segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Um fio estendido no vento

 A existência é um fio estendido no vento: 
Frágil e, ao mesmo tempo, resistente. 
Cada um de nós caminha sobre ele, 
Como viajantes de um destino 
Que se constrói passo a passo. 
 
Há dias em que a vida parece um enigma 
Uma pergunta sem resposta clara. 
Outros dias, ela se revela no gesto simples: 
O sorriso inesperado, 
A mão que se estende, 
O silêncio que acolhe. 
 
O sentido da vida 
Talvez não esteja em grandes revelações, 
Mas no modo como tocamos o mundo 
E deixamos o mundo nos tocar. 
Não é tanto chegar ao fim do caminho, 
Mas sentir a terra sob os pés, 
Respirar o instante 
E compreender que cada momento já é um milagre. 
 
Viver é um constante nascer 
E morrer dentro de nós mesmos: 
Morrem os medos, nascem as esperanças, 
Morrem as certezas, nascem as perguntas, 
E nesse ciclo aprendemos a ser mais humanos. 
 
No fim, 
A jornada não é sobre encontrar uma resposta, 
Mas sobre tornar-se resposta para alguém, 
Sobre deixar rastros de ternura, 
Sobre compreender 
Que o infinito habita dentro de nós. 
 
 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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