terça-feira, 23 de abril de 2019

Quem lembrará do quanto eu amei?



Ah! Eu vivo como sou. 
Nem um pouco a menos, nem a mais. 
Isso me é o suficiente. 
Se ninguém mais no mundo se importa 
Eu continuo contente 
Eu vivo contente 
Não lamento nenhum infortúnio! 
O mundo existe por quê? 
Porque eu existo no mundo 
O mundo me pertence 
Eu pertenço ao mundo 
O que criei em minha memória 
O que está no meu coração. 
Quantos anos ainda hei de viver? 
Quem esquecerá de mim? 
Quem lembrará do quanto eu amei? 
Se daqui a dez mil anos 
Alguém ler as minhas palavras 
Hei de estar vivo nessas lembranças! 
E nas minhas lembranças 
Nas cinzas 
Estará todas as boas lembranças 
Que tenho de ti! 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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