Não porque me prende,
Mas porque me chama de volta
Sempre que me perco do mundo.
Se meu coração encontra abrigo no teu peito,
É porque tua liberdade confia nas minhas asas.
Somos casa e céu, ninho e horizonte.
Teu peito não é prisão,
É onde meu silêncio encontra repouso.
Minhas asas não são jaulas,
São a coragem que teus sonhos vestem
Quando querem ir embora.
A mais pura liberdade
É aquela que se deita sobre o afeto.
A que sabe que pode partir,
Mas escolhe permanecer.
Amo-te sem cercas,
Te abraço sem algemas.
Em mim, teu voo tem vento.
Em ti, meu peito tem paz.
Se um dia fores embora,
Minhas asas não te impedirão.
Mas, enquanto ficares,
elas serão o céu que te protege,
E o chão que te compreende.
É no teu peito
Que meu coração aprende a bater sem medo.
É nas minhas asas
Que tua liberdade descansa sem culpa.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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