sábado, 30 de setembro de 2023

Nas entrelinhas do olhar

No fundo do olhar, segredos escondidos, 
Um sentimento além da visão normal, 
Em almas que se encontram, destinos unidos, 
O coração revela o que é profundo, eis o final. 

Nas entrelinhas do olhar, há um universo a decifrar, 
Palavras não ditas, mas sentimentos a pulsar, 
É a linguagem muda da alma a falar, 
Um amor intenso, difícil de explicar. 

Através dos olhos, janelas da emoção, 
Enxergamos o que vai além da razão, 
É o amor que transcende, sem explicação. 

No olhar, a paixão floresce no coração, 
Um sentimento profundo, uma profunda paixão, 
Além das palavras, no olhar, o amor é a sensação. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Cada instante precioso

Na efêmera dança do tempo a escoar, 
Nossos dias se perdem, como areia ao vento, 
A vida, em sua brevidade a nos assombrar, 
Nos recorda que o hoje é nosso único alento. 

Como uma vela que queima sob o luar, 
Nossos momentos se findam sem lamento, 
E o que era presente logo se torna o passado, 
Na voragem do tempo, num curso violento. 

Então, celebremos cada instante precioso, 
Pois a vida é breve, fugaz como o orvalho, 
E em um sopro, somos levados a uma quietude. 

Que nossos sonhos se tornem valiosos, 
E que o amor seja nosso eterno agasalho, 
Pois na brevidade da vida, há uma plenitude. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Quero repousar

 Quero sempre contigo viver, meu bem, 
Um amor de verdade, forte e leal, 
Nossos corações, entrelaçados, também 
Na paixão que nunca conhecerá final. 
 
Nos seus braços, eu quero adormecer, 
Sob o céu estrelado e acolhedor, 
O calor do seu abraço a me aquecer, 
É o lugar onde encontro meu amor. 
 
Cada dia ao seu lado é um presente, 
Na jornada que juntos decidimos trilhar, 
Nossa história de amor, eternamente. 
 
E no crepúsculo, no anoitecer do sonhar, 
Com você, a vida é doce e envolvente, 
E em seus braços, meu amor, quero repousar. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Motivos

Há uma alegria na alma 
Uma paz tão boa no coração 
Quando se sente o amor e a calma 
Que está além da imaginação. 

Motivos tenho para sorrir 
Na beleza da vida acreditar 
Às tristezas não podem impedir 
Que o sonho venha se realizar. 

Você é a razão da felicidade 
Que acalma o meu ser 
Motivo da minha liberdade. 

Quero sempre contigo viver 
Um amor de verdade 
E em seus braços adormecer. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

No tempo que não temos

Na correria do mundo moderno, sem cessar, 
No tempo que nos foge, a nos escapar, 
Na pressa do dia a dia, sem perceber, 
Perdemos momentos, sem poder reviver. 
 
Os minutos escorrem como areia entre os dedos, 
Enquanto buscamos o que não temos, com medos, 
De que o relógio avance, implacável, sem parar, 
E deixe nossos sonhos para trás, a se evaporar. 
 
Mas o tempo não espera, não tem compaixão, 
Ele corre implacável, sem fazer concessão, 
É preciso desacelerar, aprender a apreciar, 
Cada segundo que nos resta, sem desperdiçar. 
 
No mundo moderno, na correria insana, 
É fundamental encontrar paz na semana, 
Reservar momentos para o que é essencial, 
Para que a vida tenha um sentido especial. 
 
Assim, na correria, no tempo que não temos, 
Podemos encontrar a calma que queremos, 
E viver cada instante com intensidade, 
Na busca da verdadeira felicidade. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Quebrei a taça da amargura

Quebrei a taça da amargura, num gesto de redenção, 
Derramei suas lágrimas no chão, a minha decisão. 
Das dores passadas, me libertei, rompi a corrente, 
Agora, ergo-me em busca da alegria, plena e reluzente. 

No cristal que se desfez, havia anos de tormento, 
Mas no momento da quebra, achei meu renascimento. 
Os cacos cortaram, sim, a pele do meu ser, 
Mas cicatrizes contam histórias, e eu renasço a aprender. 

Em cada fragmento, vejo reflexos de esperança, 
No quebrar da taça, encontro uma nova dança. 
A amargura, enfim, se desfaz em poeiras do passado, 
Deixo-a para trás, como um sonho desbotado. 

Agora ergo a taça da alegria, brindo ao novo dia, 
Às cores da vida, à melodia que nos guia. 
Que a doçura da jornada me preencha o coração, 
E que a taça quebrada seja a minha libertação. 

Que o sabor da paz e da felicidade eu possa provar, 
Enquanto deixo a amargura para trás, a desintegrar. 
Que a vida, como vinho bom, me faça embriagar, 
Na taça da renovação, eu quero brindar! 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Deixe o grande mundo girar

 Deixe o grande mundo girar sem pressa, 
Em seu compasso vasto e sem fim, 
Pois na dança celeste, a natureza 
Revela um espetáculo sem igual assim. 
 
Os astros dançam pelo céu profundo, 
Em órbitas que seguem seu trajeto, 
E a Terra, nesse ballet do mundo, 
Segue seu próprio curso, sempre completo. 
 
A vida segue em frente, como um rio, 
Em constante movimento e mudança, 
E nós, no meio desse desafio, 
 
Devemos encontrar nossa esperança. 
Deixe o mundo girar, siga seu caminho, 
Pois o universo é um gigantesco ninho. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Inspiração

Aprendi a amar o seu olhar com devoção, 
Nele encontrei abrigo, paz e inspiração, 
É nele que descubro a minha canção, 
A melodia do amor, a mais pura emoção. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Nas estrelas do seu olhar

No brilho suave do seu olhar encontrei, 
Um mundo de encantos que me cativou, 
Nas curvas das retinas, me perdi, sonhei, 
E nesse doce enigma, 
Meu coração descansou. 

No início, hesitante, 
Meu olhar desviava, 
Mas a luz dos seus olhos, 
Insistente, me chamava, 
E a cada vez que os fitava, 
Mais me apaixonava, 
Na dança dos sentimentos, 
Meu amor se revelava. 

Nas estrelas do seu olhar, 
Meu céu tornou-se infinito, 
Aprendi a amar, e nele encontrei meu riso, 
Com você e no seu olhar, 
Meu coração passou a acreditar, 
Que o amor verdadeiro é um fogo bendito. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 26 de setembro de 2023

Como um fogo a arder

 Num mundo onde o calor sufoca a alma, 
A culpa recai sobre a mão que desmata, 
Seres humanos, em busca de riqueza vã, 
Deixam a Terra nua, em dor profana, não sã. 
 
A onda de calor, como um fogo a arder, 
Devora tudo, sem nada deter, 
As árvores tombam, os rios secam e empalidece, 
E a natureza, em gemidos, tristemente padece. 
 
É a ganância que nos cega, sem noção, 
A busca desenfreada causa destruição, 
Mas esquecemos que a Terra é nossa casa, 
E sem seu equilíbrio, a vida se embaraça. 
 
Uma onda de calor, impiedosa e cruel, 
Nos lembra que a natureza é fiel, 
Aos seus princípios e leis sagradas nos corações, 
E que somos parte dela, não senhores, mas guardiões. 
 
Então, despertemos para a realidade, 
Da nossa premente responsabilidade, 
Em proteger e cuidar deste planeta que aquece, 
Pois a onda de calor, destrutiva, não se esquece. 
 
Com ações sábias, podemos reverter, 
O dano causado, o mal que fizemos sofrer, 
A onda de calor pode dar lugar, 
A um mundo mais verde, um futuro a abraçar. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Onda de calor

 
Sob o sol abrasador, a terra estremece, 
Uma onda de calor, sufocante, se estabelece, 
A culpa recai sobre nós, seres humanos errantes, 
Pelo desmatamento, nossos atos desafiantes. 
 
No horizonte, árvores caídas, florestas perdidas, 
Um ecossistema agoniza, na luta contra a vida, 
Nossa ganância desenfreada, a natureza a pagar o preço, 
No calor sufocante, ela sofre, num eterno tropeço. 
 
O verde exuberante, agora cinzas e desolado, 
Onde a vida prosperava, agora silêncio entristecido, 
Com machados e fogo, fizemos esse estrago, 
A onda de calor nos lembra de nosso pecado. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Nos meus sonhos estou a te amar

Sinto um amor que domina minha vida 
Que extrapola meus desejos 
Sinto o aroma de seus beijos 
Que a torna para mim tão querida. 

Transformo minhas noites em sonhos 
Dos quais procuro não acordar 
Porque neles estou sempre a te amar 
E meus olhos não são tristonhos. 

Seus olhos tão misteriosos e singelos 
Invadem minha triste solidão 
Traz alento ao meu frágil coração 
E a ele oferece momentos belos. 

Tens um sorriso encantador 
Que mostra-me quão próximo estou do paraíso 
Pois, neste belo sorriso 
Esqueço minha própria dor. 

Amo-te de forma sublime 
Pela mágica que tranquiliza minha alma 
Por dar-me a preciosa calma 
Que meu coração tanto exprime. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Ao ver você sorrir

Eu vi você sorrir 
Não queria ter visto 
Não era o que eu desejava naquele momento 
Mas aconteceu 
Eu vi o seu sorriso 
Lindo, meigo e sedutor 
E, ao ver você sorrir 
O meu coração foi arrebatado 
Foi jogado ao chão 
Preenchido de emoção 
E eu amei 
Eu sonhei com esse sorriso 
Com a beleza que estava no seu olhar 
E eu nunca mais serei o mesmo 
Tenho certeza 
Porque o seu olhar 
Mudou a minha vida 
O meu modo de pensar 
E você ocupou o meu pensamento 
Ao ver você sorrir 
Eu pude entender 
Que o amor pode acontecer 
Quando menos esperamos. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 23 de setembro de 2023

Todo esse amor que sinto agora

A distância não consegue 
Apagar do meu pensamento 
Sua imagem tão singela. 
Sinto a brisa da noite tocar meu rosto 
E imagino você perto de mim. 
Como gostaria de poder te abraçar nesse instante 
E apertá-la em meus braços com ternura 
Para que você nunca mais se afaste de mim. 
Sou navegante de um mar 
Onde você é o meu porto desejado. 
Busco por você nas estrelas 
Que iluminam minha embarcação. 
Digo isso de coração 
Porque a cada manhã 
Sinto o frescor de uma esperança 
Que me diz para esperar pelo seu amor. 
Não sei se consigo, 
Mas gostaria muito de entregar a você 
Todo esse amor que sinto agora. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Revolução Industrial

A marca última do poder 
Pode ser a sua invisibilidade 
Ou qualquer outra coisa 
Quem poderá explicar? 
O que é história 
Importa menos do que como a História funciona. 
A Revolução Industrial transformou o mundo 
A intensificação da produção 
Provocou um aumento em grande escala 
E velocidade até então inédita. 
E o resultado de tudo isso? 
Desastrosos impactos ambientais globais 
Que ameaçam todas as vidas no planeta. 
O mundo agora é como um carrossel 
Girando em uma velocidade crescente 
Cada vez mais rápido. 
Até quando? 
Será que algum dia chegaremos em algum lugar? 
Seja jovem e se cale 
É que bradam por ai 
Aceite as proibições impostas 
Pelos poderes instituídos 
Ou será que a rebeldia juvenil seja útil? 
É preciso pensar 
Se quisermos romper com essas imposições. 
Em algum lugar 
No limite da consciência 
O que mais pode existir? 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

A vida e as lembranças

Lembranças são pedaços do que já fomos, 
Marcas da jornada que percorremos com calma. 
Na vida, são estrelas que brilham em nós, 
Que permanecem sempre no pensamento 
No céu da memória, como joias de alma. 

 A vida é um rio que flui sem parar, 
E as lembranças são pedras nesse leito a rolar. 
Elas contam a história do que já vivemos, 
Os risos, os sonhos, os momentos que tivemos 
Muitos dos quais não iremos esquecer. 

Às vezes, são doces como o mel no paladar, 
Outras, amargas como lágrimas a escorrer. 
Mas todas são parte do que somos agora, 
Lembranças entrelaçadas com a vida a florescer 
E que nos faz lembrar do que aprendemos um dia. 

Então, abrace o presente, mas não esqueça o passado, 
Pois são as lembranças que nos têm moldado. 
A vida é a vida, com suas cores e sentidos, 
E as lembranças são pérolas em nossos corações 
Que sempre despertarão nossas emoções. 

Nas lembranças encontramos o que já se foi, 
Mas na vida, buscamos o que ainda virá. 
Assim, vivamos intensamente cada momento, 
Pois lembranças são lembranças, 
 E a vida é a vida, que sempre assim será. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Refúgio sem sombras

Em um lugar onde o eco do passado some, 
Não se sente um fantasma de si mesmo, 
Onde a alma encontra o seu verdadeiro nome, 
E o espelho reflete um ser sem desespero. 

Entre as sombras do tempo, a luz floresce, 
Nesse refúgio onde a mente se liberta, 
Onde o peso das lembranças desaparece, 
E a vida ressurge, leve e bem aberta. 

Nesse rincão onde o coração se aquieta, 
Onde as dúvidas se tornam brisas suaves, 
Caminha-se sem medo, a alma se completa, 
No lugar onde o passado já não cabe. 

Onde o presente é a tela em branco do destino, 
E o futuro é uma página a ser escrita em prece, 
Lá, o ser encontra seu verdadeiro hino, 
E o fantasma do passado, enfim, desaparece. 

Nesse lugar de paz, onde a alma se encontra, 
Onde a vida recomeça, radiante e bela, 
Não há espaço para sombras que assombram, 
Apenas a luz do presente, eterna e singela. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Silêncio. Um silêncio feliz

No silêncio sereno, a paz repousa, 
Um manto de calma, 
Em quietude alçada, 
Nas asas do vento, a vida se embala, 
E a alma 
Se enche de alegria abençoada. 
É um silêncio feliz que aqui habita, 
Onde os suspiros da vida 
Brevemente se acalmam, 
Nenhum ruído intruso, 
Nenhum tumulto, 
Apenas o som dos sonhos 
Que se entrelaçam. 

Neste silêncio, 
Os corações se entendem, 
As palavras não ditas 
São compreendidas, 
E os olhares trocam segredos profundos, 
Numa linguagem 
Que só os corações conhecem. 
É o silêncio feliz que nos envolve, 
Num abraço suave de serenidade, 
Onde encontramos 
A paz que tanto buscamos, 
No eco suave 
Da nossa própria verdade. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Liberdade

Na vastidão do céu, a liberdade dança, 
Como um pássaro que voa, e bem alto alcança. 
Ela é o sopro do vento, a onda do mar, 
A chama que queima, a estrela a brilhar. 

Liberdade, ó doce e preciosa dádiva, 
Que nos dá o poder de sermos quem quisermos ser, 
De sonhar, de lutar, de não ficarmos à deriva, 
Sem amarras, sem grilhões, apenas viver. 

Nos campos verdejantes, corremos livres e contentes, 
Nos mares profundos, navegamos com calma. 
Nenhum jugo nos prende, nenhuma corrente nos prende, 
Pois a liberdade é o tesouro que nossa alma exalta. 

Mas com grande poder vem grande responsabilidade, 
Pois a liberdade deve ser usada com sabedoria, 
Para não ferir, oprimir ou causar desigualdade, 
Mas sim para construir um mundo de harmonia. 

Que a liberdade seja o farol que nos guia, 
Para construir um mundo mais justo e igual, 
Onde todos possam sonhar e livremente voar, 
Na doce melodia da liberdade universal. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

O encanto que tens no olhar

Seus olhos tiraram minha paz 
Eu não consigo pensar direito 
Depois de ver tamanha beleza 
Estampada em seu lindo sorriso 
Que provocou em mim esse desejo. 

Você é tão linda 
Que não consigo traduzir em palavras 
O encanto que tens no olhar 
É magnífico como uma noite de luar 
Tão singelo como um jardim em flor. 

O seu jeito meigo de sorrir 
Encanta os olhos meus 
E eu só sei em você pensar 
Desde que vi a beleza no seu olhar 
Que mostrou-me uma razão para o amor. 

Em meu coração só dá você 
Em todos os espaços do meu pensamento 
Seu encanto domina o meu sentimento 
E eu só sei pensar em você 
E nesse amor vou acreditar. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 19 de setembro de 2023

Amor perdido no abismo do passado

Em frente ao espelho, um olhar profundo e vazio, 
Reflete um coração em desalento, 
Saudade de um amor que foi perdido, 
Ou simplesmente esquecido 
No tempo, como um sonho em movimento. 

Naquelas linhas traçadas pelo tempo, 
Na face que já não é o que um dia existiu, 
A memória se agarra a um sentimento, 
Fica preso no pensamento 
Aquele amor que o tempo não desfaz, que sumiu. 

No espelho, a sombra daquela história, 
Resplandece em olhos marejados, tristonhos, 
Lembranças que resistem à memória, 
De um tempo que levava a glória 
Desbotam como folhas que caem no outono, desfaz os sonhos. 

Oh, amor perdido no abismo do passado, 
Que habita esse olhar melancólico e sereno, 
Teu eco ressoa eternamente, encantado, 
De forma sútil tão desesperado 
Na alma que se espelha, no amor que foi ameno. 

Que o tempo possa aliviar essa saudade, 
E que o espelho revele novos caminhos, 
Mas jamais apague a doce melodia, 
Que a saudade faz virar poesia 
Daquele amor que vive aconchegado em carinhos. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

São tantos segredos

São tantos segredos guardados no coração 
Tantos desejos de estar com você 
Que meus sonhos já se tornaram meus companheiros 
E estão sempre comigo. 
Imagino você nos meus pensamentos 
Que você já não pode mais ir embora 
Sua presença é tão real 
Que, se apalpar no escuro, posso tocar em você. 
Os meus olhos estão abertos 
E buscam o seu olhar na madrugada 
E suas mãos acariciam o meu sonho 
De abraçar o seu corpo macio. 
Não se pode esconder esse amor 
Que já não é segredo 
Pois, um amor tão grande assim, 
Não cabe nesse pequeno coração. 
São tantos segredos escondidos 
Que não se pode esconder 
Pois o amor verdadeiro 
Deve ser livre como os pássaros 
E voar os espaços infinitos. 
O vento leva até você nesse instante 
O sentimento do meu coração, 
Um amor tão gostoso de sentir 
E um sonho gostoso de sonhar. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Sem obstáculos

Eu quero você 
E como quero 
Assim 
Sem nada que impeça o nosso amor 
Sem obstáculos 
Sem pudor 
Eu apenas quero você 
O seu amor 
O seu carinho 
A sua nudez 
Sensual 
A sufocar o meu desejo 
Quero você comigo 
No sol 
Na chuva 
Não importa 
No anoitecer 
Até o amanhecer 
E vamos fazer amor 
O amor acontecer 
Seja minha 
Serei seu 
Por momentos eternizados 
Nas labaredas da paixão. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Fim do mundo

Fazer de contas não adianta nada 
Não se pode esconder as montanhas do sol 
O que tem que acontecer 
Mais cedo ou mais tarde irá ser feito 
O tempo não para 
A vida não espera 
E as escolhas devem ser feitas. 

Por que muitas pessoas sofrem? 
Por que não se permitem viver? 
Eu fico aqui fazendo essas perguntas 
Quando ninguém mais parece se importar 
E no espelho não se vê ninguém 
Apenas vultos vazios em sepulcros vazios 
E lá fora alguém grita palavras de ordens 
Dizendo que já é o fim do mundo. 

Quem foi que estabeleceu essa data? 
Quem tem certeza do que irá acontecer amanhã? 
O silêncio não pode ser interpretado a revelia 
O tempo não pode ser impedido de continuar 
A jornada deve ser feita com coragem 
E os olhos abertos para a realidade 
Porque não sabemos quase nada 
Porque somos ignorantes. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 17 de setembro de 2023

As armadilhas das bebidas

O copo reluzente, tentação à vista, 
As bebidas seduzem, promessas infinitas, 
Mas cuidado, amigo, com esse caminho incerto, 
Pois nas armadilhas do álcool, há perigo certo. 

O líquido dourado, enganador e doce, 
Embriaga nossos sentidos, como um doce açoite, 
Mas por trás da ilusão, há um veneno oculto, 
Que nos arrasta para o abismo, e causa tumulto. 

No primeiro gole, a timidez desaparece, 
E a confiança cresce, a alegria aparece, 
Mas, subitamente, o controle se vai, 
E as escolhas sensatas, a razão desmaia. 

A armadilha está posta, na mente e na sobriedade, 
Os sentidos embriagados, juízo fora da realidade, 
Risadas se transformam em lágrimas amargas, 
E o que era diversão, vira noite de amarguras. 

As amizades se rompem, o lar desmorona, 
E as consequências graves, qual força que entona, 
A saúde padece, a mente se obscurece, 
E o ciclo maldito, a esperança fenece. 

Não é um sermão, mas um alerta sincero do poeta, 
Para evitar as armadilhas que o álcool injeta, 
Desfrute a vida com moderação e clareza, 
E não caia nas garras das bebidas com destreza. 

Pois na sobriedade, há paz e harmonia, 
Nas armadilhas do álcool, só agonia, 
Escolha o caminho da vida lúcida e sã, 
E nas asas da sobriedade, voe pela manhã. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Sentimento inquieto

A noite é escura, o coração está inquieto, 
Sente-se preso num profundo dilema, 
Um sentimento ardente, perigoso, incerto, 
De desejos e anseios que a alma queima. 

A mente inquieta, pensamentos dispersos, 
No labirinto dos sonhos a vagar, 
O coração acelera, escreve em versos, 
E o amor, um fogo que não para de queimar. 

É um mistério este sentimento inquieto, 
Que nos faz sorrir, chorar e sonhar, 
Nos leva a caminhar pelo caminho incerto. 

E se não se sabe onde iremos nos encontrar, 
É na inquietude que o amor está certo, 
Porque é só assim para não deixar de amar. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 16 de setembro de 2023

No jardim do coração

A vida nos separou, 
Seguimos em direções diversas, 
Caminhos que antes se cruzavam, 
Agora se afastam, 
Mas guardo ainda em meu peito 
A chama acesa, 
Do amor que não deu certo, 
Mas que jamais se esquece. 

No jardim do coração, 
Um amor floresceu, 
Mas como a rosa 
Que desabrocha e fenece, 
Nossa paixão não resistiu, 
Desapareceu, 
Deixando cicatrizes 
Na alma agora vazia. 

E dessa forma, 
No silêncio das noites solitárias, 
Relembro com carinho 
O momento que um dia se foi, 
Um amor intenso, 
Cheio de ilusões primárias, 
Que não deu certo, 
 Mas que em meu coração ainda sinto. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense