Silêncio em mim se acende, sem medida.
É como um mar que inunda o pensamento,
Mas não encontra voz na alma ferida.
Tento escrever, mas falha o sentimento,
As letras se desfazem, fugitivas.
No peito, um nó, vazio e encantamento,
Em guerra as horas lentas e cativas.
Queria te chamar, dizer teu nome,
Mas cada som é frágil, se consome,
E morre antes de tocar o ar que invade.
Fico a sentir, sem forma e sem coragem,
A dor que não se diz vira paisagem
Nos olhos fundos de quem tem saudade.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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