segunda-feira, 14 de julho de 2025

No entardecer

 O entardecer desce como um segredo antigo, 
E em cada cor que se despede do céu 
Há um gesto teu que ainda me acena. 
O sol, ao cair, não some, 
Ele apenas faz o que você fez: 
Vai embora, mas continua aceso em mim. 
 
Toda tarde tem tua cor. 
Não importa onde eu esteja, 
O horizonte sempre encontra um jeito de te desenhar. 
Olho o céu como quem procura respostas 
E encontro você, 
Não nas nuvens, mas no silêncio entre elas. 
 
Lembrar de você no entardecer 
É como ouvir uma música sem som: 
A beleza está em tudo o que não se diz. 
Cada fim de tarde é um eco teu. 
A luz que some lentamente 
É só mais uma forma do tempo me dizer 
Que sentir tua falta virou rotina. 
 
Te lembrar no entardecer 
É como ver o céu chorar devagar, 
Tingindo o mundo de saudade bonita. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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