domingo, 24 de agosto de 2025

Minha alma se curva

 É um querer que arde por dentro, 
Um chamado da pele à tua pele, 
Da boca à tua boca, 
Da sede à tua fonte. 
 
Deliciar-me em teus carinhos 
É naufragar sem medo, 
É ceder ao abismo de teus lábios, 
É perder-me no labirinto úmido 
Que tua pele me oferece. 
 
Teus toques são lâminas quentes 
Rasgando o véu da razão, 
E em cada gesto teu 
Minha carne se acende, 
Minha alma se curva. 
 
Não peço ternura, 
Exijo intensidade: 
Quero que teus carinhos 
Me devorem, 
Me sufoquem, 
Me façam renascer 
Num corpo que só existe 
Quando é tocado pelo teu. 
 
 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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