sexta-feira, 31 de agosto de 2018

O tempo que não passou em mim



Um grito na madrugada fria 
Onde o sono deixou de existir 
E os sonhos não povoaram a minha mente 
Deixando-me um sentimento vazio. 
Ao lado da cama um silêncio 
E meus pés estão nas nuvens 
Sem ter quem ampare a minha queda. 
Neste silêncio perturbador 
Eu vejo os seus olhos em lágrimas 
Recordando um tempo mágico 
De um amor que parecia não ter fim. 
O tempo que não passou em mim 
Deixou um rastro de destruição 
Que rasgou o meu coração 
Fazendo-me sentir a ausência fria. 
Tudo que eu mais queria na vida 
Era não ter te encontrado no caminho 
Pois, se assim fora eu teria paz 
E não estaria neste quarto sozinho. 
Mas a vida não é feita de rosas 
Nem os dias apenas de sol 
Há muitos momentos de tristeza 
Que arrastam os sonhos pelo chão. 
Caminho sem ter uma direção certa 
Depois que você se foi 
E não posso seguir-te pela jornada 
Que agora estás a percorrer. 
Deixo-me descansar de meus medos 
Na esperança de poder dormir um pouco 
A madrugada se arrasta lentamente 
E ouço o sussurrar do vento. 
O tempo que passou em mim 
Não pode trazer-te de volta 
E pelo caminho que ando agora 
Só o que me resta são as lembranças. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Esse medo terrível de amar outra vez!


Não me censure com este olhar 
Nem me julgue pelo medo 
Que sinto todas as vezes que estou diante de você. 
Venho de uma jornada longa 
Onde deixei minhas lágrimas 
E chorei pelas madrugadas frias 
Sem ter qualquer luz a iluminar minha vida. 
Seus olhos são tão lindos 
E vivem a encantar meu coração; 
E seu sorriso tão singelo 
Me leva a pensar no amor verdadeiro. 
Mas, tenho medo. 
Já sofri muitas ilusões 
E me enganei com olhares assim 
E não quero ser ferido outra vez! 
Existe em mim um medo terrível 
De amar outra vez. 
Não posso deixar que meu pobre coração 
Sinta o frio da solidão 
A despedaçar minhas esperanças. 
Você é tão linda 
E vive a tentar-me o desejo 
E como te quero! 
Mas, sinto o frio da solidão 
Percorrer minhas espinhas 
E um calafrio arrepiar-me 
Deixando meus joelhos trêmulos. 
Será você o amor que sempre sonhei? 
Será você aquela a preencher o meu coração? 
Olho em seus olhos e encanto-me com o que vejo. 
Eles são tão lindos 
Tem promessas de vida. 
E eu os amo do fundo do meu coração! 
E eu os desejo com toda força da minha alma! 
Mas, tenho medo. 
Um medo terrível de amar outra vez! 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Preciso que você saiba


Preciso que você saiba 
Que o amor ainda está aqui 
Que meus sonhos ainda te pertencem 
E que a vida sem você não faz sentido. 

Preciso que você saiba 
Que os dias sem você são diferentes 
Que as manhãs não brilham 
Que as tardes são sufocantes. 

Preciso que você saiba 
Que o meu sentimento é verdadeiro 
Que hoje descobri que te amo 
Por que a vida sem você não é vida. 

Preciso que você saiba 
Que sinto falta do seu sorriso 
Da sua risada gostosa 
E da sua alegria contagiante. 

Preciso que você saiba 
Que quero o seu carinho 
Que preciso do seu amor 
E que almejo contigo viver. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Meu coração


Guardo dentro do peito 
Um amor que me faz viver 
Uma paixão que me conduz 
Um fogo que arde no meu ser. 

Meu coração é um lugar sagrado 
Onde vive o seu olhar 
Nele deposito minhas canções 
Que um dia vou te entregar. 

O amor que sinto por ti 
É imenso e salutar 
É a fonte de vida 
Que me faz caminhar. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sábado, 4 de agosto de 2018

Perco-me em seu olhar


De olhos fechados 
Eu tento enganar meu coração 
Fugir para outro lado 
Em outra direção. 
Toda vez que tento voar 
Eu caio sem minhas asas; 
Toda vez que vejo 
Você em meus sonhos 
Eu acho que preciso de você. 
Sem você sinto meu mundo acabar 
Sinto medo de amar 
Então vejo seu sorriso 
E perco-me em seu olhar. 
Eu devo ter feito chover 
E a chuva me lembra você. 
Sinto-me tão pequeno 
Diante da grandeza desse olhar; 
Perco o chão sob meus pés 
E só sei que quero te amar. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Por que seu olhar vive a tentar-me o desejo


Descanso minhas vistas 
Nas águas turvas do rio a minha frente 
Quero esquecer seu olhar 
E quanto mais observo a natureza 
Mais os vejo brilhar. 
Esse seu olhar sedutor cheio de encanto 
Está sempre a povoar minha mente. 
Não sei o que me fascina mais 
Se seus olhos 
Ou os mistérios que eles carregam. 
Volto então para a tela 
E olho mais uma vez você ali 
Parece olhar para mim 
Mesmo estando tão distante. 
Seus cabelos negros 
Escorrem pelos seus ombros 
E seus olhos estão envoltos nas sombras. 
Você está inflexível 
Um olhar sedutor que traspassa meu coração 
Como uma flecha lançada pelo caçador. 
Por que seu olhar vive a tentar-me o desejo 
Se nem mesmo sei onde estás? 
Deixo-me navegar essas ondas da imaginação 
E voar os espaços para te encontrar. 
Seu rosto angelical é agraciado 
Por um sorriso sutil 
Que a transforma em uma pintura. 
Nem mesmo o melhor pintor 
Poderia criar obra de arte tão perfeita. 
Então olho para você 
E imagino um dia te encontrar 
Além dos meus sonhos. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense