segunda-feira, 4 de junho de 2018

Veneno


Como um mar de tormentas 
Que agita suas águas violentamente 
São seus olhos a causar-me o espanto 
Como o vento insano a atingir meus pensamentos. 
O teu olhar é um lugar escondido 
Cheio de mistérios a perturbar-me o tempo todo 
Nele as palavras de amor estão escondidas 
Na noite fria de eterna recordação. 
Esses teus olhos 
São como pontes a ligar-me ao seu coração 
Na minha cegueira causada 
Pela visão magnífica de ínfimas fogueiras de paixão. 
O teu olhar, como lápide de um adeus 
Traz ao meu coração a lágrima fria 
De uma alma que grita no silêncio 
De uma sepultura vazia. 
No seu olhar vejo uma névoa de tristeza 
Que irrompe o meu silêncio 
Como uma tempestade violenta 
Que tenta espantar os meus sonhos. 
O teu olhar perturba-me 
Provoca-me os desejos mais intensos 
Insanos e profusos 
E faz-me te querer o tempo todo. 
Mas, seu olhar é veneno 
Que enfeitiça minha consciência 
Onde perco-me no abismo 
Do qual não consigo libertar-me. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

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