quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Reação


Meu coração está reagindo 
E vê a esperança renascer 
A saudade está partindo 
Levando o que tinha de você. 

Trova: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Antes que o coração pare de bater


Eu penso nas ilusões da vida 
Nos momentos em que acreditei 
E, por causa da ingenuidade, acabei sendo triturado, 
Escamoteado e sofri em silêncio a minha estupidez. 
Os deslumbramentos, as ilusões 
Torturas de uma vida amargurada 
Alegrias violentas de momentos sutis e bocas escancaradas 
Com sorrisos falsos e debochados. 
Eu não consigo acreditar 
Que não poderei ouvir o canto dos pássaros 
Nem ver a beleza do brilho das estrelas 
Enquanto a morte brinca nas latas de lixo. 
Buracos negros de uma existência falida 
Em contornos mirabolantes 
Escondem rostos enrugados de sofrimento 
Nas horas frias de uma madrugada qualquer. 
Decidido estou a caminhar para o sul 
Buscar o perfume das flores nas pradarias 
Ouvir o canto dos pássaros no amanhecer 
Antes que o coração pare de bater e a mente de pensar. 
Não quero viver uma eternidade de silêncio 
Nem caminhar sem um objetivo na minha existência. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

domingo, 20 de janeiro de 2019

Meu amor não foi desejo


Aquele beijo à tempos sonhado 
De uma linda boca desejada 
Foi a fatalidade de uma despedida 
Que para sempre será lembrada. 

O meu amor por você 
Não foi apenas um desejo 
Foi um sonho a muito almejado 
Que se confirmou na ternura do beijo. 

Meu amor não foi desejo 
Foi o encontro da felicidade 
De uma ternura consentida 
Que se transformou em saudade. 

O sonho daquele encontro 
De alma tão apaixonada 
É a eterna lembrança de ternura 
Que não pode ser controlada. 

Hoje meu coração sofredor 
Vive a vagar tão sozinho 
Esquecestes de um amor tão terno 
E levastes para longe o teu carinho. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Já não quero nem saber


O que digo com os olhos e você não entende 
Não é o mesmo que transmito em palavras. 
E não a culpo por não entender os meus argumentos expostos em hieróglifos da alma. 
Na surdina elevo os pensamentos 
 Mas não a encontro em lugar algum. 
Há um limbo existencial que percorro solitário e pensativo 
Na esperança de encontrar as respostas neste labirinto em espiral 
E por mais que caminhe nesse destino não consigo encontrar sombra para descansar. 
Brado dentro de mim 
Esbravejo como louco e falo palavrões impronunciáveis aqui 
No intuito que alguém ouça o meu grito. 
Já não quero nem saber 
Porque a cor do céu é azul e os seus olhos pretos já não causam em mim tanto pavor. 
Rasgo as minhas entranhas na busca por um equilíbrio mental 
Ouço sussurros escondidos entre as paredes 
E não entendo os grunhidos que me causam terror. 
Não preciso esconder as feridas do meu coração 
 Nem as marcas da solidão 
Eu só quero encontrar-te na calada da noite 
Sem me preocupar com o alvorecer. 
Minhas palavras te assustam 
Porque você não as entende de forma nenhuma. 
Tudo isso por causa daquela ilusão 
Que foi criada no crepúsculo de um dia qualquer. 
 No silêncio desse vazio 
Onde não é possível ver e nem ouvir nada 
Minha alma flutua levemente como uma pluma 
E sinto a brisa do alvorecer 
O vento que toca meu rosto 
É o sopro suave de suas lembranças. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Esse medo terrível de amar outra vez!


Não me censure com este olhar 
Nem me julgue pelo medo 
Que sinto todas as vezes que estou diante de você. 
Venho de uma jornada longa 
Onde deixei minhas lágrimas 
E chorei pelas madrugadas frias 
Sem ter qualquer luz a iluminar minha vida. 
Seus olhos são tão lindos 
E vivem a encantar meu coração; 
E seu sorriso tão singelo 
Me leva a pensar no amor verdadeiro. 
Mas, tenho medo. 
Já sofri muitas ilusões 
E me enganei com olhares assim 
E não quero ser ferido outra vez! 
Existe em mim um medo terrível 
De amar outra vez. 
Não posso deixar que meu pobre coração 
Sinta o frio da solidão 
A despedaçar minhas esperanças. 
Você é tão linda 
E vive a tentar-me o desejo 
E como te quero! 
Mas, sinto o frio da solidão 
Percorrer minhas espinhas 
E um calafrio arrepiar-me 
Deixando meus joelhos trêmulos. 
Será você o amor que sempre sonhei? 
Será você aquela a preencher o meu coração? 
Olho em seus olhos e encanto-me com o que vejo. 
Eles são tão lindos 
Tem promessas de vida. 
E eu os amo do fundo do meu coração! 
E eu os desejo com toda força da minha alma! 
Mas, tenho medo. 
Um medo terrível de amar outra vez! 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sábado, 5 de janeiro de 2019

Só não quero que você saiba


Eu tenho tantas palavras escondidas no meu coração 
Que revelam um sentimento muito forte 
Sentimento este que nasceu quando vi os seus olhos 
E esse olhar transformou a minha vida. 
Não sou mais o mesmo 
Desde o dia em que me encantei pelo seu sorriso. 
Ele foi tão espontâneo que adentrou minha alma 
E mostrou-me a beleza que emanava de seus lábios. 
E eu não soube o que fazer 
No momento em que você se tornou a razão do meu amor. 
Hoje sou uma pessoa diferente na maneira de pensar: 
Não tenho medo de falar que seus olhos sedutores 
Enchem os meus de esperanças 
Pois, vejo neles um mistério que quero descobrir 
Um enigma que me seduz ao desconhecido 
Mas, que não me atemoriza. 
Há em mim uma razão para buscar a felicidade 
Que durante muito tempo desejei no meu coração 
E que descobri no seu olhar. 
Tenho no meu peito tanto sentimento 
Que desejo estar ao seu lado, 
Caminhar de mãos dadas pela areia da praia 
E olhar o brilho das estrelas ser ofuscado 
Pelo brilho dos olhos teus. 
Tenho uma felicidade em mim ao ver você sorrir 
E mostrar ao mundo o sorriso lindo que tens 
Que pode ser comparado com a beleza do alvorecer 
Quando o sol brilha na sua formosura. 
Você é uma joia rara 
Uma flor de primavera 
Que exala o melhor perfume do jardim. 
E eu tão distante a te admirar 
Sabendo que seu coração não posso alcançar 
Que seus sonhos voam em outra direção 
Na manhã triste da minha ilusão. 
Tenho tanto amor no meu coração 
Que estaria disposto a entregar a você 
Na esperança que fosse a garota mais feliz deste mundo 
Só não quero que você saiba. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

A estrela mais brilhante


Tão bela como a luz da manhã na primavera 
Eu vi o seu lindo olhar 
A beleza fulgurante de um sorriso 
A encantar-me ao acordar. 

Era um sonho tão real 
E amava cada detalhe do seu amor 
Nas viagens que fazia ao seu lado 
Não existia em mim nenhuma dor. 

Tão linda como a flor de um jardim 
Depois de todo outono da vida 
E você estava em meus sonhos 
Como a dádiva de uma estrela querida. 

Não quero acordar deste sonho 
Onde você é um encanto de amor 
Onde eu ando os campos floridos, 
Vales e desertos em um dia de calor. 

A imagem de seu sorriso tão meigo 
Encanta-me o solitário coração 
E nos meus melhores sonhos 
Você é a musa da minha inspiração. 

Amo-te com amor profundo 
Daqueles que não tem explicação 
É um sentimento tão magnífico 
Que extrapola toda minha razão. 

Você é a estrela mais brilhante 
A iluminar o meu caminho 
E eu sonho com você estar 
Para nunca mais ficar sozinho. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense