Meu corpo te chama
Mesmo quando minha mente suplica por trégua.
Você é o calor nas minhas veias,
O enjoo no fundo do estômago,
O suor frio que escorre pela nuca
Quando tento pensar em qualquer coisa que não seja você.
Minhas mãos tremem,
Meus dentes rangem durante a noite,
Meus olhos ardem de tanto te imaginar
Quando fecho as pálpebras,
Como se fosse possível te apagar assim.
Não é.
Você está nas paredes,
No teto,
Na sombra do meu próprio reflexo.
Sua ausência é um grito constante dentro da minha cabeça,
E sua lembrança…
É uma lâmina arranhando a parte de dentro do meu peito.
Já não como.
Já não durmo.
Meu corpo queima em febres que não têm cura.
Chamo o seu nome com a voz rouca de tanto falar.
E mesmo sabendo que isso me mata aos poucos,
Eu continuo.
Eu rastejo até você,
Feito um animal ferido,
Com fome, com medo,
Com desejo.
Amar você…
É a pior doença que já me aconteceu.
E, ainda assim,
Se um dia eu me curar,
Sei que vou implorar por recaída.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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