segunda-feira, 31 de maio de 2021

De que loucura falamos?

Da loucura da vida... 
Do que somos 
Do que queremos ser 
Da liberdade que não temos, 
Mas tanto desejamos... 
Da coragem louca 
Que precisamos ter para viver 
Da loucura da realidade! 
Da louca mania em te imaginar 
Viajar nas asas da ilusão 
E, te ver na imensidão. 
Loucura que transborda 
Que não retarda 
Que me faz caminhar. 
Loucura de saber que você existe 
Que está perto de mim, 
Mas não te alcanço. 
Loucura que me faz sonhar. 
Sonhar com você! 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 30 de maio de 2021

Plenitude

Abra seus olhos e talvez poderás ver 
Apesar de todas as temíveis tempestades 
Um raio de luz que brilha em meio a escuridão 
E você terá a liberdade que deseja 
Para alcançar as nuvens vistas em seus sonhos. 
 
Nada poderá impedir uma alma que sonha alto 
Que acredita que o impossível possa acontecer 
Porque Deus tem nos dado o potencial necessário 
Para subirmos ao alto grau de excelência 
E viver na plenitude de sua graça. 
 
Creia no grande amor de Deus na sua vida 
E seja o vencedor que Ele destinou que seja! 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Tudo agora

Vejo brilhar no seu olhar 
Uma fagulha de amor 
Ao dormir vivo a sonhar 
Vejo você no jardim, uma flor. 
 
Então vivo a pensar 
No amor que senti nascer 
Na noite linda de luar 
O sentimento em mim crescer. 
 
Você é a estrela a brilhar 
No meu céu a fulgurar 
E o sonho nascer no coração 
 
Tudo agora é por você 
Que em mim o amor fez crescer 
E eu não vivo mais na ilusão. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 28 de maio de 2021

Pensamento abstrato

Sou a luz ofuscada pelo brilho de seus olhos tão serenos 
Na madrugada fria deste verão escaldante 
A sucumbir os pensamentos mais nefastos dos anjos 
Que voam esses espaços tão escondidos. 
Procuro encontrar a razão que me levou a fitar os seus olhos 
Na noite quente do inverno da alma gélida 
Que buscava uma razão para existir e fugir 
Do medo que a assolava constantemente. 
Meus passos tropêgos vacilaram e quase cai 
Se não fosse amparado pelo teu sorriso 
Naquela primavera tão real em meus sentimentos 
Que escondia de todos. 
Era como fugir de mim mesmo sem ter onde me esconder 
Pois seus olhos estavam em todas as partes 
A me torturar como navalhas agudas 
A dilacerar as paredes vermelhas do coração. 
Vinha de longe caminhando sem rumo certo 
E desejava o horizonte encontrar 
Para apagar de mim as tristezas de tempos idos 
Que fizeram-me sofre muito. 
Não queria ter te encontrado 
Não queria ter vistos os teus lindos olhos 
Não queria deslumbrar-me com teu sorriso tão encantador 
Para não correr o risco de ficar preso para sempre. 
Mas, não foi possível evitar 
E minha alma está presa na beleza 
Que encontrei na magia que vem de você 
A preencher minha alma de esperança. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 27 de maio de 2021

Uma fagulha

Só olhar não adiantou 
Precisava de algo mais 
Que não poderia encontrar em outro lugar 
Que não fosse no coração 
Sentia o vazio da existência 
Nem lembrava dos pesadelos 
Que insistia em atormentá-lo na escuridão 
No que chamavam de solidão 
Havia uma esperança quem sabe 
De um dia voltar a sorrir 
Mas, ninguém acreditava nisso 
Nem mesmo o seu sentimento 
Bateu na janela um vento 
Ouviu um sussurro vagaroso 
Um arrepio pelo corpo inteiro 
O que sentiu era verdadeiro 
E não poderia viver sempre sofrendo assim 
Uma fagulha brilhou na alma 
Um leve sorriso no rosto 
Ao ver sua imagem de relance 
Quando lia aquele romance 
Do amor que um dia sentiu no profundo coração. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Você é mais do que os olhos podem ver

As rosas exalam um perfume natural 
Que elevam meus pensamentos até o horizonte 
Onde contemplo seu olhar. 
Sinto uma emoção que domina minha alma 
E uma força que me faz te desejar. 
 
Sou a essência de um sentimento 
Que me transporta para bem distante 
Onde é difícil definir o amor. 
Tenho a lembrança de dias frios 
Onde você me aqueceu com seu calor. 
 
O brilho intenso que vejo em seus olhos 
Apresenta-me a virtude de um sonho 
Que busco na minha imaginação. 
Saio à procura deles na noite fria 
Para que dissipe de mim a escuridão. 
 
Você é a flor singela desse imenso jardim 
Que se apresenta diante dos meus olhos 
E que contemplo na sinceridade. 
Tu és a flor que exala a fragrância 
Que trás a minha vida felicidade. 
 
Revelo-te neste poema o imenso amor 
Que sai do meu coração 
Para que você não me venha a esquecer. 
Você é a essência de um amor tão bonito 
Que me fez reviver. 
 
Meu amor é todo seu 
Pois descobri que você é 
Mais do que os olhos podem ver. 
Você é o doce mistério da minha vida 
E a alegria do meu alvorecer. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 25 de maio de 2021

Deixei escapar meu coração


Naquela noite de verão 
Quando vi o seu olhar; 
Deixei escapar meu coração 
E agora só sei em você pensar. 
 
Trova: Odair José, 
Poeta Cacerense

Não pude me esconder


Quando vi o seu lindo olhar 
Não pude me esconder; 
Ele me mostrou a forma de amar 
E não consigo mais te esquecer. 
 
Trova: Odair José, 
Poeta Cacerense

segunda-feira, 24 de maio de 2021

A casca da serpente

Abre-se o jornal na banca de revista da esquina 
E nem precisava 
Porque já está divulgada nas redes sociais 
O discurso do Presidente. 
Em tom de conciliação 
Tenta oferecer uma alternativa para o povo em polvorosa 
Desconfiados dos novos decretos 
Que ele não abre mão de estabelecer. 
Querem o veto 
Ao projeto de legalização do aborto 
E são contra as manobras para aprovação 
Da lei do desarmamento. 
Como um país como o nosso pode aceitar tal premissa? 
A liberdade religiosa é ameaçada 
E a censura toma conta dos meios de comunicação 
Enquanto nossos artistas são expulsos 
Por causa de suas canções. 
Ouve-se dizer aos quatro cantos 
Que uma nova era está chegando. 
Escondido entre a multidão 
Faca na mão 
Está o próximo assassino do mundo 
No ventre de uma jovem mãe 
Germina a vida que não deveria nascer 
A casca da serpente é vista entre as folhagens 
E o medo toma conta de tudo que valeu a pena um dia. 
Nas ruas misérias 
Nas vitrines o pavor 
Nas placas comerciais. 
Areias cobrem os olhos de quem não mais consegue enxergar 
Além de um palmo do nariz. 
Nem adianta mais ouvir os gritos 
Agora tão comum 
Por todo lado que se olha. 
E não pode se negar que um dia 
Houve um sonho tão real. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Agouros

Acreditavam-se alguns 
Estar a predição do futuro 
No canto ou no voo das aves. 
Outros pensam ainda 
Que no voo dos pássaros, 
Nas vísceras dos animais, 
Nos sonhos, 
Nas estrelas, 
E até na borra de café 
Podem pressagiar sua vida 
Ou conduta futura. 
Mas onde encontramos respostas certas 
Para perguntas incertas? 
Há bons e maus agouros? 
A vida é um rio a atravessar desfiladeiros, 
Vencer obstáculos 
E chegar ao mar. 
Acredito na caminhada da vida 
E na vitória final. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 22 de maio de 2021

Exorcismo

Senti um desejo enorme 
No meu triste coração; 
No sentimento 
Uma vontade imensa de amar. 
Os seus olhos lindos 
Que provocou essa paixão; 
Que agora 
No meu pensamento faz lembrar. 
Ao te ver assim tão linda 
Exorcizou-se a solidão; 
E a alegria do amor 
No peito voltou a reinar. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 21 de maio de 2021

Saudade: Palavra que expressa um sentimento

Saudade 
Palavra que expressa um sentimento, 
Distancia, ausência, não sei 
Saudades eu tenho de você... 
Os nossos momentos são tão preciosos 
Que me vem a lembrança 
No momento em que você está distante... 
Seus olhos meigos me vem a lembrança 
Assim como o suave aroma de teu perfume. 
Saudade que faz o coração arder 
Ele bate descompassado sem saber 
Onde anda os seus passos! 
Saudade, de você que é minha vida 
Algo de imenso valor para mim... 
Como gostaria de poder expressar esse sentimento
Traduzi-lo com tamanha exatidão 
Que revelasse a todos o quanto sinto sua falta. 
Hoje sei com certeza que o sentimento que tenho se traduz em amor... 
Amor que sinto por você! 
Como é penoso os momentos distantes de você. 
As horas não passam 
Os dias são intermináveis 
E a saudade aumenta a cada segundo... 
Saudade. 
Palavra que expressa um sentimento! 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Não leia este poema

Quando você olhou nos meus olhos 
Eu vi a beleza do amor 
Que estava escondida no seu coração. 
O brilho intenso do seu olhar 
Percorreu distância e invadiu 
Meus pensamentos. 
Fecho os olhos e não consigo esquecer 
A magia intensa causada pelo seu olhar. 
Minha tristeza dissipou-se 
E eu passei a pensar em você 
De forma intensa e palpável. 
Eu queria sentir você em todos os momentos 
Queria tocar você 
Entrar no seu coração e dizer: 
- Olha, estou aqui! 
Por favor, não leia este poema 
Ele fala de amor 
Fala de um sentimento que nasceu 
Quando me deparei com os mistérios de seu olhar. 
Não leia este poema 
Pois, ele revela o meu coração 
Expõe o sentimento que tenho por você 
Mostra que não consigo te esquecer! 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Desejos de um coração inquieto

Palavras que voam no tempo 
Mentiras soltas no ar 
No sentimento de quem já esqueceu a forma do amor 
E caminha sozinho no horizonte distante 
De todos os olhares que já fizeram o sol parar. 
 
Ele tentou segurar os deuses 
Quando estes romperam o silêncio do universo 
E as estrelas não mais brilharam no céu 
Como se houvesse um tempo perdido 
Onde as flores não nasceram no jardim. 
 
Uma vida quem vem e vai 
Na busca por um lugar debaixo do sol 
Mesmo que pudesse esquecer por um minuto 
Uma vida só não valeria a pena 
Quando tudo parece não fazer sentido 
Além do que o pensamento deixa escapar. 
 
Desejos de um coração inquieto 
Que procurava a quietude nos silêncios inexistentes 
De tempos que não voltam mais 
De lembranças que se dissipam com o vento 
Nos mistérios que perturbam a alma 
Quando quer refletir nas noites escuras da vida. 
 
O horizonte é apenas mais um limite 
Que o pensamento deseja romper 
Na esperança de encontrar outra vida 
Onde bate um novo coração que não seja tão fechado 
Como os que encontrou até agora. 
 
Tudo no mundo é irreversível 
Até mesmo as palavras que não deixou escapar 
Para não revelar o secreto da alma 
Quando delirava na sua solidão 
Junto ao pesadelo irreal de tudo que passou. 
 
Agora está tudo deserto por onde anda 
Porque o mundo todo está um caos 
Uma nuvem que cobre todos os ambientes 
E por isso o coração ainda está inquieto 
Na sua eterna busca pelas respostas que deseja. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Nas asas do vento

Senti uma brisa singela pela janela entrar 
No meu rosto triste ela veio tocar 
Abri meus olhos na esperança de alcançar 
A meiguice do seu intenso olhar. 
 
Na noite escura da minha solidão 
Busquei seu sorriso na imensidão 
Queria que fosse o alento do meu coração 
Pois você é, do meu viver, a razão. 
 
Nas asas do vento tentei te esquecer 
Voei para longe para não mais te ver 
Só queria minha vida viver 
E deixar em meu peito outro amor nascer. 
 
Seus olhos foram à razão do meu amor 
Distante deles sinto imensa dor 
O sol já não tem brilho nem calor 
E, no meu jardim, morreu essa flor. 
 
Deixo-me voar nas asas desse vento 
Para buscar-te no meu pensamento 
Tentar ter paz neste momento 
Em que tenho você no meu sentimento. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 18 de maio de 2021

A (in)justiça social

Não há como esconder tamanha frieza 
Palavras difíceis de entender 
Elogios ou impropérios 
Nós desatados pela arrogância 
Da in(justiça) social de quem dizem ser cidadãos 
Escondidos sob o manto negro 
Da intolerância. 
Soberba em um mundo caótico 
Miserável pela situação 
Desconfortável de olhos esbugalhados 
Nas periferias de grandes cidades 
Escondidas sob a neblina de fumaças 
Poluição e violência... 
Não quero nem saber o que poderia ser feito 
Já que ninguém se interessa 
Em fazer justiça neste mundo 
Tão injusto 
Onde poderia viver em paz 
Se não existe mais esse lugar? 
Penso em tudo isso ao deitar 
E durmo o sono dos justos. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 17 de maio de 2021

Uma paixão pior do que mil mortes

Seus olhos tão serenos e perspicazes 
Transformaram o meu viver 
Meus pensamentos buscam seu coração 
E meus sonhos anseiam o teu ser. 
 
A paixão que arde no meu peito 
Causa-me uma tremenda dor 
Não consigo pensar direito 
E não sei sufocar esse amor. 
 
Preciso me libertar dessa angustia 
Que sufoca, sem piedade, meu coração. 
Quero viver livre como os pássaros 
E não mais pensar nessa paixão. 
 
Viver uma paixão como essa 
É pior do que mil mortes nessa vida 
Busco me libertar dessas algemas 
Que me faz ser uma alma perdida. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 14 de maio de 2021

O Homem é um animal

Se conhecêssemos a nossa natureza humana 
Saberíamos o qual incapazes somos. 
Míseros humanos que carregam a soberba na frente do nariz. 
Quanto mais estudamos descobrimos a nossa ignorância 
Mas, não damos valor a isso, 
Ou pelo menos, não aprendemos com isso. 
Você pensa que tem o controle e, descobre, de forma trágica, 
Que não é possível ter o controle de coisas que você não conhece. 
Deveríamos ser mais humildes 
Para reconhecer a nossa incompetência, 
Mas não somos. 
A soberba da vida corrompe o nosso âmago 
E acreditamos que regemos o mundo. 
Sem saber que a maldade ronda o nosso cotidiano. 
E a dor da decepção por saber qual limitado você é deixa-nos confuso. 
Quero sair dessa prisão. 
Ser livre e voar os espaços da plenitude celestial. 
O homem é um animal miserável 
Que necessita urgentemente da misericórdia divina. 
A alma é dilacerada com a descoberta da sua insignificância. 
Pensamos na carreira prospera 
E nos deparamos com as valas da decepção. 
Choramos a ausência de quem nunca esteve presente 
E, mesmo assim, sonhamos 
Com a sua volta que nunca vai acontecer. 
Os sonhos são castelos de areias 
Que desfazem-se com as ondas do mar. 
Restam os desejos que sobrepujam nossa alma sedenta de realizações. 
Olhamos as vitrines e expomos as paixões que nos cegam. 
Seria tão bom poder apenas ver o pôr do sol 
E contentarmo-nos com sua beleza. 
No entanto, não é isso que nos satisfazem. 
O coração tem anseios de coisas que não nos farão bem. 
As tristezas sufocam a alegria quando deveria ser o contrário. 
O dia da morte é melhor que o dia do nascimento. 
E viva o controle absoluto dos instintos animalesco. 
O lobo uiva nas paragens mais escuras da noite 
Seu grito ecoa no silêncio sepulcral de nossa existência falida. 
O filho pródigo recorre as bolotas que o porcos comem 
Para acalmar o seu estômago vazio. 
Mas, a alma continua com fome. 
O animal deita na relva. 
Esta cansado da fadiga. 
Passou o dia correndo atrás da presa e não acalmou a sua fúria. 
Somos o caos da criação. 
E a solução é a misericórdia que está sendo oferecida. 
Desçamos do pedestal onde nos colocamos deixemos o trono da soberba e vivamos uma vida de humildade. 
Quem sabe assim seremos resgatados. 
 
 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Segredos no tempo

Não passava de mais um olhar 
Silencioso 
Não costumava falar de seus sentimentos 
Coração fechado 
A manhã era fria 
O vento sussurrava na janela 
Parecia querer dizer alguma coisa 
Que não entendia. 
 
Onde ela poderia estar agora 
Que não fosse junto a ele? 
 
O silêncio do coração 
Guarda segredos no tempo 
A beleza no olhar 
Que só os seus olhos conseguiram ver 
Tudo foi desfeito com o tempo 
Como a brisa dessa manhã 
Silenciosa. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 12 de maio de 2021

Enquanto é dia

Enquanto é dia 
Posso olhar além do horizonte 
Posso caminhar com minhas forças 
E encontrar um abrigo seguro. 
 
Enquanto é dia 
Quero viver a minha vida 
Sonhar os meus sonhos 
Que Deus coloca no meu coração. 
 
Enquanto é dia 
Preciso fazer minha parte 
Desenvolver meus talentos 
E deixar minha marca nessa terra. 
 
Enquanto é dia 
Há esperança 
De oportunidades perdidas 
E novos recomeços. 
 
Enquanto é dia 
Posso voar as campinas 
Ver os lindos campos a florir 
E esperar a noite chegar. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 11 de maio de 2021

Por sua causa tenho lindos sonhos de amor

Meus olhos procuram ver no horizonte 
Uma forma mais bela do que seu olhar 
Mas, na procura incessante, 
Nada encontra mais sublime para amar. 
 
Meus pensamentos voam distante 
Na busca de um sonho mais ditoso 
Mas, não consegue encontrar, 
Amor que seja mais formoso. 
 
Por sua causa tenho lindos sonhos de amor. 
Sonhos que sonho até mesmo acordado 
Pois, penso em você a todo instante, 
E desejo sempre você ao meu lado. 
 
Seus olhos são a causa desse sentimento 
Aflorar de meu peito como lava de um vulcão. 
Desde que a vi a sorrir, só sei pensar em você 
E não consigo tirar seu sorriso do meu coração. 
 
Como o prisioneiro deseja ter a liberdade 
E o peregrino ver sua terra natal 
Desejo que esse amor prospere 
Pois, você, para mim é a pessoa ideal. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 10 de maio de 2021

No mesmo caminho

No horizonte distante, 
Na noite fria de inverno 
Na escuridão do anoitecer 
No caminho deserto 
Vi você caminhando sozinha. 
Uma tristeza invadia sua alma 
E de seus olhos uma lágrima descia. 
O frio da solidão te fazia chorar, 
Tremer. 
Foi naquele caminho, naquele instante 
Que meus passos cruzaram com os seus 
Na minha alma uma solidão. 
Seus olhos fugiram dos meus 
Sua alma não queria o meu afago 
Na tristeza do meu coração 
Foi onde percebi 
Eu estava no mesmo caminho. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

O amor é a essência da vida

Agora o tempo realmente deixou de seguir 
O curso natural da existência 
Apenas olhou para o vazio que despontava 
Em um horizonte muito silencioso 
Havia um vento bem leve 
Podia se ver o balançar das folhas 
Mas nada que pudesse assustar alguém. 
Sorriu levemente ao lembrar 
O encanto no olhar daquela flor tão singela 
Que marcava o início da sua alegria. 
Soube no princípio que nada mais seria igual 
Que os sonhos agora tinha um motivo 
E a esperança nasceu em seu coração. 
O amor é a essência da vida 
O brilho no olhar mais singelo 
A calma que tranquiliza a alma. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 9 de maio de 2021

A gripe de 1921 em Cáceres

Estes versos retratam uma história 
De tempos que merecem nossa atenção: 
Chegou a bordo do Vapor Etrúria 
Quando não havia recursos para combatê-la 
Nem como impedir a disseminação 
Da gripe espanhola 
Em Cáceres...
 
Inauditos esforços 
Para impedir o avanço da pandemia 
Com proporções sinistras 
Houvera sido feitos pelo mundo 
Confinados neste clima salubérrimo 
Lamentamos os danos aos marinheiros 
Desta lendária embarcação 
Nos idos de 1921... 
 
Cem anos depois 
2021 
Nos deparamos com ruas desertas 
Isolamento social 
E dezenas de mortos 
Pelo coronavírus 
A morte não chegou em um navio 
Na Princesinha do Rio Paraguai. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Só agora percebo


Só agora percebo o que acontece a minha volta 
Mas não sei se realmente 
O que acontece é o que vejo. 
Difícil entender as coisas do amor 
A ausência de seu olhar 
A dar-me o alento necessário para caminhar. 
Meus sentimentos são confusos 
E não quero parar de sonhar 
Com a vontade em estar com você 
Na noite fria do tempo sem seu calor. 
Só agora percebo a sua falta 
E o quanto ela é real junto a mim. 
Busco seu corpo junto ao meu 
E não o encontro mais 
E a solidão toma conta de mim. 
Quero voar a imensidão e te encontrar 
Mas sei que isso é impossível 
E contento-me com as lembranças de seu amor. 
A vida nos faz perceber tarde demais 
O quanto é bom o amor. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 6 de maio de 2021

A sombra perdida do coração

Pensas que és feito de pedra 
Que suportarás todas as afrontas 
Tal como peregrino em terras estranhas 
Como o solitário nas madrugadas 
Tu és a essência da saudade 
A lembrança do beijo escondido no portão 
A sombra perdida do coração 
Na minha saudade vejo você nos meus sonhos 
Quando abro os olhos e tudo se foi 
Mais uma miragem do amor 
Que insisto em carregar escondida no peito. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Direção

Olho para o horizonte distante 
E contemplo seu caminhar 
Passos lentos 
Como se o tempo a pertencesse 
Fazem meu coração palpitar. 
A direção dos seus sonhos 
É o caminho do coração 
De quem tanto ama 
E não consegue 
Do sentimento esquecer. 
A direção da minha alma 
Descreve o brilho do seu olhar 
Na esperança 
De enlaçar-te 
Na paisagem que se descortina. 
Que esse encontro aconteça 
Na primavera a surgir 
Que seus olhos 
Vejam os meus 
A brilhar pelos seus. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense