terça-feira, 31 de janeiro de 2023

A imaginação está tão longe

E esses pensamentos que insistem 
Em perturbar minha mente 
Mesmo quando não quero pensar 
Sou atropelado pelos piores pensamentos 
O tempo que não passa quando preciso 
E a imaginação está tão longe 
Que não consigo ver nada além do horizonte. 

Pede que fique em silêncio 
E parece não perceber que o silêncio faz parte de mim 
Que no silêncio busco a compreensão do mundo 
E isso causa-me um angústia sem fim 
Porque não existem respostas para as perguntas 
E elas parecem tão simples. 

Olho para o céu e não o vejo 
As nuvens estão alvoroçadas neste dia 
Querem despejar toda sua fúria em forma de água 
E lavar toda a miséria da humanidade 
Como se isso fosse algo possível de se fazer 
Enquanto isso, em algum lugar, 
Alguém está usando uma capa de chuva. 

Parece sem sentido as palavras que saem agora 
Mas elas formam um aglomerados de ideias 
Que provocam uma sensação de desconforto nas mentes 
Nos corações que também sentem essa agonia 
Desse tempo tão complexo que vivemos na terra 
Onde não se pode nem mesmo caminhar sozinho 
Sem ter alguém te atazanando por estar só. 

Calem-se todos e ouça o sussurro silencioso do vento 
Ele trás alguma coisa de algum lugar 
Uma ideia mirabolante de um pobre moribundo 
Que não teve uma única chance na vida 
Simplesmente por não estar no lugar certo de isso acontecer 
Enquanto tantos imbecis ocupando cargos importantes 
Porque nasceram em berços de ouro 
E tiveram a chance de crescer em ambiente saudável. 

Eu continuo achando que nada disso faz sentido 
E quem sabe você até mesmo torce o nariz 
Mas não importa o que você pensa 
Porque isso não vai mudar o que eu penso 
Se não sei de onde vem os pensamentos 
Continuo caminhando pela manhã fria do tempo 
Na esperança de chegar onde é o meu destino final. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

E se...

E se nada restar da esperança 
Dos momentos que foram tantos 
Das memórias afetivas tão bacanas 
Que preencheram a vida de alegria 
Nas horas silenciosas dos dias? 

E se eu não tivesse que ir embora 
Se pudesse ficar mais um pouco 
Para falar suavemente aos seus ouvidos 
As palavras poéticas que estão no coração 
E fizesse para seus olhos outras canções? 

E se o mundo fosse totalmente diferente 
Se fosse um lugar melhor para viver 
Que pudesse oferecer um cantinho silencioso 
Para aqueles que só desejam pensar 
E transformar os pensamentos em ações? 

E se tudo que foi feito de errado 
Não tivesse sido um dia pensado 
E não tivesse alguém que acreditasse 
Para colocar em prática as coisas 
Que agora causam dor ao coração partido? 

Não posso mudar as coisas de lugar 
Do tempo que já se foi um dia 
Não posso deixar de acreditar que nada se perdeu 
Quando não sinto mais aquela força 
Que poderia segurar firme as minhas mãos. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 29 de janeiro de 2023

Desconforto

Expresse a sua dor 
Aquela que tu sentes no fundo da alma 
Que não é visível para mais ninguém 
Porque você a sente no silêncio 
A dor da existência do mundo 
A angústia que fere o coração 
Porque seus olhos contemplam o horror 
A ignorância instalada no mundo 
A miséria por todos os lados 
E tudo isso causa-lhe um desconforto. 

Não esconda o que sentes 
Não permita zombar de ti sem motivos 
Você sabe que tens razão 
Quando tenta alertar a todos 
Que o mundo não pode permanecer assim 
Que alguém precisa fazer alguma coisa 
Porque senão tudo chegará ao fim 
E a existência terá sido em vão. 

Deixe que suas palavras saiam 
Que voem os espaços infinitos 
E chegue ao coração que as deseja 
Não se restrinja a uma vida medíocre 
Uma existência sem sentido 
Você não pode deixar que isso aconteça 
Não pode permitir tal aberração 
Porque você tem um potencial enorme 
Tu és uma criatura diferenciada 
Entre os seres humanos 
Que perambulam por aqui. 

Expresse a sua angústia 
E não se preocupe se vão ouvir 
Se vão entender o que você deseja 
Não importa tudo isso 
A única coisa que importa é a verdade 
O que realmente é 
E o que precisa de fato ser dito 
Porque pode ser que alguém ouça 
Essa angústia de um ser humano. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 28 de janeiro de 2023

No pensamento a navegar

É tão bela e sensível a noite 
Em que meus sonhos são despertos 
No pensamento a navegar 
Seus lindos olhos castanhos 
Promessas de amor que permanece em mim. 

É tão profundo o sentimento 
Que minhas lembranças revivem 
Momentos de singelas ternuras 
Que nunca se apagam de mim 
E permanecem vivas no coração. 

Seus olhos castanhos tão meigos 
Causaram a incrível sensação 
No coração que se abriu a magia 
Do olhar que se apresentou 
Na manhã alegre do tempo tão desejado. 

Tudo em mim são memórias vivas 
De tempos que não se apagam 
De sonhos que sempre renascem 
Quando fecho os olhos e a vejo 
Caminhando imponente nos meus sonhos. 

Nem a escuridão lá fora assusta 
Porque a luz nos meus pensamentos 
Desperta o sentimento mais profundo 
O amor que vi em seus olhos 
Transforma a saudade em viva esperança. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Uma vida de reflexão

Não permita o pensamento negativo 
Olhe para frente e acredite 
Faça acontecer, não espere 
Acredite que é possível 
E faça o que estiver ao seu alcance 
Porque a vida é assim 
Feita de escolhas nem sempre fáceis. 

Seja realista com você mesmo 
Não dê ouvidos a negatividade 
Nem permita que sejas iludido 
Por quem não tem força de vontade 
A vida é um campo de batalha 
Use sempre suas melhores armas 
E vença as batalhas do dia a dia. 

Pense sempre antes de falar 
Reflita sobre suas palavras 
Para não se tornar refém delas 
Uma vida de reflexão te ajuda 
A manter sempre os pés no chão 
E faz a vida ser mais leve 
Então seja sempre ponderado 
Em suas ações cotidianas. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Deslumbrantes

Tão singelo como o por do sol 
A beleza desse olhar 
Deslumbrantes 
Os mistérios nesses olhos 
Que conquistam o coração 
Invadem a alma 
De quem ousa neles olhar. 

Não há palavras 
Que possam definir 
Com exatidão 
A profundidade desse olhar 
Que encanta a multidão 
E provoca o mais profundo sentimento. 

Seus olhos guardam o segredo 
Que ninguém consegue decifrar 
Apenas quem tem as chaves 
Para abrir seu coração 
Um dia poderá 
Desvendar os mistérios 
Desse tão sublime olhar. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Quem tem a chave do mundo?

Relíquias passageiras 
Lembranças de coisas que já se foram 
Perdidas no tempo 
De um tempo que passou tão veloz 
Que não deixou vestígios. 

O mundo não é o que conhecemos 
E nada é o que parece ser 
O engano faz parte dos desejos 
De quem só quer desfrutar luxúrias 
Sem pensar nos menos favorecidos. 

O que pode estar escondido 
Faz-se questão de esconder o máximo possível 
E que se dane quem quer que seja 
Os prejudicados da sociedade 
Porque nada faz sentido mesmo para eles. 

Quem tem a chave do mundo 
Para que possa parar todo esse pesadelo? 
Quem poderia estancar a sangria profunda 
Curar a chaga maligna da iniquidade 
E restaurar um mundo melhor para todos? 

Onde há resquícios de mentiras 
Sempre prevalecerá o engano e a persuasão 
Não se pode abrir os segredos do coração 
Sem o risco de levar uma flechada 
Que o fara parar de bater para sempre. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Fascinantes

São lindos e fascinantes 
Os olhos que vejo agora 
No olhar o encanto que seduz 
No sorriso a beleza do amor 
Que domina meu coração 
E ao paraíso me conduz! 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense 
@odairjsilva79

domingo, 22 de janeiro de 2023

As misteriosas engrenagens da vida

São muitas as perguntas no pensamento 
Quase todas sem resposta alguma 
Apenas as incertezas da vida 
Lembranças talvez 
Memórias que se vão com o tempo 
E mais perguntas na mente 
Por que isso acontece comigo? 
Sei que não tenho as respostas 
Mas, sei também, que ninguém tem 
Porque o mundo é assim 
Um lugar confuso para muitos 
Incerto para alguns 
Tenebroso para outros 
Apenas a vida segue o seu curso 
Sem preocupação com respostas 
Dúvidas é o que carregamos 
Quando vemos algo que nos incomoda 
Que tira nossa paz 
Que vai contra o senso comum 
E nada parece fazer sentido algum. 
Gritos opacos nas vielas 
Vozes silenciadas nas madrugadas 
Música alta nos ouvidos 
Enquanto dançam a dança da morte 
Nos rituais da desilusão 
No tempo que se vai sem razão 
Para onde o vento leva 
E os pensamentos continuam a martelar 
As incertezas da vida 
As inquietudes da alma 
No silêncio das tardes e manhãs seguintes 
De onde nada escapa ao furor 
Dos que nada tem a perder 
A não ser a razão de viver. 
Faça silêncio que quero pensar 
Abram caminhos que quero passar 
Não importam as perguntas que fazem 
Não haverá respostas suficientes 
Para acalmar quem quer que seja 
E todos seguirão o seu caminho 
Como animais ao matadouro 
Porque é assim que funciona 
As misteriosas engrenagens da vida. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 21 de janeiro de 2023

Revelações

Tudo será diferente 
Pensava sempre com seus botões 
Nada mudava com o tempo 
Apenas a existência vazia 
Fantasmas que sorri para o futuro. 

A brisa corrupta da podridão 
Provoca náuseas nas narinas 
Espirros congestionados espalham vírus 
Poucos sobreviventes a este século 
E a violência escancarada nas ruas. 

Revelações onde quer que vá 
Contam histórias macabras de heróis 
Símbolos de um tempo sombrio 
Que não estão nas revistas em quadrinhos 
Mas espalhados pelas vielas da cidade. 

Talvez ai esteja a soberba do mundo 
O lugar mais sombrio da existência 
Onde não se ouve o choro das crianças 
Nem o lamento das que amamentam 
Porque tudo já se passou com o tempo. 

Tempos utópicos ou seria distópicos 
De um pessimismo romântico tolo 
Cheio de sacos com ossos triturados 
De gente destruída num piscar de olhos 
Por não se adequar a essa realidade. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Nunca deveria terminar

É alta madrugada e o sono não vem 
Os pensamentos são muitos 
Não deixam a minha mente em paz 
Onde você pode estar? 
Por que não está aqui do meu lado? 

O seu sorriso está estampado 
Vejo-o na moldura a minha frente 
E lembra-me de dias tão bons 
Inesquecíveis que não se pode apagar 
De tempos em que fui feliz. 

O que aconteceu conosco? 
Por que tudo tem que chegar ao fim? 
Fecho os olhos e vejo seu olhar 
Nunca consegui decifrá-lo 
E não sei em qual direção está agora. 

A noite se arrasta devagar 
Tortura-me não saber onde estás 
Se dormindo o sono dos anjos 
Ou fazendo amor em outros braços 
E isso é tão difícil aceitar. 

Nunca deveria terminar 
Sentimentos que fossem verdadeiros 
A saudade é uma eterna companheira 
Para os que sofrem uma desilusão 
Que não conseguem esquecer. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Busca incessante

Acordo e meus pensamentos voam 
Em direção ao infinito 
Na busca incessante 
Eles procuram te encontrar. 
Você pensa em mim? 
Pergunto e dizes que sim. 
Então elevo meus olhos ao céu 
Onde nossos pensamentos se encontram 
Diante de Deus eles estão. 
Meu coração palpita forte 
E a esperança renasce em mim. 
Vejo o brilho dos seus olhos 
E a meiguice do seu sorriso 
Sempre tão contagiante 
Dar vida nova a minha alma. 
O meu amor por você 
Não tem limites 
E está nas mãos de Deus. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Não espere eu ir embora

Caminho por uma estrada sem fim 
Na esperança de alcançar o seu olhar 
Perambulo pelas noites sombrias 
Sem ter a noção de onde está o luar. 

Dedico-te um sentimento que me domina 
Declaro-te um amor que nasceu no coração 
Uma paixão que procuras a muito tempo 
Pois não queres mais viver na ilusão. 

Falas-me de amor que tens na alma 
Da esperança em dias felizes viver 
Queres que seja o seu horizonte tão desejado 
E que te faças o medo esquecer. 

Não espere eu ir embora de sua vida 
Sem mesmo ter tentado viver essa paixão 
Não permita que seu destino seja controlado 
Por quem não sabe o que sentes no coração. 

Vem viver comigo esse amor 
Que nos mostra a felicidade 
Para que possamos caminhar juntos 
E não ficarmos sós com a saudade. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Sem medo de ser feliz

Onde há um brilho no olhar 
Pode nascer uma paixão 
Se existe um sorriso encantador 
Que faça sorrir o coração 
Não se pode livrar a alma 
Do sentimento mais verdadeiro. 

Sem medo de ser feliz 
Deixou que o amor acontecesse 
Não podia fugir daquele olhar 
Nem das batidas do seu coração 
Quando não se pode esconder 
O sentimento que invade a alma. 

E assim a razão foi vencida 
Pela mais profunda sensação 
No olhar tão misterioso 
E no sorriso encantador 
Deixou-se conduzir naturalmente 
Rumo ao destino da felicidade. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Sacrifício

 Nem uma lágrima se viu em seu rosto 
Nada que demonstrasse algum sentimento 
Nada que pudesse dar esperança 
O que revelava o fim de tudo 
O apocalipse final do que sentia. 
 
Todos os sonhos são desfeitos 
Quando não há nenhum sacrifício 
Quando não se luta pelo que deseja 
E tudo se desfaz com o tempo 
Porque nada no mundo permanece sem luta. 
 
Insensível foste tu no crepúsculo 
Quando o sentimento havia sido corrompido 
Não houve vontade nenhuma de sua parte 
Nem um movimento que indicasse o desejo 
De que o sentimento pudesse renascer. 
 
Então virou as costas e se foi 
Como se nada do que havia acontecido antes 
Tivesse algum valor um dia 
E quando não há nenhum sacrifício 
Não vale a pena ficar sonhando em vão. 
 
O tempo há de revelar a verdade 
E dizer quem amou com sinceridade 
É sempre mais feliz quem mais amou 
E esse sempre fui eu 
Por isso não há tristeza em meu olhar. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Eros, o deus do amor

Oh deus do amor! 
Eros, invencível amor 
Amor que subjugas os mais poderosos 
Amor que dá beleza as faces das virgens 
Amor que reinas sobrea vastidão dos mares 
E que habitas, também, na cabana do humilde. 
Quem por ti for atingido 
Perderá, com certeza, a razão. 
É tu, oh amor, 
Que levas o justo à injustiça. 
Fazes com que o virtuoso cometa o crime da paixão. 
Oh amor! 
Tu fazes nascer a discórdia entre as famílias. 
Não há como resistir a sedução do olhar. 
Quem poderá resistir o olhar da mulher formosa? 
Ah, o poder do amor 
Um poder que se compara as leis imutáveis do universo. 
O amor 
A causa da minha dor.
 
 Obs: Coro do palácio de Creonte 
no livro Antígona de Sófocles transformada em poesia... 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Sentimento

O sentimento que trago no coração 
É a chama que me faz viver 
Saber que você não é ilusão 
Ajuda minha alma crescer.
Se existe na vida uma razão 
Em seus olhos pude ver 
Hoje vivo essa linda paixão 
Que nem o tempo me fará esquecer. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

A esperança que havia perdido

Deixa-me apenas falar de amor 
Olhar em seus olhos com ternura 
E expressar o sentimento do meu coração 
O mais singelo carinho que encontrei 
Quando senti o toque de suas mãos. 

O que peço apenas é que ouça-me 
Que veja em meus olhos o sentimento 
A força mais sublime do amor 
Que extrapola toda minha razão 
Pelo puro desejo de estar com você. 

Foi quando vi o seu lindo olhar 
Que percebi a mais singela forma de amar 
Em seu sorriso tão encantador 
Encontrei a esperança que havia perdido 
E o sonho voltou a existir no coração. 

O encanto tão singular que tens 
É a força que move o meu sentimento 
Sua presença é salutar a minh'alma 
Enquanto sinto muita saudade 
Quando precisa estar ausente de mim. 

O que posso dizer então? 
Se as palavras não são suficientes 
Para expressar a magnitude do sentimento 
Resta-me olhar em seus olhos profundamente 
E deixar que sinta o meu amor por você. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 15 de janeiro de 2023

O amor que sinto por ti

O brilho dos seus olhos rasgou a escuridão 
E dissipou a minha ilusão
O tempo descontinuou por um longo instante 
E a tristeza foi para bem distante. 

O amor que persevero em te revelar 
É maior que as coisas banais da vida
E o desejo que sinto por ti, querida, 
Maior que o próprio mar. 

Amo-te como ama o amor 
Como a alma sedenta anseia a fonte 
De água límpida e refrigerante 
Assim é o anseio de meu ser pelo teu calor. 

Sou amante de seus olhos lindos 
De sua alma singela e radiante de viver 
Amar você é ver o sol ao amanhecer 
E seus lábios sempre sorrindo. 

Que minha alma consiga expressar 
A razão de meu amor por você 
O anelo de contigo viver 
Para sempre e sempre te amar. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 14 de janeiro de 2023

Fria era a compaixão que podia esperar

Nem um sorriso mesmo que disfarçado 
Nem o olhar ameaçador 
Tudo havia sido desfeito com o tempo 
As promessas varridas para longe 
E apenas a solidão podia ser sentida. 

O tempo havia passado muito depressa 
Os sonhos transformados em pesadelos 
E ninguém parecia importar 
Quando os sentimentos afloravam da alma 
E escorria em lágrimas escondidas. 

O amor que parecia tão verdadeiro 
Não passara de uma falsa sensação 
A saudade agora era tão presente 
Que arrebentava o triste coração em pedaços 
Como se fora apenas algo sem valor. 

Por mais que desejasse ser lembrado 
Fria era a compaixão que podia esperar 
De alguém que já não tinha sentimento 
De alguém que caminhava em sentido oposto 
Para uma nova e incerta jornada. 

O que resta ao coração dilacerado 
É olhar para o horizonte e desejar 
Que o tempo possa ser ser amigo e apagar 
Toda dor que hoje estraçalha sua vida 
Para que tenha o alento de uma nova esperança. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Um calmo observador dos outros

No silêncio do amanhecer 
Quando os pensamentos estão serenos 
Vislumbra-se a pura essência 
Dos sentimentos a nos mover 
No infinito espaço do pensar. 

Nada pode perturbar a mente 
Nada pode impedir o mais puro sentimento 
Quando não se sabe para vai 
É melhor obedecer as placas do caminho 
Ou ter ciência do que pode acontecer. 

Seja longe ou aqui perto 
Os pensamentos são as bases da vida 
E é sempre melhor estar em silêncio 
Como um calmo observador dos outros 
Do que bestas espalhafatosas. 

Tudo que você diz um dia 
Não poderá negar que o disse 
Sempre será livre para ter qualquer pensamento 
Mas tornar-se-á escravo das palavras 
Se as disser sem pensar antes. 

As maiores tragédias humanas 
Deram-se por causa de palavras mal(ditas) 
Que poderiam ser evitadas 
Se observadas as circunstâncias 
Em que elas foram proferidas. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Ultrapassa as mais altas nuvens

A eterna busca pelo desconhecido 
O desejo de ir muito além do horizonte 
Muito além do que a própria imaginação 
Desvendar os mistérios do universo 
Ou permanecer na ignóbil ignorância. 

Os dilemas humanos são muitos 
Maiores do que os poucos saberes que dispomos 
Por que quem pode dizer que sabe alguma coisa 
Se não temos a certeza de nada a nossa volta? 
E como podemos esconder tudo isso? 

As perguntas são formuladas no cotidiano 
São como as muitas águas de uma cachoeira 
E voam todos os espaços infinitos da mente 
Ultrapassam as mais altas nuvens 
E quem poderia dizer que tem as respostas? 

Eu sigo a minha eterna busca silenciosa 
Não consigo deixar de pensar nas coisas 
Como teria sido se tal coisa tivesse outro desfecho 
Ou quem poderia ter escondido as respostas 
Na mais alta das montanhas invisíveis. 

Talvez tenha sido essas curiosidades 
A mover o ser humano no destino que se encontra 
Nas encruzilhadas das escolhas de destruição 
Onde se dizem ter compaixão dos famintos 
E ao mesmo tempo jogam bombas nos seus irmãos. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Eu falo e provoco espanto

Palavras são como flechas lançadas 
Pontarias certeiras que atingem o coração 
Eu falo e provoco espanto 
Nas mentes pouco preparadas 
Para ouvir a voz autêntica da razão. 
 
Alguns taxam-me como louco 
Um desvairado que as regras não segue 
Nada disso importa tanto 
Quanto a liberdade de expressar 
O que aprendi e minha certeza não negue. 
 
Vozes ecoam pelo tempo 
Palavras que voam com o vento 
Nem todas são confiáveis 
A maioria são descartáveis 
E nem podem ser expostas fora do pensamento. 
 
Quanto a mim quero dizer 
O que sinto no profundo coração 
Sem me preocupar com os julgamentos 
Com as duras críticas 
Se sinto paz ao falar com emoção. 
 
Nem todos estão preparados para ouvir 
Porque vivem presos em suas ideologias 
Não conseguem se libertarem 
Das correntes da ignorância 
E permanecem detidos em suas fantasias. 
 
 Poema: Odair José, Poeta Cacerense