quarta-feira, 30 de junho de 2021

A espera

Quando o sol despertou-me pela manhã 
Fazia horas que sonhava com seus olhar. 
O sonho dissipou-se dando origem à realidade 
Que me apresentava o desejo de te amar. 
 
A espera angustiante de um novo amor 
E o medo terrível de amar outra vez 
Fizeram meu coração bater descompassado 
Na dúvida da minha pequenez. 
 
Depois de dias apaixonados pelo seu olhar 
E na incerteza do que ele revelava 
Sabendo do quanto anseio me trouxe o antigo 
Amor que sempre me enganava. 
 
A espera acabou-se no momento 
Em que sorriu o sorriso mais encantador. 
Mostrando-me que a paixão estava pronta 
E que poderia viver esse louco amor. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 29 de junho de 2021

O berço dos super-humanos

Um falcão deixa o voo rasante tocar o oceano 
Enquanto adolescentes fumam maconha na esquina 
Meninas dançam funk nas periferias 
Um criminoso é cercado pela polícia 
E corpos estão estendidos pelo chão 
Em poças de sangue e suor dos trabalhadores. 
 
Tudo está escuro na penumbra da sociedade 
Em ruas lotadas de pessoas que transitam 
Tentando esconder suas frustrações. 
 
Há gritos na vielas e lixo caído das latas 
Cães brigando por um pedaço de linguiça podre 
E olhos furtivos escondidos nos escombros 
De uma cidade envolta pelo caos 
Sem esperança de dias melhores para as crianças 
Que colocam fogo nas folhas 
E a fumaça negra sob até o céu 
Agora tão cinzento como nunca antes. 
 
O berço dos super-humanos é feito de madeira 
E o fogo se alastra até ele 
Enquanto uma tartaruga chega a praia morta 
Com um plástico que a impediu de respirar 
Do outro lado do hospital há corpos 
E no lixão também 
Crianças transitam desesperados e desprotegidos 
Do frio que assola na madrugada. 
 
De longe ainda pode-se ouvir vozes silenciadas 
Pela tragédia humana do planeta 
Que um dia parecia ser tão lindo 
E agora nem as folhas são mais verdes! 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Noite

A escuridão do quarto silencioso 
Nada a me envolver 
A não ser a sua ausência tão inquietante. 
Dissipou-me o pensamento 
A busca de você na solidão imensa 
Dessa noite que insiste em não passar. 
Por mais que tento 
Não consigo fechar os olhos 
Que insistem em te procurar na imensidão. 
Seus passos, tão distantes e incertos, 
Causam a confusão na mente 
De quem amou com afeição. 
Os seus olhos são chamas 
Que surgem na escuridão 
Dessa noite triste. 
O tempo, carrasco de minha dor. 
Ofusca a minha visão 
De esquecer esse amor. 
Confuso e prospecto sem rumo 
Vago cambaleante 
Na esperança de te encontrar. 
Viajo pela noite a tua procura 
Sem sair de meu quarto 
Onde um dia esteve a dormir. 
Mas a realidade cruel e insana 
Mostra-me que aqui você não esta 
E minha noite torturante continuará. 
Quero apenas esquecer-te 
E seu calor que não tenho mais 
E esperar que o dia amanheça. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 26 de junho de 2021

O caminho de volta ao inferno


Aquele que professava uma fé inabalável 
Que não resistiu aos prazeres do mundo 
Voltou-se para o caminho da perdição 
Dando ouvidos as suas próprias concupiscências... 
Demônios terríveis amarraram o desgraçado 
Com cordas infernais 
Tiram-no da estrada para o céu 
Na qual, um dia, professou andar 
Agora o levam pela porta dos fundos 
Diretamente para o inferno. 
Cuidado com o caminho de volta ao inferno 
Veja bem se está em Cristo ou não 
A coisa mais fácil do mundo 
É enganar-nos a nós mesmos 
Pois, enganoso é o coração humano 
Quem poderá o conhecer? 
É melhor ser rigoroso consigo mesmo agora 
Do que ser amarrado com essas cordas infernais 
Se não construir sua casa sobre a Rocha 
Quando vier a tempestade será grande a sua queda 
Precisa ser constante e firme 
Para que jamais 
Possa ser levado a desviar-se 
Dos caminhos do Senhor Jesus Cristo. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Quando elevei os braços para te abraçar

Meu coração emudeceu naquele momento 
Quando viu os olhos seus tão meigos 
Como as flores da primavera na manhã 
Onde meus sonhos encontraram a realidade 
Que há tanto tempo desejava silenciosamente. 
 
Olhos meigos e sedutores 
E um sorriso tão acalentador 
Como o sol nas folhas das árvores no entardecer 
Junto ao canto dos pássaros e voo das borboletas 
Que me fizeram acreditar no amor. 
 
Quando elevei os braços para te abraçar 
Tive a sensação do mais puro e elevado sentimento 
Que agora tomava conta do meu ser 
Como o som suave de um riacho na floresta 
Quando buscamos refúgio para a alma. 
 
Eu não posso negar a feliz sensação 
Que é estar no aconchego de seus braços 
Sentir o pulsar do seu coração e saber 
Que em seus pensamentos posso estar a voar 
Torna os meus dias em pura felicidade. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Falta de você


Fechei os olhos 
Mas o sono não veio. 
A noite escura 
O silêncio 
A solidão 
Tortura-me. 
Ausência. 
Não imaginava que você fizesse tanta falta. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Razão de amar

Foi nos seus olhos que vi 
A esperança. 
Foi no seu sorriso que encontrei 
O alento. 
Foi nos seus olhos que perdi 
O medo. 
Foi no seu sorriso 
Que vi a beleza do sonho. 
Seus olhos, 
Misteriosos, faceiros, 
Revelam o amor. 
Seu sorriso 
Espontâneo, singelo, 
Transforma o coração. 
Que razão teria melhor 
Para te amar? 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

O único desejo do coração


Não era possível entender 
As razões tão forte do coração 
No desejo de não mais sofrer 
Apegou-se aquela profunda paixão. 
 
Deixou que falasse o sentimento 
Com aqueles olhos vivia a sonhar 
Sem saber explicar o pensamento 
Que fazia o seu amor aumentar. 
 
O único desejo do coração 
Era aquele amor tão singelo sentir 
Viver uma grande emoção... 
 
Deixava transparecer um sorrir 
Pela tão feliz sensação 
Que tornava alegre o seu existir. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 22 de junho de 2021

As sete cabeças de um mesmo monstro

Dizem que os sábios da antiguidade 
Formularam um estudo sobre os pecados originais 
Dizendo que são sete pecados: 
Luxuria, soberba, preguiça; 
Inveja, gula; 
Avareza e ira... 
Mas, eles estavam enganados 
São apenas sete cabeças de um mesmo monstro 
Que devoram essa geração 
Num ritmo aterrador. 
O que se pode ouvir são os passos 
De pessoas em direção aos bares 
Locais de bebedeiras e zombarias ao Criador 
Uma juventude amante de prazeres 
Que não liga a mínima para Deus. 
Do ventre do monstro de sete cabeças 
Nasceram mais setenta milhões de pecados 
E todo pecado é capital. 
Há pecado no arraial? 
Há pecado entre jovens e velhos? 
Se há em mim, Senhor, 
Perdoe-me! 
Que sua graça me ajude a cortar a cabeça do monstro 
Todas elas de uma vez por todas. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 21 de junho de 2021

O pequeno lenço

Um pequeno lenço está jogado no canto 
Sujo de poeira 
Marcas de lágrimas que teimosamente enxugou 
De um rosto surrado pelo tempo.
 
Onde havia ainda esperança 
Não há mais nada que possa lembrar 
A sensação nostálgica que tivera 
Nos olhos tão misteriosos que tinha 
No tempo em que sabia viver e sonhar. 
 
Nada agora faz sentido 
Onde vive a acreditar que um dia 
Poderá vê-la entrando pela porta da frente 
Com aquele sorriso tão singelo no rosto. 
 
Pega o lenço e tem a ideia de lavá-lo 
Enxugar as lembranças e esperar 
Quem sabe um dia o seu coração poderá sentir 
O alívio de uma alma feliz. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 19 de junho de 2021

Delira, grita e amanhece

Delira. Em uma verdadeira ânsia de vida 
Um selvagem desejo de amar 
Um anelo por ser tão querida 
Viver nesta vida a sonhar 
Segurando em suas mão ao luar 
Sempre foi a paixão tão sentida. 
 
Grita. Em uma angustiada nostalgia 
No emaranhado de secretos desejos 
Paixões silenciosas na alma fria 
Tudo que queria era o sabor de seus beijos 
E não apenas deles os ensejos 
Sem saber se será feliz um dia. 
 
Amanhece. Na janela entra o sol a brilhar 
Em seu coração uma nova esperança 
De que com a força da alma possa amar 
Sempre fora o seu sonho desde criança 
E o ditado diz que quem espera sempre alcança 
E assim neste sonho se deixa caminhar.
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Quando o silêncio romper a aurora da vida

Vagarosamente desfila no eterno vai e vem de nostalgia 
Desejando somente ser vista 
Com os olhos misteriosos de quem sonha 
Viver uma vida isenta de desafios 
Em um mundo corrompido pelo tempo. 
 
No silêncio de uma tarde marota 
Uma garota apenas divaga em seus pensamentos 
Lembrando de palavras que foi sussurrada em seus ouvidos 
Como promessas de amor eterno 
Quando ela acreditava nessas coisas banais da vida 
Sem saber que tudo são promessas 
Balelas e discursos vazios de pessoas sem escrúpulos. 
 
Há uma perseguição intensa 
Uma fuga mortal de indivíduos que tentam escapar 
Do destino certo e violento 
Em uma terra totalmente sem lei. 
 
Falácias de mentes perturbadas com o tempo 
Momentos sombrios em uma tarde sinistra 
Da solidão vista até além do horizonte 
Onde via vultos como se fossem espantalhos feitos de panos 
Espantarem os pássaros da desconfiança. 
 
O que é a mente humana em tempos sombrios como estes? 
Um medo corrói a alma de transeuntes inocentes 
Presos em seus mundos na correria do dia a dia 
Que nem notam os olhares nas penumbras de ruas movimentadas 
Sem saberem que tudo chegara ao fim um dia 
E, então, só haverá lugar para as lágrimas 
De quem não soube perceber essas coisas. 
 
Parece um canto de tristeza essa melodia 
Que desesperadamente tento transmitir aos ouvidos 
De qualquer ser que queira ouvir 
Apesar de saber que ninguém dá a mínima para tudo isso 
E assim mesmo a vida continua a passar 
Em passos largos num frenesi diabólico. 
 
Vejo toda essa perturbação e parece ser o fim 
Parece não haver saída e nem solução para tanta solidão 
De pessoas envoltas em seus próprios pensamentos 
Uma adolescente grita raivosamente com seus pais 
E em um canto da sala um gato dorme tranquilamente 
Como se nada no mundo o incomodasse. 
 
Sob uma frondosa árvore no campo 
Escondendo do sol abrasador e do calor escaldante 
Um senhor descansa da sua labuta diária 
Sabendo que tudo chegará ao fim um dia 
Quando o silêncio romper a aurora da vida 
E ele ser chamado ao que considera ser o descanso eterno 
Mesmo não sabendo nada sobre isso. 
 
Mais uma vez posso refletir sobre o destino dos homens 
O determinismo das coisas 
O círculo eterno de uma vida que passa a existir nesta manhã 
Quando uma velha senhora é sepultada em um cemitério qualquer 
E ouve-se o choro de uma criança que acabou de chegar a este mundo 
Em um eterno vai e vem infinito 
Que me faz descansar minha pena de escrever 
Coisas que parecem sem sentido algum. 
 
Feche seus olhos e deixe-se ser levado para outra dimensão 
Esqueça tudo que te ensinaram um dia 
Mente vazia de uma existência 
E veja onde você está agora. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 17 de junho de 2021

Nostalgia

O tempo é o amigo das lembranças 
De um momento que ficou 
Nas soleiras das janelas 
Quando olhava a chuva cair suavemente. 
Na manhã gélida do tempo 
Olhava as folhas molhadas 
Sendo balançada pelo vento 
Que levava minhas lembranças. 
O pensamento voava solto 
Em direção ao infinito 
Na busca incessante 
Do meu sonho fugaz. 
Aquelas águas 
Silenciosas a cair 
Construíam o sonho 
Do qual me lembro agora. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Rosa venenosa

Sentiu o sangue escorrer pelos dedos 
E sentiu o amargo da ferida na alma 
O amor que sentiu ser estraçalhado 
Apagado do coração sem piedade 
E o frio de um vazio existencial. 
Não cuidou que a beleza da flor 
Escondia algo de seu olhar 
Um veneno em seu espinho 
Que arrancou de si um grito 
A rosa venenosa o machucou. 
Tristemente chora a ausência 
De quem dava beleza a sua vida 
Mas não pode esquecer toda dor 
Que sentiu ao apertá-la em seus braços 
E ser ferido pelo veneno 
Da linda rosa venenosa. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 16 de junho de 2021

O relógio do juízo final

Há uma grande explosão 
Uma nuvem de fumaça cobre os céus 
Agora cinzento-avermelhado, 
Assustador 
O barulho ensurdecedor 
E pessoas gritando pavorosamente 
Sem saber o que está acontecendo. 
Prenúncio de um fim anunciado 
O apocalipse Gafanhotos a solta 
Em meio ao tormento generalizado. 
Havia um aviso prévio 
Um relógio que badalava as últimas horas 
Silenciado pelo caminhar da humanidade 
Em seus afazeres cotidianos 
Ninguém se atentou para os sinais 
Rotinas 
Fugas intermináveis 
Vidas vivendo na mediocridade 
De mais um dia no mundo capitalista. 
Agora tudo se foi 
O relógio do juízo final 
Está destruído pelo chão 
Estraçalhado pelas pragas 
Pisoteado 
E ninguém mais está a salvo. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 15 de junho de 2021

Fragmentos de uma mensagem de amor II

Ao caminhar e sentir-se sozinho no caminho 
Acreditava em todas as palavras que um dia ouvira 
Promessas de um amor eterno 
Apesar de saber que nada pode ser eterno nesta vida 
Tudo se vai como a brisa da manhã 
Como o vento que leva as folhas secas das árvores. 
Sempre quis acreditar que pudesse ser feliz 
Que pudesse viver o amor dos contos de fadas 
Mas, no fundo da alma, sabia que isso só acontece nas histórias 
Nas cantigas de ninar lidas antes de pegar no sono. 
A vida real é mais perturbadora do que qualquer possa imaginar 
E os monstros sempre estão escondidos no escuro 
No sombrio do silêncio mais tenebroso. 
Amar não é uma tarefa fácil neste mundo egoísta 
Onde o coração não tem o domínio sobre suas emoções 
E nem os olhos conseguem desviar dos perigos. 
Há de se viver o hoje como se fosse o último dia 
De um amor que só existiu nos sonhos mais íntimos 
De quem viu o olhar promissor 
Em uma tarde distante de um verão qualquer. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense 
 
Leia a parte I aqui

segunda-feira, 14 de junho de 2021

O vento e as lembranças


O vento parecia incomodar em alguns momentos 
Assustava os pássaros nas árvores 
Derrubava algumas folhas e as carregavam para longe 
E trazia consigo um vento frio das montanhas 
Sussurrava silenciosamente as lembranças 
Que insistia em permanecer inabalável no coração. 
 
O que era o vento, afinal, diante de toda imensidão 
Dentro de um círculo restrito de saudades 
Que permanecia incrustada nas memórias 
Nas palavras que se formavam nas linhas escritas 
Com o sangue das incertezas do sentimento 
Que sentia na alma agora tão silenciosa. 
 
Sempre soubera o destino das emoções 
O dia em que acordaria e não veria o seu rosto 
Saber-se-ia esconder o sofrimento 
Apagar de uma vez por todas os pensamentos 
Que insistia em permanecer na companhia 
De quem só queria esquecer tudo isso um dia. 
 
O vento sussurra outra vez lá fora 
Carrega consigo algumas lembranças 
Juntamente com as folhas secas das árvores 
E ao longe rodopia como se brincasse 
Com todos os sentimentos 
De quem não consegue esquecer jamais. 
 
 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 13 de junho de 2021

Dias estranhos

Se não há certeza do que acreditar 
O caminho não poderia ter um fim 
A esperança foi a última companhia 
De quem desejava apenas seguir sozinho 
A jornada que tinha feito compromisso 
Na solidão de seus dias estranhos. 
 
Dias estranhos que nada sentia 
Nem o vento poderia ser mais brando 
Do que os pensamentos que insistia 
Fazê-lo se retrair no recanto sombrio 
De uma eternidade vazia 
No canto de sua melancolia agora silenciosa. 
 
Abre os olhos e não consegue ver 
Além dos sonhos que insistem em sonhar 
Quando está acordado na sombra 
Esperando o dia passar em sua lentidão. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 12 de junho de 2021

É o que posso dizer

Vejo esse sorriso lindo 
Estampado em seu rosto tão meigo 
O colorido dos seus olhos 
De um brilho tão intenso 
E descubro a magia do amor 
Um sentimento singelo 
Que transpira minha alma 
Uma doçura que preenche o coração 
Que tanto tempo esperou por você. 
É tão bom estar ao seu lado 
Sentir o pulsar do seu coração 
Cada batida que revela o desejo 
O sabor de um beijo 
No entardecer de um dia de verão. 
Eu amo você 
É o que posso dizer 
Com um sentimento profundo 
Maior que o mundo 
Que para mim agora é somente você. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Sob pressão...

Se você se sentir pressionado 
Pelo grupo do qual faz parte 
Pense no melhor que pode fazer 
Resistir ao mal 
Fazer o bem. 
Se seus amigos te oferecer drogas 
Diga NÃO! 
Se te pressionam a mentir, enganar ou roubar 
Diga NÃO! 
Se fazem bullying com alguém 
Não contribua com isso 
Não ceda às pressões do grupo 
Seja proativo 
Tome a direção de sua vida 
Você tem o poder de tornar o mundo melhor! 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Quem sabe ela ouvirá

Bem que havia pensado sobre isso 
A possibilidade de depois se arrepender de suas palavras 
Sabia que os pensamentos são secretos 
Mas, seriam descobertos quando falasse 
Sobre seus sentimentos. 
Durante muito tempo ficou em silêncio 
Admirando aqueles olhos misteriosos 
Que mexeram com seus sentimentos e não sabia pensar em outra coisa 
Nem mesmo sentia-se seguro no mundo agora 
Onde tantos sofrem com sentimentos assim. 
Mas, pensou consigo mesmo, quem consegue esconder os sentimentos? 
Quem consegue viver uma vida sem amor? 
Quem poderia ter o controle diante de tal situação? 
Em seus pensamentos tudo isso passava fervilhando 
E só desejava uma resposta que fosse útil 
Para acalmar o seu descompassado coração. 
Amar de forma tão sensível 
Sentir na alma o borbulhar da paixão 
As lembranças de olhos tão singelos 
E imaginar voando o firmamento das emoções 
Que não conseguia esconder. 
Então, que se dane o mundo, pensou consigo mesmo 
Quero gritar o mais alto que posso 
Deixar que o vento leve o meu desabafo 
E ela ouça em seus ouvidos a canção do amor 
Que sinto no profundo de minha alma. 
Quem sabe ela ouvirá o desespero desse apaixonado 
Que só sabe nela pensar 
E resolva dar uma chance ao amor 
Que em sonhos carrega consigo desde então. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 9 de junho de 2021

Pra sentir seu cheiro

Respiro fundo 
Há um desejo enorme no meu coração 
Deixo-me levar pelo vento 
E tento te procurar. 
Dentro de mim Minha alma te deseja 
Te anela E quer em seu colo descansar. 
Respiro fundo 
Pra sentir seu cheiro 
Pra matar o desejo 
De saciar-me de você. 
Nem a primavera 
Com todas suas flores 
Será capaz 
De superar tua fragrância. 
Respiro fundo 
Sinto um perfume suave 
Que acalma meu sentimento. 
O que me traz o vento? 
O seu cheiro gostoso. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 8 de junho de 2021

Fale sem medo

Fale a verdade sem medo 
Diga o que tenta esconder no coração 
Já que não consegue conciliar o sono 
E nem deixa de pensar 
Em tudo que poderia ter acontecido 
Mesmo que não queira. 
De que adianta esconder algo tão bonito 
Só por mero capricho da inocência 
Se é possível ver o rubor em seu meigo rosto 
Todas as vezes que tenta esconder o olhar. 
Não há meios de esconder os sentimentos 
Quando eles afloram pelos poros 
Quando não cabe no coração 
E não se perde no sorriso de uma flor. 
Há meios de sufocá-lo, 
Pode tentar matá-lo 
Mas ele sempre há de resistir e vencer 
Porque é assim que o verdadeiro amor reage. 
Quando tenta suprimi-lo de dentro de você 
Ele ecoa como o rugir de uma cachoeira 
Rompe as barreiras do tempo 
Porque é assim o puro sentimento 
De um coração que ama sem medidas. 
Fale a verdade sem medo 
Sem esconder o singelo brilho de amor no olhar 
Quando vê as marcas inconfundíveis da paixão. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Não me faça promessas


Cansei de ouvir palavras em vão 
De coisas que não vão mudar. 
Promessas vazias 
De um coração sem amor. 
Não me faça promessas 
De que um dia irá me amar. 
Seus olhos estão distante 
E nunca mais voltarão 
Me olhar da forma que olhava 
Quando seu coração transbordava 
Felicidade. 
Não posso mais enganar a mim mesmo 
Acreditando em palavras 
Que jamais acontecerão. 
Devo seguir meu destino 
E aprender a viver sem você 
Na esperança de um dia 
Te esquecer. 
Não me faça promessas 
De que o amor ainda pode acontecer 
De que para tudo há uma solução 
Eu não acredito mais nessas palavras. 
Quero apenas viver 
Na esperança de um dia 
O amor acontecer. 
Um outro amor. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 6 de junho de 2021

Jesus Cristo é a cura para o coração

A verdade que emana de Jesus 
Transforma a consciência do acomodado 
Aquieta o coração do perturbado 
NEle encontramos a verdadeira luz. 
 
O Senhor é a salvação prometida 
Ele é a justiça de Deus encarnada 
Ele tem a Palavra apropriada 
E busca com amor a alma perdida. 
 
Jesus Cristo transforma o pecador 
Só Ele pode curar o coração 
Dar a paz e tirar toda a dor; 
 
Para Ele faço esta singela canção 
Ao Filho de Deus, nosso Senhor 
Autor da vida e da minha salvação! 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 5 de junho de 2021

Não há barreiras que possam impedir

Uma busca por algo desconhecido 
Foi o que pensou naquele súbito momento 
Quando quis alcançar a liberdade 
E expressar o sentimento ali escondido 
Durante o tempo de sua solidão. 
 
Havia um perigo imediato 
Uma sensação de desconforto existencial 
Que mexia com o coração 
Escancarando uma triste solidão 
Que desejava para sempre se livrar. 
 
Então olhou no profundo de seus olhos 
Lá onde está o território secreto 
Viu uma chama que ainda existia 
Uma esperança que renascia 
De um amor que ainda acreditava. 
 
Quando há o verdadeiro 
Sentimento de amor 
Não há barreiras no mundo que possam impedir 
Duas almas de viverem a felicidade 
Mesmo que exista uma saudade 
O final da história há de ser feliz. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense