Houve um tempo em que meu sorriso era espontâneo.
Existia em mim uma felicidade
Que fazia meu coração pulsar
E eu nunca imaginava a saudade.
Nunca mais verá o meu sorriso.
O coração que ofereceu a ti o amor
Já não tem a coragem de te encarar
E carrega consigo imensa dor.
O meu semblante estará sempre fechado.
Como um pesadelo terrível na noite
Despertei-me do sonho cruel
E aceitei em mim o açoite.
Sua alegria que se foi com o tempo me fazia sorrir.
Já não existe aqui aquela flor
Do jardim encantado na primavera
Pois secaram na claridade desse calor.
Nunca mais verá o meu sorriso.
Mesmo que voltes da sua ausência
Meus passos seguirão o pôr-do-sol
Para tentar acalmar minha carência.
Poema: Odair José, o Poeta Cacerense
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