terça-feira, 8 de julho de 2025

Nos livros

 Nos livros, encontrei abrigo. 
Em cada página, um espelho do que sou 
E do que ainda posso ser. 
Amá-los é amar o infinito em pequenas doses. 
 
Há amores que se desfazem no tempo, 
Mas os livros me amam 
Mesmo quando os esqueço na estante. 
Eles esperam em silêncio, 
Com os braços abertos em forma de páginas. 
 
A cada capa, um portal. 
A cada linha, um fio de luz puxando minha alma 
Para lugares onde o corpo jamais pisou. 
Meu amor por eles não pede nada,
Apenas que eu volte. 
 
Não me importo se o mundo ruir lá fora. 
Com um livro no colo, 
O caos se torna silêncio, 
E o silêncio, uma canção antiga 
Que só quem ama os livros consegue ouvir. 
 
Alguns escrevem cartas de amor. 
Eu leio livros como se fossem cartas 
Que o universo me escreveu 
Antes mesmo de eu nascer. 
 
 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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