Deslizo meus dedos e toco a caneta
Na folha branca escrevo os meus versos
Imagino seu olhar na madrugada
Para escrever o poema perfeito.
Quero atravessar o oceano
Nas mais altas nuvens deixar-me tocar
E suavemente
O vento norte deixar-me levar.
Ao tocar o seu rosto
Como a brisa da manhã
Sentir o perfume que exala de ti
E o pulsar de seu coração.
A esperança que brota
Qual gramíneas nas pradarias
Elevam meus pensamentos
A buscar-te no infinito.
O poema perfeito quero escrever
Para seu coração alcançar
Mesmo sabendo que é impossível
Descrever o seu lindo olhar.
Vejo, então, um beija-flor
Na janela, suas asas bater,
Minhas mãos ficam trêmulas
E não consigo mais escrever.
Poema: Odair José, o Poeta Cacerense
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