sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

A brisa suave lá fora


Há uma brisa suave lá fora 
Onde os ventos sussurram nas folhas das árvores 
Enquanto, no meu coração, uma há apenas o silêncio 
E o vazio de uma solidão que tortura. 
Seus olhos eu já não os vejo mais 
E seus braços não apertam o meu corpo. 
Ouço o barulho das árvores 
E, não posso conter as lágrimas 
Como as gotas de chuva que escorrem das folhas. 
Havia uma meiguice em seu olhar 
Uma ternura que não vejo em outro lugar. 
Enquanto olho para o infinito 
Tateando no ar para ver se toco seu rosto 
Vejo o dia passar devagar 
E a saudade de seu sorriso em mim apertar. 
Falo de saudades do tempo 
Em que apertava em meus braços a felicidade 
Ando pelas ruas da cidade 
E quero, ainda, te encontrar. 
Há uma brisa suave lá fora 
Que não permite-me esquecer 
A delicadeza do sentimento 
Que encontrei no seu coração. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

A melodia de uma canção eterna



Eu quero apenas voar livremente 
Pelas nuvens da esperança. 
Acreditar que em seus olhos 
Eu encontrei o amor 
Que habitava os meus sonhos 
Desde tempos remotos. 

Quero andar de mãos dadas 
Na presença de Deus 
Acreditando que 
Ele fez você 
Para dar vida aos meus dias. 

Levanto meus olhos 
Para ver a beleza do seu sorriso 
A embalar os meus sonhos de amor 
Nas noites em que vejo o brilho 
Das estrelas 
Que realçam a beleza do seu olhar. 

Vejo em você a esperança 
Que renasce em mim 
Todas às vezes 
Que ouço o sussurrar de sua voz 
Tal como a melodia 
De uma canção eterna. 

Quero eternizar em meu coração 
O momento sublime 
Em que, de forma singela, 
Passou a viver em meus pensamentos. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Vou caminhar sozinho


As palavras parecem vazias 
Elas não surtem efeitos. 
Eu choro lágrimas efêmeras que saem de meus olhos 
Atônitos de tanto visualizar essa besteira toda. 
Minhas mãos querem tocar alguma coisa 
Que tenha a capacidade de firmar os meus passos. 
Não há saída para a angústia que permeia 
Meus sentimentos 
E eu busco seus olhos no entardecer. 
Você está distante 
Mas tento te alcançar mesmo assim. 
Não sei porque se foi 
Se a jornada ainda não terminou. 
Sinto a brisa do final do dia tocar meu rosto 
E subo a mais alta montanha de onde quero gritar 
O seu nome até estourar os meus pulmões. 
Seus olhos se fecharam a última vez que os vi 
E não me revelou o seu coração. 
Uma dor cruel me acompanha por onde vou 
E meus passos são indecisos. 
Você sempre foi a minha inspiração 
E nunca leu os meus poemas com a devida atenção. 
Quantas palavras saíram do meu coração 
E foram parar na lata de lixo por ser uma ilusão. 
Sem você o tempo passa lentamente 
E as estrelas são encobertas pelas nuvens escuras 
Do meu olhar. 
Eu não me acostumo sem você aqui 
E não quero sentir outra vez o seu perfume 
Que me lembra um jardim em flores na primavera. 
Vou caminhar sozinho 
Pela estrada vazia e deserta 
Que contemplo na minha frente. 
Seus olhos meigos cheios de vida 
São as melhores lembranças que guardo no coração. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense