A alma do Poeta é um oceano

Na vastidão da alma, o poeta ascende, 

Um ser sublime em versos a dançar, 

Em cada verso, um mundo se desvenda, 

A musa o guia no caminho a trilhar. 

 

Com olhos brilhantes, vê além do véu, 

Revela aos homens os segredos mil, 

Em cada sílaba, o fogo do céu, 

Ardente inspiração, divino anil. 

 

A alma do poeta é um oceano, 

Onde naufragam mágoas e lamentos, 

E surgem versos em suave arcano, 

Poesia em chamas, em doces momentos. 

 

Num mundo em que a dor e a tristeza reinam, 

Surge a sublime alma do poeta inspirado, 

Em seu peito, sentimentos se entrelaçam, 

E das palavras, versos são criados. 

 

Em cada verso, um pedaço de seu ser, 

Transcendendo a dor que o mundo quer forçar, 

Com palavras doces, faz o coração doer, 

E nos faz ver o que a vida nos impede enxergar. 

 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

A sublime alma do Poeta

O poeta tem uma alma sublime, 

Alma que o impossível quer sonhar; 

Como um pássaro alado 

As mais altas nuvens voar.

 

Alcançar o infinito 

Onde está o seu olhar; 

No único lugar confiável 

Onde possas me amar.

 

O poeta é sonhador 

E a poesia a cantar; 

Mostra o mundo de outra forma 

A melhor que se possa imaginar.

 

E este é o sonho mais bonito 

Que a alma pode anelar; 

Deixar livre a imaginação 

E nas estrelas descansar. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

O tempo é nosso bem mais valioso

No tic-tac sutil que o relógio entoa, 

Desliza a vida, o tempo a escoar, 

Um tesouro precioso, à mão a toa, 

Que urge valorizar e acalentar. 

 O tempo é nosso bem mais valioso, 

É dádiva que não volta, é presente, 

Na jornada que segue, prestigioso, 

É a chave da existência, uma semente. 

 Nas asas da aurora, ele se desvela, 

E voa ligeiro, céleres as horas, 

E, se o desperdiçamos, é sem tê-la, 

A chance de escrever nossas histórias. 

 Na eterna dança dos astros celestes, 

No tempo, encontramos a semente, 

Que planta os sonhos mais manifestos, 

E nos faz colher frutos, saborosos, contentes. 

 Valorizar o tempo é como uma arte, 

Saber usá-lo bem, sem desperdícios, 

Em cada segundo, um novo início, 

Um passo rumo ao sonho mais abstrato. 

 Que o tempo seja um farol, a guiar, 

Com sensatez, os dias do viver, 

E, ao olhar para trás, ao repassar, 

Se encontre um coração em paz, a crer. 

 Assim, em cada alvorada nascente, 

Saibamos bem o tempo aproveitar, 

E a cada entardecer, gratamente, 

Valorizar o dom de amar, de criar. 

 Pois é no pulsar do tempo, efêmero, 

Que traçamos nosso legado externo, 

E, na preciosidade do instante extremo, 

A vida ganha sentido, faz-se eterno. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Amor ao saber

Na busca ardente pela luz divina, 

Ergue-se a alma em voo transcendente, 

A consolação da filosofia fascina, 

No encontro do saber, alma valente. 

 No seio do universo, vasto e profundo, 

A mente sedenta anseia compreender, 

Emerge a magia do saber fecundo, 

O amor à sabedoria, o viver. 

 Entre as estrelas que bordam o céu, 

A filosofia encontra seu lugar, 

Desvenda mistérios, como um véu, 

E revela ao homem o seu caminhar. 

 Ela acalenta as dores da existência, 

Com razão e fé, em doce harmonia, 

Dá esperança, sentido e essência, 

Na consolação da alma, filosofia. 

 No seio desse amor pelo saber, 

Desperta-se a essência mais profunda, 

Na dança do conhecimento a florescer, 

A alma se encontra, serena e fecunda. 

 Oh, magia do saber, sublime encanto, 

Em cada mente, teu poder se enlaça, 

Desvendando o mundo, o céu e o manto, 

Com a luz da filosofia que abraça. 

 Assim, caminham juntos, amor e saber, 

Unidos na busca do eterno pensamento, 

Na consolação da filosofia a crescer, 

O coração sábio, cheio de sentimento. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

O céu nem sempre é azul

Há dias em que as lágrimas teimam 

Em rolar dos nossos olhos. 

Uma tristeza toma conta do coração 

E nos faz lembrar os olhos meigos 

Que já não conseguimos ver. 

O céu nem sempre é azul 

Nuvens tenebrosas 

Carregadas pelo vento 

Tiram a magia do viver 

E deixam transparecer a nossa dor. 

Tenho medo de caminhar sozinho 

Mesmo sabendo que é isso que devo fazer. 

Não há esperança 

De ver o seu sorriso no amanhecer 

E seus olhos já não brilham como antes. 

Carrego as marcas deste amor 

Que não aconteceu. 

E os sonhos tão bonitos 

Que o tempo para longe levou 

Não mais existem no pensamento. 

Sigo caminhando sem destino 

Na esperança de encontrar 

Além do horizonte 

A meiguice do seu olhar. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Anseio de ter de volta o que se foi

Na despedida que dilacera a alma, 

Senti o amargo sabor da separação, 

A saudade se instala e acalma, 

Mas traz à tona a dor da solidão. 

No adeus, a promessa de um retorno, 

Mas incerto é o tempo que nos separa, 

A lembrança invade, causa tormento, 

E a saudade, cruel, se multiplica e dispara. 

 

Nas noites insones, a mente vagueia, 

Em busca do toque, do calor, do abraço, 

Revivo os momentos de alegria e sintonia, 

E anseio pelo tempo que foi escasso. 

É a saudade que arde, que pulsa no peito, 

Lembranças vivas de um passado recente, 

A ânsia de ter de volta aquele afeto, 

Que me envolvia e me fazia contente. 

 

Desejo que o tempo se mova sem pressa, 

Que a espera seja breve, leve e doce, 

Para que eu reencontre essa pessoa que me é tão confessa, 

E que a saudade transforme em reencontro precoce. 

Ah, como anseio ter de volta o que se foi, 

O sorriso, o olhar, o calor do abraço, 

Preencher o vazio que a partida deixou, 

E voltar a sermos cúmplices nesse espaço. 

 

Que a vida, bondosa, nos traga o reencontro, 

E que a saudade, enfim, se transforme em paz, 

Pois é na união do amor e do tempo, eu aposto, 

Que a felicidade novamente se refaz. 

Até lá, aguardo ansioso e com esperança, 

Aquele momento em que estaremos envoltos em amor, 

E a saudade se dissipará de uma vez, 

Restando apenas a alegria de sentir esse fervor. 

 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

És fonte de encanto

Em um olhar singelo, terno e despretensioso, 

Repousa a beleza que a alma ilumina, 

Meiguice em forma de brilho divino, 

Qual estrela que cintila no céu luminoso. 

 

Nesse olhar, o universo encontra abrigo, 

Refúgio de paz e carinho sincero, 

Como a brisa suave em um dia de janeiro, 

Que afaga suavemente o mundo amigo. 

 

És fonte de encanto, oh, olhar sereno, 

Onde repousa a doçura de um sentimento, 

Despertas a esperança e o contentamento. 

 

Em teus traços, a pureza de um ser ameno, 

Revelas segredos com gesto tão sereno, 

Beleza que se encontra em cada momento. 

 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Olhar cativante

Na essência do olhar, a beleza reside, 

Reflexo do fulgor que o coração abriga, 

Tão doce é sua chama, que flui e decide, 

Emaranhando paixão, qual dança antiga. 

 Nesse olhar cativante, um enigma se esconde, 

Paixão nascente que teima em resistir, 

Como a brisa que sopra e logo se esconde, 

Um sentimento oculto, difícil de exprimir. 

 Tal qual o sol brilhante no céu a cintilar, 

Essa paixão irrompe com força e fulgor, 

Mas no peito, o temor começa a brotar, 

 E a razão confronta esse ardor. 

Ó beleza no olhar, paixão a desafiar, 

Que o tempo revele a coragem do amor. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Despeço-me de seus olhos

Hoje venho me despedir 

Despedir-me de seus olhos 

Negros e sedutores. 

Hoje descobri que não posso ficar 

Preso aos sonhos. 

Prometi coisas que não cumpri 

E me arrependo de palavras 

Que falei na emoção do sentimento. 

Sonhei alto. 

Tão alto que cai em mim mesmo 

E vi que era impossível. 

Errei querendo acertar 

E a vida escapou-me 

De minhas mãos. 

Despeço-me de seus olhos 

Com a sensação 

De que eles sempre 

Irão me acompanhar. 

 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Que a felicidade te abrace eternamente

No suave brilho da aurora nasceste, 

Uma estrela rara, do amor a semente. 

E desde então, minha vida floresceu, 

Pois, no teu olhar, encontrei o que é meu. 

 E hoje, celebro-te, meu doce encanto, 

Com um poema que revela o meu pranto, 

De gratidão, por seres quem és, meu bem, 

A razão, a inspiração do meu viver também. 

 Em cada passo dado ao longo do tempo, 

A sua mão segurei, partilhando o alento. 

Teus sorrisos são gotas de alegria, 

E nos teus braços, sinto a paz que me guia. 

 És a melodia que embala meu ser, 

O sonho mais belo que pude escolher. 

Cada traço do teu ser é perfeição, 

Um presente divino, dádiva em canção. 

 No teu aniversário, meu coração canta, 

Pois é contigo que a vida se encanta. 

Agradeço ao destino por nos unir, 

E nesta data especial, quero te ver sorrir. 

 Que a felicidade te abrace eternamente, 

E que sigamos juntos, firmes, pra frente. 

Pois, ao teu lado, tudo é mais colorido, 

E em cada novo dia, o amor é redefinido. 

 Feliz aniversário, amor da minha vida, 

A ti, dedico toda essa poesia querida. 

Que sejas sempre abençoada com muito amor, 

E saibas que és meu sol, minha luz, meu calor. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense 

Dedicado: à Cleonice Godoi, pelo seu aniversário!

Nesse bailar divino

No olhar, magia que encanta o sentimento, 

Reflete um universo de emoção, 

O brilho intenso, fonte do meu pensamento, 

Cativando o meu terno coração. 

Doce encanto que o sorriso traz consigo, 

Luz que ilumina toda a escuridão, 

Desperta a alma, faz do peito abrigo, 

Transforma cada instante em uma canção. 

No céu dos olhos, a beleza das estrelas, 

E o sorriso, suave como as sedas, 

Tecendo sonhos com dedicação. 

Nesse bailar divino, a vida dança, 

No olhar e sorriso, esperança alcança, 

Em laços de amor e pura gratidão. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Uma vida longa

No palco da vida, o tempo longo trama, 

Em suas teias, trilhas por seguir, 

Para que o ser alcance a própria chama, 

E grandes coisas possam construir. 

 A jornada, sim, é longa e intrincada, 

Mas repleta de chances a abraçar, 

O destino, com suas luzes acesas, 

Espera-nos, pronto a nos desafiar. 

 Com cada passo dado na estrada imensa, 

O sonho se revela à alma audaz, 

Persistência é chave, força intensa, 

Não temas, pois o tempo é aliado, 

A vida, em sua dança, voa e traz, 

Grandes feitos serão concretizados. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Por do sol cacerense

Ao rubro sol, derrama-te no horizonte, 

Teu derradeiro adeus, sublime esplendor, 

Numa dança etérea, feito um doce acorde, 

Teu ocaso é poesia, pura beleza de cor. 

Teus raios dourados, qual fios de ouro, 

Refletem-se no Rio Paraguai, num brilho sereno, 

O céu se tingindo, num divino tesouro, 

És o pintor etéreo deste belo cenário ameno. 

Em tons alaranjados, o céu se veste, 

Adeus ao dia, a noite se aproxima devagar, 

As sombras crescem, o sol desaparece, 

E no meu coração está a magia do sonhar. 

E a lua, a reinar, se mostra reluzente, 

Oh, por do sol! Dos poetas, és a inspiração, 

Tu és um eterno soneto na natureza radiante, 

Que permanece para sempre em nosso coração. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Imagem: Odair José, Poeta Cacerense

Paixão em um olhar

Num simples olhar, a paixão se revela, 

No encontro mágico de dois destinos, 

E nasce um fogo que jamais vacila, 

Em chamas vivas, raios cristalinos. 

No brilho intenso desse olhar profundo, 

Reflete a alma, o coração exposto, 

Um universo inteiro nesse mundo, 

E todo o tempo parece ser pouco. 

É nesse olhar que encontro o meu abrigo, 

A paz, o desejo, o sonho que enlouquece, 

E nele vejo o amor, que é meu grande amigo, 

Ah, doce olhar, que a vida aqui acontece, 

Que arrepia a pele e faz bater o peito, 

Paixão em um olhar, amor perfeito. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Nessa longa estrada da vida

Na longa estrada da vida, o destino se revela, 

Um caminho cheio de desafios, uma jornada tão bela. 

O coração anseia ser campeão, almeja a vitória, 

Desbravando obstáculos, buscando a glória. 

A estrada é árdua, tortuosa e extensa, 

Mas o sonho nos impulsiona, nos dá crença. 

A cada passo dado, a esperança se renova, 

Acreditando no nosso potencial, na força que nos move. 

A meta é clara: chegar em primeiro lugar, 

Ser o protagonista dessa história, brilhar. 

Com garra e esperança, enfrentamos as tempestades, 

Transformamos fraquezas em oportunidades. 

Nas subidas trilhadas, não desanimamos, 

Cada derrota é um aprendizado onde vamos avançando. 

O cansaço bate forte, mas não nos detemos, 

Seguimos em frente, pois sabemos o que queremos. 

Os adversários surgem, com fome de conquista, 

Mas nossa chama interna é mais forte, jamais desista. 

Acreditamos em nossa capacidade de superação, 

Com resiliência e coragem, vamos em busca da consagração. 

Os dias se transformam em meses, em anos, 

E do sonho de ser campeão jamais desistamos. 

A cada saciar, nos tornamos mais fortes, 

Caminhamos com fé, alimentando nossas sortes. 

E quando o grande dia enfim chegar, 

As lágrimas de alegria vão nos inundar. 

A vitória será doce, a recompensa merecida, 

Pois trilhamos com paixão essa longa estrada da vida. 

Que esse sonho inspire e motive o seu coração, 

Acredite em si mesmo, siga em frente sem hesitação. 

Não importa os obstáculos, você pode alcançar o seu lugar, 

Na longa estrada da vida, ser um verdadeiro campeão a brilhar. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense 

 Obs. Inspirado na música "Estrada da vida" de Milionário e José Rico

Tempo implacável

Num caminho sem volta, perdido eu andava, 

Um amor impossível, meu peito abraçava. 

Era uma paixão irresistível, avassaladora, 

Que me envolvia e me levava embora. 

 

Nosso encontro foi um acaso do destino, 

Mas desde então, fui prisioneiro do amor divino. 

Seus olhos eram estrelas a me hipnotizar, 

Seu sorriso, um convite para sonhar. 

 

Mas a vida, cruel, traçou nosso destino, 

Separando-nos, como rios em desatino. 

Caminhos opostos, distantes demais, 

Era um abismo entre nós, e não mais. 

 

E assim, na tristeza dessa realidade, 

Vivi uma eterna saudade, sem piedade. 

Sabia que te amar era um fado amargo, 

Uma estrada sem volta, sem desafogo. 

 

Passei noites em claro, lembrando de nós, 

Sonhando acordado, buscando uma voz. 

Uma voz que dissesse que era possível, 

Que o amor venceria o impossível. 

 

Mas o tempo implacável não retrocede, 

E nosso amor ficou preso naquilo que se esquece. 

Um sentimento puro, porém condenado, 

Uma chama que ardeu, mas se apagou no passado. 

 

Hoje, sigo nesse caminho sem retorno, 

Carregando a tristeza como um adorno. 

Mas a paixão irresistível que vivemos, 

Permanecerá eterna, enquanto vivermos. 

 

E assim, mesmo que seja uma estrada sem volta, 

Guardarei nosso amor na alma, como uma revolta. 

E te amarei secretamente, em silêncio, 

No caminho sem volta, em meu coração imenso. 

 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Estamos em um caminho sem volta

Eu vi você caminhar em minha direção 

E vi você sorrir. 

Aquele sorriso tão singelo 

Revelou o amor no seu coração. 

Impossível não amar 

Sua forma tão bela 

E cativante de ser. 

Meu coração suspira por você 

E quer ver esse sorriso todos os dias. 

Estamos em um caminho sem volta 

Você diz com o coração; 

E quem disse que eu quero voltar 

Eu respondo com minha vontade 

De estar sempre com você. 

Em você encontrei a esperança 

De um amor pra vida toda 

Um sonho que há muito sonhei 

De encontrar o amor verdadeiro. 

Ao ver você caminhar em minha direção 

Eu entendi que tudo estava ali 

E eu quero com você viver esse amor 

Que encontrei em seus olhos. 

Estamos em um caminho sem volta 

Em direção ao amor eterno 

Que a felicidade possa nos acompanhar 

Na nossa jornada infinita. 

 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Há um sorriso em mim

Em meio aos desastres acontecendo no mundo 

As lamurias de alguns infelizes 

E lamentos de outros 

Há um sorriso em mim. 

Uma alegria que transborda no meu coração 

E transforma os meus dias. 

A paz que procurei durante muito tempo 

E não conseguia encontrar 

Hoje faz parte da minha vida 

E a sinto tomar conta do meu coração. 

Nada neste mundo pode satisfazer 

O vazio existencial que existe em nós. 

Apenas a paz do Criador 

Daquele que nos fez para a eternidade 

É capaz de preencher esse grande abismo. 

Caminhei como ébrio 

Cambaleante e sem direção 

Até encontrar Jesus Cristo 

Com seus braços abertos para mim. 

- Filho! Disse ele – entregue-me suas dores 

E te darei um fardo leve! 

Há um sorriso em mim 

Porque há uma paz em meu coração 

Um amor que transborda 

E ultrapassa todos os limites. 

Há um sorriso em mim 

Porque sei em quem tenho crido 

E posso caminhar em paz 

Sabendo que o Senhor cuida de mim 

Com amor eterno! 

 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

O valor da poesia

No reino encantado da poesia, 

Onde a imaginação voa livremente, 

Desperta-se uma força que nos guia, 

Nas asas dos versos, eternamente. 

 A poesia possui um valor imenso, 

Capaz de tocar, na alma, o mais profundo, 

Desvendar sentimentos, romper o bom senso, 

Erguer-se além das fronteiras do mundo. 

 A força da imaginação poética 

Desperta cores na tela em branco, 

Transcende a realidade restrita, 

E encontra um refúgio puro e franco. 

 Com palavras dançantes, a poesia flui, 

Abraçando corações, curando feridas, 

Inspirando sonhos, resgatando a paz, 

Através de suas rimas bem tecidas. 

 Oh, poder da poesia! Tão sublime, 

Que revela a beleza oculta no ar, 

Desvenda segredos, desperta toda espécime, 

E nos leva a lugares além do olhar. 

 Não há tesouro maior do que a poesia, 

Pois ela nos mostra a grandeza do ser, 

Liberta a mente, em versos nos guia, 

E nos faz enxergar além do que se vê. 

 Então, abrace a poesia com ardor, 

Deixe sua imaginação florescer, 

Descubra a magia desse universo de amor, 

E permita que a poesia faça você renascer. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Que seja apenas uma estação

Em um canto solitário da minha alma, 

A melancolia tece suas teias, 

Entrelaçando as lembranças de um amor perdido, 

Que se dissipou no mar das tristezas. 

 Meus olhos carregam como marcas, 

As lágrimas derramadas na escuridão, 

O coração, antes cheio de alegria, 

Agora se afoga na tristeza da solidão. 

 A cada suspiro, ecoa o eco da saudade, 

Dos momentos felizes que se desfizeram, 

Em silêncio, sussurro ao vento, 

Palavras de amor que o tempo corromperam. 

 Mas no abismo desse triste vazio, 

Uma chama tímida reluz, 

A esperança, ainda que sutil, 

Desperta em mim o anseio por um novo ponto de luz. 

 Um amor que floresce em novos jardins, 

Que traga cores aos dias acinzentados, 

Que cure as cicatrizes da alma machucada, 

E transforme a tristeza em sorrisos inesperados. 

 A tristeza das lembranças de um passado, 

A melancolia que invade o coração, 

São apenas trampolins para o futuro, 

Onde um novo amor encontrará sua razão. 

 Então, ergo-me das ruínas do amor perdido, 

Acredito na força que reside em mim, 

Com a certeza de que, em algum lugar, 

Um novo amor está destinado enfim. 

 Que a melancolia seja apenas uma estação, 

E que a tristeza se transforme em aprendizado, 

Pois, no horizonte da vida, brilha a esperança, 

De um novo amor ser encontrado. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

A rotina do tempo

Abriu a janela e sentiu a brisa no rosto 

Nuvens cobria o azul do céu 

Impedindo os raios de sol de aparecer 

Pássaros voavam alegremente pelas árvores 

E as borboletas no jardim 

O vento que tocava seu rosto 

Parecia dizer alguma coisa que desejava ouvir 

Porque um leve sorriso surgiu em seu rosto. 

O sentimento apertava o seu coração 

E a decisão era sempre muito difícil 

Os melhores momentos da sua vida 

Aconteceram ao lado dele 

E lembrava dos sorrisos, das brincadeiras 

Do amor sincero que outrora sentia 

Do carinho recíproco e da paixão ardente 

Ao lembrar de tudo isso a dor apertava 

O sorriso foi-se embora aos poucos 

E os pensamentos voavam como os pássaros lá fora. 

Depois veio a rotina do tempo 

As palavras vazias, às vezes mentirosas 

O distanciamento, o vazio existencial 

E tudo apontava para o fim não desejado 

Mas ninguém consegue lutar sozinho 

Quando o amor exige uma reciprocidade 

E a única coisa que vê é a desilusão do amor 

Um sentimento submerso em palavras vazias 

Uma busca por felicidade que estraçalha o coração. 

Sente a brisa de mais um dia que começa 

Respira fundo o ar da decisão 

Olha para o quarto onde ele ainda dorme 

Em meio as cobertas bagunçadas 

Sabe que quando os caminhos não estão em sintonia 

Não há muito o que se fazer 

Então arruma suas coisas e decide partir 

Fecha a porta atrás de si e vai embora 

Apenas o tempo poderá dizer se foi a decisão certa. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Segredos entrelaçados

 No véu da noite, segredos entrelaçados, 

Uma paixão proibida se faz revelar, 

Como estrelas ocultas a brilhar, 

Há um sentimento que ousa ser desafiado. 

 

Seu olhar, qual fogo a me incendiar, 

Um convite audaz, um chamado ousado, 

Perigo e desejo em mim entrelaçado, 

Uma tentação que não posso evitar. 

 

Na penumbra, o coração bate aflito de amor 

Entre a razão e a loucura, hesita, 

Mas no magnetismo de seu olhar sedutor, 

 

Devolvo o desejo, o olhar enfeitiçado, que nego 

Neste jogo ardente, em segredo persisto, 

Na paixão proibida, em seus braços me entrego. 

 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Embaraço

As palavras ficaram presas na garganta 

Não consegui falar 

Bem que eu queria revelar o sentimento 

Queria que você soubesse olhando em meus olhos 

Que o segredo do meu coração 

Não pode mais ficar escondido 

E eu ia dizer tudo que sinto 

Tudo que você me faz sentir 

Quando estou perto de você. 

Mas, não consegui dizer nada 

As palavras não saíram de minha boca 

Um som emudecido tomou conta de mim 

E você sorriu ao ver o meu embaraço 

Sabia que existia alguma coisa 

Que eu desejava alguma coisa 

Mas você não se importava com nada disso 

Apenas sorria com o meu embaraço. 

Despediu-se com aquele meigo sorriso 

O encanto no olhar se foi 

O seu perfume ficou no ar 

E você desapareceu na escuridão da noite 

Em meu coração ficou a sensação 

O desespero de uma alma que ama no silêncio 

O medo de não conseguir expressar o sentimento 

E nunca mais tê-la junto a mim. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense