sábado, 20 de novembro de 2010

Ser Negro


Quem um dia inventou a história
De que a cor negra era uma maldição
De que foi o castigo imposto a Caim
E o flagelo destinado a Cão?

Quem um dia inventou a história
De que o negro tinha que ser escravos
Para satisfazer interesses de senhores
Que se consideravam os bravos?

Por que mesmo em nossos dias
Onde nos encontramos tão civilizados
O racismo e preconceito insiste em existir
Mesmo que de modos velados.

Por que insistem em afirmar
Que a coisa tá preta no ruim momento?
E definem uma cor para as coisas más
Fixando isso no pensamento.

Consciência negra é para reflexão
Dos nossos atos e ideologia
Somos todos iguais nesta vida
E devemos viver em harmonia.

Ser Negro é ser humano
Com um carinho profundo
Tem uma vida em nada diferente
Das outras raças do mundo.

Poema: Odair

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Amor sem fim


Meu coração não tem ilusão
Com o seu amor não sinto dor
Não tenho segredo
Pois perdi o medo
De não ter o seu calor.

Sou a imagem dessa miragem
Que ao olhar deseja me amar
Seu amor me enriquece
Seus carinhos me enlouquece
Quando vejo seus olhos brilhar.

Minha flor, você é meu amor
Neste jardim cuida de mim
Tenho uma razão para viver
Jamais vou te esquecer
Pois essa paixão não tem fim.

Poema: Odair

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Às Margens do Rio Paraguai III



Era uma noite atípica para a região
Um vento suave e frio
Balançavam as folhas das árvores na baia
E os cabelos das meninas no cais.
Casais se aconchegavam
Crianças corriam pela praça
Enquanto outros ouviam música no calçadão.
Sonhos de pessoas a passear na noite
Estampados nos rostos singelos de vidas.
Às margens do Rio Paraguai
Vi crianças brincarem ao som da lata
Como se o mundo as pertencessem.
Jovens de mãos dadas e juras de amor nos olhares.
A brisa suave que vinha da natureza
Refrescava a alma de um jovem poeta
Que observa as pessoas caminharem.
Seu pensamento o leva há tempos imemoriais
Quantos casais se conheceram nessa praça?
As águas do Rio Paraguai descem silenciosas
São as lágrimas de princesas aladas
Que choram amores perdidos na longa noite da História.
Não vi estrelas nessa noite
Elas estão encobertas pelas nuvens
E a brisa suave chega a arrepiar o corpo.
Busco contemplar minha imagem nas águas
Tal qual Narciso de outrora
Mas não me vejo tão imortal assim.
Imagino uma canção que expresse o sentimento
De apreciar a beleza desse lugar.
Quantas almas já estiveram nesse espaço
Imaginando um futuro para suas vidas?
A eternidade é vista no reflexo das águas
Enquanto a noite se vai.
Às margens do Rio Paraguai
Sinto a brisa suave dessa noite
Diferente das noites de calor
Ela tem um brilho especial e singelo.
Estamos aqui porque amamos esse chão
E essa é a canção de hoje...

Poema: Odair

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

13.505


13.505 é um número.
Número de uma existência...
Tempo de uma vida
E de uma consciência...

Cada dia que vivo
Agradeço ao Criador
pela bondade e misericórdia
Que concede-me pelo seu amor.

Que outros tantos dias
Possam permitir-me viver
Para que aprenda mais e mais
E que na graça possa crescer.

Poema: Odair. Agradecimento por mais um ano de vida.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Dimensão do amor



Meu coração está acessível ao amor
Sinto a brisa o meu rosto tocar
O frescor da manhã me conduz
Ao encontro do seu lindo olhar.

Sinto meus pensamentos voarem
E a distância que nos separa romper
Vejo seus cabelos soltos no vento
Lindos como o raiar do sol no alvorecer.

Indago-me a razão de amar você
Da forma que sinto no meu coração
E descubro que não existem respostas
Para tão sublime sensação.

Olhando o horizonte distante
Contemplo seu sorriso encantador
Sorriso que transforma minha vida
Pois, lembra-me um jardim em flor.

Sou feliz desde que a conheci
E você não mais saiu dos meus pensamentos
Não há como explicar a dimensão
Do amor que envolve meus sentimentos.

Poema: Odair

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Farrapos Humanos



Olhos vermelhos e inchados
Veias perfuradas pelas agulhas
Sonhos desfeitos na madrugada
Vidas que choram de dor
E causam lágrimas de outras pessoas.

Mais uma casa arrombada
Para satisfazer a ânsia de um larápio
Objetos levados por mãos sorrateiras
Vidas que roubam objetos
Mas, roubam à paz de outras pessoas.

Olhos de crianças a mendigar
Além do pão, um carinho,
De um pai dominado pelo álcool
Vidas que sofrem a ausência
De outras vidas que as deveriam amar.

Mostram pernas e peitos nas avenidas
Acenam e dialogam com os transeuntes
Na esperança de fazerem o sexo ali mesmo
Vidas que sonham com o amor verdadeiro
E que destroem relacionamentos.

Não pestanejam em puxar o gatilho
Ceifam a existência que o Criador ofereceu
Por motivos banais e financeiros
Vidas que não pensam no próximo
E que assolam famílias inteiras.

Passam o dia todo bebendo
Fazem festa por qualquer coisa
E a noite dá continuidade às estripulias
Vidas que não pensam no futuro
E deixam outras vidas dependentes.

Farrapos humanos
Esses personagens descritos
Vidas que vegetam na sociedade
Não sabem o que é sentimento
Passam pela vida, não vivem...

Poema: Odair

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Que essa canção chegue ao seu coração



Levantei meus olhos ao céu
Na esperança de ver o brilho das estrelas
E na mais brilhante delas encontrar
A essencia do seu olhar.

Meu coração bate descompassado
Sentindo a saudade profunda
De um sorriso tão salutar
Que provocas ao me amar.

Não estás aqui junto de mim
Nesta hora em que penso em você
Sinto falta do seu calor
Quando entregas a mim seu amor.

Então te procuro na minha solidão
E convivo com minha esperança
O seu amor é o que me faz viver
Pois você não consigo esquecer.

Que a brisa da noite leve até você
Esses singelos versos de amor
Que exprime o sentimento do meu coração
O qual transformo nesta canção.

Poema: Odair

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Seus Olhos



Seus olhos são lindos
Com promessa de vida;
Iluminados por um brilho,
Que Deus lhe deu, querida.

Eles contam histórias
De amores tão ternos;
Produzindo sonhos
Que serão sempre eternos.

Menina, seus olhos traduzem
O som de uma melodia;
Que pensando neles
Vou transformando em poesia.

Linha após linha
Seus olhos me levam por um caminho,
Ao paraíso mais lindo
Onde encontro o teu carinho.

Seus olhos são lindos
Assim como você é uma flor;
Quero muito ter você
Para dar-lhe todo meu amor.

Poema: Odair