terça-feira, 19 de junho de 2018

Inventamos as flores


Querem uma explicação 
Acenam as mãos em êxtase 
Como criança manhosa querem saber 
As respostas que não tenho. 
Inventamos as flores 
Porque não nos adaptamos aos espinhos 
E choram pelas estradas 
Nos labirintos da vida. 

Procura em meus olhos 
O que meu coração tenta esconder 
Como as lágrimas de uma mãe chorosa 
A vida não faz sentido. 
Inventamos as flores 
Para que haja borboletas em nossos sonhos 
E a esperança de que o sol 
Vá brilhar depois da tempestade. 

Não precisa chorar sozinho 
Na solidão de seus dias tristes 
A caminhada pode ser dolorida 
Mas a distância não será interrompida. 
Inventamos as flores 
Para ver o colorido delas 
Nas paredes de nossos sonhos 
Quando olhamos de olhos abertos 
Para o horizonte distante. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Não deixe vacilar os meus pés



O que devo fazer 
Com os meus pensamentos 
Que insistem em atormentar-me 
Sem dar tréguas a minha alma 
E aos meus sentimentos? 

Tenho em mim um sonho 
Que não pode ser desfeito 
E nessa caminhada 
Com você será perfeito. 

Não deixes vacilar os meus pés 
Pois, contigo quero caminhar 
Em direção ao destino 
Que tenho para cumprir na vida! 

Tu és o meu escudo 
Proteção de todos os males 
Cuida de mim no deserto 
E anda comigo nos vales. 

Senhor Tu és o meu refúgio 
Nas noites de solidão 
Nas horas mais difíceis 
Faço a ti minha oração. 

Não deixes vacilar os meus pés 
Segura em minhas mãos, Senhor 
Faça de mim um vaso novo 
Com o coração de paz e amor! 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Escrevo e descrevo minh’alma


O que hoje escrevo com lágrimas 
É sobre sorrisos largos de felicidade 
Essas histórias, sonhos e fantasias 
Na minha lembrança 
Reencontros de encontros e abraços 
Que não se perderam pelo tempo. 
Nas noites, madrugadas de solidão 
Onde o sono não aparece 
E as desilusões esclarecem 
No fazer amor, sexo casual 
Paixão e momentos felizes 
Na tristeza de momentos de decepções… 
Busco rimas para um poema 
Que transmita minhas sensações 
Que traduza o meu coração 
As dores, os amores 
Que tornaram-se desamores 
Na longa jornada do tempo. 
Desilusões de um olhar que se foi 
Sem ao menos despedir-se 
Que tornaram as noites solitárias 
E as madrugadas frias. 
Leia-me com atenção 
Sou um livro aberto pelo tempo 
Experiência e solidão 
Expresso meus sentimentos 
Nos versos, nas rimas de uma canção 
Que nunca irei cantar. 
Palavras sentidas 
Que ecoam de um coração que ama 
Que sofre por amor 
Que expressa esse sentimento 
Sem medo da dor. 
Escrevo e descrevo a minh'alma 
Páginas de sentimentos 
Escorrem pelos dedos 
E alcança o seu coração… 
Escrevi-te uma carta de amor 
Deletei-te dos meus pensamentos 
Os rascunhos joguei no lixo 
E permito revelar-te essa paixão 
Que não consigo guardar no peito. 
Então, descrevo-te 
Inspiro-me em sua beleza 
E deixo meu coração falar 
Da meiguice desse teu olhar. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 5 de junho de 2018

Espinhos


Sufoca-me essa dor 
Essa tristeza da alma 
Que chora em silêncio 
A angústia da solidão. 
Vazio de uma vida sem sentidos 
Espinhos afiados 
Garras que perfuram a alma 
E dilaceram o coração. 
Não vejo seus olhos 
Que sempre foram a razão 
Da minha felicidade 
Onde quer que eu estivesse. 
Espinhos que furam 
E faz sangrar a esperança 
De ver, outra vez, 
Aquele sorriso que me alegrava. 
Deixo escapar gemidos 
Para que sintam a minha dor 
E compreenda 
As minhas lágrimas. 
Espinhos que ferem-me 
No caminho que escolhi 
E, mesmo com tanto querer, 
Não consigo voltar. 
O tempo tão cruel 
Não permite-me caminhar 
Para onde eu encontre alívio 
Dos espinhos que torturam-me. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Veneno


Como um mar de tormentas 
Que agita suas águas violentamente 
São seus olhos a causar-me o espanto 
Como o vento insano a atingir meus pensamentos. 
O teu olhar é um lugar escondido 
Cheio de mistérios a perturbar-me o tempo todo 
Nele as palavras de amor estão escondidas 
Na noite fria de eterna recordação. 
Esses teus olhos 
São como pontes a ligar-me ao seu coração 
Na minha cegueira causada 
Pela visão magnífica de ínfimas fogueiras de paixão. 
O teu olhar, como lápide de um adeus 
Traz ao meu coração a lágrima fria 
De uma alma que grita no silêncio 
De uma sepultura vazia. 
No seu olhar vejo uma névoa de tristeza 
Que irrompe o meu silêncio 
Como uma tempestade violenta 
Que tenta espantar os meus sonhos. 
O teu olhar perturba-me 
Provoca-me os desejos mais intensos 
Insanos e profusos 
E faz-me te querer o tempo todo. 
Mas, seu olhar é veneno 
Que enfeitiça minha consciência 
Onde perco-me no abismo 
Do qual não consigo libertar-me. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense