segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Transformo minhas noites em sonhos



Sinto um amor que domina minha vida 
Que extrapola meus desejos 
Sinto o aroma de seus beijos 
Que a torna para mim tão querida... 

Transformo minhas noites em sonhos 
Dos quais procuro não acordar 
Porque neles estou sempre a te amar 
E meus olhos não são tristonhos. 

Seus olhos tão misteriosos e singelos 
Invadem minha triste solidão 
Traz alento ao meu frágil coração 
E a ele oferece momentos belos. 

Tens um sorriso encantador 
Que mostra-me quão próximo estou do paraíso 
Pois, neste belo sorriso 
Esqueço minha própria dor. 

Amo-te de forma sublime 
Pela mágica que tranquiliza minha alma 
Por dar-me a preciosa calma 
Que meu coração tanto exprime. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Que minha alma consiga expressar a razão do meu amor



O brilho dos seus olhos rasgou a escuridão 
E dissipou a minha ilusão. 
O tempo descontinuou por um longo instante 
E a tristeza foi para bem distante. 

O amor que persevero em te revelar 
É maior que as coisas banais da vida. 
E o desejo que sinto por ti, querida, 
Maior que o próprio mar. 

Amo-te como ama o amor 
Como a alma sedenta anseia a fonte 
De água límpida e refrigerante 
Assim é o anseio de meu ser pelo teu calor. 

Sou amante de seus olhos lindos 
De sua alma singela e radiante de viver 
Amar você é ver o sol ao amanhecer 
E seus lábios sempre sorrindo. 

Que minha alma consiga expressar 
A razão de meu amor por você 
O anelo de contigo viver 
Para sempre e sempre te amar. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

A solidão me ajuda a caminhar



Descobri através do silêncio 
Que a vida segue a sua direção 
Como um rio desce as montanhas 
A dor falece no coração. 

O tempo fez-me esquecer 
O sorriso e a felicidade 
Que outrora contigo tinha 
E que agora tenho a saudade. 

Não é que o amor tenha acabado 
O contrário dito deve ser 
É que a solidão me ajuda a caminhar 
E seus olhos a esquecer. 

No mais profundo do coração 
É onde escondo a minha dor 
De uma inesquecível paixão 
E a ausência de um amor. 

Hoje sei caminhar sozinho 
E a jornada da vida trilhar 
Já não sinto medo do futuro 
Pois, outra vez, aprendi amar. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Ser negro


Quem um dia inventou a história 
De que a cor negra era uma maldição 
De que foi o castigo imposto a Caim 
E o flagelo destinado a Cão? 

Quem um dia inventou a história 
De que os negros tinham que serem escravos 
Para satisfazer interesses de senhores 
Que se consideravam os bravos? 

Por que mesmo em nossos dias 
Onde nos encontramos tão civilizados 
O racismo e preconceito insiste em existir 
Mesmo que de modos velados. 

Por que insistem em afirmar 
Que a coisa tá preta no ruim momento? 
E definem uma cor para as coisas más 
Fixando isso no pensamento. 

Consciência negra é para reflexão 
Dos nossos atos e ideologia 
Somos todos iguais nesta vida 
E devemos viver em harmonia. 

Ser Negro é ser humano 
Com um carinho profundo 
Ter uma vida em nada diferente 
Das outras raças do mundo. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Aquele único olhar


Eu só queria ver o seu olhar 
Nada mais me importava 
Quanto à beleza daquele olhar... 
Mas não era fácil 
Havia muitos imprevistos 
E ela estava muito ocupada em suas tarefas. 
Ela não ia olhar para mim 
Não mesmo... 
Mas eu estava lá 
Queria apreciar aquela noite 
E ela estava tão linda... 
O branco e o amarelo 
Seus cabelos divididos em duas partes 
Seguros por florzinhas amarelas
Linda flor amarela
Que encantou-me... 

Foi um único olhar 
Em um dos momentos que foi possível 
Ela sorriu 
Lindamente o sorriso mais singelo 
E eu vi o brilho em seu olhar 
O amor de seu coração... 
E eu sei o quanto amo tudo isso. 
Valeu a pena ter ido em busca daquele olhar... 
Eu não posso esquecer!!! 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

O Doce Amargo da Tragédia


Toneladas de lama 
E já não há o doce do Rio Doce. 
No Bataclan 
O sangue a jorrar 
Sem piedade. 

Peixes a boiar 
Vida que se esvai 
Das margens insólitas do Rio Doce. 
Choro e lágrimas 
Banham os rostos pálidos 
De quem viu a vida desaparecer 
Do dia para a noite. 

Em meio as luzes multicoloridas 
Paris chora seus mortos espalhados pelo chão. 
Comoção universal 
Não no meu nome! 

Nigéria... 
Boko Haram mata sem piedade 
Os cristãos e as minorias de uma sociedade esquecida 
Mas quem se importa com isso? 

Lágrimas de um mundo em flagelo 
De uma sociedade violenta 
Discursos 
Falácias 
De governos ditatoriais... 

O ovo da serpente 
O fogo do dragão 
Lágrimas de crocodilo 
Sonhos desfeitos 
Pela embriaguez 
Pela estupidez humana. 

Até quando? 
Até quando? 
Até quando? 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

Paris
 Nigéria

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

42


Eu nasci em circunstâncias bem atípicas. Nasci em um tempo distante onde não havia tecnologia como conhecemos. Minha mãe não pode ter um hospital para ter o seu bebê que agora vinha ao mundo. Não nasci em berço de ouro e, pelos relatos de meus pais, nem berço havia para que eu pudesse descansar. Em algumas ocasiões nem mesmo o leite havia para que eu pudesse saciar minha fome. Eram tempos difíceis. Passei muitos perigos quando pequeno, mas sobrevivi a tudo isso. Minha história tinha inicio nos primórdios dos anos 70 na região inóspita de um Mato Grosso ainda selvagem. Corri sério riscos de morrer por ataques de cobras, de picadas de insetos, de acidentes, de paralisia infantil, tuberculose e outras mazelas que atingiam crianças daquela época. Mas, tudo isso não foi capaz de atrapalhar a minha jornada.

Minha adolescência e juventude foi quase toda vivida na pequena cidade de Lambari D'Oeste, que naquela época era só Lambari mesmo. É um tempo do qual não consigo esquecer. Muito sofrimento por viver, na maioria do tempo, nas casas dos outros, uma vez que meus pais haviam se separados o que dificultou essa fase da minha vida. No entanto, não me tornei um bandido e nem um revoltado com a vida. Tirei lições preciosas desse tempo amargo e aprendi a crescer com objetivo de fazer as coisas certas.

Minha fase de jovem foi marcante na cidade de Cáceres nos anos 90. Lembro-me da Hollywood Dance, UBSSC e Praça Duque de Caxias. Algumas experiências amargas. Pular da Ponte Marechal Rondon e nadar no Rio Paraguai correndo o sério risco de morrer afogado. Praia do Julião. Escola Mário Motta. Boas lembranças.

O tempo passa. Hoje chego aos 42 anos. Uma vida cheia de desafios e obstáculos a ser vencido cada dia. Parece-me que chego ao topo de uma montanha e agora posso ver o horizonte distante. Olho por onde trilhei e vejo coisas que não via quando por lá passava. Olho para o caminho a minha frente e sei que coisas boas ainda estão por vir. Realização de sonhos. Objetivos a alcançar. Orgulho-me da família que Deus me concedeu. Meus pais, inesquecíveis. Meus irmãos, insubstituíveis. Meus filhos, o maior tesouro que alguém poderia ter.

Cometi muitos erros durante toda minha vida. Mas, nunca fiquei prostrado. Tive medo, mas sempre procurei superá-lo. Sonhei e ainda sonho. Chorei e sorri. Magoei e fui magoado. A vida me ensina lições toda manhã. E procuro aprender com todas as coisas a minha volta. Quero viver mais 42 anos se assim o Senhor me permitir. Aos amigos, quero muito receber todas as considerações em vida. Talvez não possa retribuir o carinho de todos, mas saibam que estão dentro do meu coração para sempre.

Agradeço imensamente ao meu Deus pela oportunidade que Ele me concede de viver neste tempo presente e de conhecer pessoas fantásticas como as que me cercam. Que meu legado seja de coisas boas para todos aqueles que saibam apreciar as vozes do coração. A coisa mais importante na vida é saber que existe um Deus que nos concede essa preciosidade. Por isso sou eternamente grato a Deus pelos 42 anos de vida que Ele me concede neste dia.

Texto: Odair José, o Poeta Cacerense

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Declaração de amor


Aprendi tanto com você... 
Aprendi com sua humildade que me fascina; 
Aprendi com sua coragem ao superar 
as dificuldades que se abateram sobre sua vida. 
Mas, acima de tudo, 
aprendi com o seu amor e carinho 
que me possibilitou acreditar 
que eu posso sim ser amado por alguém. 
Você me transmite tanta paz 
que tenho sonhado com você o tempo todo. 
Tenho sentido em meu coração que Deus, 
realmente, tinha algo especial para a minha vida. 
QUERO viver com você por toda minha vida! 

Texto: Odair José.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

A dúvida


Vinham de longe os dois. Em dúvidas, ainda,
José, mais uma vez, contempla a virgem casta,
E tenta compreender que ela, tão pura e linda,
Em breve será mãe. Tenta, hesita e se afasta,

Mas volta perturbado. A dúvida não finda.
Se há o mistério sutil, há a ideia nefasta.
E, sob o pálio azul da sua crença infinda,
Qual réptil viscoso a dúvida se arrasta...

Eis que, afinal, estão os dois na estrebaria,
Entre animais... José, finalmente, agasalha
A criança que lhe diz, pelos olhos: "confia!

Confia! Crê em mim! Um hino aos céus entoa,
Pois o filho que tens neste berço de palha
É o Deus que te redime e o Pai que te perdoa!"

Poema: Tobias Pinheiro

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Não há atalhos para a vitória



Estamos em uma caminhada 
Por caminhos cheios de espinhos 
E precisamos chegar ao final 
Para recebermos a vitória. 

Mas não há atalhos 
Só existe uma solução 
Que é andar nos preceitos de Deus 
No que determina Sua palavra. 

A vitória certa só alcançará 
Aqueles que obedecem 
Aos mandamentos 
E andam nos ensinamentos de Jesus. 

Muitos querem ir pelos atalhos 
Escolhem caminhos fáceis 
Mas esses caminhos 
Tem um final de morte. 

Creia nos propósitos de Deus 
E ande em seus mandamentos 
E chegará ao lugar certo 
Que Deus desejou para sua vida. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense