sexta-feira, 30 de setembro de 2022

O apego é a raiz do sofrimento

 Tudo era tão lindo, tão fresco 
A paz reinava no coração 
E podia se ouvir as folhas 
Sendo carregadas pelo vento. 
Acredita-se que há um impulso do espírito 
E um despertar da inteligência 
Quando olhamos para a existência 
Não há nada impossível para aquele que tenta. 
Aprenda que o apego é a raiz do sofrimento 
Se chegar a verdade 
A falsidade pode desvanecer 
E um homem pode ser destinado a felicidade. 
Trabalho para cumprir a vontade do céu 
Porque minha consciência é cativa à Palavra de Deus 
Tão diferente quanto o dia é da noite 
Os meus pensamentos podem ser. 
Os antigos nunca construíram algo tão grande 
E não há nenhuma esquina que pode esconder 
A guerra que destrói vidas inocentes 
Por isso devo seguir a luz do sol 
E deixar o velho mundo para trás. 
Juntem todo o conhecimento 
Espalhado pela terra 
Não se esqueçam de suas grandes armas… 
A fé, a esperança e a coragem 
De construir um mundo melhor. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Hipocrisia

Vivemos em um sistema já tão arraigado 
Onde quase ninguém sente alegria; 
O pobre é a todo tempo explorado 
Por gananciosos que vivem na fantasia. 

Um sistema opressor e injusto 
Que tira de muitos o pão de cada dia; 
Colarinhos brancos ocupam cargos públicos 
E falsos mestres destilam sua hipocrisia. 

Um sistema que causa mal aos seus filhos 
E os prendem num mundo de pornografia; 
Já não há mais como ter esperança 
Se não lutarmos com muita ousadia. 

Quebrar as correntes do mal na sociedade 
E tentar expurgar essa aberrante anorexia; 
A luta é de todos que desejam uma libertação 
E não apenas desse nobre poeta em sua poesia. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 24 de setembro de 2022

Desejos mal resolvidos

Na volúpia do instinto 
No âmago do desejo 
Estar juntos 
Fazer amor até o amanhecer 
Do mundo lá fora esquecer 
E sentir apenas a força da paixão. 

Seu toque suave 
O arrepio na espinha 
O coração que bate descontrolado 
Na sensação mais intensa 
Que a alma já pode sentir. 

Ninguém disse que seria assim 
Que sua presença 
Seu perfume 
Fosse causar esse forte desejo 
De abraçar 
E sonhar com a felicidade. 

Na solidão de um quarto frio 
Na madrugada 
Lembro dos sussurros 
A voz macia de desejo no ouvido 
Se entregando ao prazer 
Onde havia desejo e paixão. 

A saudade é cruel 
Fere o profundo coração 
E a maior tristeza é saber 
Que os desejos são mal resolvidos 
Se você não mais está aqui. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Tudo o que não sei

Desejo escondido no coração 
Olhar além do horizonte 
E a saudade profunda na alma 
Um suspiro de emoção 
Perdido no sorriso misterioso. 
 
Tudo o que não sei agora 
Fala profundamente na minha alma 
Onde busco esconder toda dor 
Sufocar a saudade que insiste 
Lembrar-me dem quem mais preciso. 
 
Sensações escondidas no olhar 
Nos poroẽs das incertezas 
De quem sonhou com o amor 
Na beleza magnífica desse olhar 
Que adentra o coração sonhador. 
 
Tudo o que não sei agora 
É viver a minha vida na solidão 
Aprendi que a saudade não pode 
Apagar as lembranças tão belas 
De momentos em que seus brilhavam. 
 
Serei para sempre um sonhador 
Na busca do verdadeiro amor 
O sentimento sincero de seu coração 
É a razão única de sonhos 
Que permanecem no pensamento. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 20 de setembro de 2022

No olhar de quem ama

Pensa na manhã que promete vida nova 
Esperança no desabrochar das flores 
Pássaros que brincam nas árvores 
Crianças que fazem algazarras 
Com as mãos soltas contra o vento. 
 
É tudo novo no olhar de quem ama 
De quem encontrou a melhor sensação 
Na noite que poderia nunca terminar 
O coração que agora exala um suspiro 
De quem sabe que a vida é maravilhosa. 
 
Abre os braços como se quisesse abraçar o mundo 
Sente os pensamentos voarem nas nuvens 
Além do horizonte que parecia tão distante 
E agora a felicidade dobrou a primeira esquina 
E veio se alojar nesse coração agora feliz. 
 
Não pode deixar de lembrar o sorriso 
E o mistério que trazia em seu olhar 
Era como se o céu pudesse revelar de uma vez 
O que existe além das estrelas 
E todos os mistérios fossem desvendados. 
 
O sentimento toma conta da alma 
Renasce o amor que um dia houvera sonhado 
E deixa o mundo um pouco melhor que antes 
Porque o brilho no olhar revela o desejo 
E o coração agora sabe a direção a tomar. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

A canção do esquecimento

Eu só queria esquecer 
Não poderia ficar lembrando 
Tudo o que um dia me aconteceu 
A vida segue em frente 
O tempo nunca para 
Para chorarmos nossa dor. 

Queria apenas deixar de lembrar 
Os sonhos construídos no pensamento 
A esperança de felicidade 
O olhar mais sedutor 
O sorriso sempre tão encantador 
Tudo isso teria que ser apagado para sempre. 

Por que é tão difícil esquecer? 
Por que não conseguimos apagar as boas lembranças? 
O tempo passa e você ainda acorda sonhando 
Que tudo será diferente 
Que não haverá despedida 
Que seu amor será eterno. 

Eu procuro uma forma de viver 
Uma sombra onde possa descansar 
Uma memória que não me faça sofrer 
Só quero enfrentar a realidade 
Sufocar uma saudade tão profunda 
Na triste canção do esquecimento. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Perigo

Sem dúvidas o olhar mais encantador 
E o sorriso tão lindo 
Capaz de fazer suspirar 
Qualquer coração desavisado 
Sobre o perigo que ali está. 

Nesse olhar tão sedutor 
Muitos já se aventuraram 
Na esperança de encontrarem o amor 
Mas não tiveram sucesso 
Porque só encontraram a desilusão. 

No sorriso de encantos mil 
Não havia o verdadeiro sentimento 
Que alguém poderia desejar 
Um véu que cobria o coração 
Sempre trancado a sete chaves. 

Não se sabe se é ilusão 
Deixar-se ser seduzido 
Por tão esplendorosa miragem 
Quando se corre o sério perigo 
De viver uma vida de desilusão profunda. 

O olhar é lindo e cheio de mistérios 
Que não se pode saber o que esconde 
E o sorriso de tão encantador 
Chega a ser de outro mundo 
Como se somente o universo pudesse explicar. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Memórias impertinentes em uma caverna

Como veio parar neste lugar não sabe explicar 
O silêncio ajuda a pensar 
Lembranças povoam sua mente 
Como os morcegos que se soltam na escuridão 
Sem fazer qualquer cerimônia. 

Os pensamentos são perturbadores 
Como se fossem feridas mal curadas 
Memórias impertinentes que afligem 
Que permanecem no subconsciente 
Como se fossem vozes infinitas na mente. 

Só queria se esconder do mundo 
Por isso adentrou a escuridão dessa caverna 
E não pode esperar mais nada da vida 
Se a esperança já não faz parte da história 
Porque ninguém quer lembrar do passado. 

Memórias impertinentes incomodam 
Tiram o sossego do espírito sempre indomável 
Os pensamentos não podem ser controlados 
Parecem ter vida própria e voam 
Como os morcegos inquietos desse lugar. 

Em um passado não tão distante 
Conheceu a felicidade tão sonhada 
Nos olhos meigos de uma donzela 
Sem saber que seria apenas mais uma ilusão 
Porque ninguém pode controlar o coração. 

Percorre os labirintos da caverna 
Cada gruta escura causa calafrios intensos 
O desconhecido é a sensação mais estranha 
Porque não se sabe o que vem depois 
E tudo pode não passar de mais uma miragem. 

Percebe que lá fora há uma luz 
O sol que brilha também aquece 
Mas não consegue sair dessa caverna 
Onde sente o abraço forte da solidão 
Que agora lhe faz a tão sonhada companhia. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 13 de setembro de 2022

Na tarde quente de verão

 Irei bem ali, disseste sorrindo 
Nunca retornaste ao seu lugar 
O vento levou as folhas 
Na tarde quente de verão 
E abriu uma saudade no coração. 
 
Ao longe ouviu-se o silêncio 
Só podia perceber as nuvens 
Que foram levadas pelo vento 
Na tarde quente de verão 
Não sabia onde esconder o sentimento. 
 
O encanto que havia no olhar 
A beleza que estampava no sorriso 
Era muito encantador 
Naquela tarde de verão abrasador 
Soube que tudo chegara ao fim. 
 
 Não lamenta a triste sina 
De ser abandonado no tempo 
Sabe no fundo o que sentiu 
O amor que foi mais quente 
Do que aquela tarde tão crepitante. 
 
 O vento sopra lentamente 
Uma brisa que ameniza o calor 
No coração renasce a esperança 
O sentimento nunca poderá ser desfeito 
Se o amor nasceu um dia. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Seus olhos na manhã do tempo

Eu abro os meus olhos na esperança 
Quero ver a sua beleza diante de mim 
Como vi nos meus sonhos 
E quero te abraçar no silêncio da manhã 
Sentir o pulsar do seu coração. 

Imagino os seus lindos lábios 
Entreabertos para o desejo 
O meigo sorriso 
Que deixa transparecer o sentimento 
A razão mais pura do amor. 

Vi seus olhos na manhã do tempo 
Quando já não tinha mais esperança 
Vivenciei esse amor 
Um sentimento tão profundo 
Que não consigo mais esquecer. 

Então vejo você do outro lado 
Dorme o sono dos justos 
Será que ainda sonha? 
Eu fico a imaginar que sonhos são 
Na beleza ímpar de seu sonhar. 

Não a quero acordar desse sonho 
Então fico a admirar tamanha beleza 
A sensação mais pura do amor 
Bem aqui pertinho de meus braços 
Mostrando que existe a felicidade. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

O menino que não sonhava em ser poeta

 Caminhando com os pés descalços 
Correndo entre lamas e poeiras 
Só desejava sentir o vento em seu rosto. 
 
Observava as flores e as borboletas 
Ouvia os pássaros nas árvores 
E via as nuvens sendo levadas pelo vento. 
 
Imaginava sendo um herói em batalhas épicas 
Salvando o grande amor de sua vida 
Combatendo contra os vilões mais perversos. 
 
Sentia a brisa tocar seu rosto nas manhãs frias 
Antes do sol nascer rumo as lavouras de cana 
E sabia que esse não seria o seu destino final. 
 
Nunca sonhou que seria um poeta 
Que deixaria sua imaginação o levar mais longe 
Muito além do que um dia pudesse imaginar. 
 
E assim a sua história foi sendo construída 
Nas memórias de tempos perdidos nas lembranças 
E no tempo imaginado em sua mente cheia de fantasias. 
 
O mundo em sua imaginação é perfeito 
Porque tem liberdade de viajar por onde quer 
Mesmo que nunca tenha sonhado ser um poeta. 
 
O tempo passa de forma inexplicável 
Dias tristes são demorados e tediosos 
Enquanto os dias alegres são velozes e raros. 
 
Sente na alma a alegria da eternidade 
Em seus olhos pode se ver a felicidade 
Em saber que seus pensamentos o levaram muito longe. 
 
Então deixa-se descansar das recordações 
E registra suas memórias em canções 
Sabendo que a eternidade está em seu pensamento. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Aqui não é aqui

Diziam as lendas que nas bordas do mundo 
Haviam dragões que voavam soltos 
Alguns os temiam outros os adoravam 
E sempre os deixavam livremente voarem 
Nas altas montanhas e vales verdejantes. 
 
Aqui não é aqui, diziam os moradores 
Na esperança de enganarem os viajantes 
Para que não perturbassem o sossego dos dragões 
Nem se deslumbrassem com as belezas do lugar 
E fizessem com que outros viessem. 
 
O medo era justificável 
Por causa da ambição dos seres humanos 
Que não se contenta com o que tem 
Na sua busca desenfreada por ter sempre mais 
Acabam destruindo tudo a sua volta. 
 
Aqui existem dragões, perguntava alguém 
E a resposta sempre era um sorriso sarcástico 
De quem sempre protegia a natureza 
Os dragões são monstros desconhecidos 
Que não mais sobrevoam esses espaços. 
 
Aqui não é aqui desde muito tempo 
Quando o sol já não sentia prazer em dar sua luz 
Os rios serpenteavam as planícies 
Silenciosamente para não acordar os monstros 
Que trazem consigo a destruição. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 7 de setembro de 2022

A estrada a seguir

Teve dúvidas se era apenas um sonho 
Ou se os deuses realmente estavam lá 
Do alto eles olhavam a confusão 
Riam dos burburinhos e desacertos 
Debochavam dos humanos 
 Em sua eterna ignorância. 

 Não sabia ao certo se era a estrada a seguir 
Apenas caminhou até o crepúsculo 
Levado apenas pelo desejo dos pensamentos 
Com a esperança em frangalhos 
E nem notou as flores pelo caminho. 

 A eternidade parecia ser nada 
Para quem desejava sonhar por muito tempo 
Nem mesmo os sorrisos de felicidade 
Das crianças que corriam pela campina 
Poderia apagar as lembranças desse tempo. 

 No silêncio da noite escura 
Em seu quarto sozinho a pensar 
Podia ver a existência que passava 
Tão fugaz como o vento que traz a tempestade 
E deixa a destruição além de si. 

 O tempo agora já se foi 
A velhice chegou com sua simpática presença 
Dizendo que não outra saída 
Porque estamos destinados ao fim 
Que toda estrada um dia nos apresenta. 

 Em silêncio adormece na sua indignação 
Sem saber que fez além do que imaginou 
Não sabe que muito longe dali 
O tempo corre tão devagar 
Que eterniza suas memórias para sempre. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Em uma estúpida curva fechada

 Pura estupidez de um imprudente 
Alguém que não soube conter o desejo 
Que deixou-se ser levado a bebida 
Quando deveria ser mais prudente. 
 
Condutor sem responsabilidade 
Em uma estúpida curva fechada 
Deixou que vidas inocentes fossem ceifadas 
Por causa de bebidas e drogas. 
 
Um lamento se ouve na madrugada 
Mães que choram suas perdas 
Lágrimas que não podem trazer ninguém de volta 
Depois de levadas pela estúpida curva. 
 
Onde deveria estar o juízo 
Prevalece a imprudência de muitos 
Que acreditam serem indestrutíveis 
Quando passam a madrugada bebendo e farreando. 
 
Ouça-me com bastante atenção! 
Dê mais valor a sua vida 
E cuide sempre para não colocar outras vidas em risco 
Porque nada pode trazer alguém de volta! 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Velhos conhecidos já estão mortos

Tudo é apenas uma ficha a ser preenchida 
E o labor é tão cansativo que não sobra tempo 
Então as folhas voam até o chão 
Levadas pelo vento que adentra a janela 
E ficam todas empoeiradas. 

Eu lutaria por algo melhor 
Caso soubesse que isso valesse a pena 
Mas os olhos estão cansados da labuta 
De proclamar os sonhos utópicos 
Para uma geração que permanece inerte. 

Velhos conhecidos já estão mortos 
Foram levados pelo tempo 
E quase ninguém deram ouvidos aos seus conselhos 
Porque estavam tão absortos em seus pensamentos 
Que nunca enxergaram além da sua redoma. 

Eu tenho o meu roteiro do dia 
Tantas ideias que poderiam ser postas em práticas 
Mas não adianta nada querer mudar o mundo 
Se as pessoas preferem serem ludibriadas 
E continuarem caminhando na escuridão. 

Todo dia há uma sinfonia perdida 
Que ninguém dá o valor que merece 
São espantalhos presos para sempre em suas ideologias 
Sem esperança de viverem dias melhores 
Porque preferem a comodidade de uma vida medíocre. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense