domingo, 31 de dezembro de 2023

Um destino além da mediocridade

A mediocridade, uma fria sombra furtiva, 
Não é a estrela que deve guiar nossos passos. 
Caminhamos para além da névoa proibitiva, 
Rumo a horizontes onde o brilho são abraços. 

Na tessitura da vida, recusamos a trama padrão, 
Não devemos ser apenas fios tecidos na mesmice. 
A decepção, breve tropeço em nosso chão, 
Não define a história, não pode ser uma chatice. 

Somos arquitetos de sonhos grandiosos, 
Esculpindo destinos com mãos decididas. 
Na tapeçaria da vida, fios gloriosos, 
Entrelaçam-se em tramas não preteridas. 

O destino não é um capítulo de desencanto, 
Nem a mediocridade, a sentença final. 
Rompendo correntes, dançamos contra o pranto, 
Pois a grandeza é nosso destino triunfal. 

Olhamos para além das desilusões, 
Para um horizonte de possibilidades. 
A decepção pode ser uma curva no caminho, 
Mas não o fim das nossas capacidades. 

Que a decepção seja aprendizado, 
Uma lição escrita nas páginas do ser. 
Não somos reféns do insatisfatório, 
Mas herdeiros do poder de renascer. 

Erguemo-nos acima da mediocridade, 
Com a coragem que nasce da verdade. 
Somos feitos para voar alto e alcançar, 
Um destino que reflete nossa realidade. 

No palco da vida, escrevemos a narrativa, 
Onde a mediocridade não deve ter morada. 
Destino é epopeia, história ativa, 
Onde a decepção é apenas um espinho na jornada. 

Não aceitamos o destino comum, 
Pois somos feitos de sonhos e paixão. 
A mediocridade não será nossa herança, 
Pois devemos escrever nossa própria redenção. 

Na trama da vida, tecemos nossos dias, 
Com fios de esperança e determinação. 
A decepção pode ser uma página virada, 
Mas nosso destino é uma dádiva do coração. 

Que possamos erguer a bandeira da excelência, 
Rompendo as correntes da mediocridade. 
A decepção é apenas uma pedra no caminho, 
Nosso destino é grandioso e com liberdade. 

Erguemo-nos sempre com ousadia, 
Pelas veredas onde o medíocre não se entrelaça. 
Nosso destino deve ser uma linda sinfonia, 
Onde a mediocridade e a decepção não têm graça. 

Que a jornada nos leve a lugares altos, 
Onde a mediocridade não encontra abrigo. 
E que a decepção seja apenas uma lição, 
No vasto livro do nosso destino amigo. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 30 de dezembro de 2023

Reencontro

- Falei para você ir embora? 
- Não. 
- Então, Por que foi? 
- Não sei. 
- Pois é... 

Silêncio. 

- Por que quer voltar? 
- Não sei. 
- Poxa vida! Tem noção do que passei sem você? 
- Não. Mas, imagino... 
- Não. Não imagina. O sofrimento que tive é inimaginável. 

Silêncio. 

- Pretende ficar muito tempo? 
- Não sei. 
- O que sente por mim? 
- Não sei o que sinto, mas tenho arrependimento do que fiz, de ter ido embora - pausa - quero que me perdoe. Que me aceite de volta. Quero viver o resto da minha vida ao seu lado e ser feliz. 

Lágrimas... 

Silêncio. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Nas páginas que leio

Palavras são faróis em noite escura, 
Guiando-me pelos mares do saber, 
Cada página uma jornada cheia de emoção, 
Onde o amor pela leitura faz renascer. 

Na biblioteca da mente, um tesouro, 
Conhecimento é chama que não se apaga, 
Em cada livro, um universo escondido, 
E a sede de aprender, que não se embarga. 

No papel, as letras dançam como musas, 
Cada palavra é uma nota em um soneto, 
O saber, o amor que a mente desenvolve, 
Surge numa dança etérea, num raro dueto. 

Nas páginas que leio, viajo por vastos universos, 
Exploro mundos, descubro tantos segredos, 
O coração se enche de mil aventuras, 
Enquanto o pensamento espanta todos os medos. 

No deleite das letras que se põe a surgir, 
O amor pelo saber nunca irá findar. 
No amor pela leitura sempre encontramos, 
Um refúgio eterno, um horizonte a imaginar. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Uma dose de caos

É fácil perder a esperança 
Quando não conseguimos ver todas as coisas 
Quando a nossa visão é limitada 
E só vemos alguns fragmentos da realidade 
Uma dose de caos 
Perambula diante de nossos olhos 
Um mundo em eterno conflitos políticos 
Ódio religioso e desigualdade 
Intolerância com o próximo 
E desprezo as leis que tentam reger a sociedade 
E nos perguntamos até quando 
Até quando haverá tanta dor e miséria 
Porque o ser humano age dessa forma? 
Não há uma resposta fácil 
Parece não haver nenhuma solução 
E o mundo caminha para o seu destino final 
Rumo a extinção. 
Será que é isso mesmo? 
Precisamos pensar sobre os desafios 
Sobre a bondade no coração de muitas pessoas 
No sacrifício de muitos 
Que deram suas vidas para salvar alguém 
É preciso relembrar o sangue derramado 
As vidas perdidas em causas perdidas 
Em conflitos desnecessários 
Apenas para satisfazer a ganância e o orgulho 
Dos parasitas em nossa sociedade. 
Tem que haver uma esperança 
De que o ser humano possa alcançar a salvação 
A libertação de seus impulsos agressivos 
E aprenda a viver em paz com seus semelhantes 
Há uma luz no fim do túnel 
Há uma luz que brilha no horizonte 
Apenas precisamos olhar para ela. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Acredite no impossível

Hoje de seus olhos saíram lágrimas de dor. 
Você sentiu na alma as marcas da decepção 
E do abandono. 
Mas, não permita que essa dor 
Tome posse do seu coração. 
Creia no milagre. 
Acredite no impossível. 
Deus opera milagres 
Quando não podemos mais avançar 
Ele mostra-nos o seu amor 
E cuidado todo especial com cada um de seus filhos. 
Creia que Deus recolheu essas lágrimas 
E está tão perto de você 
Que é possível sentir o calor de seus braços 
Acolhendo-te em seu colo. 
Essa tristeza que tomou conta de sua alma nesse dia 
Não pode ser comparada 
Com a alegria que está por vir. 
Creia que há sempre um arco-íris após a tempestade. 
Erga sua cabeça e siga em frente. 
Deus é contigo. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Tecnologia

Na palma da mão, um pequeno oráculo cintila, 
O poder da informação, uma lâmina que perfura. 
Parecem conectados, mas, separados por uma tela fria, 
Será uma tecnologia necessária, enquanto a alma perdura?

No reino do silício, onde a luz elétrica domina, 
A humanidade tece sua teia, uma dança sem esperança. 
Na era da tecnologia, um feitiço encantador, 
O controle se insinua, como uma sombra que dança. 
 
Máquinas pensam, com uma sede insaciável, 
Mas onde fica a fronteira do perigo? 
Onde está a liberdade de pensar, de questionar? 
Será que podemos encontrar um abrigo? 

Os algoritmos ditam o que é o saber, 
Um controle sútil nos faz sentir seguro, 
E não percebemos os grandes tentáculos 
Porque caminhamos totalmente no escuro. 

No reino da engrenagem, onde o silício murmura, 
A humanidade dança sob uma luz incerta e sombria. 
Cada passo, uma linha de código binário, 
No tecido do destino, pela mão cibernética que guia. 

Oh, máquinas que tecem sonhos e desejos, 
Me diga quem controla o cursor da evolução. 
Em sua matriz, o futuro se desenha em códigos complexos, 
E quem guia a nave da humanidade na vastidão da inovação? 

Na era da conexão, onde a informação parece fluir livre, 
As fronteiras do conhecimento se dissolvem. 
O controle se insinua nas entranhas do algoritmo, 
Onde a liberdade de pensamento dança e nada resolvem. 

Será a tecnologia um mestre sábio ou um tirano disfarçado? 
Em seu ventre de circuitos, reside o poder de transformar, 
Mas a quem pertence o leme da revolução, 
Quando a inteligência artificial dita o novo direcionar? 

Na sombra da inteligência artificial, 
Seremos senhores ou servos da tecnologia? 
O futuro nos espreita, como um livro aberto, 
Mas seguramente não sabemos se será de alegria. 

Num mundo onde bits e bytes são os novos tijolos e argamassa, 
Refletimos sobre a sombra da dependência que nos assusta. 
A autonomia escorrega por entre os dedos humanos, 
Enquanto abraçamos o progresso, nos perguntamos: quanto custa? 

No altar da inovação, sacrificamos a privacidade, 
Onde cada clique revela nossa identidade como a luz do sol. 
Mas, ó, humanidade, não deixe que os fios do controle, 
Te transformem numa marionete, sem alma, sem farol. 

A promessa de um amanhã brilhante, entrelaçada com incertezas, 
Enquanto a inteligência cresce, diante de nós está o desafio. 
 Como um código a decifrar, um enigma que intriga 
Como equilibrar a evolução, sem nos perder no eterno vazio. 

Que o controle não seja um manto pesado, 
Que a tecnologia seja aliada, não uma incógnita. 
No futuro incerto, onde a inovação se entrelaça, 
Que a humanidade encontre sua liberdade insólita. 

No éter da virtualidade, uma reflexão emerge, 
A humanidade, à beira de uma encruzilhada, precisa saber. 
No coração do algoritmo, encontra-se a escolha, 
Seremos senhores da máquina ou escravos desse poder? 

 Que a luz da sabedoria guie nosso caminho, 
Na encruzilhada do futuro, que façamos a nossa vontade. 
Que a tecnologia seja nossa aliada, não nossa ameaça, 
E que a humanidade, em sua jornada, seja a realidade. 

Em um mundo conectado, busquemos a consciência, 
Entre bits e bytes, não esqueçamos do coração. 
O futuro é um poema ainda a ser escrito, 
Que cada escolha nossa seja uma nova inspiração. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 24 de dezembro de 2023

Coisas de sol

Na aurora serena, cedinho despertando, 
Um raio de sol, do céu, se escapulindo, 
Doura a paisagem, os sonhos revelando, 
Na manhã que desponta, o mundo sorrindo. 

No horizonte distante, a luz que se insinua, 
Rompendo o véu noturno, em suave dança, 
Pintando com tons quentes, a terra nua, 
Desperta a esperança, que na alma balança. 

O silêncio quebrado pelos primeiros cantos, 
Das aves aladas que anunciam o dia, 
Ecoa como uma melodia nos encantos, 
Da natureza em festa, que desperta e guia. 

As flores ainda orvalhadas, como gemas brilhantes, 
Refletem a magia desse momento sublime, 
Enquanto o orvalho se despede, em gotas vibrantes, 
E a manhã cedinho revela seu próprio crime. 

O mundo, qual tela em branco, ganha cores, 
No pincel do sol, que pinta com ardor, 
Cada recanto, renovando os humores, 
Da vida que desperta, cheia de calor. 

Cedinho, o tempo parece suspenso, 
Numa quietude que acalma e encanta, 
E o raio de sol, como um beijo intenso, 
Desperta a terra com sua luz que abrilhanta. 

Na manhã cedinho, o raio de sol dança, 
Tece a aurora com fios de ouro e calor, 
E na magia desse instante, a esperança, 
Se renova a cada amanhecer, com fervor. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 23 de dezembro de 2023

A ignorância é uma noite sombria

Sem a luz do saber, caminhamos às cegas, 
A sabedoria ausente, como uma folha caída. 
O céu da mente, desprovido de claridade, 
A noite persiste, na sua obscuridade sem vida. 

 Nenhum luar a iluminar nosso pensar, 
Estrelas do entendimento sem chance de emoção. 
Na escuridão, ideias se perdem no horizonte, 
E a mente vagueia, sem direção, sem razão. 

Oh, como ansiar pela aurora do saber, 
Quando a ignorância deixar de dominar. 
A lua do conhecimento, que falta nos faz, 
E estrelas de sabedoria, como faróis a iluminar. 

Que essa noite sombria logo se desfaça, 
Que a mente se ilumine, que a luz esteja presente. 
Pois na escuridão da ignorância, somos reféns, 
Esperando a alvorada que nos torne mais consciente. 

Que a lua da aprendizagem desponte nos céus, 
E estrelas do saber guiem nosso coração. 
Que a noite da mente se transforme em dia, 
E a ignorância se dissolva, perdida na ilusão. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Não é verdade

No palco do tempo, onde o passado se desenha, 
Não é verdade que tudo se apaga, que o amor termina. 
A saudade persiste, como estrela cintilante, 
Um eco no coração, inabalável que germina. 

As estações passam, mudam as paisagens, 
Mas a saudade permanece, fica na memória. 
Nas dobras do tempo, onde as lembranças se abraçam, 
A presença do teu ser, a saudade lembra a história. 

O tempo, como um pintor, pinta novos horizontes, 
Mas a saudade é a tinta que persiste no coração. 
Cada traço do passado, cada riso compartilhado, 
São quadros na mente, pela saudade feita emoção. 

Oh, doce lembrança, que o tempo não consome, 
A saudade é a melodia que o coração harmoniza. 
Como uma canção que ecoa na distância, 
O amor que vivemos transcende qualquer divisa. 

Não é verdade que o tempo apaga o que foi, 
Pois a saudade é a prova do que o coração sente. 
E mesmo que os anos se acumulem como areia, 
A saudade é a testemunha de uma história presente. 

Enquanto o relógio avança sempre implacável, 
A saudade é o fio que nos liga ao infinito. 
Não se apaga, não se esquece, é eterna recordação, 
O tempo pode mudar, mas não desfaz o que foi bonito. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Se puder não me esqueça

No lume suave do crepúsculo dourado, 
Teço versos em prece, sussurros de saudade, 
Oh, se puder, nos ventos da eternidade, 
Não me esqueça, nos raios do passado. 

Entre estrelas que guardam segredos celestiais, 
Flutua a memória, como pétalas ao vento, 
No jardim da lembrança, em doce sentimento, 
Guarda-me, se puder, nos arcanos astrais. 

Nos versos que entrelaçam o tempo e a quimera, 
Desenha-se a dança das sombras e da espera, 
Se puder, não apague o fogo que nos consome. 

Na partitura da vida, cada nota é uma canção, 
E se o destino traçar uma distante solidão, 
Lembre-se de mim, como a luz que nunca some. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Devia ter visto os sinais

E esse tempo que não passa 
Abro as janelas para ver a luz do sol 
Sinto a brisa tocar o meu rosto 
Pássaros cantam nas árvores 
Borboletas voam no jardim 
Mas, mesmo assim, sinto o vazio 
A solidão que toma conta de mim 
E nada parece ter encanto. 

Procuro em minha mente 
A doce beleza de seus olhos 
E tento sentir o seu perfume 
Como se isso pudesse me trazer esperança 
Além do horizonte imagino você 
Será que já está acordada? 
Será que também pensa em mim? 
Dúvidas cruéis tomam conta do meu coração 
Uma angústia que fere a alma 
Por saber que não mais está aqui 
E que tudo foi culpa minha. 

Eu devia ter visto os sinais 
Deveria ter sido mais presente 
Imaginar que estava sozinha 
E que eu me preocupava mais com outras coisas 
De que adianta agora? 
Você tomou outro rumo 
Voou em outra direção 
Foi buscar a sua felicidade. 

Tento de todas as formas me conformar 
Tento explicar para mim mesmo 
Que deveria ter valorizado quando podia 
E que agora não adianta mais chorar 
Mas meu coração não entende 
E tenta de todas as formas 
Acreditar que você poderá aparecer 
Bater na porta e dizer: 
- Estou de volta, cuida de mim! 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Eu vou dizer o que sinto

Eu vou dizer o que sinto 
Ah, se vou 
Preciso abrir o meu coração 
Deixar sair todo esse sentimento 
Você precisa saber 
O quanto eu amo você 
Não dá mais para esconder 
Tudo o que sinto dentro de mim 
Quando vejo você 
Não consigo nem disfarçar 
E já está patente aos olhos de todos 
A paixão que não consigo esconder 
O sentimento que me faz pensar 
Me faz desejar você 
Basta você olhar com atenção 
E então vai perceber 
O quanto eu amo você 
O quanto desejo estar com você 
Porque você faz parte dos meus sentimentos 
Tomou conta do meu coração 
É a musa dos meus pensamentos 
E eu não posso mais esconder 
O sentimento que tenho por você! 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Sem medo de estar sozinho

Nos seus olhos, um universo se revela, 
Caminhos traçados, como estrelas serenas. 
Brilham como luas em noites de nostalgia, 
Me levando a lugares além das terrenas. 

No olhar, encontro um mapa de desejos, 
Um caminho secreto, repleto de emoção. 
Caminho trilhado por raios de esperança, 
Onde o coração dança em pura exaltação. 

Seus olhos são portais para um sonho, 
Onde a realidade se dissolve em pensamento. 
Em cada piscar, um convite ao encanto, 
Atravessando fronteiras, forte sentimento. 

Por entre as íris, descubro segredos, 
Histórias contadas em silêncios sentimentais. 
Estradas traçadas com traços de felicidade, 
Seus olhos, faróis, guiam-me aos ideais. 

No piscar lento, sinto o tempo parar, 
E nesse instante, no coração há esperança. 
Seus olhos, poesia que o coração descreve, 
Versos de nostalgia, uma melodia que se dança. 

Caminho por veredas desenhadas em olhares, 
Uma jornada de amor, sem medo de estar sozinho. 
Seus olhos, bússola que orienta minha vida, 
Na dança eterna do destino, tenho o seu carinho. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 17 de dezembro de 2023

Abrigo

No teu olhar, um universo de estrelas, 
No teu toque, a ternura que sobra, 
Como crianças carentes, minhas mãos buscam, 
Abrigo nas tuas, a paz que se desdobra. 

Esquecer-te seria negar a própria essência, 
Como desistir da vida, da existência, 
Tu és o calor que aquece minha alma, 
Num abrigo seguro, onde a dor se acalma. 

Nossas mãos entrelaçadas, como laços eternos, 
Duas crianças perdidas, agora encontram ternura, 
Nos caminhos da vida, somos companheiros, 
Esquecer-te seria apagar a mais pura candura. 

Cada dedo entrelaçado conta uma história, 
De amores, de lutas, de toda uma trajetória, 
Esquecer-te é negar o próprio destino, 
É sufocar o amor que pulsa, que é divino. 

No calor das tuas mãos, encontro abrigo, 
Como crianças carentes, num mundo perdido, 
Esquecer-te não posso, pois em ti me encontro, 
És o sentido da vida, para mim sempre pronto. 

Assim, como as mãos de duas crianças, 
Que se unem em busca de um lar, 
Não posso esquecer-te, és a luz de esperança, 
Na dança da vida, és meu doce amar. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 16 de dezembro de 2023

Pedaços de um sonhar

No vasto campo das letras, semeio, 
Palavras são pedaços de um sonhar, 
Fragmentos de um poema a se criar, 
No tecer do sentido, não há receio. 

Cada termo, um tijolo, um enleio, 
Na construção do verso a desenhar, 
A linguagem, em suas asas, a voar, 
Em sinfonia, o canto sem devaneio. 

E são nas rimas que o sentido aflora, 
Pétalas de um jardim que se decora, 
Versos que se constrói no coração. 

Pedaços de um todo, em cada sonhar, 
Na poesia, a alma se dispõe a amar, 
O universo das palavras em emoção. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

O crepúsculo do encanto

No rastro da aurora, onde a esperança desperta, 
Caminhamos juntos, na dança incerta. 
Sonhos entrelaçados, como fios de cetim, 
Mas o destino, implacável, traçou um fim. 

No palco do amor, antes mesmo de começar, 
Céus promissores se desfizeram no ar. 
Como pássaros que voam, mas não podem pousar, 
Nossos sentimentos, feridos, não souberam voar. 

O coração, ingênuo, acreditou em sonho de quimera, 
Acreditou em promessas 
Que o vento levou na primavera. 
Ecos de um amor que nunca se fez presente, 
Desvaneceram-se como sombras na mente. 

Oh, como é difícil aceitar 
O crepúsculo do encanto, 
Ver o que era belo se perder no pranto. 
Palavras sussurradas, como folhas ao vento, 
Agora são memórias de um tempo desatento. 
 
Novos sentimentos, já tão desgastados, 
Foram maltratados, como versos desfolhados. 
Em um jardim que nunca floresceu, 
A esperança a murchar, 
Como pétalas que enlouqueceu. 

O fim antes do começo, um paradoxo doloroso, 
Como um poema que se perde no silêncio vicioso. 
Aceitar que tudo acabou, antes mesmo de começar, 
É um lamento que o coração insiste em ecoar. 

Oh, em meio às cinzas do que não foi, 
Há a promessa de um novo amanhecer que se ergue. 
Pois em cada despedida, uma porta se entreabre, 
E nas lágrimas do adeus, 
Há a semente de um recomeçar. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Meu coração é teu

Aceite esta confissão, feita com fervor, 
Meu coração é teu, para sempre, com amor. 
És a musa que inspira cada verso meu, 
És o sonho que se tornou o meu céu. 

Preciso que saiba, nas entrelinhas desta poesia, 
Que meu amor por você 
É como um rio cheio de alegria. 
Que flui constante, profundo, sem nunca cessar, 
É uma promessa de amor que jamais irá quebrar. 

Neste singelo poema, 
Expresso meu sentimento verdadeiro, 
Um amor que cresce, que é puro e inteiro. 
És a musa inspiradora, a razão do meu viver, 
Amo você, para sempre e além do anoitecer. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

És meu sentimento mais bonito

Teu nome é a melodia que meu coração exalta, 
Uma canção que ecoa, às vezes suave, às vezes alta. 
Nos versos do meu ser, és a rima mais perfeita, 
Preciso que saiba, 
És a poesia mais linda já feita. 

Teus olhos, estrelas que iluminam meu caminhar, 
Cada piscar, uma promessa que me faz sonhar. 
Teu sorriso, um sol radiante a brilhar, 
Preciso que saiba, 
És meu mais intenso raio de luar. 

Nas curvas do tempo, nosso amor é eterno, 
Como o universo em seu curso sempiterno. 
Cada suspiro meu, é uma confissão clara, 
Preciso que saiba, 
Que esse amor em mim só cresce e não para. 

Em cada toque, sinto a magia do destino, 
Teu calor, um abrigo para mim tão divino. 
És a chama que arde forte em meu peito, 
Preciso que saiba, 
És o meu porto mais que perfeito. 

Aceite estas palavras como pétalas de uma flor, 
Cada uma, um juramento do mais puro amor. 
Te amo mais que o meu próprio infinito, 
Preciso que saiba, 
És meu sentimento mais bonito. 

Aceite o meu coração, minha entrega, 
Nesta declaração, minha alma se agrega. 
És a razão singela do meu suspirar, 
Preciso que saiba, 
Te amo, e a vida inteira irei te amar. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Janelas para o infinito

No alvorecer da vida, onde a luz se entrelaça, 
Brilha a beleza que em teus olhos mora, 
Espelhos da alma, fontes da aurora, 
Em teu olhar, a poesia se abraça. 

No céu profundo do teu olhar, traça 
A constelação da doçura que explora, 
Caminhos secretos, a magia que ancora, 
E o coração, em êxtase, se enlaça. 

O brilho intenso, como estrelas raras, 
Cintila na noite, em formas avaras, 
Reflete sonhos que só amor revela. 

Teus olhos, janelas para o infinito, 
Num soneto de encanto, te fito, 
E na beleza deles, o mundo é uma tela. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Empresto os meus sapatos

O mundo está repleto de sombras e decepção, 
O preconceito se tece, sutil e fere o coração. 
Na dança da vida, um palco de olhares maldosos, 
Julgamentos obscuros, que atingem até os bondosos. 
Quem ousa trilhar um caminho diverso, 
Encontra barreiras, um julgamento perverso. 
Mas, na alma do forte, a chama persiste, 
A resistência floresce, no artista que existe. 

"Para quem quiser julgar meu caminho, 
Empresto os meus sapatos, feridos de espinho." 
Cada calo, cicatriz, história no chão, 
Na sola marcada, a força da superação. 
Calçados de sonhos, de lutas e risos, 
De dores que ensinam, de feitos precisos. 
No eco dos passos, um grito se ergue, 
Contra o preconceito, a voz poética prossegue. 

Quem julga, muitas vezes, desconhece, 
A riqueza da trama que o coração tece. 
Os sapatos emprestados, história contam, 
De batalhas vencidas, de amores que encantam. 
Em cada passo, um convite à empatia, 
A entender que a diversidade é alegria. 
Pois, no palco da vida, somos atores, 
E, nos sapatos alheios, descobrimos amores. 

Antes de apontar o dedo acusador, 
Vista os sapatos, sinta o ardor. 
Caminhe na estrada do outro, com respeito, 
E verá que, no fim, somos todos imperfeitos. 
Quebra-se o ciclo do preconceito assim, 
Quando, de coração, compreendemos o fim. 
No empréstimo dos sapatos, a verdade se faz, 
E a humanidade avança, em um mundo de paz. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense