quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Paixão que não se cala

Em noites estreladas, o coração arde, 
Um fogo intenso, paixão que não se cala, 
Na pele, o calor de uma chama que embala, 
Um soneto de amor, que a alma alarde. 
 
No peito, o pulsar revela a verdade, 
Sentimento intenso, que em mim se instala, 
Como o sol que no céu sua luz exala, 
Teu amor em mim, como luz que invade. 
 
Oh, musa divina, inspiração ardente, 
Teus olhos, faróis a guiar meu destino, 
Nas linhas deste soneto, amor latente. 
 
Nesse embalo a poesia celebra o divino, 
O amor que em mim queima incessante, 
No peito, a chama de um amor genuíno. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

A felicidade que sonhei

Eu vejo em seus olhos 
Um amor tão lindo e singular 
Não consigo disfarçar a minha paixão 
O meu desejo em te amar. 

Nos seus lindos olhos 
Encontrei a razão do verdadeiro amor 
Meu pensamento é só em você 
Neste jardim a mais linda flor. 

Saber que você é real 
E que tens o mais puro amor no olhar 
Me faz acreditar outra vez 
Que seja possível para mim amar. 

A paixão que vi em seus olhos 
Me fez sair de uma profunda solidão 
Então busco em você o amor 
Que é capaz de preencher o meu coração. 

E nesta jornada sigo agora 
Sabendo que o amor verdadeiro encontrei 
Meu coração agora está em paz 
E em você vi a felicidade que sonhei. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

O último poema do rinoceronte

O intenso segredo da alma é vívido 
Nada se conforma ao que não existe mais 
Balas de prata atiradas ao ar 
Provocam a fúria de pássaros selvagens 
Enquanto folhas são lançadas por terra. 

Nós ficamos muito tempo sozinhos 
Sem ter uma escolha certa a fazer 
Nos pântanos onde se escondem os crocodilos 
Ninguém ousa colocar os pés encardidos 
Porque sabem o que os esperam. 

Existe um livro para os perdidos 
Uma canção considerada tola demais 
Que foi proibida de ser cantada 
O último poema do rinoceronte 
Que tem o poder de encantar as mentes. 

Os versos nele contido é surreal 
Capaz de tirar qualquer um da zona de conforto 
Nele o deus morre se não souber dançar 
E borboletas voam sem terem asas coloridas 
Porque tudo é diferente do que pensamos. 

Conta a verdadeira história 
De uma geração que não existe mais 
Revela a incrível história dos homens 
Que tentaram esconder o buraco sem fim 
Que termina no fundo do abismo. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 28 de janeiro de 2024

Só por hoje

Só por hoje 
Preciso saber que não vou mais chorar. 
Que a vida melhorou 
E que, enfim, você retornou. 

Só por hoje 
Quero acreditar no amor 
Que seus olhos insistem em me revelar 
E na paixão que revela ao me beijar. 

Só por hoje 
Quero viver intensamente 
A alegria de ter o seu calor 
E, nos seus braços, viver esse amor. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 27 de janeiro de 2024

Águas turvas

Quem são os pescadores na beira do rio? 
E quem são os ratos no Palácio do Governador? 
Que perigo estamos correndo 
Quando não sabemos o que são decididos 
Nas salas luxuosas com as portas fechadas? 

O Paraguai tem suas nascentes orválicas 
No auge do Alto Paraguai 
E suas águas descem já turvas pelo trajeto 
Carregando a vida para muitos 
Que permanece nas suas margens. 

Uma lívida paranoia flutua no ar 
Nestes dias sombrios da humanidade 
Onde a maioria parecem estar de olhos vedados 
Ouvidos cheio de comichões 
E pensamentos voltados para suas barrigas. 

Estamos em um caminho em movimento 
Escrevendo a nossa própria odisseia 
E parece ser uma história muito triste 
Sem esperança para um futuro breve 
Onde não haverá nem mesmo os peixes. 

O tolo permanece na beira do rio 
Com os olhos desfocalizado de ilusão 
Enquanto os ricos fazem seus banquetes 
Com as iguarias de um rio devastado 
Pela ambição dos seres humanos. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense
Imagem: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Alvorada voraz

Sinto o seu perfume espargido pelos ares 
Numa fragrância que conquista e seduz 
Detenho-me, então, no amanhecer 
Pois, seu encanto, ao paraíso me conduz. 
 
Fico imaginando nos dois 
Fixando no mesmo ponto o olhar 
Abraçados numa comunhão perfeita 
Que entrelaça as formas de amar. 
 
Na alvorada voraz da vida 
Seus olhos foram o encanto da felicidade 
Que chegou ao coração solitário 
E espantou toda a saudade. 
 
O amor é o presente de cada alvorecer 
Que vejo nos seus olhos, querida, 
A razão da felicidade que tenho 
E que sempre quero em minha vida. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Primeira Guerra Mundial

Nos campos de batalha, o eco da dor, 
Na Primeira Guerra, um trágico labor. 
Soldados marchando com coragem incerta, 
No front, a esperança, na alma, o alerta. 
 
O estampido dos canhões corta o ar, 
Lágrimas misturam-se à chuva a cair. 
Trincheiras profundas, sombras da guerra, 
O solo marcado pela fúria que faz ruir. 
 
Homens valentes, de nações distintas, 
Unidos no sofrer, nas horas a esperar. 
Um conflito que rasga a humanidade, 
Deixa cicatrizes na história difícil de lembrar. 
 
As trincheiras, testemunhas mudas, 
Das vidas perdidas, das almas assustadas. 
Uma dança de morte, em terra de ninguém, 
O lamento das mães, ecoa além das estradas. 
 
Os dias se arrastam como sombras longas, 
A esperança esquecida entre as recordações. 
Mas, no meio do horror, surge a reflexão, 
A guerra, uma escola com duras lições. 
 
A paz, almejada entre os escombros, 
Entre as cruzes, entre os lamentos doridos. 
A Primeira Guerra, um triste ensinamento, 
Que a humanidade sinta os seus feridos. 
 
Que as gerações futuras possam aprender, 
Que a guerra não é caminho a se trilhar. 
Na memória, que fique a lição do passado, 
Que a paz seja o vínculo, ao outro respeitar. 
 
Que nunca esqueçamos o preço da discórdia, 
Que a Primeira Guerra seja nossa memória. 
Para que, no presente, escolhamos o diálogo, 
E construamos um mundo novo na história. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Murmúrio de desejos

No crepúsculo de estrelas cintilantes, 
Onde o horizonte encontra o esplendor, 
Nasce em mim um desejo pulsante, 
De estar contigo e viver um grande amor. 
 
Teus olhos, astros em noite serena, 
Refletem desejos, raios de lua, 
No brilho intenso que de ti emana, 
Sedução que inflama, como chama nua. 
 
A dança suave dos teus lábios vermelhos, 
É poesia escrita em gesto de pura sedução, 
Cada palavra, murmúrio de desejos, 
Num enlevo mágico, onde o tempo não é ilusão. 
 
No toque da pele, a sinfonia do amor, 
Notas que se entrelaçam, formando melodia, 
Corpos dançando, como ondas na flor, 
Numa paixão que transcende a fantasia. 
 
Ah, como anseio por esse encontro, 
Onde o calor dos corpos se entrelaça, 
Num abraço profundo, sentimento puro, 
E o universo conspira e a paixão abraça. 
 
A sedução é arte que floresce no olhar, 
Um convite silencioso, uma promessa sublime, 
De um amor que transcende o tempo de espera, 
Do tempo que passa, e o sentimento exprime. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 21 de janeiro de 2024

Caminhos diferentes

Ao contemplar seus olhos tristes 
Que há muito tempo não os via; 
Notei a diferença de tempos idos 
No qual você sempre sorria. 

O tempo que perpassa a angústia da ausência 
Transformou aquele olhar; 
Outrora tão meigo e singelo 
Num espectro difícil de amar. 

Peregrinaste durante anos 
Em busca da felicidade; 
Mas esqueceste que a dispensaste 
Preferindo viver de saudade. 

Hoje voltaste ao lar querido 
Na esperança de rever o amor; 
O tempo da espera foi terrível 
Mas, o tempo, ajudou a superar essa dor. 

Não é possível voltar atrás 
Uma vez que o amor em mim morreu; 
Sigo meu caminho mesmo te amando 
Porque o coração que mais amou foi o meu. 

E, por te amar profundamente, 
É preferível que viva a vida que sonhou; 
Pois o caminho que andas 
Nunca foi o que me interessou. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 20 de janeiro de 2024

Contagem regressiva

No silêncio da madrugada me pergunto: 
Qual foi o último dia que acordei sem pensar em você? 
Não que eu não goste disso 
Mas o seu rosto está estampado 
Em minha mente como tatuagem. 
Lembro-me, então, da sua voz ao fundo, 
Suave e tão doce 
Como naquelas cenas brega de um filme romântico. 
Ao pensar sobre isso 
Me pego sorrindo em um momento qualquer 
E pensando: 
Agora tenho que agradecer 
 E agradecer muito 
Porque você é o maior motivo 
Dos meus instantes eternos de felicidade. 
Ao amanhecer a rotina começa 
Cada minuto do meu dia 
É uma contagem regressiva para te ver de novo. 
Eu só quero que você saiba 
Que é seu o meu dormir, 
O meu despertar e o meu viver. 
Na falta de outras palavras 
Que possa revelar mais do que isso: 
Eu amo você! 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Criatura selvagem

Alguns mocassins desgastados pelo tempo 
Já viram de tudo que há para ver 
E nem precisa mais ser usados outra vez 
Porque o tempo não volta mais 
O que se perdeu, não se recupera. 

A imortalidade tanto desejada 
Pode estar a caminho e em movimento 
Mas a morte também pode estar a espreita 
Esperando apenas o momento certo 
Para dar a sua última cartada. 

A sinceridade do pensamento 
Pode estar nas palavras ritmadas 
Ninguém tem o controle da língua 
Quando passam pela tempestade da fúria 
E sempre dizem coisas para se arrepender. 

A esperança que tanto tinha 
Jaz fria em uma sala fria de uma noite gélida 
Mesmo se era a última a morrer 
Agora já não importa mais o que pensava 
Porque o tempo já se foi. 

A imaginação é uma criatura selvagem 
Que ameaça sempre o que é real 
Mostra que a realidade muitas vezes 
É mais cruel que o pensamento 
Porque destroem todos os sonhos possíveis. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Apocalipse

Sorrisos falsos entre gargalhadas 
Cabelos jogados para o alto 
Olhares altivos 
Debochados até 
Sem saber o final da história. 

Nas festas suntuosas 
Suor, lágrimas e dor 
Odor de uma sociedade em combustão 
O fim da história 
Apocalipse. 

Calças sem cintos 
Amarradas com cordas 
Vestidos colados ao corpo 
A alma despida de pudor 
O colapso final. 

Abre os olhos e não vê 
Não sente o crepúsculo 
Ouvidos tapados ao clamor 
A dor que não sente mais 
No apagar das luzes. 

Sorria para a selfie 
Não precisa pular do penhasco 
A queda já aconteceu 
Nada mais importa agora 
O fim aconteceu. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Seus olhos

Seus olhos são lindos 
Com promessas de vida; 
Iluminados por um brilho, 
Que Deus lhe deu, querida. 

Eles contam histórias 
De amores tão ternos; 
Produzindo sonhos 
Que serão sempre eternos. 

Menina, seus olhos traduzem 
O som de uma melodia; 
Que pensando neles 
Vou transformando em poesia. 

Linha após linha 
Seus olhos me levam por um caminho, 
Ao paraíso mais lindo 
Onde encontro o teu carinho. 

Seus olhos são lindos 
Assim como você é uma flor; 
Quero muito ter você 
Para dar-lhe todo meu amor. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Se distante de mim você sorrir

Um dia cantei a ti o amor 
Tudo aquilo que sentia em meu coração 
Revelei-te o sentimento que em mim crepitava 
Com a mais pura emoção. 

O medo e a desilusão da vida 
Fizeram você de mim se afastar 
Procurou em outros refúgios 
A chama do amor apagar. 

Na noite de despedida selei o juramento: 
Sempre com carinho de ti lembrar 
E, mesmo com o passar do tempo 
Para sempre te amar. 

O sorriso e a lágrima 
Foi o que marcou nosso amor 
Em prosa cantei esse tema 
No qual selo hoje com muita dor. 

Decidi que mais vale para mim 
Longe dos meus braços ver teu sorriso 
Do que sentir suas lágrimas a molhar meu peito 
Por que não é isso o que preciso. 

Se distante de mim você sorrir 
Por sua felicidade encontrar 
Serei feliz em minha tristeza 
De ter saudade do seu olhar. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Segredos de um coração ferido

Eu não sei se este ar 
É o mesmo ar que um dia respirei 
Não tenho boas lembranças de tempos atrás 
Apenas vultos perambulam na escuridão 
Quando desejo respirar 
Um ar que seja puro. 

Já não posso mais olhar teu lindo rosto 
Sinto que nunca jamais eu a verei 
Desapareceu naquele triste amanhecer 
Que nem mesmo o sol apareceu 
E tudo não passava de apenas 
Mais uma ilusão perdida no tempo. 

Eu posso ser o epílogo de um livro proibido 
Escrito por alguém que não sabe ler 
Ninguém consegue entender as palavras 
Porque ninguém está preparado 
Para os desafios de interpretar 
Os segredos de um coração ferido. 

As fibras da tua pele 
São teias que querem me prender 
E procuro me libertar o quanto antes 
Do labirinto onde acabei sendo jogado 
Sem saber se existe ou não 
O monstro que irá devorar a minha alma. 

Não posso ser vencido 
Pelo sentido corrompido pela vaidade do coração 
Tem que haver um outro lugar 
Uma outra forma de viver essa vida 
Que não seja uma presa ao seu olhar 
E nem dependente tanto assim do seu sorriso. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 14 de janeiro de 2024

Ele apenas faz sofrer

O vento até tentou me enganar 
Ele não permitiu 
Sentir o seu perfume 
Foi em outra direção 
Enganou os meus sentidos 
Eu que imaginava você 
Junto a brisa da manhã 
Fiquei sem saber em que direção estava. 

Ando sozinho pelas ruas 
Sem saber o que vou fazer 
Sem a sua presença tão singela 
Sem a beleza do seu sorriso 
Que agora não vejo mais 
E que me faz tanta falta 
Como nunca imaginei que faria. 

O tempo não ajuda 
Quem sofre de saudade 
Ele apenas faz sofrer 
O coração que vive de lembranças 
Que não tem mais a presença 
De quem poderia confortá-lo. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 13 de janeiro de 2024

Querida Luh

    Querida Luh, 

    Hoje é um dia especial, um dia em que celebramos não apenas mais um ano da sua vida, mas também a incrível pessoa que você é. Em seu aniversário, quero destacar e celebrar a sua humanidade, o seu carisma contagiante e o seu coração generoso que ilumina a vida daqueles ao seu redor. 

    Desde sempre, você tem sido a personificação da bondade, da empatia e da compaixão. Sua humanidade transcende qualquer desafio, e a maneira como você se conecta com as pessoas é verdadeiramente inspiradora. Sua capacidade de compreender, aceitar e amar incondicionalmente faz de você um ser humano notável. 

    Seu carisma é como um imã, atraindo a positividade e a alegria para qualquer lugar que você vá. Sua presença é como um raio de sol que ilumina até mesmo os dias mais sombrios. Você tem a habilidade única de fazer com que todos ao seu redor se sintam especiais e amados, e é por isso que hoje é o dia perfeito para retribuir todo esse amor que você distribui diariamente. 

    E o seu coração... Ah, que coração maravilhoso você tem! Sempre aberto, sempre disposto a ajudar, a compartilhar e a fazer a diferença na vida dos outros. Seu coração é um tesouro, e a maneira como você o utiliza para fazer o bem neste mundo é verdadeiramente inspiradora. Que ele continue a guiar seus passos e a tornar o mundo um lugar melhor. 

    Neste aniversário, minha querida irmã, celebre não apenas o número de velas no bolo, mas também a incrível mulher que você se tornou. Que este novo ano de vida seja repleto de realizações, saúde, amor e felicidade. Você merece isso e muito mais. 

    Feliz aniversário! Que sua jornada continue a ser iluminada pela sua humanidade, carisma e grande coração. 

    Com todo o meu amor, 

Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Que o tempo não apague

 No crepúsculo do nosso amor, resisto, 
Teço versos que clamam, não permitas, 
Que a distância cresça, não desistas, 
Em nosso laço de afeto, persisto. 
 
Teu sorriso, luz que em mim irradia, 
Na penumbra da saudade, acredita, 
Que a poesia dos dias não se evita, 
Neste soneto, tudo se torna nostalgia. 
 
Ah, não deixes que o vento nos separe, 
Que o tempo não apague o que se faz, 
Nas linhas destes versos, me apare. 
 
Apegados ao sonho que aqui jaz, 
Guardemos este amor a nos ligar, 
No coração, o pacto de sonhar. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Musa inspiradora

Vejo você sorrir 
O sorriso mais lindo que pode existir 
O brilho no seu olhar 
É capaz de fazer sonhar 
E sua beleza tão fascinante 
Me faz em você pensar. 

O seu encanto 
É a força que me faz acreditar 
Que o amor ainda existe 
Porque vejo nos seus olhos 
A essência do amor brilhar 
E não tem como deixar de te admirar. 

Você é a pureza do amor 
Que preencheu o vazio do meu coração 
É a musa inspiradora 
Da mais linda e singela canção 
A que transforma a tristeza em alegria 
E espanta a mais triste solidão. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Visceral

É como um raio, cortando a escuridão, 
Nas entranhas da alma, um pulsar selvagem. 
Uma chama que queima, intensa paixão, 
Um poema escrito em notas de pura coragem. 

É visceral, o toque do amor ardente, 
Em cada suspiro, um sussurro profundo. 
Um furacão que varre a mente, 
Um sentimento que parece de outro mundo. 

As vísceras palpitam em compasso, 
Em dança frenética, um ballet desenfreado. 
No coração, um frenesi solto no espaço, 
Onde o sentimento é o maestro, o mais aclamado. 

Nas veias, um rio de emoções vertentes, 
É visceral, o amor que queima e incendeia. 
Coração batendo como tambores potentes, 
Uma paixão que na alma, eternamente passeia. 

Na tela da existência, um quadro vibrante, 
É um sentimento que transcende a razão. 
Cores que se misturam, num frenesi constante. 
Uma sinfonia visceral, na vida em explosão. 

Sem explicação o coração pulsa e se agita, 
No palco da vida, um espetáculo intenso. 
Um poema visceral, onde a emoção bem alto grita. 
O sentimento visceral, de um amor eterno e imenso. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

O ovo da serpente

Cada um faz o que quer 
Ninguém olha nos olhos do outro 
Alguns pisam altivamente 
Com queixos erguidos acima dos ombros 
Enquanto sugam o sangue inocente. 

Só o tempo de tomar um café 
Lá fora o vento espalha folhas secas 
Alguns fazem rodas de fofocas 
Onde falam inverdades que ouviram dizer 
Alimentando falsas esperanças. 

O vírus é uma palavra 
Que pseudo intelectuais ameaçam dizer 
Nas aglomerações em praças públicas 
Quando crianças se misturam com velhos 
No caldo confuso da sociedade. 

O vazio nunca é eliminado 
Apenas causa uma grande confusão 
Alguns se acham donos do mundo 
Pregam uma nova religião salvadora 
Como se já não bastasse toda ilusão. 

O vazio é um parasita 
Um ovo de serpente escondido na mente 
De alguns inconsequentes 
Que logo logo estarão ditando regras 
Para terem novos filhotes imbecis. 

Uma lívida paranoia flutua no ar 
Trazendo a tona coisas obscuras 
E sabemos que não podemos fazer nada 
Que a grande maioria preferem continuar 
No sono profundo da ignorância. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Filhinhos de papai

Disseram que era apenas mais um labirinto 
Que poderia muito bem encontrar a saída 
Só precisava usar a inteligência 
E tudo ficari bem no final 
Só esqueceram de dizer que faltava-lhe o intelecto 
A massa craniana de um gênio 
E foi massacrado pelo monstro no labirinto. 
 
Um louco se escondeu na penumbra 
Ele via os verdadeiros monstros subindo a rua 
Jovens arruaçeiros filhinhos de papai 
Que não tem nada na massa craniana 
Que pisam nas pessoas a sua volta 
E colocam fogo em mendigos e prostitutas 
Como se eles não fossem as escórias da sociedade. 
 
Alguns financiadores estão a espreita 
Não querem ser conhecidos pelas autoridades 
E por isso se escondem detrás das rugas de velhos 
Que não recebem direito a sua aposentadoria 
E por esse motivo aceitam subornos 
Para permanecerem em frente aos quartéis. 
 
Do outro lado da Praça alguém observa 
Em seu silêncio indescritível não se nota 
Que uma fúria violenta perturba sua mente 
E logo sabemos pelos canais de notícias 
Que mais uma chachina foi efetuada pelas facções 
Em algum bar na periferia da cidade. 
 
Enquanto isso nas camas macias de um luxuoso hotel 
Um casal faz amor na loucura da sua intimidade 
Sem dar a mínima para quem ficou esperando 
Que seu parceiro voltasse mais cedo do trabalho 
E os sorrisos são permeados de bebidas 
No apagar de mais uma luz que era a última esperança. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Momento sublime

Não consigo esquecer 
O sublime momento, 
Em que nossos lábios se uniram. 
Foi como a brisa suave que assopra 
De mansinho após a tempestade. 
Foi um momento sublime de amor 
Que encantou o meu coração, 
Foi como o desabrochar de uma flor, 
Na manhã, após uma noite triste. 
No instante do beijo 
Que uniu nossas almas, 
O céu desceu sobre nossas cabeças 
E uma estrela, 
Talvez a nossa estrela, 
Brilhou mais forte e encantou. 
Não consigo esquecer 
O sublime momento 
Em que nossos lábios se uniram, 
Porque foi uma união tão linda 
Que para sempre será lembrada 
Por mim e por você. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Zé Ninguém

Onde tropeçou e caiu nem se lembra mais 
Os olhos estavam fechados 
A mente divagava solta pelo espaço 
Um Zé Ninguém a solta por ai 
E o mundo até parece mais seguro assim. 

Conta as horas e esquece os minutos 
Não lê o devocional pela manhã 
E, na verdade, nunca cala a boca 
Quando nem mesmo seus amigos querem ouvir 
Suas baboseiras cansativas. 

Tudo é cinza e descascado por aqui 
Enquanto alguns tentam se esconder 
Ele permanece imóvel como uma estátua 
Nem mesmo faz força para ofuscar 
Sua eterna cisma pela humanidade. 

Tira um cochilo e acende um cigarro 
A fumaça incomoda muita gente 
Mas ninguém tem coragem de confrontá-lo 
E segue sua rotina sem se importar 
Que o mundo esteja nesse estado caótico. 

Deita na cama e espera um novo dia 
Não sabe se vai conseguir abrir os olhos 
Mas se abrir vai continuar sendo obtuso 
Que se dane as pessoas a sua volta 
Zé Ninguém continua sendo ele mesmo. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense