quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Sonhos de Fim de Ano

No apagar das luzes 
 De um ano que se finda 
 Nasce dentro de nós 
 A esperança que resta ainda. 

 Os sonhos de Fim de Ano 
 Renovam-se no alvorecer 
 Do Ano vindouro 
 Que joga suas luzes no nosso viver. 

 Promessas que não cumprimos 
 Voltam a fazer parte dos nossos anseios 
 E a esperança de fazer tudo certo 
 É a chama que, de sonhos, nos deixam cheios. 

 Do ano que se finda 
 Resta à nós a simplicidade 
 Do que aprendemos nas lutas 
 E do que nos deixará saudade. 

 Do ano que se inicia 
 Teremos a oportunidade 
 De fazer tudo certo 
 E alcançarmos a felicidade. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Raízes profundas

Qual é o seu objetivo? 
O que domina a sua mente? 
Perguntas que devemos fazer todos os dias 
Todas as manhãs 
E caminhar em direção ao que desejamos conquistar. 
Nada cai do céu 
Nada vem fácil 
A vida é uma eterna conquista 
E ninguém que fica dormindo 
Pode conseguir alcançar seus objetivos. 
Então, use o seu tempo de forma sábia, 
Faça sua vida valer a pena 
Dê sentidos aos seus pensamentos 
E vá em direção aos seus sonhos. 
Tenha um objetivo em mente 
Pense antes de falar 
Que suas raízes sejam profundas 
Para que você possa resistir as tempestades. 
Tenha uma vida que faça sentido 
E aproveite cada minuto 
 Para fazer a diferença neste mundo. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

O caos é uma escada

Não olhe para cima 
Nada de mais está acontecendo 
E nem precisa acreditar 
Que o mundo está a beira do colapso. 
Negacionistas inconsequentes 
Exercem os seus podres poderes 
Genocidas inescrupulosos 
Ocupam os altos escalões do poder 
E trucidam os menos favorecidos 
Provocam o caos 
E o caos é uma escada 
Que levará esses monstros ao topo. 
Causadores de falsos mestres 
Guiados por sacerdotes da impunidade 
Se não há justiça 
Para que haveria amor? 
Destrua todos eles! 
Gritam como loucos 
Os que pisam nos pobres como tapetes surrados 
O mal está em cada esquina 
Nas salas de reuniões 
Onde maquinam suas violações aos direitos humanos 
E trucidam toda criatura 
Que não se ajustam as suas imundices 
Não olhe para o lado 
Evitarás de ver o pobre nas calçadas 
Não tome a vacina 
E, então, haverá a imunidade de rebanho. 
Deixe que os números de mortos aumente 
Pois geram lucros econômicos 
E assim caminha a humanidade 
Sendo esmagada pela roda dos poderosos. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Não se pode mensurar

Há um silêncio no olhar 
Esperança talvez 
O sentimento sincero nas asas do adeus 
Não se pode mensurar 
Do que está no coração 
Os pensamentos 
As incertezas 
São frutos de longas horas na solidão 
Na busca frenética 
Do lugar no mundo 
Para as almas que se conectam 
Nos encontros 
De olhares furtivos 
Que buscam respostas 
Para perguntas inquietantes 
Nas horas silenciosas. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

O que o sol fez com aquela alegria

O que mais se podia esperar 
Quando os sonhos deixam de existir 
No coração de quem já não pode amar? 
A distância que sempre faz sofrer 
A saudade que sempre faz lembrar 
Que estar junto é o melhor remédio 
Para curar as dores do coração. 
O que o sol fez com aquela alegria 
Que existia em seu sorriso 
Todas as vezes que via o meu olhar? 
Quando tudo mais não passa de ilusão 
Uma lágrima solitária corre na face 
Deixando que se veja a saudade 
Que sente o coração que tanto amou. 
Já dizia a canção que é mais feliz 
Quem mais amou e pode ser verdade 
Mas, também, é quem sente mais 
A tão completa solidão. 
O amor é sempre a melhor escolha 
Quando se sabe o caminho a seguir 
Mas tudo pode ruir silenciosamente 
Quando o amor deixa de existir. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 26 de dezembro de 2021

Os conselhos de meu pai

Ele estava sentado silenciosamente em sua cadeira de fio 
Um pano nas mãos para espantar os mosquitos 
E o semblante de paz interior no rosto 
Como se a vida fosse a sua grande experiência. 
Como gosta de falar eu o ouço todas as vezes 
E aprendo muito com suas histórias de vida 
Os exemplos que passam através de seus conselhos 
Mostrando que a vida é um eterno aprendizado. 
Pergunto de meus irmãos e ele dá detalhes de cada um 
Uma opinião cercada de carinho e esperança 
Com todos indistintamente 
Porque o seu coração é tão grande como o seu amor. 
Os conselhos de meu pai são partes da minha vida 
Suas experiências são o combustível que move o motor 
Ver sua barba já branca faz-me sentir a sabedoria 
Que ele mostra cada vez que paro para ouvi-lo falar. 
Eu amo saber que ele ainda pode nos deixar um legado 
A orientação para trilharmos o caminho da vida 
Que nos desviemos dos espinhos que o feriram na jornada 
E caminhemos a longa estrada da vida. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

O fim não pode ser agora

Era como se caminhasse sozinho 
Na estrada agora um pouco solitária 
Não ouvia mais a voz que contava histórias 
Nem as gargalhadas espalhafatosas 
Que alegrava e ao mesmo tempo irritava. 

No silêncio de sua caminhada 
Podia ouvir os pássaros, os grilos 
E o próprio som de seus pensamentos 
Indo tão longe que demoravam para voltar 
Da sua inconstante viagem. 

O fim não pode ser agora 
Não quando os sonhos ainda são reais 
Se tudo tem que ter um fim um dia 
Por que haveria um começo então 
Para que lágrimas pudessem existir? 

As pedras no caminho eram para lembrar-lhe 
Do coração de pedra que trazia em seu peito 
Insensível como sempre fora 
Não permitindo que nada penetrasse o seu coração 
Agora poderia andar sozinho para sempre. 

Uma saudade tão inexplicável 
Poderia dizer-lhe muitas coisas 
Se tivesse ouvido para ouvir 
A mensagem encantadora do amor 
Sempre exposta na linda melodia de uma canção. 

Tudo se desfez em um momento 
E cada um deveria seguir o seu destino 
Mas nunca havia pensado que seria tão triste assim 
Não ter a companhia singela da flor 
Que um dia enfeitou o seu solitário jardim. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Então é Natal

As luzes que brilham no olhar 
A esperança no coração 
Uma alegria incontida 
Os sorrisos e cantos eufóricos por toda parte 
Os abraços 
Os encontros que trazem alento ao coração... 
Então é Natal 
E devemos celebrar a união 
O nascimento da salvação 
A doce esperança do coração. 
Sinta o espírito natalino 
Reflita sobre a bondade do Criador 
E a chegada do Salvador. 
Deixe que a luz de Cristo 
Resplandeça em sua vida 
A fulgurante Estrela da Manhã. 
Então é Natal 
E Cristo nasce em nossas vidas 
Com a alegria da salvação
O melhor presente que poderíamos desejar! 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Fugaz como as nuvens

O sentimento no profundo coração 
Não poderia ser escondido 
Todos os olhares voltava-se para ele 
Como se fosse proibido amar-te tanto assim. 
Eu bem que tentei de todas as formas 
Esquecer tudo de bom que vivemos 
Mas o coração insistia com as lembranças 
Eternizadas na memória para sempre. 
Esquecer os momentos compartilhados 
Os sonhos tão silenciosamente construídos 
Alguns sob a luz do luar 
Nas noites inesquecíveis do outono. 
E todos os amores do mundo 
Não poderiam superar a chama viva 
Que crepitava nos seus olhos 
Nas noites eternas das recordações. 
Todo amor que partilhava 
Era fugaz como as nuvens 
Que insistem em deixar ser levadas 
Pelos ventos misteriosos do destino. 
Nem tente apagar de minha mente 
Tudo isso que expresso nestes versos 
Que as lembranças sejam eternas 
Como o amor profundo que sinto agora. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Lixo

Não se pode falar muita coisa 
Melhor calar a boca 
O lixo da lei do silêncio 
Que determina o fim das palavras. 
Você não pode escolher nada 
Está condenado a servidão voluntária 
Controlado pelo lixo do livre arbítrio 
Inexistente para a maioria dos mortais. 
Rios poluídos, mares contaminados 
A natureza destruída 
Pelo lixo tecnológico que fizemos 
No anseio de usufruir das mordomias 
Do positivismo e da ordem e progresso. 
O lixo do sistema global 
Da aceitação cultural 
Da loucura geral 
Tudo muito banal. 
Cerceados pelo policiamento do pensamento 
Controlados pela massa falida 
Da sociedade liquida 
Prisioneira do capitalismo selvagem 
Que não tem compaixão de ninguém. 
O desconforto psicológico 
A depressão contínua 
Ansiedade deprimente 
Que controla as mentes fracas 
Na bolha da solidão ideológica. 
Lixo de uma sociedade que visa o luxo 
Nos complexos urbanos 
O lixo industrial, hospitalar, moral 
Consequências da degradação do ser humano 
Condenado a sua própria miséria. 
No final não resta muito a comemorar 
Tudo terá o seu fim 
O luxo dos corruptos em seus paraísos fiscais 
O lixo dos pobres marginais 
Na tumba fria de um silencioso cemitério. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

O coração não pode suportar

Houve um tempo tão singelo 
Que podíamos olhar profundamente 
Nos olhos um do outro 
E ver o sentimento tão puro 
Como a brisa no amanhecer. 

Um tempo de lembranças sadias 
Onde encontrávamos o aconchego 
A cumplicidade nos pequenos gestos 
A alegria de estar juntos 
Como se fosse os pássaros no ninho. 

Um amor tão lindo assim 
Não pode simplesmente acabar 
O coração não pode suportar 
Que haja uma despedida 
Sem que possa lutar pelo recomeço. 

Há muito amor no coração 
Para que possa ser compartilhado 
Nas noites frias de inverno 
Quando os sonhos invadem os pensamentos 
Tudo novo pode acontecer. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

A pequena lembrança

O aperto no coração 
Não era mais do que a saudade 
A pequena lembrança 
Do tempo em que sentiu o amor verdadeiro 
Invadir sua singela alma 
Antes tão silenciosa. 

O amor sempre foi inexplicável 
E não tinha pensado sobre ele 
Com tamanha intensidade 
Pelo medo que sentia 
De não ser correspondido 
E o tempo perdido poderia doer na alma. 

De todos os sonhos do mundo 
O que viu naqueles olhos 
Eram os mais perfeitos 
O desejo que tomou conta da alma 
Transformou a sofrida realidade 
Na esperança do único sentimento puro. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

A via dolorosa

Um rei pode chorar tão alto 
 Que de longe poderá ser ouvido? 
Pode ele derramar sua angústia 
Andando descalço e com a cabeça coberta 
Pelo horror da traição? 
Um Deus pode ser humilhado 
Castigado pelos erros dos seres humanos? 
O rei Davi passou por tudo isso 
A via dolorosa no ribeiro de Cedrom 
Subindo as colinas do Monte das Oliveiras 
Com lágrimas nos olhos e dor no coração. 
Jesus, o Filho de Deus, 
Semelhantemente fez o mesmo trajeto 
Ao adentrar o Jardim do Getsemani. 
Davi chorava pelos seus próprios erros 
Escolhas erradas na sua vida familiar 
O Filho de Deus, pelos meus erros, 
Para garantir-me a salvação. 
A via dolorosa é o lugar da entrega 
Onde você chora sua tristeza 
Seus pecados são castigados 
Ou atravessa o caminho da humildade 
Para sabermos 
 Que não somos nada sem a graça de Deus. 
Nestes momentos não podemos perder a esperança 
Mas devemos confiar inteiramente 
No plano perfeito de Deus. 
Na via dolorosa encontramos o alento, 
A fé e o amor para prosseguirmos. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 18 de dezembro de 2021

Barganhas emocionais

O caminhar nem sempre é silencioso 
Pode haver os barulhos das incertezas 
Os rumores de pessoas que não acreditam 
Que pode haver uma esperança 
Eu não posso acreditar em nada disso 
Tudo não passa de ilusão 
Não existe ninguém que ame com sinceridade 
E não é amor quando se pede algo em troca 
Barganhas emocionais 
De um tempo que insiste em não passar 
O medo é real 
A fúria é banal 
Revoltas de um mundo em ruínas 
Que acabará um dia em frangalhos 
E nós seremos apenas mais uma lembrança 
Esculpida em letras garrafais em algum túmulo 
Na solidão de um tempo fugaz 
Que corrói a alma 
Indecisões e escolhas torturantes 
Que destroem os sentimentos 
Qual tempestade destruidora. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

A tirania do urgente

Olho pela janela e vejo o sol nascer 
Preciso chegar o mais rápido possível 
Meus pés tropeçam nas pedras do caminho 
E alcançar o objetivo do dia parece impossível. 
O tempo já não passa 
Simplesmente voa 
E eu preciso chegar ao meu destino 
Antes que o dia se destoa. 
A sociedade espera que eu consiga chegar 
Ao topo da montanha que preciso escalar 
Não existe alternativa de escape 
Pois o mundo atropela quem vacilar. 
Sou caminhante desta vida alucinada 
Onde o imperativo é o urgente 
Que pressiona o fazer hoje. 
Urgente Eis uma palavra do cotidiano 
Que impulsiona o tempo de construção 
Uma ideologia que esmaga 
Atropela o coração. 
Tenho que seguir em frente 
Construir meu universo 
Se parar serei esmagado 
Por esse capitalismo perverso. 
Olho pela janela e o sol já se pôs 
Ainda não deu tempo de concluir meu poema 
E as dúvidas martelam minha mente 
O que fazer com esse dilema? 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Parasitas sociais


Como sanguessugas eles vivem 
De sugar o sangue de quem quer viver 
Causando a destruição de vidas 
Que só sabem o que é sofrer. 
 
 Morcegos de hábitos noturnos 
Causam mazelas na sociedade 
Tirando o pão da boca de crianças 
Que tentam sobreviver nas ruas da cidade. 
 
Parasitas sociais eleitos pelo povo 
Mas que deles só sabem sugar 
Com promessas mirabolantes 
Conseguem ao poder chegar. 
 
Uma vez no poder 
Exercem com dureza a dominação 
Atacando as funções de seus hospedeiros 
Deixando-os miseráveis no chão. 

Conscientizemo-nos dessa realidade 
E reivindiquemos um novo realismo 
Com pessoas que façam políticas verdadeiras 
Para exterminarmos de vez o parasitismo. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Não há nenhuma solução

Os passos são indecisos 
Quase trôpegos 
Em direção a destino algum 
Um sorriso triste no rosto 
Por não conhecer a jornada a sua frente 
Quem poderia livrar a sua alma deste tormento 
Sem arrancar-lhe a carne 
O sangue a jorrar 
Com as investidas dos corvos insaciáveis 
 Que nada consegue espantá-los. 

Uma jornada rumo ao desconhecido 
No meio de uma floresta 
Depois de passar pelo deserto 
E não ouvir nenhum assovio 
Que pudesse espantar os fantasmas 
Esses mesmos que vivem a assustá-lo 
Nas tardes quentes de verão. 

Há uma saudade para cada um 
Uma lembrança surreal 
De tempos que se escondem na primavera 
E não há nenhuma solução 
Nunca houve nem mesmo esperança 
De alguém para aquecê-lo no inverno. 
A fantasia sempre chega ao fim 
Quando as nuvens passageiras 
São levadas pelo vento. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Estranha sensação

Acordei de manhã com uma estranha sensação 
O sol que despontava no horizonte 
Não tinha uma luz tão brilhante 
E uma dor profunda invadiu meu coração. 
 
Olhei para a sala vazia, sem ninguém, 
Uma tristeza enorme invadiu minha alma 
O meu peito bateu forte, não tinha calma, 
Pois sentiu uma grande falta de alguém. 
 
Um quadro na parede insiste em revelar seu sorriso 
Apresenta um tempo de grande felicidade 
Onde nossos sonhos eram feitos de realidade 
E transformava a minha esperança em riso. 
 
Hoje seus passos são incertos e estão distante 
Não mais almejam a mesma fantasia 
Se forem tristes ou se tem alegria 
É a incógnita que me invade nesse instante. 
 
Então abro as janelas da minha esperança 
Para que o sol possa oferecer o seu calor 
Que o brilho dele me mostre um novo amor 
A quem possa entregar essa aliança. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

O que você faz aqui?

O que você faz aqui? 
Tens no olhar tantas dúvidas 
E no coração nenhuma certeza. 
Tudo não passa de ilusão 
Nuvens passageiras nas tardes de verão. 
Mesmo assim muitos continuam andando 
Como boçais em direção ao abismo 
Sobre seus cavalos imponentes 
À razão a dar-lhes a mão. 
 
O que você faz aqui 
Que não seja repetir algo pronto? 
Segues a rotina do mundo 
Tão robotizado que até acredita ser livre. 
Ao deitar-se sente um alívio 
No travesseiro deixa a cabeça descansar 
E os tormentos continuam 
Porque não existe solução para a humanidade. 
 
O que você faz aqui 
Que não irá pagar no outro mundo? 
Mas você não sabe o seu destino 
E isso causa uma tristeza tão profunda 
Como o peso do universo nas costas. 
O pior de tudo isso 
É que você não pode pensar 
Ninguém ouvirá os seus gritos 
Ninguém estenderá as mãos para te segurar. 
O que você faz aqui? 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Por te amar tanto assim

Hoje pensei muito 
Em uma forma de falar ao seu coração 
Com palavras sinceras 
Que predizessem a minha emoção. 
 
O sentimento no meu peito 
É um profundo e verdadeiro amor 
De alguém que não vive sem o seu carinho 
E necessita do seu calor. 
 
Por te amar tanto assim 
É que procuro as palavras certas 
Para falar ao seu coração 
E afastar de ti as dúvidas incertas. 
 
Te amo com um profundo sentimento 
E, para sempre quero te amar 
Pois você é a razão do meu viver 
E a fonte de todo meu pensar. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sábado, 11 de dezembro de 2021

A porta se abriu

Simplesmente o olhar mais lindo do mundo 
Um raio de esperança que penetrava o coração; 
A beleza de um sorriso tão encantador 
Que preencheu a alma com uma linda canção. 

 Os sonhos pareciam ser tão reais 
Como a beleza do sol numa tarde de verão; 
E o amor que pode enxergar naqueles olhos 
Afastou da sua vida toda sua triste solidão. 

 O amor entrou na alma como um raio 
E o fez esquecer que um dia viveu na ilusão; 
A porta se abriu e tudo agora é mais bonito 

 Esses olhos tão meigos e puros incríveis são; 
Porque descobre que neles há vida 
E o sentimento de onde nasceu sua nova paixão. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

As cavernas de aço

Até tenta esconder no olhar 
As agruras do coração 
Procura refúgio no secreto silêncio 
Das cavernas de aço 
Como se fosse possível 
Apagar o que aconteceu. 

Os sonhos aparecem e são tão reais 
Que nunca podem ser confundidos com sonhos 
Desfeitos ao acordar de madrugada 
No silêncio da noite fria 
Onde o vento sussurra lá fora. 

O sentimento de uma alma cansada 
Que foi desprezada com o tempo 
Como se não fosse mais importante 
Fica sobrecarregada de sentimentos 
Que nem o tempo consegue apagar. 

Não há como se esconder de tudo isso 
Nem mesmo nas cavernas de aço 
Porque as lembranças não podem ficar presas 
Nunca aconteceu tal coisa 
E a vida deve sempre continuar. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

O cravo bem temperado

Abre os lábios suavemente 
Um leve sorriso na face rubra 
Os cabelos soltos ao vento 
E a alma mais leve do que plumas. 
No coração a leve sensação 
Do sentimento mais puro 
A magia do amor sincero 
Que nos melhores sonhos imaginava. 
Tudo parece tão real 
O cravo bem temperado 
No peito um amor alado 
Que faz a alma delirar. 
Deixa escapar um sorriso tão lindo 
Uma aventura no por do sol 
Na primavera da existência 
Sabe que esse amor só existe agora. 
Não deixará de amar 
No silêncio do coração 
Haverá a mais linda canção 
Para esse amor perpetuar. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Tempos sombrios

A solidão de quem anda pelas ruas cheias de pessoas 
Olhares que tentam esconder-se das ilusões 
Um mundo em ruínas 
Onde se perguntam se há ainda alguma esperança 
Haverá um futuro 
Onde meus filhos poderão caminhar 
E sonhar? 
Burburinhos pelos becos sujos 
Pessoas cobertas com papelões 
Em meio uma solitária cidade globalizada 
Cheia de pessoas que se esfregam nas calçadas 
Sem ao menos saberem quem são os outros. 
Tempos sombrios o que vivemos 
Onde o melhor que podemos ter 
São as lembranças de um passado não tão distante 
Que havia pássaros nas árvores 
Bem perto das janelas. 
Nada disso existe mais 
Nas selvas de pedras cobertas de concretos 
E repletas de vidas solitárias 
Que perambulam pelas vielas e bares nas madrugadas. 
Onde está a alegria dos jovens 
A serenidade dos velhos 
E os versos dos poetas? 
Tudo se desfaz como as nuvens 
E os pensamentos são tormentos 
Que se fundem com a noite silenciosa 
No mais escuro dos quartos lúgubres dessa cidade. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Sabotagem

E esse silêncio que não incomoda 
Uma paz interior 
Que não faz sorrir 
Uma esperança em dias melhores 
Onde o presente é uma dádiva 
No caminhar da existência. 

Um corpo é erguido no pedestal 
E o sangue escorre no machado do carrasco 
Enquanto a turba eufórica festeja 
A execução de mais um prisioneiro 
Como se não fossem, também, 
Isentos de uma falsa liberdade. 

Sabotagem do destino 
Que não respeita os limites da vida 
E não escondem a fúria 
 De gigantes desprovidos de força 
Quando caem de suas alturas. 

Nada parece fazer sentido 
Quando não se sabe o caminho a seguir 
Como cegos sendo guiados por cegos 
Na direção do grande abismo 
De onde só se pode ouvir o barulho 
Dos que caem sem esperança de voltar. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense