terça-feira, 15 de julho de 2025

Os monstros do futuro

 Aqueles perdidos em um longínquo campo 
Correndo como loucos ao vento 
Não trazem nenhuma ideia verdadeira 
Que possa mudar a configuração do mundo. 
Os dias são preenchidos por incompreensão 
E não são documentados como deveriam 
Apenas observadores olham à distância 
Como se nada disso fosse algo relevante. 
 
Inúmeros adolescentes distantes um do outro 
Carregam a marca sombria de uma geração 
A triste sina de se encontrarem perdidos 
Em um mundo dominado por outra inteligência. 
Parece que todas as escolas do caminho 
São apenas mais um grande obstáculo 
No caminho de quem não tem tempo suficiente 
Para ler os livros que trazem conhecimento. 
 
Todos aqueles que trazem palavras erradas 
Que disseminam inverdades construídas 
São os que ganham grande destaque na mídia 
E conquistam os corações da maioria. 
Todos aqueles com dogmas pré-fabricados 
Escancaram suas vozes inquietantes 
Arrebatando as mentes insatisfeitas 
Que preenchem os espaços da sociedade. 
 
Olhos eternamente fechados para o mundo 
Têm aqueles que carregam o peso da responsabilidade 
Os que deveriam promover uma educação saudável 
São os próprios que escancaram a idiotice. 
Com uma linguagem percorrendo os labirintos 
Espalham as mentiras fabricadas em laboratórios 
Que paulatinamente vai corroendo profundamente 
A alma e o coração de quem deveria ter paz. 
 
E assim, nesse triste vazio existencial, 
O garoto descobre, de forma categórica, 
Que para se viver no deserto das ilusões do mundo 
Terá que se tornar o seu senhor absoluto. 
E construímos os monstros do futuro 
Os que moldarão os destinos de milhões 
Os que terão os olhos fechados para o mundo 
Porque não se importam com mais nada. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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