sábado, 5 de julho de 2025

Saudade sentida

 Quando a saudade vem, feito lamento, 
Silêncio em mim se acende, sem medida. 
É como um mar que inunda o pensamento, 
Mas não encontra voz na alma ferida. 
 
Tento escrever, mas falha o sentimento, 
As letras se desfazem, fugitivas. 
No peito, um nó, vazio e encantamento, 
Em guerra as horas lentas e cativas. 
 
Queria te chamar, dizer teu nome, 
Mas cada som é frágil, se consome, 
E morre antes de tocar o ar que invade. 
 
Fico a sentir, sem forma e sem coragem, 
A dor que não se diz vira paisagem 
Nos olhos fundos de quem tem saudade. 
 
 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Nenhum comentário:

Postar um comentário