derrubam tabus 
E buscam sua a libertação 
Do jugo dos homens. 
O que desejam nessa procura? 
Reivindicam seus direitos. 
Quem são elas? 
Doces flores que sorriem no caminho. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Há um lobo dentro de mim

Sozinho em meio a multidão 
O paradoxo de uma alma angustiada 
Sem saber a razão de sua dor 
Se tudo a sua volta parece estar normal 
Mas, parece não estar. 
 
Um medo que corrói a alma 
Sem ter uma razão aparente para tal medo 
A sombra que lentamente ofusca o sol 
Na existência perturbada da solidão 
Que atormenta o ser humano. 
 
Busco respostas que não existem 
Para as indagações que permeiam os pensamentos 
Nos momentos obscuros da solidão 
Em um canto qualquer pode até apalpá-la 
Como se tivesse existência própria. 
 
O mundo é um caos total 
Cheio de violências e crueldades 
Onde quase ninguém se importa com o outro 
Egoístas que são 
Pensam cada um em si mesmos. 
 
E nem adianta eu reclamar de tudo isso 
Se nem eu mesmo presto atenção 
Na verdade pouco me importo com as dores 
Com as lástimas de mendigos e desafortunados 
Que perambulam pelas terras desoladas da existência. 
 
Há um lobo dentro de mim 
Carnívoro que devora os sentimentos 
Com suas garras afiadas sangram o profundo coração 
Que até deseja ser livre um dia 
Sem saber que tudo não passa de sonhos perdidos. 
 
No vale mais profundo da alma 
Você caminha sozinho 
Vê as sombras se avolumando cada vez mais 
E a escuridão tomando forma assustadoramente 
Quando você só desejava estar em paz. 
 
Paz é para os tolos e as crianças 
Brada uma voz no interior do subconsciente 
Se tudo parece assim tão perdido 
Por que choras às escondidas 
Quando poderia gritar para o mundo inteiro? 
 
Nada é tão simples como parece ser 
Nem tudo funciona como gostaria que fosse 
Não há voz de comando que possa mudar 
A situação medíocre de quem vive na solidão 
Se o mundo é apenas uma caixa escura. 
 
O que faço agora é soltar os demônios 
Que aprisionam os sentimentos 
Brincam de esconde-esconde no secreto 
Quando poderia deixar tudo como era antes 
 Uma vida totalmente sem direção. 
 
O dia hoje está tão cinzento 
Como se tudo tivesse chegado ao fim 
Uma tristeza tão sentida aperta o coração 
Como se fosse uma previsão de alguma calamidade 
Anunciada nos ouvidos da eternidade. 
 
Mas se tudo não passa de uma dolorosa ilusão 
Por que devo me preocupar? 
Apenas sigo meu caminho na esperança 
De que o amanhã ainda existirá 
Quando abrir os meus olhos pela manhã. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Afinal eu não sou tão culpada assim

Sentes o aperto no coração 
Agora que está distante de mim; 
Devia saber que essa ilusão 
Não foi causada no fim 
Afinal eu não sou tão culpada assim. 
 
Queria ter a sua liberdade 
Ser livre para amar quem quisesse 
Só não sabia que a saudade 
Seria tão severa, mesmo que dissesse 
Vá agora e me esquece. 
 
 Sou como a nuvem no verão 
Que ameniza o sufocante calor 
Eu não sofro no coração 
Por quem não soube me dar amor 
Porque aprendi a superar a dor. 
 
Não tive culpa alguma 
Se quis outra vida viver 
Vá agora e se acostuma 
De qualquer forma me esquecer 
Porque em mim vejo a paz renascer. 
 
Só sente solidão quem deseja 
Porque na vida temos oportunidade 
Os sonhos realiza quem almeja 
Alcançar um dia a felicidade 
Por isso não sinto nenhuma saudade. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 16 de outubro de 2021

Na minh'alma só existe você

Tenho guardado em meu coração 
Um tão magnífico sentimento; 
Que desejo expressar nesta canção 
O amor que vive no meu pensamento. 
 
Na minh'alma só existe você 
Que tens a beleza no olhar; 
Sorriso que não consigo esquecer 
Nem a forma singela de amar. 
 
Tu és tão sedutoramente linda 
Que revela um grande amor 
Do qual meu coração anseia ainda; 
 
Tal beleza é impossível esquecer 
Porque trás alento ao coração sonhador 
E os sonhos de amor fazem renascer. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Tive sonhos de louco

Na busca incessante em desvendar estes mistérios 
Que vi escondidos no secreto de seus olhos; 
Tive sonhos de louco que tentei esconder 
Quando percebi que nunca poderia esquecer. 
 
Eu vejo as flores, afinal é primavera, 
Nos jardins da minha bucólica existência; 
Em cada uma das rosas há uma doce lembrança 
De tempos tão bons que ainda me dá esperança. 
 
Junto a ti eu sempre sonhei viver 
Por isso buscava ir ver-te no amanhecer; 
Todas as noites sem você só a triste solidão 
Para fazer companhia ao solitário coração. 
 
Nada mais em mim ficou do que a saudade 
Nada mais do que o susto aterrador; 
A tomar conta de mim, um divino pavor, 
Desde a noite que levaste para longe seu amor. 
 
Disseste-me que havia morrido em si o sentimento 
Que não poderia mais ter alegria ao meu lado; 
É a mesma história mal contada que volta a repetir 
Quando abro o coração, a ilusão volto a sentir. 
 
Sem teu abraço, teus beijos, tua singela presença 
Uma solidão que trás consigo uma dolorida saudade; 
Mas há quem diga que tive sonhos de louco 
Ao sonhar que um dia pudesse me livrar deste sufoco. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Espelho, espelho meu

Por que tantas pessoas 
Olham no espelho social? 
Desejam ser iguais as outras pessoas? 
Não sabem elas 
Que o espelho social é externo? 
Que vê como é por fora, 
E perde tempo se comparando com outros? 
Preocupar-se com o que as outras pessoas 
Pensam de você 
Acaba afetando sua vida. 
Espelho, espelho meu 
Existe alguém no mundo 
Mais importante do que eu? 
Aprenda a se valorizar 
E não aceite que outras pessoas 
Desvalorizem você. 
Você tem valor! 
Aprenda isso em sua vida 
E seja mais feliz! 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Tenta esconder de todo jeito

Ergueu os olhos, triste parecia, 
E falou de uma grande ilusão; 
Por onde andava, sentia 
Que algo magoava o seu coração. 
 
Sempre houvera sonhado, agora sabia 
Com a eternidade do amor primeiro; 
Sem saber que aos poucos esquecia 
A paixão que invadiu seu corpo inteiro. 
 
Agora anda só com lembranças 
Do amor que sentia no peito 
E já não tem mais esperanças; 
 
Tenta esconder de todo jeito 
Dos adultos e, também das crianças, 
O sentimento que pensou ser perfeito. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Há um caminho a seguir

Nem tudo o que pensei 
Eu poderia simplesmente falar 
O coração é território selvagem 
Com segredos invioláveis do tempo 
Que não podem ser revelados. 
 
Há um caminho a seguir 
Que leva para mundos distantes 
Onde os olhares são janelas 
Que deixam o vento passar 
Lembranças de aventuras apaixonantes 
Que foram guardadas no coração. 
 
Eu vi você sorrindo 
Como se a alma estivesse livre 
Uma inocência tão singela 
Capaz de esconder os maiores segredos 
Por detrás de um sorriso 
Tão sedutor como o que tens agora. 
 
Eu falo em saudades 
Lembranças de um tempo que se foi 
E seu sorriso tão impreciso 
Descreve amores eternos 
Que não podem ser apagados da memória. 
 
Para onde devo seguir 
Se não tenho certeza do caminho? 
Deixo-me descansar nas promessas 
Estampadas no seu sorriso 
Ou temerei as incertezas 
Que vejo em seu olhar? 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 12 de outubro de 2021

Nunca foi nenhum segredo

A inquietação diante de sua presença 
O olhar tão admirado 
Com a beleza singular 
Sempre viva naquele olhar 
E estampado no mais singelo sorriso. 
 
Nunca foi nenhum segredo 
Saber o que o coração sentia 
Seus encantos, tal como poesia 
Permeava os secretos pensamentos 
De desejo e paixão. 
 
Você sempre tão singela 
Como uma flor na primavera 
Com a alegria no rosto gentil 
Conquistaria amores mil 
E isso não é segredo algum. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

No profundo coração

No profundo coração 
Há uma linda canção 
De um amor 
No olhar 
Que me faz sonhar... 
 
Tudo em mim 
É a essência de você 
Só porque 
Não posso te esquecer. 
 
Há uma razão 
O sentimento 
E o meu pensamento 
Faz lembrar 
O seu sorriso 
E até acredito 
Que é o que preciso 
Nesse desejo de amar. 
 
No profundo coração 
Sinto um amor sem fim 
Este sentimento tão bom 
Permito tomar conta de mim. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 9 de outubro de 2021

Nada pode ser mais terrível

O que fazer para que possa entender 
As razões de não poder esquecer 
Uma fagulha intensa que ainda brilha no coração 
E faz parte do pensamento cotidiano 
E mesmo dos sonhos 
Nas madrugadas que não posso dormir. 
 
Nada pode ser mais terrível 
Do que um coração que não saiba o que é o amor 
Que não sinta suas raízes 
Nem o vento tocando o rosto da esperança. 
 
Quando o coração sente o impacto 
Como se fora atingido por um raio 
A vida passa a existir paralelamente 
Na dimensão de um mundo superior 
Que os mortais sentem muitas dificuldades. 
 
Bucolicamente vejo o dia se esvaindo 
Junto a ele a esperança 
De ver os seus olhos meigos e serenos 
Que sempre deram razão ao coração 
De poder sonhar com o amor 
Que não passou de uma triste ilusão. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Eu sei que isso pode ser triste


Pode pedir com mais insistência 
Isso não me preocupa mais 
Estou tranquilo no meu canto 
Do qual percebo a vida de outra forma 
Encostado na parede 
Vejo pela janela o vento balançar as folhas 
E os pássaros brincarem nas árvores. 
 
Esqueça tudo que um dia viveu 
Não se desespere por ter partido assim 
Isso faz parte da vida de quem não sabe o que quer 
E nada pode mudar o futuro já escrito nas estrelas 
Mesmo que não saiba o destino final 
Ele já foi desenhado pelo Criador. 
 
Eu sei que isso pode ser triste 
Mas a vida tem esses momentos de tristeza 
Nem tudo são flores pelo caminho 
E não sabemos acertar as decisões 
Pelo menos a maioria delas 
Fazemos no calor da emoção 
E depois só nos restam às lágrimas. 
 
Tudo é tão nostálgico aqui dentro 
E ainda sinto o seu perfume impregnar o ambiente 
O lugar onde estava seu quadro favorito 
Pode ser notado pelo opaco da tinta 
E nele ainda vejo o seu sorriso de infância 
Quando da memória não consigo apagar. 
 
 Pode andar livremente pelo jardim 
Eu não seguirei por esse caminho 
Apesar de sentir a sua falta 
Não quero mais andar na contramão 
Se assim o destino me favoreceu 
A espera nunca é tardia demais 
Quando o coração sabe o que quer para si. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Poeta Cacerense fala na "Semana de Arte Cacerense"

 
    Foi realizado nesta quinta-feira, 07 de outubro de 2021 uma palestra com o Poeta Cacerense. Odair José, Poeta Cacerense discursou para alunos da Escola Militar Tiradentes (Natalino Ferreira Mendes) e para outros ilustres convidados, amigos e familiares. 
 
    A palestra foi realizada na Biblioteca Municipal de Cáceres e faz parte da Semana de Arte Cacerense. O Poeta discorreu sobre sua trajetória até aqui e as conquistas nas publicações de seus livros. Uma tarde agradável com poesias e contos. No final da palestra houve sorteio de livros do autor. 
 
    Aqui fica registrado essa tarde memorável e os agradecimentos ao corpo docente da Escola, a organização da Biblioteca e, de forma especial, a cada um dos alunos ali presente. Que seja produtivo para cada um destes pequenos e pequenas que ali estiveram nesta tarde. 
 
Texto: Odair José, Poeta Cacerense 
Fotos: (Sarah e Leonardo).
Semana de Arte Cacerense.
Divina, a bibliotecária faz a apresentação da tarde.
Vida, obra e inspiração do Poeta Cacerense.
A arte de escrever, um dos assuntos da palestra.
Biblioteca, espaço do saber.
Poeta Cacerense faz sua apresentação.
Ouvintes atentos a histórias do Poeta Cacerense.
O primeiro sorteado da tarde.
Autógrafo.
O segundo sorteado da tarde.
O terceiro sorteado da tarde.
Autógrafo.
 A Bibliotecária Divina.
Manu Laíza, historiadora e artista.
Meus alunos do Colégio Q.I (Luiza, Noemi e Pedro).